AEpiVacCorona ouFBSI SSC VB Vector é uma vacina contraCOVID-19 produzida pelo Centro Estatal de Pesquisa deVirologia e Biotecnologia Vektor (Novosibirsk Scientific Center Vector) daRússia.[1][2]
Ela recebeu uma autorização de uso do governo russo em 13 de outubro de 2020, antes da finalização dos testes clínicos, sendo uma das 10 primeiravacinas contra a covid-19 liberadas.[3][4]
Segundo o Rospotrebnadzor (Serviço Federal de Supervisão da Proteção dos Direitos do Consumidor e Bem-Estar Humano), a vacina passou por "estudos pré-clínicos por cerca de 5 meses, tendo sua inocuidade sido demonstrada em 6 espécies de animais (ratinhos, ratos, coelhos, macacos verdes africanos, macacos rhesus e porquinhos-da-índia).[2]
Poucos dias após o início da fase 3 dos testes, em 27 de novembro de 2020 o chefe do departamento de infecções do Vector, Alexandr Rizhikov, afirmou que a vacina garantia imunidade de ao menos 6 meses após ser experimentada em primatas. Rizhikov também disse que uma segunda dose da vacina seria necessária num prazo de 6 a 10 meses após a primeira dose e que, possivelmente, depois de 3 em 3 anos.[1]
Em fevereiro Rinat Maksyutovm, diretor-geral do Vector, disse que a vacina era capaz de proteger uma pessoa por um ano.[5][2]
Os testes começaram em julho de 2020, sendo que na fase 1 do estudo clínico participaram 14 voluntários e na segunda, 86. Todos eram pessoas saudáveis com idade entre 18 e 60 anos. Os testes de fase 3 começaram em novembro de 2020, com 3 mil voluntários.[2]
Em 19 de janeiro o Vector anunciou que a vacina tinha 100% de eficácia.[6]
Após o anúncio da eficácia, sem que houvesse publicação oficial dos dados, o resultado dos testes passou a ser questionado - a falta de dados também gerou controvérsia com outra vacina russa, aSputnik V. Em fevereiro de 2021, a BBC Rússia escreveu que "a vacina 'EpiVacCorona' do centro 'Vector' é talvez a mais polêmica das três atualmente disponíveis na Rússia", reportando que os participantes da fase 3 dos ensaios clínicos haviam enviado uma carta aberta ao Ministério da Saúde, Rospotrebnadzor e Vektor, afirmando que, em uma amostra, mais de 50% dos que haviam recebido o imunizante não haviam desenvolvido anticorpos.[7]
Ingredientes ativos: antígeno peptídico nº 1 da proteína 8 do vírusSars-Cov-2, conjugado a uma proteína transportadora - (75 ± 15) μg; antígeno peptídico nº 2 da proteína 8 do vírus Sars-Cov-2, conjugado a uma proteína transportadora - (75 ± 15) μg; antígeno peptídico nº 3 da proteína 8 do vírus Sars-Cov-2, conjugado com a proteína transportadora - (75 ± 15) μg.[2]
Excipientes:hidróxido de alumínio, di-hidrogenofosfato de potássio, cloreto de potássio, hidrogenofosfato de sódio dodeca-hidratado,cloreto de sódio e água para injetáveis - até 0,5 ml.[2]
A vacina é administrada por via intramuscular em duas doses, com um intervalo de 2-3 semanas.[2]
É contraindicada para pessoas que tenham hipersensibilidade a componentes da vacina, como ao hidróxido de alumínio; que tenham tido reações alérgicas graves; pessoas com doenças infecciosas e não infecciosas agudas; que tenham doenças crônicas; pessoas com imunodeficiência; pessoas portadores de doenças do sangue e neoplasias. Também não deve ser aplicada em gestantes e lactantes.[2]
Dor insignificante no local da injeção, que surgiu um dia após a vacinação e dura 1-2 dias.[2]
A vacinação em massa na Rússia com a vacina e a Sputnik V começou em meados de janeiro de 2021, relata aTass.[4]