A etimologia da palavraDinamarca e, especialmente, a relação entre os dinamarqueses e a Dinamarca e a unificação do país como um único reino, ainda são assuntos que atraem debate.[17][18] Esta discussão é centrada principalmente no prefixo "Dan" e se refere aosdanos ou uma pessoa histórica chamada Dan. A questão é ainda mais complicada por uma série de referências a vários danos naEscandinávia ou em outros lugares naEuropa em fontesgregas eromanas (comoPtolomeu,Jordanes eGregório de Tours), bem como naliteratura medieval (comoAdão de Bremen,Beowulf, Widsith eEdda em verso).
A maioria dos manuais considera a origem da primeira parte da palavra,[19][20] bem como o nome das pessoas, de uma palavra que significa "terra plana", relacionada com as palavras emalemãotenne e emsânscritodhanus (धनुस्; "deserto"). O sufixomarca provavelmente significamarca (território), mas, no entanto há quem lhe atribuía como sendo "floresta" ou "fronteira", com referências prováveis para as florestas de fronteira no sul doSchleswig.[21]
Os primeirosachados arqueológicos da Dinamarca remontam ao período interglacial deEem, de 130 000 a 110 000 a.C.[22] A Dinamarca é habitada desde cerca de 12 500 a.C. e a agricultura é evidente desde 3900 a.C.[23] Uma garota provavelmente com cabelos escuros, pele escura e olhos azuis,caçadora-coletora morava no sul da Dinamarca há 5 700 anos.[24] AIdade do Bronze Nórdica (1800–600 a.C.) na Dinamarca foi marcada por túmulos, o que deixou uma abundância de descobertas, incluindolurs e ocarro solar.[25]
Durante a Idade do Ferro pré-romana (500 a.C.–1 d.C.), os grupos nativos começaram a migrar para o sul, e os primeiros dinamarqueses tribais chegaram ao país entre a Idade do ferro pré-romana e a alemã,[25] na Idade do ferro romana (1–400 d.C.). As províncias romanas mantinham rotas comerciais e relações com tribos nativas na Dinamarca, e moedas romanas foram encontradas na Dinamarca. Evidências de forte influência cultural celta datam deste período na Dinamarca e em grande parte do noroeste da Europa e estão entre outras coisas refletidas na descoberta do caldeirão de Gundestrup.
As estruturas de defesa deDanevirke foram construídas em fases a partir do século III e o tamanho dos esforços de construção em 737 d.C. é atribuído ao surgimento de um rei dinamarquês.[26][27] Um novo alfabeto rúnico foi usado pela primeira vez na mesma época e Ribe, a cidade mais antiga da Dinamarca, foi fundada por volta de 700 d.C.
Do século VIII ao X, a região escandinava mais ampla foi a fonte dosvikings. Eles colonizaram, invadiram e negociaram em todas as partes da Europa. Os Vikings dinamarqueses eram mais ativos nas Ilhas Britânicas do leste e sul e na Europa Ocidental.
A origem da Dinamarca está perdida na pré-história. Sua fortaleza mais velha é datada doséculo VII, ao mesmo tempo que o novo alfabeto rúnico. A Dinamarca foi unida porHaroldo Dente-Azul por volta de 958 d.C.
Após oséculo XI, os dinamarqueses ficaram conhecidos comoviquingues, colonizando, invadindo e negociando em toda a Europa.[28]
Em vários momentos da história, a Dinamarca controlou aInglaterra,Noruega,Suécia,Islândia, parte dasIlhas Virgens, partes da costa Báltica e o que é agora o norte daAlemanha. AEscânia foi parte da Dinamarca na maior parte de sua história, mas foi perdida para a Suécia em 1658.
A união com a Noruega foi dissolvida em 1814, quando Noruega entrou em uma nova união com a Suécia (até 1905). O movimento liberal e nacional dinamarquês teve seu momento culminante em 1830, e após as revoluções europeias de 1848, a Dinamarca tornou-se umamonarquia constitucional em 1849. O ducado de Schleswig tornou-se propriedade pessoal do rei da Dinamarca em 1460. As tentativas feitas a partir de 1846 pela Dinamarca para anexar o ducado de Schleswig, assim como também o ducado de Holstein, fracassaram durante a guerra dos Ducados (1864). Depois da guerra austro-prussiana em 1866, aPrússia, vitoriosa na guerra, anexou ambos os ducados e aproveitou para dissolvê-los transformando-os numa única unidade a província do Schleswig-Holstein. Estes ducados sempre fizeram parte doSacro Império Romano Germânico atéNapoleão dissolver este Império em 1806.
