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Dinar (moeda)

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(Redirecionado deDinar de ouro)
 Nota: Para outros significados, vejaDinar.

Dinar (empersa médio:dēnār; empersa:دینار;romaniz.:dīnār; emárabe:دينار;romaniz.:dīnār; pl.dinanir) era a unidade deouro da cunhagem doImpério Sassânida e mundo islâmico,[1] bem como uma unidade monetária.[2]

História

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Império Sassânida

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Dárico do tempo deDário I aXerxes I
Artaxer I(r. 224–242)

O nome deriva dogrego δηνάριον (latimdenarius), que originalmente significou um moeda deprata, mas no período pós-Constantino(r. 306–337), tornou-se sinônimo desoldo (solidus), denário áureo (denarius aureus) ouνόμισμα χρυσουν (nómisma chrysoun).[2] Desde aRepública Romana, a palavradenário era usada à cunhagem no Oriente, enquanto emRoma e no Ocidente áureo era usado. Os dinares eram cunhados por prestígio, sobretudo remontando à tradiçãoaquemênida encarnada nodárico deouro,[3] e não tinham valor econômico.[4] O bimetalismo monetário não existiu nas várias dinastias pré-islâmicas. O Império Aquemênida permaneceu até o fim doséculo V a.C. "um país sem cunhagem propriamente", pois sua cunhagem não tinha valor nominal. O dárico, introduzido peloDário I(r. 522–486 a.C.) e cunhado sob prerrogativa real, valia apenas um lingote, e o siglo de prata circulou apenas nasáreas culturalmente gregas daÁsia Menor. No tempo deAlexandre, o Grande(r. 336–323 a.C.), a situação muda com a retirada das antigas moedas e a introdução de moedas de prata em territórios persas onde antes não circulava.[3]

Não há moedas de ouro conhecidas doImpério Arsácida e os dinares só começaram a ser cunhados durante oImpério Sassânida. Do reinado deArtaxer I(r. 224–242) ao deSapor III(r. 383–388), seu peso variou de 7 a 7,4gramas e como osdirrãs de prata, portavam no obverso um busto do rei coroado olhando a direita e no reverso oaltar de fogo flanqueado por duas figuras. Por ser uma moeda sobretudo cerimonial, raramente foi atestada nas fontes literárias iranianas; uma exceção é a inscriçãoFeitos do Divino Sapor na qual foi mencionado que após a vitória sassânida naBatalha de Misiche (Perisapora) em 244 osromanos pagaram uma soma de 500 000 dinares como resgate pela vida doimperadorFilipe, o Árabe(r. 244–249) e sua família. Sapor emitiu dinares emMarve, inclusive com o nome da casa da moeda, o que era incomum em moedas de ouro. SobSapor II(r. 309–379), que frequentemente residiu em Marve, a maior porção dos dinares foi cunhada no leste persa, de modo a pagar os custos de guerra.[3]

Sapor I de ca. 260-270
Perozes I(r. 459–484)
Omíada, deAbedal Maleque ibne Maruane(r. 685–705)
Tari deRoberto Guiscardo, ca. 1072
¼.Aglábida, deIbraim II(r. 875–902)

Dinares duplos, introduzidos por Artaxer, foram cunhados apenas sobHormisda II(r. 302–309). de dinares são atestados do reinado deVararanes II(r. 274–293) ao deCavades I(r. 488–531). SobVararanes IV(r. 388–399) o dinar de 7 gramas não foi mais feito. SobPerozes I(r. 459–484), caiu para 3,5 gramas, mas sob para 4,2 com seus sucessores. Vararanes IV introduziu a cunhagem de peças de ouro de 4,54 gramas, correspondendo ao soldo romano, e emitiu uma peça de dinar de 1,5 grama. Ele e 2 sucessores,Isdigerdes I(r. 399–420) eIsdigerdes II(r. 438–457), emitiram de dinares de 1,5 gramas. O dinar assim servia como produto comercial, vendido em peso e finura. A maioria dos xás cunhou dinares, e não se sabe o motivo daqueles que não fizeram. As legendas dos dinares de Cavades I eCosroes I(r. 531–579) fornece evidência de que sua cunhagem marcava a ascensão ao trono.[3]

