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Dióxido de enxofre

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Dioxido de enxofre
Nomes
Outros nomesóxido de enxofre (IV); anidrido sulfuroso
Dióxido de enxofre
Identificadores
Número CAS7446-09-5
PubChem1119
Número EINECS231-195-2
ChemSpider1087
Número RTECSWS4550000
Dióxido de enxofre
Propriedades
Fórmula químicaSO2
Massa molar64.07 g mol−1
Aparênciagás incolor
Densidade2,73 kg·m-3 (1 bar, 15 °C)[1]
Ponto de fusão-75 °C[1]
Ponto de ebulição-10 °C[1]
Solubilidade emágua112 g·l-1[1]
Pressão de vapor0,33 MPa (21 °C)[1]
Acidez (pKa)1.81[carece de fontes?]
Dióxido de enxofre
Estrutura
Forma molecularBent 120°[2]
Momento dipolar1.63D
Dióxido de enxofre
Riscos associados
Classificação UETóxico
Índice UE016-011-00-9
NFPA 704
0
3
0
 
Frases RR23R34
Frases SS1/2S9S26S36/37/39S45
LC503000 ppm/30 min mouse inhalation
Ponto de fulgornão inflamável
LD502520 ppm (Rato, inalação)[3]
Dióxido de enxofre
Compostos relacionados
Outrosaniões/ânionsTetrafluoreto de enxofre
Tetranitreto de tetraenxofre
Outroscatiões/cátionsDióxido de selênio
Dióxido de telúrio
Trióxido de fósforo
Trióxido de dicloro
Óxidos de enxofre relacionadosMonóxido de enxofre
Trióxido de enxofre
Compostos relacionadosÁcido sulfuroso
Cloreto de tionila (SOCl2)
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedadesn,εr, etc.
Dados termodinâmicosPhase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectraisUV,IV,RMN,EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sobcondições normais de temperatura e pressão.

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Odióxido deenxofre, também conhecido comoanidrido sulfuroso, é umcomposto químico constituído por doisátomos deoxigênio e um deenxofre; a suafórmula química é SO2. É umgás denso, incolor, não inflamável e altamentetóxico e a sua inalação pode ser fortemente irritante. Esse gás é o responsável pelo cheiro defósforos queimados.

Estrutura e ligação

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O SO2 é uma molécula degeometria angular, fazendo parte dogrupo pontual C2v. Uma abordagem pelateoria da ligação de valência, considerando somenteorbitaiss ep descreveria a molécula em termos deressonância, em estruturas distintas.

Estruturas de ressonância para a molécula de dióxido de enxofre, SO2

A ligação enxofre-oxigênio possui umaordem de ligação de 1,5. Essa abordagem simples é apoiada e não inclui a participação do orbitald.[4] Em termos formais decontagem de elétrons, o átomo de enxofre apresenta umestado de oxidação de +4 e umacarga formal de +1.

Ocorrência

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Brilho azul das auroras boreais na alta atmosfera de Io, causado por dióxido de enxofre vulcânico

É liberado naturalmente por meio deatividade vulcânica.

Dióxido de enxofre é encontrado na Terra em concentrações muito pequenas e na atmosfera em concentrações de aproximadamente 1 ppm (parte por milhão).[5][6]

Em outros planetas, dióxido de enxofre pode ser encontrado em diversas concentrações, o mais significante sendo naatmosfera de Vênus, onde é o terceiro gás atmosférico mais significante em uma concentração de 150 ppm. Lá, ele se condensa para formar nuvens, e é um componente chave das reações químicas na atmosfera do planeta, também contribuindo para oaquecimento global.[7] Foi sugerido como componente chave no aquecimento deMarte em seu período primordial, com concentrações estimadas de até 100 ppm[8] na baixa atmosfera do planeta, porém só existe em quantidadesà nível de traço. Em ambos Vênus e Marte, assim como na Terra, sua fonte primária é presumida como vulcânica. A atmosfera deIo, um satélite natural deJúpiter, é 90% dióxido de enxofre[9] e também se supõe que esteja à nível de traço naatmosfera de Júpiter.