Derrotado Napoleão, após oCongresso de Viena em 1815, os ducados Schleswig e Holstein passaram a fazer parte daConfederação Germânica, herdeira natural do Sacro Império Romano Germânico, visto que estes ducados nunca pertenceram à Dinamarca, mas eram apenas propriedade pessoal dos seus soberanos simultaneamente reis da Dinamarca; um século depois em 1920, medianteplebiscito realizado devido à derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, uma das regiões plebiscitárias, o norte do Schleswig (Abstimmungsgebiet) foi cedida à Dinamarca, onde ainda hoje há alguns núcleos populacionais maioritariamente de língua alemã, cujos direitos como minoria nacional estão reconhecidos internacionalmente. Depois daSegunda gGuerra de Schleswig em 1864, o rei da Dinamarca teve que ceder os ducados de Schleswig e Holstein àPrússia em resultado da sua derrota pessoal, este episódio por simbiose marcou profundamente a identidade nacional dinamarquesa.
Durante a ocupaçãoalemã, o reiCristiano X tornou-se um poderoso símbolo dasoberania nacional. Esta imagem data do aniversário do rei, em 26 de setembro de 1940.
Após a derrota frente à Prússia, a Dinamarca adotou uma política de neutralidade, permanecendo neutra naPrimeira Guerra Mundial. Em 9 de abril de 1940, a Dinamarca foi invadida pelaAlemanha Nazista (operaçãoWeserübung) e permaneceu ocupada durante toda aSegunda Guerra Mundial, apesar de alguma pequena resistência interna. O país tentou ser o mais neutro possível e não ceder o seu poder interno ao controle nazista, sendo socialista na época, tentando inclusive persuadir dinamarqueses a não se afiliarem ao exército alemão, que ao fim da guerra, começou a intensificar este. Ao fim de 1944, poucos dinamarqueses apoiavam o regime de Hitler — ainda menos do que em 1940, justificando assim o aumento da resistência interna com atentados a soldados nazistas.
A mudança constitucional em 1953 levou a um parlamento decâmara única eleito porrepresentação proporcional, a adesão feminina ao trono dinamarquês, e da Groenlândia se tornando parte integrante da Dinamarca. Os social-democratas lideraram uma série de governos decoalizão pela maior parte da segunda metade do século XX em um país geralmente conhecida por suas tradições liberais.
Em 1973, juntamente com oReino Unido e aIrlanda, a Dinamarca aderiu à Comunidade Econômica Europeia, que posteriormente iria formar aUnião Europeia (UE) após um referendo público. OTratado de Maastricht, que envolvia uma maior integração europeia, foi rejeitado pelo povo dinamarquês em 1992; ele só foi aceito depois de um segundo referendo, em 1993, e pela adição de certas disposições para a Dinamarca. Os dinamarqueses rejeitaram oEuro comomoeda nacional em um referendo em 2000. AGroenlândia ganhou governo próprio em 1979 e foi premiada com aautodeterminação em 2009. A Groenlândia e asIlhas Faroé não são membros da UE; as Ilhas Faroé saíram da CEE em 1973 e a Groenlândia em 1986, em ambos os casos por causa de políticas de pesca.