Após a conquista deBáctria por Sapor I em 265-69 (?), osxás dos cuchanas mantiveram a tradição regional emitindo dinares imitando aqueles dos últimosreis cuchanas mas com representações de altares de fogo e inscrições que enfatizavam a adesão aozoroastrismo. Sob Perozes, a maioria dos dinares eram emitidos emBactro, embora alguns foram emitidos emGueartaxaro. Pensa-se que sob Sapor foram recunhados dinares duplos romanos comodracmas, talvez após aCerco de Antioquia de 253, o principal centro de cunhagem no Império Romano no Oriente; tais recunhagens explicariam a baixa qualidade das moedas. Sob o usurpadorVararanes VI(r. 590–591), seus dinares são de fino acabamento, mas refletem íntima dependência dosmodelos bizantinos.[3]

Mundo islâmico

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Os árabes estavam familiarizados com o termo denário e com a cunhagem de ouro romana e bizantina antes doislamismo. O tipo mais antigo de dinar árabe, não datado e atribuído a aproximadamente ao ano 691-692 e cunhado quase certamente emDamasco, imita o soldo doimperadorHeráclio(r. 610–641) e seus dois filhos, mas com os símbolos cristão específicos sendo removidos e em seu lugar se introduzindo uma legenda religiosa árabe. Um novo tipo, mais distintamente árabe, com o califa de pé com uma espada, aparece na capital omíada de Damasco com uma moeda datada de 693-694 e é repetida em 695 e 696; em 696-699 a reforma monetária deAbedal Maleque ibne Maruane(r. 685–705) afeta muito o estilo que desde então, em raras exceções, é só epigráfico. Eram cunhados na capital, com trechoscorânicos em árabe e um novo peso de 4,25 gramas.[5] NaIfríquia eAlandalus, o dinar teve uma história precoce independente. Antes de aproximadamente o ano 704, a unidade e suas frações imitam o soldocartaginês de Heráclio, mas porta legendas muçulmanas em abreviada traduçãolatina. Depois, até o ano 713-714, as imagens são apagadas e as datas às vezes são dadas em anos de indicção. Em 713, osanos da Hégira aparecem, em 715-716 há legendas bilíngues e no início doséculo IX a Ifríquia (Cairuão) e o Alandalus (Córdova) emitiram dinares do tipo puramente árabe, diferente apenas em menor detalhe do reformado dinar do Oriente. A cunhagem de ouro no Alandalus cessa em 724-725, exceto por uma moeda anômala não publicada e datada de 744-775, e não recomeça até 929 sobAbderramão III(r. 912–961).[2] Na Pérsia, os dinares podem ter circulado nesse momento, mas osdirrãs (derivados dos dracmas) de prata são preponderantes.[5]

O peso padrão no primeiro dinar transicional parece ter sido o mesmo dos soldos bizantinos, ou seja, 4,55 gramas. Com a reforma de Abedal Maleque, o peso foi reduzido para 4,25 gramas. A precisão do último peso é atestado não apenas pelos pesos de dinares bem preservados, mas também pela evidência de pesos de frações de dinar e dinar de vidro egípcio que datam do final doséculo VII e começo do VIII. O padrão reduzido do dinar pós-reforma é resultado da decisão de redefinir ometical (dinar) em termos convenientes de 20cirates siro-árabes de 0,2125 gramas no lugar de21 3⁄7 cirates ou "22 cirates menos uma fração" que eram usados pelos árabes no tempo islâmico para expressar o peso do mitecal. O último se baseava no dracmaático, que teoricamente pesava 4,37 gramas, mas ao circular naArábia pesava um pouco menos. Seu padrão de peso foi mantido na maioria do mundo islâmico até oséculo X e desde então foi extremamente irregular tanto em peso como pureza. De todo modo, o dinar geralmente passava peso em vez de falsidade, exceto quando os pagamentos foram feitas em bolsas seladas (surra) de moedas de peso e finura garantidos.[2]

½ dinar (nicefe,semisse) e de dinar (tulte,tremisse) foram emitidos na Ifríquia e Alandalus no período de transição e no começo doséculo VIII, enquanto pesos de vidro para tais frações (2,12 e 1,41 gramas) continuaram ser emitido até o terceiro quartel do século. O¼ de dinar (rube) foi introduzido peloEmirado Aglábida na Ifríquia no começo doséculo IX e depois emitido em grandes quantidades peloCalifado Fatímida na Ifríquia eSicília, onde eram chamadotari, bem como no Alandalus sob Abderramão III e seus sucessores e alguns reis dastaifas.[2]

De Abedal Maleque, pós-reforma
Abássida, deAlmamune(r. 813–833)
Abássida, deMutavaquil(r. 847–861)
Fatímida, deAlamir(r. 1101–1130)

