O país está localizado naÁfrica Oriental, mais precisamente a leste do golfo de Adem. O golfo, omar Vermelho e ocanal de Suez são acidentes geográficos que servem de acesso aooceano Índico e aomar Mediterrâneo. A contribuição dada pelalocalização do Djibuti foi a transformação da capital do mesmo nome, em umporto principal. De modo potencial, a importância dessa localização éestratégica. Apesar da livre passagem dosnavios pelalitoral do Djibuti, para uma nação poderosa tomar posse da área, a possibilidade seria o controle da navegação de navios entre o oceano Índico e o mar Mediterrâneo.
Djibuti é oficialmente conhecido comoRepública do Djibuti. Nas línguas locais é conhecido comoGabuuti (emafar) eJabuuti (emsomali).[14][15]
O país recebeu o nome de sua capital, acidade de Djibuti. A etimologia do nome é contestada. Existem várias teorias e lendas sobre sua origem, variando de acordo com a etnia. Uma teoria deriva da palavraafargabouti, que significa "prato", possivelmente referindo-se às características geográficas da área. Outro o conecta agabood, que significa "planalto/planalto".[16] Djibuti também pode significar "Terra deTehuti " ou "Terra deTote (emegípcio:Djehuti/Djehuty)", em homenagem ao deusegípcio da lua.[17][18]
O Djibuti foi habitado por povos vindos daArábia noséculo III antes de Cristo, aproximadamente. Eles se estabeleceram ao norte e deles se originaram osafares. Vindos daSomália, osissas expulsaram esses primeiros habitantes e se estabeleceram naregião litorânea. Na nossa era, mais precisamente em 852, chegaram novos agrupamentos árabes, que dominavam o comércio da região até o advento dosportugueses, noséculo XVI. Mas, os portugueses também perderam o interesse pela região, abandonando-a aos árabes quando seus interesses passaram a se concentrar noOriente.
Em 1888, foi estabelecida pelaFrança a colônia denominadaCosta Francesa dos Somalis, cuja capital foi Djibuti desde 1892. Na época teve início a construção da ferrovia como elo entre Djibuti e aEtiópia. A entrada aointerior se tornou possível devido às estradas construídas de 1924 até 1934. Na época daSegunda Guerra Mundial, mais precisamente em 1940, foi estabelecido no Djibuti um governo neutro, fazendo parte doregime francês de Vichy. Posteriormente, o porto deAssab, na Eritreia, ganhou mais importância do que o deDjibuti.
No ano de 1946, a região foi convertida emterritório francês de ultramar. No ano de 1958, a decisão dos moradores da Costa dos Somalis era a permanência naComunidade Francesa, com a maioria absoluta dos votos válidos a favor feita pelos afares e peloseuropeus. Mas o eleitorado issa era contrário a essa decisão. Em 1967,nova eleição aprovou que o Djibuti se vinculasse com a França, mas em 1977 um últimoplebiscito proclamou aindependência do Djibuti.
No início dadécada de 1980 agravaram-se as tensões entre as duas grandes comunidades étnicas do país, enquanto a chegada de refugiados das zonas de guerra próximas contribuía para piorar a situação socioeconômica já instável. Em 1987 realizaram-se pela segunda vezeleições presidenciais e legislativas, nas quais saiu vitorioso o único partido concorrente, aUnião Popular pelo Progresso (RPP). Em 1994, aFrente para a Restauração da Unidade e da Democracia (Frud), um grupo rebelde criado em 1991 pela união de três grupos que apoiavam os interesses do povo Afar, se dividiu. Uma facção negociou com o governo, enquanto outro setor manteve aguerra civil. Em 1996, a maior parte da Frud viroupartido político e, em 1997, concorreu às eleições parlamentares em aliança com a governista RPP. A aliança obteve as 65 cadeiras doparlamento.
Em 2005, o presidente Guelleh foi reeleito sem concorrentes. A oposição boicotou areeleição, alegando falta de democracia na disputa. Observadores internacionais, porém, consideram boas as condições do pleito.
Em 2007, a Organização das Nações Unidas pediu ajuda internacional ao Djibuti por causa daseca, que pode deixar 53 mil pessoas sem comida. Em fevereiro de 2008, o partido do governo conseguiu todos os assentos noParlamento, em eleições boicotadas pela oposição. O novo gabinete tomou posse no mês seguinte e Dileita foi reeleito primeiro-ministro.
Em junho ocorreram mais confrontos com forças daEritreia nafronteira, deixando pelo menos nove mortos. Em janeiro de 2009, oConselho de Segurança da Organização das Nações Unidas deu um ultimato à Eritreia para retirar suas tropas da área disputada com o Djibuti em até cincosemanas. O governo do país se negou a cumprir a ordem, alegando que a região ocupada faz parte de seu território. Em outubro, o Djibuti acusou a Eritreia de treinar e armar milícias para promover ataques à nação vizinha.
