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Ducado de Milão

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Ducatus Mediolanensis
Ducato di Milano

Ducado de Milão

ducado do
Sacro Império Romano-Germânico


1395 – 1796
FlagBrasão
BandeiraBrasão
Localização de Milão
Localização de Milão
Norte da Itália em1796
ContinenteEuropa
PaísItália
CapitalMilão
45° 28' N9° 10' O
Língua oficiallatim,lombardo
ReligiãoCatolicismo
GovernoDucado
Duque
 • 1395–1402João Galeácio Visconti
 • 1792–1796Francisco de Habsburgo
História
 • 1395Fundação
 • 14471450República Ambrosiana
 • 14991513Domíniofrancês
 • 15401706Domínioespanhol
 • 17061796Domínioaustríaco
 • 1796Dissolução

ODucado de Milão foi um estado do norte da Itália entre1395 e1796. Formou parte doSacro Império Romano-Germânico. Foi governado por várias famílias e dinastias com o domínio do Ducado (durante o período doRenascimento foi governada pelas famíliasSforza eVisconti,Duques de Milão), mas também por alguns poderes de fora da Itália. Embora o território do Ducado tenha variado ao longo dos séculos, cobria em geral grande parte daLombardia, incluindoMilão ePávia, centros tradicionais doReino Itálico.Parma também era parte do Ducado até que se tornou ela própria umDucado distinto noséculo XVI. O território do ducado também se estendia a partes das atuaisregiões italianas dePiemonte,Emília-Romanha eToscana, além do atualCantão Ticino eLeventina, na atualSuíça.

No sentido de distinguir a cidade deMilão do ducado homónimo, a região era frequentemente chamada deMilanês ou, mais raramente,Milanesado.

Instituição

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O ducado foi constituído oficialmente em maio de1395, quandoJoão Galeácio Visconti, já Vigário Imperial eDominus Generalis de Milão, obtém o título deduque deMilão por meio de um diploma firmado emPraga porVenceslau de Luxemburgo, soberano doSacro Império Romano-Germânico (1378-1400).

Limites

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Norte da Itália em1796.

O ducado, cujas fronteiras mudaram sensivelmente ao longo do tempo, tinha como capital a cidade deMilão e compreendia principalmente aLombardia com exceção deMântua, pertencente àcasa de Gonzaga. Estendia-se pelaEmília-Romanha,Ligúria,Piemonte,Toscana eVeneto, atingindo terras também no atualcantão Ticino. Formalmente, era parte doSacro Império Romano-Germânico, mas era de fato independente.

Com um diploma imperial posterior, assinado pelo mesmoVenceslau emPraga em30 de março de1397, João Galeácio foi proclamadoDux Lombardiae (Duque da Lombardia): a ele e aos seus herdeiros masculinos era oficialmente reconhecida a potestade ducal sobre os territórios sujeitos à casa dos Visconti. Este documento menciona também os centros mais significativos do agora ducado lombardo:

Localidades do Ducado de Milão em 1397

A a BC a PQ a Z

Depois de ter atingido a máxima expansão sob o mesmoJoão Galeácio, morto em1402, as fronteiras do ducado milanês foram progressivamente reduzindo-se, até compreender, ao término da idadeaustríaca, somente o território compreendido entreSuíça,Rio Ticino, eAdda, com parte deCremona e deMântua.

No curso doséculo XV, as regiões que constituem hoje oCantão Ticino foram repetidamente invadidos pelos suíços. Os confins do ducado com a Suíça, a atual fronteira entre a Confederação Helvética, até aValtellina, que pertenceu ao cantão suíço dosGrisões até1707, se estabilizaram em1515, depois da derrota do exército suíço emMelegnano.

História

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Ver artigo principal:Lista de governantes de Milão

O destino deMilão uniu-se, noséculo XIII com o daCasa de Visconti, que seguiu a política de expansionismo herdada da comuna ambrosiana. Um dos primeiros a liderar a cidade lombarda foiOto Visconti, eleitoarcebispo em1277. Na primeira metade doséculo XIV os seus netosMateus,Galeácio I,Azzone e o arcebispoJoão aumentaram a área de influência às regiões vizinhas. Igual política de expansão foi seguida na segunda metade do século XIV por seus sucessores (Mateus II,Barnabé eJoão Galeácio).

O ducado dos Visconti (1395-1447)

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Depois de um período de tensão entre vários membros da poderosa família,João Galeácio Visconti, João de Barnabé, em1385 com golpe de mão assume o poder e os vastos domínios da família ao norte dapenínsula Itálica.

Diz-se que os territórios sujeitos a seu domínio renderam a João Galeácio em um ano - além da renda ordinária de 1 200 000 florins de ouro - outros 800 000 de súditos extraordinários.

Com a morte de João Galeácio Visconti (1402), o jovem filhoJoão Maria não soube manter as conquistas paternas e o ducado começou uma rápida desagregação.