Em 750, quando oCalifado Omíada foi derrubado peloCalifado Abássida, a casa da moeda califal foi transferida aoSauade (sul do Iraque), o antigo território do Império Sassânida, onde os abássidas estabeleceram sua capital. Cerca de 763-764, a capital e casa da moeda foram transferidas para Bagdá. Nelas não havia o nome do califa e suas inscrições eram puramente corânicas, exceto para uma data escrita em palavras. Em 786, uma segunda casa da moeda abássida foi estabelecida noEgito emFostate e ocasionalmente os dinares foram emitidos em outros locais no oeste do califado. Na Pérsia, foram emitidos desde 835, emMarve, e então sua cunhagem se espalha por outros cidades orientais. Entre os centros mais importantes dos séculos IX e X estavamAvaz e centros vizinhos (Sucal Avaz,Tostar, etc.),Rei (então Moamadia),Samarcanda e Marve. George Miles enumerou 13 centros de cunhagem de ouro abássida na Pérsia, além daquelas no Iraque,Azerbaijão eCáucaso. Noséculo X,Nixapur torna-se o centro mais produtivo e mantém sua posição até ainvasão mongol.Ispaã, Rei e Avaz também continuaram relevantes, mas cerca de 40 cidades emitiram dinares sob oImpério Seljúcida de uma vez ou outra.[5]

Em aparência, o dinar califal e da maioria das dinastias independentes diferiu pouco. O protótipo possuía oshahada e parte do Alcorão CXII no centro, a "missão profética" (Alcorão IX.33) e uma fórmula que declara a data da emissão por extenso nas margens circulares. Sob os abássidas altera-se um pouco o arranjo. Até 786-787, era anônimo; depois, o nome do funcionário encarregado do controle da cunhagem começa a aparecer. As moedas deAlamim(r. 809–813) e Almamune tinham seus nomes, e desdeAlmotácime(r. 833–842) o nome do califa aparece regularmente. Até 813-4, não se indicava a casa da moeda. Gradualmente, outras legendas são adicionada, como o nome do herdeiro aparente, legendas religiosas complementares e depois os nomes de dinastias e príncipes independentes. Os fatímidas, embora não abandonem inteiramente o estilo do protótipo, introduziram legendasxiitas e um tipo no qual as inscrições eram organizadas em círculos concêntricos.[6]

Os dinares da Pérsia foram todos cunhados após a padronização da cunhagem sobAlmamune(r. 813–833). Neles havia inscrições que foram continuadas pelas dinastias que reconheceram o Califado Abássida até oséculo XIII e muitas eram as mesmas introduzidas por Abedal Maleque em 697. No observo havia 3 ou mais linhas horizontais no centro começando comlā elāh ellā Allāh waḥdaho, lā šarīk laho ("Não há nenhum [outro] deus mas Deus apenas, nenhum é associado com ele"). Embora a regra nem sempre fosse seguida, se havia um governante subordinado nomeado na moeda, como o herdeiro califal ou um dinasta local, seu nome comumente aparecia abaixo dessas linhas, enquanto o califa ou chefede facto eram nomeados no reverso. Duas inscrições circulares cercaram o campo central. As inscrições internas tinham o centro de cunhagem e data na fórmulabesm Allāh żoreba hāḏa’l-dīnār be- (casa da moeda)sana (ano em palavras), "Em nome de Deus esse dinar foi emitido em [...] ano [...]". A inscrição externa erale’llāh al-amr men qabl wa men baʿd wa-yawmaʾeḏen yafraḥo al-moʾmenūn be-naṣr Allāh, "o comando é de Deus, no passado e no futuro, e naquele dia os crentes devem se alegrar na ajuda vitorioso de Deus" (Alcorão 30.4-5), que aparece pela primeira vez em 814 quando as forças de Almamune tomam Bagdá.[5]