Oclima do Djibuti étórrido, comtemperaturas máximas diurnas que oscilam entre 29 °C em janeiro e 43 °C em julho. De novembro a abril há umaestação relativamente fresca, com temperaturas médias diurnas entre 22 °C e 30 °C. Aschuvas, procedentes dooceano Índico, ocorrem desde o término doverão até o final de março, mas asprecipitações só atingem 125 mm por ano no litoral e pouco mais de vinte milímetros nointerior do país.[20]
Opoder executivo é exercido pelopresidente e peloprimeiro-ministro, ambos eleitos por voto indireto para ummandato de cinco anos. O gabinete nomeado pelo presidente é composto de 16ministérios, na qual osministros auxiliam o presidente e o primeiro-ministro na administração do país.
Djibuti manteve-se neutro noconflito entre a Etiópia e a Eritreia, entre 1998 e 2000. A Eritreia rompeu as relações diplomáticas com Djibuti em 1998, no início da guerra, mas restabeleceu-as após a guerra. O Djibuti também apóia a integração total daSomália, onde não reconhece aSomalilândia como umEstado independente.[24]
O país abriga cerca de 27 000 refugiados. Além disso, acredita-se que há cerca de 100 000 imigrantes ilegais. A imigração ilegal é um dos principais temas da política interna do Djibuti e, em julho de 2003, foram atribuídos a muitos deles a expulsão do país.[24] Os portos do país desempenharam um papel importante nos anos 1990 e 2000, servindo como apoio aosEstados Unidos, durante aOcupação do Iraque.[23]
A partir de 2013, o terminal de contêineres noPorto do Djibuti lida com o tamanho do comércio da nação. Mais ou menos 70% da atividade de porto de mar consiste em importações para e exportações daEtiópia vizinha, que depende do porto como sua saída marítima principal. O porto também serve como um centro internacional de reabastecimento e transshipment. Em 2012, ogoverno do Djibuti em colaboração com o Mundo de DP começou a construção do Terminal de contêineres de Doraleh, um terceiro porto de mar importante com intenção de aumentar e desenvolver a capacidade de trânsito nacional. Um projeto de US$ 396 milhões, tem a capacidade para acomodar 1.5 milhões de unidades de contêineres de vinte pês anualmente.
Como resultado da Lei de Planejamento da Educação e da estratégia de ação de médio prazo, um progresso substancial foi registrado em todo o setor educacional. Em particular, as taxas de matrícula, frequência e retenção escolar aumentaram de forma constante, com alguma variação regional. De 2004 a 2008, as matrículas líquidas de meninas na escola primária aumentaram 18,6%; sendo que para os meninos o aumento registrado foi de 8,0%. As matrículas líquidas no ensino médio no mesmo período aumentaram 72,4% para as meninas e 52,2% para os meninos. No nível secundário, a taxa de aumento das matrículas líquidas foi de 49,8% para as meninas e 56,1% para os meninos.[26]
Em Djibuti, aesperança de vida ao nascer é de cerca de 64,7 anos. A fertilidade é de 2,35 filhos por mulher. Existem cerca de 18 médicos a cada 100.000 pessoas no país.[27]
Cerca de 93,1% das mulheres em Djibuti foram submetidas à mutilação genital feminina (circuncisão feminina), um costume pré-matrimonial endêmico, principalmente no Nordeste da África e em partes do Oriente Próximo.[28] Embora legalmente proibido em 1994, o procedimento ainda é amplamente praticado, pois está profundamente enraizado na cultura local.[29] Incentivada e realizada por mulheres na comunidade, a circuncisão tem como objetivo principal impedir a promiscuidade e oferecer proteção contra agressões.[29]
Cerca de 94% da população masculina do Djibuti também foi submetida à circuncisão masculina, um número que está de acordo com a adesão ao Islã, que exige isso.[30]
Os trajes tradicionais Djibutianos são próprios para o clima quente e árido, típico do país. Os homens vestem uma roupa vagamente embrulhada que vai até os joelhos, junto a um roupão de algodão ao longo dos ombros, similar a umatoga romana. As mulheres vestem saias longas, tipicamente tingidas de marrom. Mulheres casadas vestem um pano sobre a cabeça, às vezes também abrangendo a parte de cima de seus corpos. Mulheres que não são casadas não são obrigadas a cobrir a cabeça. O vestido tradicional árabe é usado estritamente durante festivais religiosos, especialmente na preparação dohajj. Para algumas ocasiões, as mulheres também podem se adornar com jóias.[31][carece de fontes?]
A tradição cultural é, na maioria das vezes transmitida oralmente, principalmente em músicas. Usando sua linguagem nativa, essas pessoas podem cantar ou dançar falando de uma história. Muitos exemplos da influência árabe e francesa pode ser notada nos edifícios.
↑Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, versão digital, acessado em 28 de fevereiro de 2015:djibutiense(1977) relativo à República do Djibuti (África) ou o que é seu natural ou habitante; djibutiano top. Djibuti+ -ense
↑Correia, Paulo (Verão de 2018).«Bassutolândia, Bechuanalândia e Suazilândia»(PDF).a folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. N.º 57. pp. 17–20. Consultado em 26 de setembro de 2018