Movatterモバイル変換


[0]ホーム

URL:


Ir para o conteúdo
Wikipédia
Busca

Deodoro da Fonseca

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: "Marechal Deodoro" redireciona para este artigo. Para outros significados, vejaDeodoro da Fonseca (desambiguação).
Deodoro da Fonseca
Retrato oficial, 1889
1Presidente do Brasil
Período15 de novembro de1889[a]
a 23 de novembro de1891
Vice-presidenteCargo inexistente(1889–1891)
Floriano Peixoto(1891)
Antecessor(a)Cargo estabelecido (Dom Pedro II comoImperador do Brasil)
Sucessor(a)Floriano Peixoto
1.ºPresidente do Clube Militar
Período26 de junho de1887
a15 de novembro de1889
Sucessor(a)Benjamin Constant
Presidente da Província do Rio Grande do Sul
Período8 de maio de1886
a9 de novembro de1886
Antecessor(a)Barão de Lucena
Sucessor(a)Miguel Calmon du Pin
Dados pessoais
Nome completoManuel Deodoro da Fonseca
Nascimento5 de agosto de1827
Alagoas da Lagoa do Sul,
Província de Alagoas,Império do Brasil
Morte23 de agosto de1892 (65 anos)
Rio de Janeiro,Distrito Federal
Nacionalidadebrasileiro
CônjugeMariana Meirelles(1860–1892)
Profissãomilitar
AssinaturaAssinatura de Deodoro da Fonseca
Serviço militar
Serviço/ramoExército Imperial Brasileiro
Exército Brasileiro
Anos de serviço1843–1892
GraduaçãoMarechal
ConflitosRevolução Praieira
Guerra do Uruguai
Guerra do Paraguai
Revolta da Armada
CondecoraçõesImperial Ordem do Cruzeiro[nota 1]

Manuel Deodoro da Fonseca[nota 2] (Alagoas da Lagoa do Sul,[nota 3]5 de agosto de1827Rio de Janeiro,23 de agosto de1892) foi ummilitar epolíticobrasileiro, conhecido por ser oprimeiropresidente do Brasil, após liderar o movimento que resultou naProclamação da República em 15 de novembro de 1889. Tendo exercido o cargo depresidente provisório e posteriormente foi eleito peloCongresso Constituinte como o primeiropresidente constitucional daRepública, permanecendo no cargo até 23 de novembro de 1891.[3]

Após cursar artilharia naEscola Militar do Rio de Janeiro entre 1843 e 1847, participou de algumas campanhas militares durante oImpério, dentre as quais se destacam aRevolução Praieira, aGuerra do Uruguai e aGuerra do Paraguai. Em 1885, tornou-se vice-presidente daprovíncia de São Pedro do Rio Grande do Sul; no ano seguinte, com a renúncia do então presidenteBarão de Lucena, Deodoro torna-se presidente do Rio Grande.[4][5] Devido ao seu envolvimento no que ficou conhecido como aQuestão Militar — embates entre asforças armadas e o governo civil imperial, — retornou ao Rio de Janeiro. Nomeado para o comando militar daprovíncia de Mato Grosso em 1888, exonerou-se do cargo no ano seguinte, face à nomeação do último gabinete ministerial do Império, encabeçado peloPresidente do Conselho de MinistrosVisconde de Ouro Preto. Em meio a diversascrises que assolavam a monarquia brasileira, Deodoro liderou o golpe de Estado que depôs o Império e proclamou a república no país.[5]

Com a mudança de sistema de governo, Deodoro assumiu o comando do país na qualidade de chefe do Governo Provisório da República. As primeiras mudanças de seu governo envolviam a criação doCódigo Penal Brasileiro, a reforma doCódigo Comercial do Brasil e medidas que oficializavam aseparação da Igreja e o Estado, tais como a instituição docasamento civil e a laicização de cemitérios. No plano econômico, ocorreu a chamadacrise do Encilhamento, caracterizada por uma grandebolha especulativa einflação alta, devido às políticas econômicas de seu Ministro da FazendaRuy Barbosa.[3] Em 1891, foi promulgada aprimeira constituição republicana do país e Deodoro foieleito presidente em sufrágio indireto. Seu governo constitucional foi marcado por forte tensão política entre suas tendências centralizadoras e as inclinações federalistas da sociedade civil e de parte dos militares, que levou àdissolução do Congresso Nacional. Sob a ameaça daPrimeira Revolta da Armada, Deodoro renunciou à presidência em 23 de novembro de 1891.[5] No ano seguinte, morreu no dia 23 de agosto, vítima de uma forte crise dedispneia.[6][7]

