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Filaríase

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(Redirecionado deElefantíase)
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Filariose
Filaríase
Ao se acumular nos vasos linfáticos o parasita causa grande inchaço e engrossamento da pele na área, esse inchaço ocorre geralmente nos pés, pernas e genitais.
Especialidadeinfecciologia
Classificação e recursos externos
CID-111F66
CID-10B74
CID-9125.0-125.9
MeSHD005368
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

Afilaríase oufilariose é umadoença parasitária, considerada comodoença tropicalinfecciosa, causada pornematóides filariais da superfamíliaFilarioidea, também conhecida comoFilariae.[1] A forma sintomática mais conhecida da doença é afilaríase linfática, popularmente chamada deelefantíase em referência do inchaço e engrossamento da pele e tecidos subjacentes, que foi a primeira, entre as enfermidades infecciosas transmitidas por insetos, a ser descoberta.

Tipos

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O mosquito transmissor no Brasil, Culex, é predominantemente noturno

Existem nove nematóides filariais conhecidos, que usam os humanos como hospedeiros definitivos. São divididos em três grupos de acordo com o nicho que ocupam dentro do corpo:

A filariose linfática é causada pelos vermesWuchereria bancrofti,Brugia malayi eBrugia timori. Essas filárias ocupam osistema linfático, incluindo osgânglios linfáticos, causandolinfedema e, em casos crônicos, levando à doença conhecida como elefantíase.

A filariose subcutânea é causada porloa loa (a "larva do olho"),Mansonella streptocerca,Onchocerca volvulus eDracunculus medinensis (o "verme da Guiné"). Esses vermes ocupam a camada subcutânea de gordura.

A filariose da cavidadeserosa é causada pelos vermesMansonella perstans eMansonella ozzardi, que ocupam a cavidade serosa do abdômen.

Em todos os casos, osvetores de transmissão sãoinsetos sugadores de sangue (moscas oumosquitos), oucopépode crustáceos no caso doDracunculus medinensis.

Elefantíase

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VermeBrugia malayi.

A elefantíase é causada quando o parasita obstrui osistema linfático, afetando principalmente as extremidades inferiores, embora a extensão dos sintomas dependa da espécie defilária envolvida.

Tem como transmissor os mosquitos dos gênerosculex, e algumas espécies do gêneroAnopheles, presentes nas regiões tropicais e subtropicais. Quando onematóide obstrui o vaso linfático, o edema é reversível; no entanto, é importante a prevenção, através do uso demosquiteiros e repelentes, e evitanto-se o acúmulo de água parada em pneus velhos, latas, potes e outros.

As formas adultas são vermes nematóides de secção circular e com tubo digestivo completo. As fêmeas (alguns centímetros, podem chegar a 3 cm) são maiores que os machos (de 0,5 a 1,5 cm) e a reprodução é exclusivamente sexual, com geração de microfilárias. Estas são pequenas larvas fusiformes com apenas 0,2 milímetros.

Transmissão

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Ao se alimentar do sangue de um humano infectado, o mosquito engole as microfilárias junto, que crescem em seu organismo e contaminam os próximos humanos picados

As larvas são transmitidas pela picada dos mosquitosCulex,Mansonia ouAedes,Anopheles. Da corrente sanguínea, elas dirigem-se para os vasos linfáticos, onde se maturam nas formas adultas sexuais. Após cerca de oito meses da infecção inicial (período pré-patente), começam a produzir microfilárias que surgem no sangue, assim como em muitos órgãos. Dentro do mosquito as microfilárias modificam-se ao fim de alguns dias em formas infectantes, que migram principalmente para os lábios do mosquito. Assim quando o hospedeiro definitivo for picado, a larva escapa do mosquito e cai na corrente sanguínea do homem(seu único hospedeiro definitivo).

Epidemiologia

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Aproximadamente 800 milhões de pessoas vivem em áreas de risco de contrair a parasitose e estimava-se, em 2004, em 119 milhões de portadores de filariose linfática no mundo, sendo 106 milhões o número de infectados por W. bancrofti e em torno de 12,9 milhões os parasitados por B. malayi ou B. timori[2]

Em 2004 afetava 120 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados daOMS. A bancrofitiana só afeta o ser humano (outras espécies afetam animais).

  1. OWuchereria bancrofti existe naÁfrica,Ásia tropical,Caraíbas e naAmérica do Sul incluindoBrasil. MosquitosCulex,Anopheles eAedes. No Brasil o vetor primário e principal é oCulex quinquefasciatus.
  2. OBrugia malayi está limitado aoSubcontinente Indiano e a algumas regiões daÁsia oriental. O transmissor é o mosquitoAnopheles,Culex ouMansonia.
  3. OBrugia timori existe emTimor-Leste e Ocidental, do qual provém o seu nome, e naIndonésia. Transmitido pelosAnopheles.