A Dinamarca compartilha uma fronteira de 68 km com aAlemanha no sul e é cercada por 7 314km de mar (incluindo pequenas baías e enseadas).[30] Possui área total de 43 094 km². Desde 2000, a Dinamarca está ligada àSuécia pelaPonte do Øresund. A Dinamarca consiste napenínsula daJutlândia(Jylland) e de 443ilhas com nome, das quais 76 são habitadas, e entre as quais as mais importantes sãoFiónia e aZelândia(Sjælland) onde localiza-seCopenhaga a capital do país. A ilha deBornholm localiza-se um pouco para leste do resto do país, nomar Báltico. Muitas das ilhas estão ligadas por pontes.[31]
O país é, em geral, plano e com poucas elevações, os pontos mais elevados são oMøllehøj, oEjer Baunehøj e oYding Skovhøj, todos com altitude apenas uns centímetros acima dos 170 m. O clima é temperado, com invernos suaves e verões frescos. As cidades principais são a capital,Copenhague (na Zelândia),Aarhus (na Jutlândia),Odense (em Fyn) eAalborg (na Jutlândia).[32]
A Dinamarca encontra-se na zona declima temperado. O inverno não é muito frio, com temperaturas médias em janeiro e fevereiro de 0 °C, e o verão é fresco, com uma temperatura média em agosto de 15,7 °C.[30] A Dinamarca tem uma média de 712 mm de precipitação por ano; o outono é a estação do ano mais chuvosa e a primavera é a mais seca.
A Dinamarca é o lar de cerca de 30 mil espécies deplantas,fungos eanimais.Florestas cobrem aproximadamente 11% do território nacional, sendo tanto decíduas como coníferas, e constituindo o ecossistema mais diverso do país. Os ecossistemas marinhos também são diversos, com mais de 500 espécies deinvertebrados nas águas interiores dinamarquesas. A biodiversidade do país está em declínio, com 1 514 espécies sendo colocadas na lista vermelha daUnião Internacional para Conservação da Natureza. A área ocupada por habitats abertos, como pântanos, dunas de areia e brejos está a diminuir, de 12,5% do território nacional em 1965 para 9,2% em 2000. A área ocupada por florestas, no entanto, está a crescer, devido à políticas de reflorestamento.[33][34]
Cerca de 11% do território da Dinamarca é designado como áreas protegidas, um terço das quais estão nas categorias I e II da UICN. ARede Natura 2000 consiste um total de 16 638 quilômetros quadrados, dos quais 3 591 são terrestres e 13 047 marinhos. De acordo com um estudo daAgência Europeia do Ambiente publicado em 2020, o país é o segundo pior em conservação ambiental naUnião Europeia, a frente apenas daBélgica e atrás daEspanha. Há um total de 13 planos de manejo de espécies de plantas e animais, um plano de subsídios encoraja donos de terras privadas a plantarem florestas e a educação ambiental é promovida por uma série de ações escolares, que trouxeram resultados positivos.[33][34]
Gráfico da evolução demográfica da Dinamarca (1960 -2010)
De acordo com estatísticas de 2012 do governo dinamarquês, 89,6% da população de mais de 5 580 516 habitantes da Dinamarca é de ascendência dinamarquesa (definido como tendo pelo menos um pai que nasceu na Dinamarca e tem nacionalidade dinamarquesa). Muitos dos 10,4% restantes sãoimigrantes ou descendentes de imigrantes recentes de países vizinhos, além deTurquia,Iraque,Somália,Bósnia e Herzegovina,Sul da Ásia e doOriente Médio.[35]
A idade média é de 41,4 anos, com 0,97 homens por mulher. 99% da população (acima de 15 anos) éalfabetizada. Ataxa de fecundidade é de 1,73 filhos por mulher (est. 2013). Apesar da baixa taxa de natalidade, a população continua a crescer a uma taxa média anual de 0,23%.[36]
A Dinamarca é frequentemente classificada como o país mais feliz do mundo em estudos internacionais sobre níveis defelicidade entre a população.[38][39][40][41][42][43][44]
Em 2002, o governo conservador e nacionalista impôs a chamada regra dos 24 anos: os dinamarqueses só podem casar com estrangeiros se ambos os envolvidos tiverem mais de 24 anos de idade e cumprirem um rigoroso conjunto de condições. Em 2015, o país adotou uma lei de confisco altamente controversa, que permitiu apreender dinheiro e objetos de valor superior a 1 340 euros pertencentes a migrantes. Em 2018, o Parlamento autorizou a transformação da pequena ilha de Lindholm num centro de detenção para estrangeiros condenados à prisão, mas que as convenções internacionais impediram de ser reenviados para o seu país de origem. Em 2019, os pedidos de asilo atingiram o seu nível mais baixo desde 2008.[45]
De acordo com censos de 2009, 90,5% da população da Dinamarca era descendente da etniadinamarquesa. O restante eram imigrantes — ou descendentes de imigrantes — vindos daBósnia e Herzegovina, países vizinhos eÁsia. A população da Dinamarca é de 5 475 791 pessoas, com umadensidade demográfica de 129,16 habitantes por km².[30] Grande parte da população encontra-se no litoral, principalmente em áreas próximas a capitalCopenhague.
