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Deriva continental

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(Redirecionado deDeriva dos continentes)
Ilustração feita pelo geógrafo Antonio Snider-Pellegrini, em 1858, ilustrando a justaposição das margens africana e americana do Oceano Atlântico.

Ateoria da deriva continental foi apresentada pelogeólogo emeteorologista alemãoAlfred Wegener em1913, com a publicação de sua obra clássica "A Origem dos Continentes e Oceanos" (Die Entstehung der Kontinente und Ozeane).[1] Wegener defendia que oscontinentes, hoje separados poroceanos, já estiveram unidos numa única massa de terra no passado, denominada por ele dePangeia (do grego "Terra única"). Essa união teria perdurado doCarbonífero superior, há cerca de 335 milhões de anos, até oJurássico superior, aproximadamente 190 milhões de anos, quando aLaurásia (atuaisAmérica do Norte eEurásia) se separou doGondwana, que por sua vez, também se fragmentou já noCretáceo inferior.[2]

Muito tempo antes de Wegener, outroscientistas notaram este fato. A ideia da deriva continental surgiu pela primeira vez no final doséculo XVI, com o trabalho docartógrafoAbraham Ortelius. Na sua obra de 1595,Thesaurus Geographicus, Ortelius sugeriu que os continentes estiveram unidos no passado. A sua sugestão teve origem apenas na similaridadegeométrica dascostas atuais daEuropa eÁfrica com as costas daAmérica do Norte e doSul; mesmo para osmapas relativamente imperfeitos da época, ficava evidente que havia um bom encaixe entre os continentes. A ideia, evidentemente, não passou de uma curiosidade que não produziu consequências.

Outrogeógrafo,Antonio Snider-Pellegrini, utilizou o mesmo método de Ortelius para desenhar o seu mapa, com os continentes encaixados, em1847.[3] Como nenhuma prova adicional foi apresentada, além da consideração geométrica, a ideia foi novamente esquecida.

A similaridade entre osfósseis encontrados em diferentes continentes, bem como entre formaçõesgeológicas, levou alguns geólogos dohemisfério sul a acreditar que todos os continentes já estiveram unidos, na forma de um supercontinente.

A hipótese da deriva continental tornou-se parte de uma teoria maior, ateoria datectônica de placas. Este artigo trata do desenvolvimento da teoria da deriva continental antes de1959.

A Deriva dos Continentes

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Alfred Wegener

Acrosta terrestre é formada de pedaços chamadosplacas tectônicas, que andam à deriva sobre a camada derocha fundida domanto. Há sete placas principais e várias outras menores. O movimento do magma no Manto Superior faz com que as placas se desloquem lentamente pelo globo, com um lado convergindo em direção a outra, ao passo que o lado oposto diverge da outra placa em contato.

Os geólogos pensam que há cerca de 325 milhões de anos toda a terra deste planeta estava unida num "supercontinente", a que chamaram Pangeia. Mas, à medida que as placas se deslocaram, a terra deste supercontinente começou lentamente a separar-se. Chama-se a este movimento a deriva dos continentes. Os mapas mostram o que os geólogos pensam sobre o modo como os continentes se deslocaram e se afastaram, até formarem as massas de terra que conhecemos atualmente.

Distribuição geográfica dos fósseis gondwânicos. A distribuição de fósseis terrestres idênticos em locais atualmente isolados entre si, como América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártida, foi um dos argumentos de Wegener para o lançamento de sua teoria da Deriva Continental.[4]

Nohemisfério sul, há cerca de 250 milhões de anos, no período chamado Jurássico, as correntes de convecção dividiram em pedaços o megacontinente Gondwana. Elas fraturaram acrosta terrestre e separaram aAmérica do Sul,África,Austrália,Antártica eÍndia. Nas regiões de Gondwana, que hoje sãoBrasil e África, as correntes de convecção formaram fissuras e fraturas na crosta terrestre, o que gerou derramamento delava. A ação contínua dessas forças também rompeu completamente a crosta terrestre e formou ooceano Atlântico. Porém, ele não parecia o vastomar que é hoje: a fragmentação de Gondwana formou apenas um pequeno oceano, que só cresceu quando Brasil e África começaram a afastar-se de forma gradual há, aproximadamente, 135 milhões de anos. Tal ideia está presente na teoria da deriva continental, que foi apresentada em 1912 pelo cientista meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener. A teoria só foi comprovada 10 anos após a morte de Wegener, em1940.

Argumentos

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Distribuição de quatro grupos fósseis do Permiano e do Triássico, usados como evidências paleontológicas da deriva continental
  • Morfológicos -Wegener observou a semelhança da complementaridade existente entre a costa ocidental de África com a costa oriental da América do Sul e, mais tarde, entre outros continentes separados atualmente.[5]
  • Paleontológicos - Fósseis de espécies idênticas foram encontrados em locais que distam atualmente milhares de quilómetros, estando ainda separados por oceanos. Devido às suas características, assume-se que seria extremamente difícil que estesseres vivos tivessem percorrido estas distâncias ou atravessado os oceanos. Para além disso, cada espécie desenvolve-se num determinadohabitat, o que implica que os locais afastados estiveram outrora em zonas mais próximas do planeta, pois teriam de ter o mesmoclima para possuir as mesmasespécies.[5]
  • Paleoclimáticos - Os sedimentos glaciares só se formam em zonas de grandesaltitudes e baixastemperaturas - polos. No entanto, foram encontrados estes sedimentos em zonas como aÁfrica do Sul ou Índia, indicando que estes locais já se encontraram outrora próximos doPolo Sul, e que, entretanto, afastaram-se - mantendo os registros rochosos.
  • Litológicos - Rochas encontradas na América do Sul e África, com a mesma idade, são semelhantes (por exemplo, formadas pelos mesmosminerais). Para que isto aconteça, tiveram de estar expostas aos mesmos fenómenos de formação habituais nas rochas. Pelo contrário, as rochas formadas atualmente nesses locais apresentam características diferentes. Existe ainda continuidade de formações rochosas entre as duas costas - como, por exemplo, cordilheirasmontanhosas.

Ver também

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Referências

  1. Wegener, Alfred (julho de 1912). «Die Entstehung der Kontinente».International Journal of Earth Sciences (em alemão).3 (4).doi:10.1007/BF02202896 
  2. Scotese, C. R.«PALEOMAP Project» (em inglês). Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  3. U.S. Geological Survey.«Continental Drift - Historical perspective» (em inglês). Consultado em 8 de janeiro de 2015 
  4. United States Geological Survey (janeiro de 2009).«Rejoined continents – Gondwana fossils».This Dynamic Earth: The story of plate tectonics (em inglês). Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  5. abBecky Oskin,Continental drift: theory & definition, Live Science, 19 de dezembro de 2017

Ligações externas

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Causas
Antropogênicas
Naturais
Efeitos
Política
Sociedade
Pesquisa
Mitigação
Relacionados
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