A região Norte e Nordeste são as mais afetadas no Brasil, especialmente onde não há tratamento apropriado de água e esgoto. Ocorreram grandes epidemias na década de 50 e 60, mas com a urbanização e combate aos vetores o número de casos tem decaído cerca de 3/4 a cada década (de 8,2% na década de 50, para 2,6% em 60, 0,7% em 70, 0,16% em 80 e 0,02% na década de 90).[3]

O parasita só se desenvolve em condições úmidas com temperaturas altas, portanto os casos naEuropa eEUA são importados de indivíduos provenientes de regiões tropicais.

A OMS planeja praticamente eliminar a filariose do mundo até 2020. A estratégia inclui exterminar os mosquitos transmissores de modo similar a campanha contra adengue emalária.[4]

Sinais e Sintomas

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Apenas 10% a 15% dos infectados desenvolvem a elefantíase, e a doença leva cerca de 10 anos para progredir. Medicamentos e cirurgia podem prevenir o inchaço[5]

O período de incubação pode ser de um mês ou vários meses. A maioria dos casos é assintomática, contudo existe produção de microfilárias e o indivíduo dissemina a infecção através dos mosquitos que o picam.

Os episódios de transmissão de microfilárias (geralmente à noite, a depender da espécie do vetor) pelos vasos sanguíneos podem levar a reações dosistema imunológico, como:

  • Febre;
  • Mal estar e náusea;
  • Calafrios;
  • Sensibilidade dolorosa;
  • Vermelhidão ao longo dos vasos linfáticos;
  • Inchaço dos gânglios linfáticos.

Por vezes causahidrocele (aumento escrotal),edema (inchaço na perna). Os vermes responsáveis pela filariose vivem nos membros, seios e genitais de milhões das pessoas vitimadas pelaelefantíase.

A longo prazo, a presença de vários pares de adultos nos vasos linfáticos, com fibrosação e obstrução dos vasos (formando nódulos palpáveis) pode levar a acumulações delinfa a montante das obstruções, com dilatação de vasos linfáticos alternativos e espessamento dapele. Esta condição, dez a quinze anos depois, manifesta-se como aumento de volume grotesco das regiões afectadas, principalmente pernas e escroto, devido à retenção de linfa e infecções bacterianas. Os vasos linfáticos alargados pela linfa retida, por vezes rebentam, complicando a drenagem da linfa ainda mais. Por vezes as pernas tornam-se grossas, dando um aspecto semelhante a patas de elefante, descrito como elefantíase.[5]

Diagnóstico

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O diagnóstico pode ser feito por cinco formas: busca direta por microfilárias; busca por vermes adultos; sorologia; diagnóstico molecular e exames de imagem.

  • Busca direta de microfilárias é feito através de exames como: gota espessa, análise direta do sangue, concentração de Knott e filtração de membrana de policarbonato.
  • Busca de vermes adultos é feita através de exames como:biópsias linfonodais e US (detecta a movimentação dos vermes e dilatação dos vasos linfáticos).
  • Diagnóstico sorológico é feito por: pesquisa de anticorpoIgG-4,ELISA e teste de imunocromatografia rápida.
  • Diagnóstico molecular pode ser feito por: PCR (reação em cadeia da polimerase), eosinofilia (hemograma) e presença de linfócitos na urina.
  • Diagnóstico por imagem a ser utilizado é a linfocintigrafia (exame dos vasos linfáticos).

Prevenção

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Há um programa daOMS que procura eliminar a doença com fármacos administrados como prevenção e inseticidas. Da mesma forma que para a prevenção da dengue. É útil usar roupas que cubram o máximo possível dapele, repelentes deinsetos, evitar deixar fontes de água parada e instalar telas nas janelas e portas das casas.

Ver também

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Referências

  1. Center for Disease Control and Prevention.«Lymphatic Filariasis» 
  2. ROCHA, Eliana M. M. and FONTES, Gilberto. Filariose bancroftiana no Brasil. Rev. Saúde Pública [online]. 1998, vol.32, n.1 [cited 2012-10-02], pp. 98-105 . Available from: <scielo.br>. ISSN 0034-8910.http://dx.doi.org/10.1590.
  3. scielo.br - pdf
  4. World Health Organization - Preparing and Implementing a National Plan to Eliminate Lymphatic Filariasis: A guideline for Programme Managers. Technical reports series WHO/CDS/CPE/CEE/2000.15. Geneva, 2000
  5. ab«Elefantíase».Invivo. Consultado em 27 de maio de 2023 
Platyhelminthes
Trematoda
Trematódeos sanguíneos
Trematódeos hepáticos
Trematódeos pulmonares
Trematódeos intestinais
Cestoda
Cyclophyllidea
Pseudophyllidea
Nematoda
Secernentea
Spirurida
Camallanina
Spirurina
Filarioidea
(Filarioses)
Thelazioidea
Spiruroidea
Strongylida
Ascaridida
Rhabditida
Oxyurida
Adenophorea
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