É supostamente encontrado em abundância nasluas de Galileu em forma de gelo, como gelosublimável ou geada na atmosfera "em fuga" de Io[10] e na crosta e manto deEuropa,Ganimedes eCalisto, possivelmente também em forma líquida e reagindo rapidamente com água.[11]

Produção

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O dióxido de enxofre é produzido principalmente para manufatura deácido sulfúrico (verprocesso de contato). A maior parte é produzida pelacombustão do enxofre elemental; em menor escala é obtido pelaustulação dapirita e outros minérios sulfetados.[12]

É ainda um gás emitido na queima decombustíveis em veículos e indústrias juntamente comóxidos decarbono (CO e CO2), e denitrogênio.

Um experimento mostrando a queima de enxofre em oxigênio. Uma câmara de fluxo acoplada à um frasco de lavagem de gás (contendolaranja de metila) está sendo usada. O produto é dióxido de enxofre (SO2) com alguns traços detrióxido de enxofre (SO3). A "fumaça" que sai do frasco de lavagem de gás é, na verdade, uma névoa de ácido sulfúrico gerada pela reação do trióxido de enxofre com a água.

Rotas de combustão

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Dióxido de enxofre é o produto da combustão do enxofre ou de materiais que contenham enxofre em sua composição:

S + O2 → SO2, ΔH = −297 kJ/mol

Para auxiliar na combustão, enxofre liquefeito (140–150 °C) é pulverizado através de um bocal de atomização para gerar gotículas de enxofre com uma grande área de superfície. A reação éexotérmica, e a combustão produz temperaturas de 1000–1600 °C. A quantidade considerável de calor gerado é recuperada pela geração de vapor, que pode posteriormente ser convertida em eletricidade.[12]


A combustão desulfeto de hidrogênio e compostosorganossulfurados ocorre de maneira semelhante. Por exemplo:

2 H2S + 3 O2 → 2 H2O + 2 SO2

A ustulação de minérios sulfetados como pirita,esfalerita ecinábrio (sulfeto de mercúrio) também liberam SO2:[13]

4 FeS2 + 11 O2 → 2 Fe2O3 + 8 SO2
2 ZnS + 3 O2 → 2 ZnO + 2 SO2
HgS + O2 → Hg + SO2
4 FeS + 7O2 → 2 Fe2O3 + 4 SO2

Uma combinação dessas reações é responsável pela maior fonte de dióxido de enxofre, aserupções vulcânicas. Esses eventos podem liberar milhões de toneladas de SO2.

Redução de óxidos superiores

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Dióxido de enxofre também pode ser um subproduto da manufatura decimento desilicato de cálcio;CaSO4 pode ser aquecido comcoque e areia nesse processo:[carece de fontes?]

2 CaSO4 + 2 SiO2 + C → 2 CaSiO3 + 2 SO2 + CO2

Em uma escala laboratorial, a ação de ácido sulfúrico concentrado quente emcavacos decobre produz dióxido de enxofre.

Cu + 2 H2SO4 → CuSO4 + SO2 + 2 H2O

A partir de sulfitos

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Sulfitos resultam da ação de bases aquosas no dióxido de enxofre:[carece de fontes?]

SO2 + 2 NaOH → Na2SO3 + H2O

A reação inversa ocorre com a acidificação:

H+ + HSO3 → SO2 + H2O

Reações

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Apresentando enxofre no estado de oxidação +4, o dióxido de enxofre é umagente redutor. É oxidado por halogênios para produzirhaletos de sulfonilo, como ocloreto de sulfurila:

SO2 + Cl2 → SO2Cl2

Dióxido de enxofre é oagente oxidante noprocesso Claus, que é utilizado em larga escala emrefinarias de petróleo. Aqui, o dióxido de enxofre é reduzido pelo sulfeto de hidrogênio para produzir enxofre elemental:

SO2 + 2 H2S → 3 S + 2 H2O

A oxidação sequencial de dióxido de enxofre seguida pela hidratação é usada na produção de ácido sulfúrico.

2 SO2 + 2 H2O + O2 → 2 H2SO4

Reações de laboratório

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O dióxido de enxofre é um dos poucos gases ácidos comuns que também são redutores. Ele torna rosa opapel tornassol úmido (devido à acidez), e então branco (devido à sua ação alvejante). Pode ser identificado pelo borbulhamento através de uma solução dedicromato, mudando a cor da solução de laranja para verde (Cr3+(aq)). Também pode reduzir íons férricos para ferrosos.[14]

Reação quelotrópica dobutadieno com SO2.