Odinamarquês é falado em todo o país, embora um pequeno grupo perto da fronteira alemã também falealemão.
De acordo com as estatísticas oficiais de janeiro de 2014, 78,4% da população da Dinamarca é composta por membros daIgreja Nacional da Dinamarca, a denominação religiosaoficialmente estabelecida, que éluterana na tradição.[46][47] Isto representa uma queda de 0,7% em relação ao ano anterior e 1,3% inferior em relação a dois anos antes. Apesar dos valores elevados de adesão, apenas 3% da população religiosa afirmam frequentar regularmente os cultos dominicais.[48][49]
AConstituição do país estabelece que os membros dafamília real devem ser seguidores da Igreja Nacional da Dinamarca, que é a igreja do estado, embora o restante da população seja livre para aderir a outras religiões.[47][50] Em 1682, o Estado concedeu o reconhecimento limitado a três grupos religiosos dissidentes da Igreja Estabelecida: ocatolicismo romano, aIgreja Reformada e oJudaísmo,[50] embora a conversão desses grupos vista pela Igreja da Dinamarca permaneceu ilegal inicialmente. Até os anos 1970, o Estado reconhecia formalmente as "sociedades religiosas" por intermédio de um decreto real. Atualmente, os grupos religiosos não precisam de reconhecimento oficial do governo na Dinamarca, podendo ser concedido a estes o direito de realizar casamentos e outras cerimônias, sem este reconhecimento.[50]
Osmuçulmanos na Dinamarca compõem cerca de 3% da população e formam a segunda maior comunidade religiosa do país, além da maior minoria religiosa.[51][52] Desde 2009, há dezenove comunidades muçulmanas reconhecidas na Dinamarca.[52] De acordo com o Ministério das Relações Exteriores dinamarquês, outros grupos religiosos correspondem a menos de 1% da população individualmente e cerca de 2%, quando considerados em conjunto.[53]
Conforme uma pesquisa feita peloEurobarómetro, em 2010, 28% dos cidadãos dinamarqueses entrevistados responderam que "acreditam que existe um Deus", 47% responderam que "acreditam que existe algum tipo de espírito ou força vital" e 24% responderam que "não acreditam que haja qualquer tipo de espírito, Deus ou força vital". Outra pesquisa, realizada em 2009, constatou que 25% dos dinamarqueses acreditam queJesus Cristo é o filho de Deus, e 18% acreditam que é o salvador do mundo.[54][55]
Em 1849, o Reino da Dinamarca passou a ser umamonarquia constitucional com a adaptação de uma novaconstituição. Omonarca (ORei Frederico X) é efectivamente ochefe de estado, a sua função é essencialmente de representação máxima do Estado e do povo. É, à semelhança da generalidade dos chefes de estado dasmonarquias do norte da Europa, titular de um papel cerimonial que representa a tradição e cultura enraizada do respectivo povo. O poder executivo é exercido pelos ministros, sendo o primeiro-ministro umprimeiro entre iguais (primus inter pares). Os tribunais da Dinamarca são funcional e administrativamente independentes dos poderes executivo e legislativo. O atual monarca da Dinamarca é oRei Frederico X. Seu filho, oPríncipe Christian é o herdeiro do trono.[56]
OFolketing é o parlamento nacional, o órgãolegislativo supremo do reino. Em teoria, ele tem a autoridade legislativa suprema de acordo com a doutrina da soberania parlamentar. O parlamento é capaz de legislar sobre qualquer assunto e não é vinculado às decisões de seus antecessores. Entretanto questões sobre soberania têm sido antecipadas por causa da entrada da Dinamarca naUnião Europeia. Parlamento é composto por 175 membros eleitos por maioria proporcional, além de dois membros daGroenlândia e dasIlhas Faroé cada.[57] As eleições parlamentares são realizadas pelo menos a cada quatro anos, mas está dentro dos poderes doprimeiro-ministro pedir ao monarca para chamar para uma eleição antes do prazo decorrido. Em um voto de confiança, o parlamento pode forçar um único ministro ou todo o governo a demitir-se.[58]