No reverso, e no topo do campo interno, quase todos os dinares tinham a palavrale’llāh ("para Deus", "por Deus" ou "de Deus"), cujo significado não é totalmente conhecido. A principal inscrição central, em três ou mais linhas horizontais, come comoMoḥammad rasūl Allāh, "Maomé o mensageiro de Deus", que frequentemente era seguida, se havia espaço, pela fórmulaṣallā Allāh ʿalayhe wa sallam, "Deus abençoa-o e confere-lhe salvação". Isso era seguido pelo título califal, usando apenas seu honorífico e, quando apropriado, o nome secular e títulos do governante. O campo era cercado por uma inscrição circular:Moḥammad rasūl Allāh arsalaho be’l-hodā wa dīn al-ḥaqq le-yoẓheraho ʿalā al-dīn kollehe wa law kareha al-mošrekūn, "Maomé é mensageiro de Deus, que envia-o com orientação e a religião da verdade para fazê-lo supremo sobre todas as outras religiões mesmo embora os politeístas podem detestá-lo." (Alcorão 9.33).[5]

Samânida, deNu I(r. 943–954)
Buída, deAdude Adaulá(r. 976–983)
Gasnévida, deMaçude I(r. 1030–1040)
Seljúcida, deMaleque Xá I(r. 1072–1092)

Era o tipo padrão doImpério Samânida,Império Buída,Império Gasnévida,Império Seljúcida e seus coetâneos dos séculos X e XIII. A prolixa titulação e os vários soberanos dos séculos X e XI fizeram com que as inscrições centrais fossem muitas vezes superlotadas. Como solução, os gravadores colocavam nomes ou partes de nomes e títulos em letras menores, acima, abaixo ou verticalmente, à direita ou à esquerda das principais inscrições. Outras variações dentro do formato padrão foram obtidas pelo uso de vários roteiros, pequenos ornamentos florais ou abstratos e proporções variantes dos diferentes elementos do desenho. Especialmente no Coração, sob os samânidas tardios e seus sucessores, a gravura tornou-se uma arte altamente desenvolvida; às vezes os gravadores até assinaram seus dados em letras minúsculas que dificilmente podem ser lidas sem ampliação. Muito raramente os cânones aceitos do padrão de moedas foram abandonados completamente ou em parte; novamente, isso foi sobretudo um desenvolvimento oriental.[5]

Quanto a finesa, no padrão precoce foi muito alta, com moedas pós-reforma variando entre 96% e 98%. O padrão prevaleceu o mesmo durante boa parte do Califado Abássida, com exceção dos anos deguerra civil entre Alamim e Almamune, o período entre o fim doEmirado Tulúnida e o começo doEmirado Iquíxida no Egito e o Império Buída em Bagdá.[7] Menos depreciado, mas ainda abaixo do padrão anterior, é o ouro docalifaAnácer(r. 1180–1225) e seus sucessores que retomam a emissão de dinares e múltiplos em seus próprios nomes em Bagdá nos últimos anos do Califado Abássida. No Egito fatímida, o padrão excedia 98% e mesmo se aproximou de 100% sobAlamir(r. 1101–1130). Sob osultãoSaladino(r. 1174–1193) cai para 90%, mas sobe novamente para 98-100% sob seus sucessores, sobretudoCamil(r. 1218–1238), a ponto deibne Bara escrever entre 1237 e 1257 que "não havia nem no Ocidente nem no Oriente dinares de um padrão que exceda o padrão dos de Alamir Camil". Não há estatísticas confiáveis à sua finura no tempo que declinou no Oriente (Império Gasnévida,Império Seljúcida,Império Corásmio, etc.) mas pelas informações disponíveis é possível dizer que noCoração Oriental nos séculos XI e XII a liga é de baixo teor deeletro contendo grande porcentagem de prata. Frações de eletro também aparecem nas taifas do Alandalus.[6]

A cunhagem de ouro foi a única usada pelos seljúcidas e seus contemporâneos e não se sabe como transações menores eram feitas, uma vez que os dinares era valiosos; pensa-se que antigas moedas de prata podem ter continuado a circular. No começo doséculo XII, o ouro também desaparece na Pérsia, mas todas as cunhagens ressurgem no fim do século na Pérsia Oriental sob oSultanato Gúrida e Império Corásmio. Se conhecem alguns dinares e dirrãs desvalorizados com o nome deGengis Cã, mas sob seus sucessores não há virtualmente cunhagem na Pérsia por boa parte doséculo XIII, exceto no Azerbaijão, onde oIlcanato fez sua capital, e emXiraz sob o vassaloReino Salgúrida[5] que cunhou "dinares" de prata e cobre.[6]