Em1412, João Maria morreu assassinado em Milão. Sucedeu-lhe no trono o irmão menorFilipe Maria, que, depois de ter retomado o controle de grande parte do ducado, retomou a política expansionista seguida por João Galeácio e entrou em choque com aRepública de Veneza. A guerra, declarada em1426, durou muitos anos, e concluiu-se com aPaz de Ferrara (1433), na qual Filipe Maria Visconti cedeu a Veneza as cidades e os territórios deBréscia eBérgamo.

Com a morte sem herdeiros deJoana II de Nápoles (1435), a coroa doreino de Nápoles foi dividida entreAnjevinos eAragoneses. Filipe Maria Visconti formou uma liga com Veneza eFlorença e aliou-se com os Angevinos; em seguida, em um dos seus frequentes câmbios de alianças aliou-se aos Aragoneses mas foi derrotado pelos ex-aliados, comandados pelo mercenárioFrancesco Sforza.

Em1441, Filipe Maria firmou aPaz de Cremona, com a qual cedeu outras terras à República de Veneza e deu como esposa a Francesco Sforza a própria filha naturalBianca Maria, que em dote levouCremona e o seu condado, excetoCastelleone ePizzighettone, praça-forte que foi trocada porPontremoli naLunigiana.

A Áurea República Ambrosiana (1447-1450)

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Com a morte de Felipe Maria, último dos Visconti (agosto1447), foi instituída a chamadaÁurea República Ambrosiana, uma forma de governo republicana instituída por um grupo de nobres milaneses. A república confiou a defesa contraVeneza aFrancesco Sforza que, dotado de notável capacidade estratégica, aproveitou a crise da república para fazer-se nomear Duque de Milão (25 de março de1450).

O primeiro ducado sforzesco (1450-1499)

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Ver artigo principal:Casa de Sforza

AVeneza, que não havia abandonado a sua intenção de expandir-se naLombardia, faz uma aliança comAfonso de Aragão,Rei de Nápoles e com o imperadorFrederico III de Habsburgo (1440-1493), contraFrancesco Sforza e seus aliados. Porém aqueda de Constantinopla, conquistada pelosotomanos, pôs em perigo as possessões venezianas nomar Egeu e depois de 4 anos de guerra pé firmada aPaz de Lodi (abril1454).

Com esse documento, Francesco Sforza eAfonso V de Aragão foram reconhecidos respectivamenteduque deMilão e rei de Nápoles, a República de Veneza estendeu seu domínio até o rio Adda e foi estipulada aLiga Santa itálica contra os turcos otomanos.

O equilíbrio político alcançado com a Paz de Lodi durou até a morte deLourenço o Magnífico (8 de abril de1492) e a invasão de Carlos VIII na Itália (1494).

Galeácio Maria, filho de Francesco Sforza, devido a seu governo ser considerado por muitos tirânico, foi assassinado em um complô. O filho,João Galeácio, governou sob a regência da mãeBona de Savoia, até que o tio,Ludovico, o Mouro usurpou o trono do Ducado. Ludovico o Mouro, filho de Francesco Sforza, conseguiu obter a tutela do sobrinho João Galeácio e o confinou no Castelo dePavia, onde foi envenenado em 1494.

Terminaram assim as relações entre Ludovico eFernando de Aragão: João Galeácio tinha de fato desposado uma sobrinha do rei de Nápoles, o qual toma a parte do legítimo herdeiro. Ludovico o Mouro respondeu encorajando o reiCarlos VIII da França a reivindicar oReino de Nápoles, até que em1442 o trono partenopeu foi dado à dinastia francesa deAnjou.

Em 1494, Carlos VIII invadiu a Itália e conquistouNápoles, destruindo o equilíbrio entre os vários estados italianos e dando início àsguerras italianas (1494-1559).

O primeiro ducado francês (1499-1512)

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Em1495,Carlos VIII da França foi expulso daPenínsula Itálica por uma liga composta pelos estados italianos,Sacro Império Romano-Germânico,Espanha eInglaterra, mas somente três anos depois, em1498, oduque de Orleans - que se tornou rei daFrança com o nome deLuís XII da França - fez valer os próprios direitos sobre o Ducado de Milão: um antepassado seu, Luís de Turena, tinha de fato desposado em1389 Valentina Visconti, filha do primeiro duque, João Galeácio. Ele, proclamando-se legítimo herdeiro dos Visconti, invadiu o estado milanês em1499 derrotandoLudovico o Mouro. O ex-soberano sforzesco buscou inutilmente confrontar as tropas transalpinas, pedindo ajuda ao Imperador, mas conseguiu somente recuperar pou pouco tempo a capital e poucas outras terras. Derrotado e feito prisioneiro em Novara em1500, foi deportado para a França, no Castelo deLoches, onde morreu em27 de maio de1508.

O segundo ducado sforzesco (1512-1515)

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Luís XII da França tornou-se duque de Milão até1512, quando o exército suíço expulsou os franceses daLombardia e colocou no trono milanêsMassimiliano Sforza, filho deLudovico o Mouro. Entre 1512 e1515 oscantões suíços controlaramde facto o ducado.