Origem e formação

Família

Casa de Deodoro na sua juventude em Vila Santa Madalena, atual cidade deMarechal Deodoro
O marechalHermes Ernesto da Fonseca, irmão de Deodoro, foi pai de outro presidente da república,Hermes da Fonseca

Manuel Deodoro da Fonseca nasceu em Alagoas da Lagoa do Sul no dia 5 de agosto de 1827.[8][9] Vinha de uma família essencialmente militar. Seu pai, Manuel Mendes da Fonseca Galvão, nascido emAnadia (atual Alagoas), ingressou no Exército Português em 1806, noRecife, comopraça deinfantaria (a partir de 1822 tornou-se membro do nascente Exército Brasileiro), e subiu aos poucos todos os postos subalternos da carreira, reformando-se em 1842 no posto detenente-coronel.[10][11] Deodoro tinha duas irmãs e sete irmãos.[12] Todos os homens eram militares e seis deles lutaram naGuerra do Paraguai.[13] O mais velho,Hermes Ernesto da Fonseca, pai do também presidente da República e marechalHermes da Fonseca, chegou ao posto demarechal-do-exército e foipresidente das províncias deMato Grosso e daBahia.[14][15]

Afonso Aurino da Fonseca, o mais jovem,alferes do 34.º batalhão dosVoluntários da Pátria e omajor Eduardo Emiliano da Fonseca morreram naBatalha de Curupaiti. Ocapitão Hipólito Mendes da Fonseca morreu napassagem da ponte de Itororó. Omarechal de campo Severino Martino da Fonseca e ogeneralSeveriano Martins da Fonseca também serviram na guerra.[12] Severiano recebeu o título nobiliárquico debarão de Alagoas[16] e foi diretor daEscola Militar de Porto Alegre.Coronel honorário do exército brasileiro, Pedro Paulino da Fonseca foi governador de Alagoas, logo quando proclamaram a república, e tambémsenador pelo mesmo estado.[17] Além disso, foi pai deOrsina da Fonseca, esposa do filho de um outro irmão seu, também seu sobrinho, o presidente da República marechal Hermes da Fonseca, compondo, portanto, um casamento entre primos.[18][19] Pedro Paulino, que já estava reformado à época, foi impedido por seus irmãos de servir como voluntário, sendo assim o único dos oito irmãos a não combater na Guerra do Paraguai.[20]

Juventude

A família Fonseca retratada pela Revista Ilustrada em 1865. No centro, a matriarca dona Rosa

Deodoro da Fonseca nasceu em 5 de agosto de 1827, na Vila de Alagoas da Lagoa do Sul,[9] naantiga província homônima, hoje cidade que leva o nome de Marechal Deodoro. Ele era filho de Manuel Mendes da Fonseca (1785-1859) e Rosa Maria Paulina da Fonseca (1802-1873).[21][22] Seu pai também foi militar, chegando à patente detenente-coronel, e pertencia aoPartido Conservador.[23] Em 1845, já eracadete de primeira classe. Em 1848, participou de sua primeira ação militar, ajudando na repressão daRevolta Praieira,[24][25]insurreição promovida pelosliberais de Pernambuco.[26]

Casou-se aos 33 anos, no dia 16 de abril de 1860, com Mariana Cecília de Sousa Meireles. O casal não teve filhos, e boatos da época diziam que Deodoro eraestéril.[20] Seu sobrinho,Hermes da Fonseca, que também chegou à presidência da república, era tratado por Deodoro como um filho.[26]

Carreira militar

Deodoro da Fonseca como comandante-em-armas do Rio Grande do Sul
Coronel Deodoro da Fonseca, 1870
Deodoro (quarto da primeira fila, da esquerda para a direita) e oConde d'Eu (à sua direita), junto a outros oficiais militares, em 1885

Em 1852, foi promovido aprimeiro tenente. Em 24 de dezembro de 1856, recebeu a patente decapitão. Em dezembro de 1864, participou docerco aMontevidéu,[24] durante aintervenção militar brasileira contra o governo deAtanasio Aguirre noUruguai. Pouco depois, o Uruguai, sob novo governo, juntamente com o Brasil e aArgentina, formariam aTríplice Aliança, contra a ofensiva do ditador paraguaioFrancisco Solano López.[26]

