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Desnutrição

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Desnutrição
Laço laranja,laço solidário para a desnutrição.
EspecialidadeMedicina intensiva
SintomasProblemas no desenvolvimento físico e mental, pouca energia, aumento de volume das pernas eabdómen[1][2]
CausasDieta com quantidade insuficiente ou excessiva denutrientes,má-absorção intestinal[3][4]
Fatores de riscoNãoamamentar,gastroenterite,pneumonia,malária,sarampo[5]
PrevençãoMelhoria das práticas agrícolas, diminuição dapobreza, melhora dosaneamento, igualdade para as mulheres[6][7]
TratamentoMelhoria danutrição,suplementos alimentares, alimentos terapêuticos, tratamento da causa subjacente[6][8][9]
Frequência793 milhões subnutridos / 13% da população mundial (2015)[10]
Mortes406 000 por deficiências nutricionais (2015)[11]
Classificação e recursos externos
CID-10E40-E46
CID-9263.9
MedlinePlus000404
eMedicineped/1360
MeSHD044342
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Desnutrição é uma condição em que ocorrem problemas de saúde como resultado de umadieta com consumo insuficiente ou excessivo denutrientes.[3][1] A desnutrição pode ter origem em desequilíbrios decalorias,proteínas,hidratos de carbono ousais minerais.[1] O consumo insuficiente de nutrientes denomina-sesubnutrição e o consumo excessivosupernutrição.[2] O termo desnutrição é muitas vezes usado como sinónimo de subnutrição para se referir especificamente aos casos em que a pessoa não consome calorias, proteínas oumicronutrientes em quantidade suficiente.[2][12] A subnutrição durante agravidez ou antes dos dois anos de idade pode causar problemas permanentes a nível do desenvolvimento físico e intelectual.[1] A subnutrição extrema, denominadainanição, manifesta-se através de sintomas como baixa estatura, corpo muito magro, níveis de energia muito baixos e pernas eabdómen inchados.[1][2] As pessoas subnutridas apresentam maior risco de contrairinfeções e estão frequentementefrias.[2] Os sintomas da deficiência de micronutrientes dependem do micronutriente em falta.[2]

A causa mais comum de subnutrição é a indisponibilidade de alimentos de qualidade.[5] Esta situação tem geralmente origem napobreza ou no elevado custo económico dos alimentos.[1][5] Podem também contribuir para esta condição a falta deamamentação e uma série dedoenças infeciosas como agastroenterite,pneumonia,malária esarampo, as quais aumentam a necessidade de nutrientes.[5] Existem dois tipos principais de subnutrição:desnutrição proteico-energética e desnutrição causada por deficiências dietéticas.[12] A desnutrição proteico-energética tem duas formas graves:marasmo (falta de proteínas e calorias) ekwashiorkor (falta de proteínas).[2] Entre as deficiências de micronutrientes mais comuns estão adeficiência de ferro,deficiência de iodo edeficiência de vitamina A.[2] Estas deficiências são mais comuns durante agravidez, dado que aumentam as necessidades do corpo.[13] Em algunspaíses em vias de desenvolvimento começa-se a verificar sobrenutrição na forma deobesidade nas mesmas comunidades em que existe subnutrição.[14] Entre outras causas de desnutrição estão aanorexia nervosa ecirurgia bariátrica.[15][16]

A melhoria da nutrição é uma das formas mais eficazes deajuda ao desenvolvimento.[6] Aamamentação permite diminuir a incidência de desnutrição e morte em crianças.[1][8] Nas crianças mais novas, fornecer alimentos para além do leite materno entre os seis meses e dois anos de idade melhora o prognóstico.[8] Há evidências sólidas que apoiam a eficácia desuplementação alimentar de vários micronutrientes em grávidas e crianças mais novas nos países em vias de desenvolvimento.[8] Para garantir o acesso a alimentos, tanto a distribuição de comida como a distribuição de dinheiro para que as pessoas possam comprar alimentos nos mercados locais são medidas eficazes.[6][17] Apenas alimentar as crianças nas escolas não é suficiente.[6] Em muitos casos, é possível tratar a desnutrição na residência da pessoa com alimentos terapêuticos.[8] O tratamento hospitalar está recomendado para casos de desnutrição grave com complicações de saúde.[8] O tratamento geralmente consiste em tratar ahipoglicemia ehipotermia, revertendo adesidratação e alimentando gradualmente a pessoa.[8][18] Osantibióticoss de rotina estão recomendados devido ao elevado risco de infeções.[18] Entre as medidas a longo prazo estão a melhoria daspráticas agrícolas,[7] a diminuição da pobreza, o investimento emsaneamento e a emancipação das mulheres.[6]