O segundo ducado francês (1515-1521)

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Sob o reinado deFrancisco I de Valois, a coroa francesa conseguiu restabelecer a própria soberania sobre o ducado milanês. Em1515, depois da sangrentabatalha de Marignano - que terminou com a derrota do exércitosuíço - o soberano francês depôsMassimiliano Sforza e se instalou no trono ducal. Francisco de Valois governou o ducado até1521, quandoCarlos V, rei deEspanha eImperador, alçou ao trono do ducado o jovem irmão de Maximiliano,Francesco II Sforza.

O terceiro ducado sforzesco (1521-1535)

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Depois de decisiva derrota francesa nabatalha de Pávia em24 de fevereiro de1525, que deixou às forças imperiais deCarlos V, doSacro Império Romano, o predomínio napenínsula Itálica,Francisco I de Valois uniu-se àLiga de Cognac contra o imperador: junto a ele, aRepública de Veneza, aRepública Florentina, o pontíficeClemente VII e o Reino daFrança.

O duque foi rapidamente superado pelas tropas imperiais, mas conseguiu manter o controle sobre alcumas cidades e praças-forte do ducado. Graças à República de Veneza que cedeu toda a costa daApúlia (Brindisi,Monopoli,Gallipoli,Polignano al Mare,Lecce,Bari eTrani) em troca da retirada das pretensões imperiais sobre Milão, devido também ao fato que Carlos V não queria encontrar-se com os venezianos, "porque se não tivesse cedido, não teria podido ter paz com os venezianos e teria havido uma guerra imortal na Itália", e ele sabia que não tinha os meios de suportá-la, porque antes aos venezianos que Milão não caia em mãos dos transalpinos, dado que "ao ocupá-lo não proporciona poder mantê-lo".

Francesco II Sforza morreu sem herdeiros em1535 abrindo uma nova questão para a sucessão ao trono.

O período espanhol (1535-1706)

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O Rei da França e o imperador reclamavam o ducado, guerreando entre si. Este último obteve o controle do ducado instalando no trono o filhoFilipe com diploma imperial firmado emBruxelas em outubro de1540. A posse do ducado por Filipe Habsburgo foi finalmente reconhecido pela coroa francesa em1559, com aPaz de Cateau-Cambrésis.

O ducado de Milão permaneceu sujeito aos soberanos espanhois até o início doséculo XVIII. Nesse período a sua capital tornou-se, comSão Carlos eFrederico Borromeu, um dos principais centros daContra-reforma na Itália.

A avaliação do período espanhol é muito controversa. Indubitável a decadência econômica que atingiu o ducado, em particular do início doséculo XVII. Porém deve-se mencionar que tal involução se manifestou - com formas e dimensões diferentes - em toda aPenínsula Itálica. Muito influente para a percepção negativa deste período foi o romance oitocentistaI promessi sposi (Os noivos), escrito porAlessandro Manzoni.

A dominação austríaca (1706-1796)

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Com otratado de Baden, que pôs fim àGuerra da Sucessão Espanhola, o Ducado de Milão foi cedido à Casa deHabsburgo daÁustria, que o conservou até a conquista francesa realizada porNapoleão Bonaparte em1796.

No curso doséculo XVIII, a superfície do ducado – apesar da absorção doDucado de Mântua, dotado porém de forte autonomia com respeito a Milão – se reduziu posteriormente, chegando a uma extensão inferior à da atualLombardia: de fato, não pertenciam ao ducado milanêsBérgamo,Bréscia,Crema eOltrepò Pavese. O governo dos Habsburgo da Áustria foi caracterizado por relevantes reformas administrativas, que os soberanos da dinastia austríaca – inspirados pelos princípios do assim chamadoAbsolutismo iluminado – introduziram também nos seus territórios lombardos: por exemplo, a re-sistematização docadastro, a supressão dacensura eclesiástica, o desenvolvimento da indústria daseda. Tais medidas são unanimemente reconhecidas como uma dos pressupostos que nos séculos seguintes permitiram à Lombardia tornar um dos principais motores econômicos daItália.

Em seguida à vitoriosa campanha de Napoleão Bonaparte na Itália setentrional, em1797 o ducado foi cedido à República Francesa pelos Habsburgo com oTratado de Campoformio. Assim o ducado deixou de existir e os seus territórios restantes formaram a parte central daRepública Cisalpina, da qualMilão tornou-se a capital.

Ver também

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Bibliografia

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  • SELLA, Domenico -Lo Stato di Milano in età spagnola. UTET: Torino, 1987;
  • BLACK, Jane -Absolutism in Renaissance Milan. Plenitude of power under the Visconti and the Sforza 1329–1535. Oxford University Press, Oxford, 2009ISBN 9780199565290;
  • BUENO de MESQUITA, Daniel Meredith -Giangaleazzo Visconti, Duke of Milan (1351-1402): a study in the political career of an Italian despot. Cambridge University Press, Cambridge, 1941,ISBN 9780521234559.
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