Em junho de 1865, foi com oExército brasileiro para oParaguai, que havia invadido a província deMato Grosso. Deodoro comandava o segundo Batalhão de Voluntários da Pátria. Seu desempenho no combate lhe garantiu menção especial na ordem do dia 25 de agosto de 1865. No ano seguinte, recebeu comenda no grau de cavaleiro daImperial Ordem do Cruzeiro e, em 22 de agosto, a patente demajor.[27] Destacou-se por atos de bravura na Guerra do Paraguai.[24] Em 18 de janeiro de 1868 foi promovido a tenente-coronel e, em 11 de dezembro do mesmo ano, recebeu a patente de coronel. Todas essas promoções se deveram à guerra. Conforme o próprio Deodoro, "só tive um protetor:Solano López. Devo a ele, que provocou a guerra do Paraguai, a minha carreira."[28] Deodoro foi ferido naBatalha de Itororó e retornou ao Brasil. Mais tarde, pelo decreto de 14 de outubro de 1874, foi promovido abrigadeiro, patente equivalente ao atual general-de-brigada.[29]

Em 1885, tornou-se, pela segunda vez, comandante de armas da província doRio Grande do Sul, cargo exercido juntamente com o de vice-presidente da província.[24] Tornar-se-ia, depois, presidente interino dessa mesma província. Quando ainda era presidente provisório, inaugurou a primeira linha telefônica dePorto Alegre, sendo o responsável pelo primeiro "alô" transmitido pela nova tecnologia que chegava à cidade dez anos após ter sido apresentada porAlexander Graham Bell aPedro II nosEstados Unidos.[29] Em 30 de agosto de 1887 recebeu a patente de marechal-de-campo.

Charge deAngelo Agostini retratando a deposição pelo gabinete ministerial do marechal Deodoro da Fonseca, o qual se recusara a punirSena Madureira, do cargo de presidente e comandante de armas do Rio Grande do Sul (Revista Illustrada,1887).

Foi chamado de volta ao Rio de Janeiro, por seu envolvimento no confronto das classes armadas com o governo civil do Império, episódio que ficaria conhecido como a "Questão Militar", e por ter permitido que os oficiais da guarnição dePorto Alegre se manifestassem politicamente, o que era proibido pelo governo imperial. Chegando ao Rio, Deodoro foi festivamente recebido por seus colegas e pelos alunos daEscola Militar. Foi, então, eleito primeiro presidente doClube Militar, entidade que ajudara a constituir, e passou a liderar o setor antiescravista do Exército.[25]

Em 1888, Deodoro foi nomeado para o comando militar do Mato Grosso. Permaneceu no posto somente até meados de 1889, quando voltou para oRio de Janeiro, pois não aceitava, como presidente da província, o coronel Cunha Matos, o mesmo que, quando capitão, tinha sido o pivô da detonação daQuestão Militar, e com quem tinha desavenças.[30]

Em 1889, foi criado, pelo Decreto nº 10 222, de 5 de abril de 1889, oEstado-Maior Geral daPolícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, que teve, como primeiro chefe, o marechal Hermes da Fonseca.[26]

A Proclamação da República

Ver artigos principais:Proclamação da República do Brasil eRepública da Espada
Alegoria da Proclamação da República publicada no jornalO Mequetrefe. Nela aparecem Deodoro,Ruy Barbosa,Quintino Bocaiuva,Silva Jardim,Lopes Trovão,José do Patrocínio e outros líderes domovimento republicano
Proclamação da República, porHenrique Bernardelli
A fotografia que serviu de base para o quadro acima, feita no estúdio dos irmãos Benardelli

A despeito dos esforços de grupos republicanos, a ideia da mudança de regime político não ecoava no país.[31] Em 1884, foram eleitos, para aCâmara dos Deputados, apenas três republicanos, entre eles os futuros presidentes da RepúblicaPrudente de Morais eCampos Sales.[25] Na legislatura seguinte, apenas um conseguiu ser eleito. Na última eleição parlamentar realizada noImpério do Brasil, a 31 de agosto de 1889, o Partido Republicano só elegeu dois deputados.[26]

Percebendo que não conseguiriam realizar seu projeto político pelo voto, os republicanos optaram por concretizar suas ideias através de umgolpe militar. Para tanto, procuraram capitalizar o descontentamento crescente das classes armadas com o governo civil do Império,[27] desde a Questão Militar. Precisavam, todavia, de um líder de suficiente prestígio na tropa, para levarem a efeito seus planos.[26]

Foi assim que os republicanos passaram a aproximar-se de Deodoro (amigo do imperador), procurando seu apoio (sem sua participação direta, segundo diversas fontes Históricas), para um golpe de força contra o governo imperial deDom Pedro II,[32] o que foi difícil por ser Deodoro homem de convicções monarquistas, que declarava ser amigo do imperador Dom Pedro II e lhe dever favores. Dizia, ainda, Deodoro, querer acompanhar o caixão do velho imperador.[26]

Em 14 de novembro de 1889, os republicanos fizeram correr oboato, sem fundamento, de que o governo doprimeiro-ministroliberalvisconde de Ouro Preto havia expedido ordem de prisão contra o marechal Deodoro[33] e o líder dos oficiais republicanos, o tenente-coronelBenjamin Constant. Tratava-se de proclamar a República antes que se instalasse o novo parlamento, recém-eleito, cuja abertura estava marcada para o dia 20 de novembro.[25]