Outra mudança doséculo XI foi o fim do peso padrão fixo, uma resposta prática às realidades econômicas. Os dinares dos séculos XI e XII variam aleatoriamente de menos de um dinar para até cinco ou seis vezes o peso padrão. Isto significava que o valor de qualquer moeda de ouro individual tinha que ser determinado pesando-a, enquanto que inversamente o pagamento de um número especificado de dinares era realizado pesando-se moedas a granel com um equilíbrio em relação ao número correto de pesos padrão de dinar. Era provavelmente o resultado de taxas de cunhagem muito baixas aos dinares, o que tornou o valor monetário de uma moeda dinar muito próximo do valor comercial do ouro, deixando pouca margem à variação de peso que era inevitável quando as moedas eram feitas a mão. Parece ter sido mais fácil aos interessados ​​pesarem todos os pagamentos do que pesar moedas uma a uma.[5]

Corásmio, deMaomé II(r. 1200–1220)

As moedas de ouro do Egito à Ásia Central continuaram a ter um peso irregular até oséculo XV. Em 1296, o ilcãGazã e seu ministroRaxidadim iniciaram um novo sistema destinado a padronizar a cunhagem de todo o seu reino. O dinar era a unidade monetária básica, definida como o equivalente a seis dirrãs de prata, cada um com 4,30 gramas. Era uma unidade de conta, não uma moeda real. Moedas de ouro também faziam parte do novo sistema, mas eram chamadas de meticais, não dinares, e seu valor em relação aos dirrãs e dinares não era fixo. Quando o Ilcanato entrou em colapso e foi substituído por estados competidores de senhores da guerra, o peso do dirrã foi frequentemente reduzido, e o valor do dinar, como um múltiplo contábil do dirrã, declinou em proporção. No final doséculo XIV, o dinar era uma quantia muito pequena de dinheiro. O tomã, 10 000 dinares, tornou-se uma unidade de conta diária.[5]

Manco deOfa da Mércia(r. 757–796) imitando dinar abássida

Legado

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O termo dinar desaparece da cunhagem noséculo XII no Ocidente, noséculo XIII no Oriente eÍndia, e noséculo XIV no Egito. Apesar disso, como dinheiro, a palavra foi amplamente usada tanto durante quanto depois de sua circulação como moeda real. A influência do dinar sobre a economia daEuropa Ocidental foi grande e seu papel no comércio internacional medieval junto ao soldo ou nomisma bizantino foi largamente estudado. Tal como outros meios de troca populares, houve ocasiões nas quais os dinares foram imitados e o exemplo mais importante foi obesante (também chamado besâncio saracenato, sarrazinas, etc., o árabe dinar suri) doscruzados, que imitou sobretudo moedas fatímidas deAlmostancir(r. 1036–1094) e Alamir. No Mediterrâneo Ocidental, o dinar deu origem aomanco, um termo europeu usado para descrever o dinar árabe e como termo contábil, mas também, com nomes próprios qualificados, para designar imitações cristãs doséculo XI na Hispânia. Omorabitino original (maravedi, etc.) deAfonso VIII de Castela(r. 1158–1214) foi uma imitação do dinar morabitino com legendas cristãs em caráter árabe.[6]

Referências

  1. Gignoux 1995.
  2. abcdeMiles 1991, p. 297.
  3. abcdeGignoux 1995a.
  4. Alram 2008, p. 22.
  5. abcdefghiBates 1995.
  6. abcdMiles 1991, p. 298.
  7. Miles 1991, p. 297-298.

Bibliografia

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  • Alram, Michael (2008). «Early Sasanian Coinage». In: Curtis, Vesta Sarkhosh; Stewart, Sarah.The Sasanian Era - The Idea of Iran Volume III. Londres; Nova Iorque: I.B.Tauris & Co. Ltd.  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de editores (link)
  • Gignoux, Philippe (1995).«Dinar».Enciclopédia Islâmica Vol. VII Fasc. 4. Nova Iorque: Columbia University Press 
  • Gignoux, Philippe; Bates, Michael (1995a).«Dinar i. In Pre-Islamic Persia».Enciclopédia Islâmica Vol. VII Fasc. 4. Nova Iorque: Columbia University Press A referência emprega parâmetros obsoletos|coautor= (ajuda)
  • Bates, Michael; Gignoux, Philippe (1995).«Dinar ii. In Islamic Persia».Enciclopédia Islâmica Vol. VII Fasc. 4. Nova Iorque: Columbia University Press A referência emprega parâmetros obsoletos|coautor= (ajuda)
  • Miles, G. C. (1991). «Dinar».The Encyclopedia of Islam, New Edition, Volume II: C–G. Leida e Nova Iorque: BRILL.ISBN 90-04-07026-5 
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