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Dvaita

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Dvaita (Devanagari:द्बैत, Kannada:ದ್ವೈತ) é uma escola dualista de filosofiaVedanta: a palavra sânscrita “dvaita” significa “dual.”

Essa linha de filosofia vedanta foi estabelecida porMadhva-acarya no século XIII, em Udupi, sul da Índia.

Em contraste com a a escolaadvaita deShankara, do século VIII, Madhva propõe a dualidade eterna entre oatma, e oBrahman, diferença esta tanto qualitativa quanto quantitativa. Enquanto a tradição advaita enfatiza a não diferença (abheda) entre o Brahman e o atma, especialmente em termos qualitativos (i.e., ambos são de natureza espiritual e transcendentais ao mundo fenomenal), Madhva sustenta a separação e distinção eterna entre ambas as entidades, oubheda, um ponto delicado na tradição vedanta, que sempre foi advaita e que sempre teveabheda como princípio irrevogável.

A filosofia dual de Madhva foi prontamente adotada por algumas seitasvaixnavas, que se sentiam incomodados diante da delicada situação de adorar um ser supremo que na verdade era idêntico a todas as outras coisas: Pois se não há dualidade entre o atma e o Brahman, adorar um burro é igual a adorar a um deus.

Os conceitos filosóficos de Madhva são um tanto radicais, além da proposta quase que herética de dualismo aos olhos da filosofia Advaita Vedanta, ele também propôs a tese da condenação eterna, enfaticamente rejeitada pela maioria das escolas do hinduísmo.

Muitas escolas hindus advogam o preceito dosahaja, ou caminho da liberação espiritual, como sendo o trajeto invariável do atma, após um longosamsara, ou ciclo de nascimentos e mortes o atma finalmente se emancipa deste mundo dual e temporal. Nessa questão não costuma haver dualismo, ou seja, o sentido da degradação vida após vida é impossível, já que o Brahman e o atma têm a mesma qualidade espiritual e se o atma se degrada, o Brahman também o faz, e isso é impossível, pois essa inferência nega oshruti que diz que o Brahman é perfeito e estável em todos os aspectos.

Segundo as escolas de Vedanta o atma émoksha-yogiyco e não tama-yogiyco, isso é; o atma está preparado para a liberação e não para a escuridão eterna. Negar esse princípo é negar o próprio caráterariano dosVedas, já que ariano quer dizer progressivo.

Com o dvaita-vada de Madhva o hinduísmo passou a poder contar com um aspecto filosófico bem mais próximo das religiõessemíticas que adotam concepções duais entre a deidade e as almas individuais e são bastante rígidas na proposição de diferentes destinos para os piedosos e os pecadores.

Ver também

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Advaita

Madhva

Ramanuja

Shankara

Brahma-sutra

Ligações externas

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Dvaita Vedanta:http://www.dvaita.org/madhva/index.shtml

Diferenças Filosóficas entre Madhva, Shankara e Ramanuja:http://www.iep.utm.edu/m/madhva.htm

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