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Diodoro de Tarso

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Diodoro de Tarso
Nascimento330
Antioquia
Morte394
Tarso,Antioquia
Ocupaçãoministro
Obras destacadasChronicle

Diodoro de Tarso(emgrego: Διόδωρος; m.ca. 390) foi umbispocristão, um reformador domonasticismo e umteólogo.[1] Um forte aliado daortodoxia noPrimeiro Concílio de Niceia, Diodoro teve um papel central noPrimeiro Concílio de Constantinopla e opôs as políticas anti-cristãs doimperador romanoJuliano, o Apóstata. Diodoro fundou um dos mais influentes centros do pensamento cristão da igreja antiga e muitos de seus estudantes se tornaram notáveis teólogos.

História

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Diodoro nasceu em uma família nobre na área deAntioquia. Ele recebeu uma educação filosóficaclássica naEscola de Atenas e assim que se formou, entrou para a vida monástica. Durante este período, o trabalho de Diodoro se focou primordialmente em escrever tratados filosóficos e em se opor às tentativas de Juliano de restaurar o paganismo noImpério Romano. Quando umariano chamadoLeôncio foi consagradobispo de Antioquia, Diodoro e seu amigoFlaviano (que posteriormente foi também consagrado bispo de Antioquia) organizaram os fiéis que acreditavam naortodoxia de Niceia fora das muralhas da cidade para adoração. Estes serviços litúrigicos foram o começo docanto antifonal na Igreja, uma prática que se tornou comum entre os cristãos.[2]

Ver artigo principal:Cisma meleciano

Durante o tempo em que esteve nomosteiro em Antioquia, Diodoro ficou sob a tutela deMelécio, um teólogo contrário às tendências arianas da época e um forte aliado das facções nicenas na Igreja. Em 360, a igreja em Antioquia se partiu em grupos adversários, chegando a ter simultaneamente dois bispos nicenos e outros dois arianos. Melécio era um dos bispos nicenos e foi ele quemordenou Diodoro um padre. Diodoro, por sua vez, apoiava fortemente não somente a causa de Niceia como também a de Melécio.

Sacerdócio

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Durante o seu sacerdócio, Diodoro fundou um mosteiro, uma escola catequética perto da cidade de Antioquia. Foi através desta escola que Diodoro se tornou o mentor do controverso teólogo e liturgistaTeodoro de Mopsuéstia, além do também lendárioJoão Crisóstomo, grande autor dehomilias.[3] Em última instância, levada ao extremo, a perspectiva colocada em curso por esta escola de pensamento por Diodoro desembocaria nos ensinamentos deNestório, que foram pela primeira vez condenados noPrimeiro Concílio de Éfeso em 431.

Foi o seu papel como reitor daEscola de Antioquia que levou Diodoro ao exílio em 372.Banido para aArmênia pelo imperadorValente, Diodoro encontrou um companheiro no partido niceno,Basílio de Cesareia, durante o seu exílio.[1] Quando Diodoro retornou do exílio após a morte do imperador em 378, Basílio estava servindo comoarcebispo (oupatriarca) deCesareia e ele apontou Diodoro como bispo deTarso.

Episcopado

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Como bispo dasé de Tarso, Diodoro continuou a defender o seu entendimento niceno da relação entre o humano e o divino na pessoa deJesus Cristo (videhomoousia). Ele ativamente se opôs tanto aoarianismo quanto aoapolinarismo (Ário ensinava que Jesus não era totalmente divino eApolinário de Laodiceia, que ele não era totalmente humano).

Diodoro também representou papéis chave tanto noConcílio de Antioquia de 379 (local) quanto noPrimeiro Concílio de Constantinopla de 381 (ecumênico). Quando seu mentor Melécio morreu em 381, Diodoro recomendou seu amigo Flaviano como sucessor, prolongando assim a divisão nopatriarcado de Antioquia (cisma meleciano).

Teologia

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Ver artigo principal:Universalismo cristão

Acristologia de Diodoro foi condenada comoherética por gerações futuras, explicitamente numConcílio de Constantinopla (local) em 499, que descreveu os pontos de vista de Diodoro comonestorianos.[4] Com certeza, uma visão igualmente negativa de Diodoro tinhaCirilo de Alexandria. Porém, em sua própria época, Diodoro era visto como alguém que apoiava a ortodoxia nicena e, em seu decreto oficial retificando as ações do Primeiro Concílio de Constantinopla, oimperador bizantinoTeodósio I descreveu Diodoro como um"campeão da fé"[4]

Os pontos específicos da teologia de Diodoro são difíceis de reconstruir, pois tudo o que restou de suas obras são fragmentos de proveniência incerta.[5] Muito dela foi inferida a partir de afirmações feitas por seus estudantes e pelos herdeiros intelectuais daEscola de Antioquia. Sob o conceito de "Apocatástase", que significa acreditar que todas as pessoas serão eventualmente salvas (mesmo as que estão no inferno). Salomão, bispo de Bassora, claramente pregava a salvação de todos os homens e citava as opiniões tanto do Diodoro quanto deTeodoro de Mopsuéstia para suportar seu ponto de vista.[6] Sobre o castigo divino, Diodoro escreveu:

Para os maldosos existem punições, não perpétuas, porém, pois senão a imortalidade preparada para eles seria uma desvantagem, mas eles terão que ser purificados por um tempo de acordo com a malícia de suas obras. Eles deverão, portanto, sofrer a punição por um curto espaço de tempo, mas a benção imortal e sem fim os aguarda, as penalidades a serem neles infligidas por seus graves e numerosos pecados são em muito ultrapassadas pela magnitude do perdão que lhes será demonstrado. A ressurreição, portanto, é considerada uma benção não apenas para os bons, mas também para os maus
 
Diodoro de Tarso[7].

Diodoro acreditava ainda que o perdão divino puniria os iníquos menos do que seus pecados mereceriam, da mesma forma que seu perdão daria aos bons mais do que eles mereceriam. Ele também negava que Deus iria conferir a imortalidade com o objetivo de prolongar ou perpetuar o sofrimento.[7]

Ver também

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Referências

  1. ab "Diodorus of Tarsus" na edição de 1913 daEnciclopédia Católica (em inglês). Emdomínio público.
  2. «Flavian I of Antioch» (em inglês). Encyclopædia Britannica (11ª edição). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  3. Greer, Rowan A (1997). Everett Ferguson, ed.The Encyclopedia of Early Christianity, second edition. Diodore of Tarsus (em inglês). Nova Iorque: Garland Publishing 
  4. abKelley, J.N.D. (1978).Early Christian Doctrines, revised ed (em inglês). San Francisco: HarperCollins. 302 páginas 
  5. Parry, Ken and David Melling (editors) (1999).The Blackwell Dictionary of Eastern Christianity (em inglês). Malden, MA: Blackwell Publishing.ISBN 0-631-23203-6 
  6. Austin, Rev. J. M. (1855).Brief History of Universalism (em inglês). California: Auburn.edu 
  7. abHanson, J.W. (1899). «18».Universalism: The Prevailing Doctrine Of The Christian Church During Its First Five Hundred Years. Additional Authorities (em inglês). [S.l.]: Boston and Chicago Universalist Publishing House. Consultado em 5 de dezembro de 2010. Arquivado dooriginal em 12 de maio de 2013 

Ligações externas

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