Edmundo Monteiro | |
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Nascimento | 11 de junho de 1917 São Paulo |
Morte | 7 de setembro de 1996 |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | jornalista,político |
Edmundo Monteiro (São Paulo,11 de junho de1917 - idem,7 de setembro de1996) foi umjornalistabrasileiro. Foi colaborador deAssis Chateaubriand, diretor-executivo dosDiários Associados e presidente doMuseu de Arte de São Paulo.[1] Também teve rápida passagem pela política, exercendo o cargo dedeputado federal porSão Paulo entre1967 e1971.[2]
Edmundo Monteiro ingressou ainda jovem nosDiários Associados, o gigantesco conglomerado de mídia fundado porAssis Chateaubriand noRio de Janeiro em1924. Começou exercendo a função deoffice-boy, nos escritórios de São Paulo, mas, em função do volume de seu trabalho, logo galgaria diversos cargos, chamando a atenção do próprio Chateaubriand - conhecido por indicar diretamente para as funções administrativas de suas empresas os auxiliares com quem possuía maior afinidade.[3]
Formado emeconomia pelaEscola de Comércio Álvares Penteado, Edmundo passou a exercer o cargo de diretor-geral dasemissoras de rádio paulistas, bem como dos jornaisDiário da Noite eDiário de São Paulo. Em seguida, além de São Paulo, passou a gerenciar as divisões dos Diários Associados noParaná e emSanta Catarina.[3] Comandava, portanto, as unidades mais rentáveis do grupo, o que seria fundamental para o seu envolvimento nos planos que Chateaubriand possuía de criar ummuseu de nível internacional no Brasil.[4]
A princípio, quando o projeto de criação doMuseu de Arte de São Paulo (MASP) ganhou corpo, em1946, Edmundo Monteiro tornou-se responsável pela parte administrativa, enquanto Chateaubriand,Pietro Maria Bardi eLina Bo encarregavam-se do programamuseológico e da formação do acervo. Logo, Edmundo passou a se envolver ativamente também no trabalho de arrecadação de fundos para aquisição de obras de arte, conquistando outros doadores, além daqueles com os quais o próprio Chateaubriand tratava.[4] Foi Edmundo Monteiro o responsável pelo equacionamento do sistema que permitiu a formação do acervo, utilizando osanúncios da cadeia associada como "moeda de troca". Edmundo foi também o responsável por negociar junto aAdemar de Barros a concessão do terreno daAvenida Paulista, onde a atual sede do museu seria erguida.
Foi presidente da Associação das Emissoras de São Paulo, entre 1948 e 1983. Em 1960, foi responsável por coordenar a implantação daTV Cultura, na própria sede dos Diários Associados, naRua Sete de Abril. Em 1964, um ano antes da morte de Chateaubriand, organizou, por meio dos Diários, a campanhaOuro para o bem do Brasil, que arrecadou apenas no estado deSão Paulo um valor aproximado de 1200 quilos deouro e dois bilhões decruzeiros[5] a serem doados ao governo do país. A campanha teve início na cidade deSão Paulo no dia treze de maio e durou até nove de julho. Após o início, outras cidades do estado de São Paulo e demais localidades do Brasil aderiram a campanha. Ao término, o ouro, arrecadado com o intuito de servir de auxílio financeiro à consolidação do regime gestado peloGolpe de Estado de 1964, foi enviado àCasa da Moeda noRio de Janeiro a bordo do navioTamandaré. No ano de 1967 assume o cargo dedeputado federal pelaAliança Renovadora Nacional (ARENA), integrando a Comissão Permanente de Segurança Nacional.[2]
Edmundo se afastou dos Diários Associados em1977.[3] No entanto, permaneceu ligado ao Museu de Arte de São Paulo pelos anos seguintes, cuidando, sobretudo, das finanças. Exerceu por mais de uma vez o cargo de presidente da instituição e costumava assumir a direção na ausência de Bardi. Afastou-se do MASP em 1993, vindo a falecer três anos depois, aos 79 anos.[1]
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