A subnutrição é mais comum nospaíses em vias de desenvolvimento.[19] Em 2015 existiam em todo o mundo 793 milhões de pessoas subnutridas, o que corresponde a 13% do total da população.[10] A percentagem tem vindo a diminuir gradualmente desde 1990, ano em que 23% da população se encontrava subnutrida.[10][20] Estima-se que em 2012 outros mil milhões de pessoas tivessem deficiências de vitaminas e sais minerais.[6] Estima-se que em 2015 a desnutrição proteico-energética tenha causado a morte a 323 000 pessoas, uma diminuição em relação às 510 000 mortes em 1990.[11][21] As outras deficiências dietéticas, como a deficiência de iodo ou de ferro, causaram a morte a outras 83 000 pessoas.[11] Em 2010, a desnutrição foi a causa de 1,4% de todos osanos de vida corrigidos pela incapacidade.[6][22] Acredita-se que cerca de um terço das mortes de crianças tenham origem em subnutrição, embora raramente seja esta a indicação da causa da morte.[5] Estima-se que em 2010 a subnutrição tenha contribuído para a morte de 1,5 milhões de mortes entre mulheres e crianças,[23] embora algumas estimativas apontem para valores superiores a 3 milhões.[8] Estima-se que em 2013 cerca de 165 milhões de crianças tivessem atrasos no desenvolvimento devido a desnutrição.[8] A subnutrição é mais comum entre alguns grupos populacionais, como crianças com menos de cinco anos, idosos e mulheres, em particular as grávidas ou que se encontram a amamentar. Em idosos, a subnutrição deve-se a fatores físicos, psicológicos e sociais.[24]

Ver também

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Referências

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  2. abcdefghYoung, E.M. (2012).Food and development. Abingdon, Oxon: Routledge. pp. 36–38.ISBN 9781135999414 
  3. abmalnutrition emDicionário Médico de Dorland
  4. Papadia C, Di Sabatino A, Corazza GR, Forbes A (2014). «Diagnosing small bowel malabsorption: a review».Intern Emerg Med (Review).9 (1): 3–8.PMID 23179329.doi:10.1007/s11739-012-0877-7 
  5. abcde«Maternal, newborn, child and adolescent health».WHO. Consultado em 4 de julho de 2014 
  6. abcdefgh«An update of 'The Neglected Crisis of Undernutrition: Evidence for Action'»(PDF).www.gov.uk. Department for International Development. Outubro de 2012. Consultado em 5 de julho de 2014 
  7. abJonathan A. Foley, Navin Ramankutty, Kate A. Brauman, Emily S. Cassidy, James S. Gerber, Matt Johnston, Nathaniel D. Mueller, Christine O’Connell, Deepak K. Ray, Paul C. West, Christian Balzer, Elena M. Bennett, Stephen R. Carpenter, Jason Hill1, Chad Monfreda, Stephen Polasky1, Johan Rockström, John Sheehan, Stefan Siebert, David Tilman1, David P. M. Zaks (outubro de 2011).«Solutions for a cultivated planet».Nature.478 (7369): 337–342.PMID 21993620.doi:10.1038/nature10452  !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  8. abcdefghiBhutta, ZA; Das, JK; Rizvi, A; Gaffey, MF; Walker, N; Horton, S; Webb, P; Lartey, A; Black, RE; Lancet Nutrition Interventions Review, Group; Maternal and Child Nutrition Study, Group (3 de agosto de 2013). «Evidence-based interventions for improvement of maternal and child nutrition: what can be done and at what cost?».Lancet.382 (9890): 452–77.PMID 23746776.doi:10.1016/s0140-6736(13)60996-4 
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