Osistema político dinamarquês tradicionalmente tem gerado coligações A maioria dos governos dinamarqueses do pós-guerra foramcoalizões minoritárias governando com o apoio dos partidos não governamentais.[59]
A política externa dinamarquesa é baseada na sua identidade como uma naçãosoberana naEuropa. Como tal, o seu principal foco na política externa é em suas relações com outras nações como uma nação independente. A Dinamarca há muito tempo tem boas relações com outras nações. O país esteve envolvido na coordenação da ajuda ocidental para ospaíses bálticos (Estônia,[60]Letônia eLituânia).[61]
Após aSegunda Guerra Mundial, a Dinamarca terminou com a suapolítica de neutralidade de mais de duzentos anos. A Dinamarca tem sido um membro daOrganização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) desde a sua fundação, em 1949, e a participação na aliança militar continua a ser altamente popular.[62] Houve vários confrontos sérios entre os Estados Unidos e a Dinamarca sobre a política de segurança entre 1982 e 1988, quando uma maioria parlamentar alternativa forçou o governo a adotar posições nacionais específicas sobre as questões nucleares e de controle de armas. Com o fim daGuerra Fria, no entanto, a Dinamarca tem apoiado os objetivos da política dos Estados Unidos dentro da OTAN.[62]
A Agência de Gerenciamento de Emergências Dinamarquês (Beredskabsstyrelsen) emprega 2 000 (incluindo recrutas) e cerca de quatro mil estão em serviços não específicos de cada ramo militar, como o Comando de Defesa Dinamarquês. Além disso em torno de 55 000 servem como voluntários noGuarda Caseira Real Dinamarquesa (Hjemmeværnet).
O país é um forte defensor da manutenção da paz internacional. A Defesa Dinamarquesa tem em torno de 1 400[63] soldados em missões internacionais, não incluindo as contribuições permanentes da OTAN. As três maiores contribuições estão noAfeganistão (ISAF),Kosovo (KFOR) e noLíbano (UNIFIL). Entre 2003 e 2007, havia cerca de 450 soldados dinamarqueses noIraque.[64]
A Dinamarca divide-se em cincoregiões (regioner, singularregion, emdinamarquês) nas quais se distribuem 98municípios. As regiões foram criadas em 1 de janeiro de 2007 como parte daReforma Estrutural da Dinamarca e substituem os treze antigos condados (amter). Na mesma data, os 270 municípios foram consolidados em 98.[65][66]
AGroenlândia e asilhas Faroé integram o Reino da Dinamarca, mas gozam deautonomia e uma grande medida de autogoverno; ambas possuem dois membros, cada, no parlamento dinamarquês.[carece de fontes?]
A economia da Dinamarca é dependente dos intercâmbios comerciais com os outros países e da capacidade de influência nas conjunturas internacionais e nos fatores econômicos. O valor das exportações e importações compõe cerca de um 1/3 doPIB do país. Grande parte dos intercâmbios comerciais são feitos com demais países daUnião Europeia. O sócio de comércio bilateral mais importante é a Alemanha, tendo uma boa interação económica com aSuécia e aGrã-Bretanha. Fora da UE, a Dinamarca mantém relações comerciais com aNoruega, osEstados Unidos e oJapão.[carece de fontes?]
Desde aSegunda Guerra Mundial, asexportações dinamarquesas têm-se expandido. A venda de produtos industriais ultrapassou a exportação agrária, ocupando um lugar cada vez mais importantes dentro da pauta de exportações da Dinamarca. No final dos anos 1990, a exportação industrial constituiu aproximadamente 80% do valor total das vendas ao exterior, enquanto as vendas de produtos agrários representaram 11%. As áreas de ferramentas e maquinaria formam 26% do total das exportações industriais, os produtos químicos representam 12% e os produtos da indústria agroalimentícia, incluída carne de conserva, atendem a 4%. O forte crescimento económico da Dinamarca entre as décadas de 1960 e 1980 não refletiu num bom desempenho nos anos 1990, o que influenciou numa ligeira queda na exportação na área de serviços.[carece de fontes?]