O dióxido de enxofre pode reagir com alguns 1,3-dienos emreações quelotrópicas para formarsulfonas cíclicas. Essa reação é explorada em escala industrial para síntese desulfolano, que é um solvente importante naindústria petroquímica.

O dióxido de enxofre pode se ligar a íons metálicos comoligante para formar complexos de metal-dióxido de enxofre, normalmente onde o metal de transição está em estado de oxidação 0 ou +1. Vários modos de ligação (geometrias) são observados, mas na maioria dos casos, o ligante é monodentado, ligado ao metal através do enxofre, que pode ser planar ou piramidalη1.[15] Como um η1-SO2 (S-ligante planar) o dióxido de enxofre ligante funciona como umabase de Lewis usando o par de elétrons não-ligantes do S. O SO2 funciona como um ácido de Lewis no modo de ligação η1-SO2 (S-ligante piramidal) com metais e emadutos 1:1 com bases de Lewis como adimetilacetamida etrimetilamina. Quando ligado a bases de Lewis, os parâmetros ácidos do SO2 são EA = 0,51 e EA = 1,56.

Aplicações

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O uso mais abrangente e predominante do dióxido de enxofre é para produção deácido sulfúrico, que possui numerosas aplicações como produto químico.[12]

Precursor do ácido sulfúrico

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O dióxido de enxofre é um intermediário na produção de ácido sulfúrico, sendo convertido em trióxido de enxofre, e então emoleum (ácido dissulfúrico), que é transformado em ácido sulfúrico. Dióxido de enxofre para esse fim é produzido quando enxofre se combina com oxigênio. O método para converter dióxido de enxofre em ácido sulfúrico é chamado de processo de contato. Milhões de toneladas são produzidos anualmente com esse propósito.

Conservante

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O dióxido de enxofre é ainda utilizado como desinfetante, antisséptico e antibacteriano, como agente branqueador e conservador de produtos alimentares, nomeadamente frutos secos, e ainda na produção de bebidas alcoólicas e particularmente no fabrico do vinho. No vinho, o dióxido de enxofre aparece na sua forma livre hidratada H2SO3 ouácido sulfuroso. O dióxido de enxofre é utilizado navinificação pois inibe ou interrompe o desenvolvimento dasleveduras ebactérias, detendo assim afermentação alcoólica no momento desejado, ao mesmo tempo que assegura a esterilização do vinho. Acresce que o dióxido de enxofre “seleciona” asleveduras necessárias àvinificação, pois estas são mais resistentes que outras presentes no processo mas não desejadas. Nos rótulo das garrafas de vinho normalmente vem especificado que o produto tem INS 220 ou Conservante PV, ou seja, o próprio SO2. Muitas pessoas portadoras deenxaqueca relatam o agravamento da crise após tomar vinhos, que pode ser causada por estesconservantes, entretanto, não há conclusões definitivas sobre esse elemento ser o causador das dores de cabeça.

Como agente redutor

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O dióxido de enxofre também é um bom redutor. Na presença de água, o SO2 é capaz de descolorir substâncias. Mais especificamente, ele é um alvejante útil para papel e materiais delicados como roupas. Porém, esse efeito alvejante normalmente não dura muito tempo, já que o oxigênio na atmosfera oxida novamente os corantes reduzidos, fazendo com que recuperem a coloração.

Para o tratamento de esgoto municipal, dióxido de enxofre é utilizado para tratar água residual clorada antes da liberação para consumo. O SO2 reduz cloro livre e combinado para cloreto.[16]

O dióxido de enxofre é bastante solúvel em água, e pelas análises deespectroscopia de infravermelho eespectroscopia Raman; o hipotético ácido sulfuroso, H2SO3, não está presente em nenhuma concentração. Entretanto, essas soluções mostram espectros do íon sulfito de hidrogênio, HSO3, pela reação com água, e ele é de fato o agente redutor presente:

SO2 + H2O ⇌ HSO3 + H+

Impacto ambiental

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Solubilidade de alguns gases em água (Pgás = 1 atm)[17]
GásSolubilidade em água (g/L)
10oC20oC25oC
SO2153,9106,694,1
CO21,691,45
O30,8020,610
NO0,07700,06300,0577
O20,05450,04430,0406

O dióxido de enxofre apresenta uma melhor solubilidade em água, se comparado com outros gases presentes na atmosfera, o que resulta em um enriquecimento de S (IV) na água da chuva, nuvens e neblina.[17]

É, juntamente com odióxido de nitrogênio (NO2), um dos principais causadores dachuva ácida, pois, associado à água presente na atmosfera, formaácido sulfuroso. Por ser prejudicial à saúde e ao meio ambiente limita-se o teor de enxofre presente nos combustíveis de modo a diminuir a emissão desse gás.