Na pauta deimportações, os principais produtos comprados são matérias-primas e produtos semifabricados, incluindo a energia. A compra de maquinaria e equipamentos de produção para indústria e comércio representa 67% do valor total de importações. Nos anos 1980, a importação de energia caiu significativamente, devido ao aumento da produção interna de petróleo. Os outros 33% de importações são de produtos de consumo, especificamente automóveis.
Todos os programas educacionais na Dinamarca são regulados peloMinistério da Educação e administrados pelos municípios locais. Ofolkeskole abrange todo o período da escolaridade obrigatória, englobando oensino primário e oensino secundário. A maioria das crianças frequenta ofolkeskole por 10 anos, das idades de 6 a 16 anos. Não há exames finais, mas os alunos podem optar por um teste quando terminam o nono ano (14 a 15 anos de idade). O teste é obrigatório se houver formação adicional. Os alunos podem, em alternativa, frequentar uma escola independente (friskole) ou uma escola privada (privatskole), como escolas cristãs ou escolas estrangeiras.[67]
A Dinamarca tem fontes consideráveis depetróleo egás natural noMar do Norte e classificada como o 32ª maior exportador líquido depetróleo bruto do mundo[68] e estava produzindo 259 980barris de petróleo por dia em 2009.[69] A maior parte da eletricidade é produzida a partir decarvão, mas, no final de 2015, 42% da demanda de eletricidade era fornecida através deturbinas eólicas.[70]
A Dinamarca é um líder de longa data emenergia eólica e, em maio de 2011, a Dinamarca investia 3,1% do seuproduto interno bruto em tecnologias de eficiência energética e em fontes deenergias renováveis (limpas), algo em torno de 6,5 bilhões deeuros.[71] A Dinamarca é interligada porlinhas de transmissão de energia elétrica para outros países europeus. Em 6 de setembro de 2012, o país construiu a maior turbina eólica do mundo e vai acrescentar mais quatro nos próximos quatro anos.
O setor elétrico Dinamarca integrou fontes de energia como a energia eólica para a rede nacional. Dinamarca agora pretende se concentrar em sistemas de baterias inteligentes (V2G) e emveículos elétricos no setor dos transportes.[72][73]
Cartão de acesso ao serviço público de saúde dinamarquêsHospital Universitário deOdense
Em 2015, a Dinamarca tinha umaesperança de vida de 80,6 anos de idade, sendo que os homens dinamarqueses vivem, em média, 78,6 anos, e as mulheres vivem 82,5 anos em média.[74] Houve um aumento na expectativa, tendo em vista que, em 2000, a média era de 76,9 anos.[74] Esta é a27ª melhor esperança de vida entre 193 nações, atrás dos outros países nórdicos. O Instituto Nacional de Saúde Pública daUniversidade do Sul da Dinamarca calculou 19 importantes fatores de risco entre os dinamarqueses, que contribuem para a redução da expectativa de vida, incluindo o fumo, álcool, abuso de drogas e inatividade física.[75] Embora a taxa de obesidade seja menor que na América do Norte e na maioria dos outros países europeus,[76] o grande número de dinamarqueses com sobrepeso é um problema crescente e resulta em um consumo adicional anual, no sistema de saúde, de 1,625 milhões decoroas dinamarquesas.[75] Em um estudo de 2012, a Dinamarca teve a maior taxa de câncer entre todos os países listados peloWorld Cancer Research Fund International, com pesquisadores sugerindo que os motivos vão desde fatores relacionados ao estilo de vida, como consumo abusivo de álcool e tabagismo, até a falta de atividades físicas.[77][78]