Ver também

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Referências

  1. abcdeSicherheitsdatenblatt (Praxair)
  2. Table of Geometries based on VSEPR
  3. (en)« Sulfur dioxide » emChemIDplus
  4. Cunningham, Terence P.; Cooper, David L.; Gerratt, Joseph; Karadakov, Peter B.; Raimondi, Mario (1997).«Chemical bonding in oxofluorides of hypercoordinate sulfur».Journal of the Chemical Society, Faraday Transactions (13): 2247–2254.doi:10.1039/a700708f. Consultado em 31 de maio de 2021 
  5. Pickering, Kevin T. (1997).An introduction to global environmental issues. Lewis A. Owen 2nd ed ed. London: Routledge.OCLC 229925720  !CS1 manut: Texto extra (link)
  6. Taylor, J.A.; Simpson, R.W.; Jakeman, A.J. (maio de 1987).«A hybrid model for predicting the distribution of sulphur dioxide concentrations observed near elevated point sources».Ecological Modelling (em inglês) (3-4): 269–296.doi:10.1016/0304-3800(87)90071-8. Consultado em 1 de junho de 2021 
  7. Marcq, Emmanuel; Bertaux, Jean-Loup; Montmessin, Franck; Belyaev, Denis (janeiro de 2013).«Variations of sulphur dioxide at the cloud top of Venus's dynamic atmosphere».Nature Geoscience (em inglês) (1): 25–28.ISSN 1752-0894.doi:10.1038/ngeo1650. Consultado em 1 de junho de 2021 
  8. Halevy, I.; Zuber, M. T.; Schrag, D. P. (21 de dezembro de 2007).«A Sulfur Dioxide Climate Feedback on Early Mars».Science (em inglês) (5858): 1903–1907.ISSN 0036-8075.doi:10.1126/science.1147039. Consultado em 1 de junho de 2021 
  9. Lopes, Rosaly M. C. (2007).Io after Galileo : a new view of Jupiter's volcanic moon. John R. Spencer. Berlin: Springer.OCLC 185022041 
  10. Cruikshank, D. P.; Howell, R. R.; Geballe, T. R.; Fanale, F. P. (1985). Klinger, Jürgen; Benest, Daniel; Dollfus, Audouin; Smoluchowski, Roman, eds.«Sulfur Dioxide Ice on IO». Dordrecht: Springer Netherlands: 805–815.ISBN 978-94-010-8891-6.doi:10.1007/978-94-009-5418-2_55. Consultado em 1 de junho de 2021 
  11. Europa's Hidden Ice Chemistry – NASA Jet Propulsion Laboratory. Jpl.nasa.gov (2010-10-04). Retrieved on 2013-09-24.
  12. abcMüller, Hermann (15 de junho de 2000). Wiley-VCH Verlag GmbH & Co. KGaA, ed.«Sulfur Dioxide». Weinheim, Germany: Wiley-VCH Verlag GmbH & Co. KGaA (em inglês): a25_569.ISBN 978-3-527-30673-2.doi:10.1002/14356007.a25_569. Consultado em 1 de junho de 2021 
  13. Shriver, Atkins. Inorganic Chemistry, Fifth Edition. W. H. Freeman and Company; New York, 2010; p. 414.
  14. Government of Canada, Public Services and Procurement Canada.«Information archivée dans le Web»(PDF).publications.gc.ca. Consultado em 3 de junho de 2021 
  15. Greenwood, Norman N.; Earnshaw, Alan (1997).Chemistry of the Elements (2nd ed.). Butterworth-Heinemann. ISBN978-0-08-037941-8.
  16. Metcalf & Eddy (1979).Wastewater engineering : treatment disposal reuse. George Tchobanoglous 2d ed ed. New York: McGraw-Hill.OCLC 3843118  !CS1 manut: Texto extra (link)
  17. abC.R. Martins e J.B. de Andrade -Química Atmosférica do Enxofre (IV): Emissões, Reações em Fase Aquosa e Impacto Ambiental - Quim. Nova, Vol. 25, No. 2, 259-272, 2002


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