A Dinamarca tem umsistema de saúde de caráteruniversal epúblico, caracterizado por ser financiado publicamente através de impostos e, para a maioria dos serviços, ser executado diretamente pelas autoridades regionais. Uma das fontes de renda é uma contribuição nacional de saúde (sundhedsbidrag), da ordem de 1% em 2017.[79] Outra fonte vem dos municípios que tiveram seus impostos de renda aumentados em 3 pontos percentuais a partir de 1º de janeiro de 2007, uma contribuição confiscada do antigo imposto municipal, sendo usado desde janeiro de 2007 para fins de saúde pelos municípios. Isso significa que a maioria dosserviços de saúde é gratuito no ponto de entrega para todos os residentes. Além disso, aproximadamente dois em cada cinco dinamarqueses têmplano de saúde complementar privado, para cobrir serviços não totalmente cobertos pelo estado, como afisioterapia. Desde 2012, a Dinamarca destina 11,2% do seu Produto interno bruto (PIB) em cuidados de saúde, representando um aumento de 9,8% desde 2007. Isto coloca a Dinamarca acima da média daOCDE e acima da média dos gastos com saúde registrados por outros países nórdicos.[80][81]
A Dinamarca, como seus vizinhosescandinavos, tem sido historicamente uma das culturas mais socialmente progressistas do mundo. Em 1969, o país foi o primeiro a legalizar apornografia[82] e, em 2012, a Dinamarca substituiu suas leis de "parceria registrada", que tinha sido o primeiro país a introduzir, em 1989,[83][84] ocasamento igualitário.[85][86] A modéstia, a pontualidade, mas acima de tudo, a igualdade, são aspectos importantes da maneira de viver dos dinamarqueses.[87]
As descobertas astronômicas deTycho Brahe (1546-1601), a articulação negligenciada deLudwig A. Colding (1815-1888) do princípio daconservação de energia e as contribuições para afísica atômica deNiels Bohr (1885-1962) indicam a gama de realizações científicas dinamarquesas. Os contos de fadas deHans Christian Andersen (1805-1875), os ensaios filosóficos deSøren Kierkegaard (1813-1855), os contos deKaren Blixen (pseudônimoIsak Dinesen, (1885-1962), as peças deLudvig Holberg (1684 -1754) e a densa poesia aforística dePiet Hein (1905-1996), ganharam reconhecimento internacional, assim como as sinfonias deCarl Nielsen (1865-1931). A partir de meados da década de 1990, os filmes dinamarqueses têm atraído a atenção internacional, especialmente aqueles associados comDogma 95 como os deLars von Trier.
A primeira literatura dinamarquesa conhecida são os mitos e folclore dos séculos X e XI.Saxão Gramático, historiador da Dinamarca medieval e normalmente considerado o primeiro escritor dinamarquês, trabalhou para o bispoAbsalão de Lund em uma crônica da história dinamarquesa (Gesta Danorum).[88][89] Muito pouco se sabe de outra literatura dinamarquesa da Idade Média. Com oIluminismo veioLudvig Holberg, cujas peças de comédia ainda hoje são encenadas.[90]
A filosofia dinamarquesa tem uma longa tradição como parte da filosofia ocidental. Talvez o filósofo dinamarquês mais influente tenha sidoSøren Kierkegaard, o criador doexistencialismo cristão.[91] Kierkegaard tinha alguns seguidores dinamarqueses, incluindoHarald Høffding, que mais tarde em sua vida se juntou ao movimento dopositivismo.[92] Entre os outros seguidores de Kierkegaard estãoJean-Paul Sartre, que ficou impressionado com as opiniões de Kierkegaard sobre o indivíduo[93] eRollo May, que ajudou a criar apsicologia humanista.[94] Outro filósofo dinamarquês digno de nota éGrundtvig, cuja filosofia deu origem a uma nova forma de nacionalismo não agressivo na Dinamarca, e que também é influente por suas obras teológicas e históricas.[95]
O desporto mais popular na Dinamarca é ofutebol.[96] Vela e outros desportos aquáticos são populares, assim comogolfe e desportosindoor, como badmínton, handebol, e várias formas deginástica. O piloto de maior sucesso de todos os tempos nas 24 Horas de Le Mans, com 8 primeiros lugares, éTom Kristensen.
Em 1992, aSeleção dinamarquesa de futebol venceu o Campeonato Europeu. Em Copas do Mundo, a melhor colocação da Dinamarca foram as quartas de final de 1998.
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Notas (C) Nos 15 membros daCommonwealth, o monarca, à excepção do Reino Unido, é representado por um Governador Geral. (J) Monarca discutível como sendo o verdadeiro Chefe de Estado. (Q) Tecnicamente uma monarquia constitucional mas mostra eficazes propriedades de uma monarquia absoluta. (U) O monarca utiliza o título não-monárquico de "Presidente".