Casa do Marechal Deodoro da Fonseca, noCampo de Santana,Rio de Janeiro

A falsa notícia de que sua prisão havia sido decretada foi o argumento decisivo que convenceu Deodoro finalmente a levantar-se contra o governo imperial. Pela manhã do dia 15 de novembro de 1889, o marechal reuniu algumas tropas e as pôs em marcha para oCentro da cidade, dirigindo-se aoCampo da Aclamação, hoje chamado Praça da República.[32] Penetrando no Quartel-General do Exército, Deodoro decretou ademissão do Ministério Ouro Preto – providência de pouca valia, visto que os próprios ministros, cientes dos últimos acontecimentos, já haviamtelegrafado ao imperador, que estava emPetrópolis, pedindo demissão. Ninguém falava em proclamar a República, tratava-se apenas de trocar o Ministério, e o próprio Deodoro, para a tropa formada diante do Quartel-General, ainda teria gritado "Viva Sua Majestade, o Imperador!".[32]

Enquanto isso, dom Pedro II, tendo descido para o Rio de Janeiro, em vista da situação, reuniu oConselho de Estado noPaço Imperial e, depois de ouvi-lo, decidiu aceitar a demissão pedida pelovisconde de Ouro Preto e organizar novo Ministério.[26]

Proclamação da República, 1893, óleo sobre tela deBenedito Calixto (1853 - 1927). Acervo daPinacoteca Municipal de São Paulo
Ovação popular ao Marechal Deodoro da Fonseca eBocaiuva pelaproclamação da república, naRua do Ouvidor

Os republicanos precisavam agir rápido, para aproveitar os acontecimentos e convencer Deodoro a romper de vez os laços com a monarquia. Valeram-se de outra notícia, essa verdadeira, pois chegou-se a enviar telegrama oficial nesse sentido.Quintino Bocaiuva e obarão de Jaceguai mandaram um mensageiro a Deodoro, para informar-lhe que o novoprimeiro-ministro, escolhido pelo imperador, seriaGaspar Silveira Martins, correligionário liberal do visconde deposto e político gaúcho com quem o marechal não se dava, por terem disputado o amor da mesma mulher na juventude.[32] Assim, Deodoro foi convencido a derrubar o regime.[26]

Pelas três horas da tarde, reunidos alguns republicanos evereadores naCâmara Municipal do Rio de Janeiro, foi lavrada uma ata, sob os auspícios deJosé do Patrocínio, líderabolicionista e homem de imprensa, que fora um dos mentores da Guarda Negra, jurara defender a pessoa da subscritora daLei Áurea e garantir-lhe o trono. Em um de seus atos típicos de súbita mudança de posição, Patrocínio declarou solenemente proclamada a República no Brasil e levou essa ata ao marechal Deodoro.[26]

À noite do dia 15, o imperador encarregou o conselheiroJosé Antônio Saraiva de presidir o novo ministério. O novo Presidente do Conselho de Ministros (do Partido Conservador - o mesmo de Deodoro) dirigiu-se por escrito ao marechal, comunicando-lhe a decisão do imperador, ao que respondeu Deodoro que já havia concordado em assinar os primeiros atos que estabeleciam o regime republicano e federativo.[26]

Diante da recusa do imperador em reagir militarmente para sufocar o golpe, como instavam a princesa Isabel e o seu consorte, o Conde D'Eu, fez-se a República no Brasil, diante da surpresa generalizada do êxito daquartelada.[32]

O governo provisório

Ministério

CargoNomePeríodo
Chefe do Governo ProvisórioDeodoro da Fonseca1889 – 1891
Ministro da JustiçaCampos Sales
Henrique Pereira de Lucena
1889 – 1891
1891
Ministro da MarinhaEduardo Wandenkolk
Fortunato Foster Vidal
1889 – 1891
1891
Ministro da GuerraBenjamin Constant Botelho de Magalhães
Floriano Peixoto
Antônio Nicolau Falcão da Frota
1889 – 1890
1890 – 1891
1891
Ministro dos Negócios EstrangeirosQuintino Bocaiúva
Justo Leite Chermont
1889 – 1891
1891
Ministro da FazendaRuy Barbosa
Tristão de Alencar Araripe
1889 – 1891
1891
Ministro do InteriorAristides Lobo
Cesário Alvim
Tristão de Alencar Araripe
1889 – 1890
1890 – 1891
1891
Ministro da Agricultura,
Comércio e Obras Públicas
Demétrio Nunes Ribeiro
Francisco Glicério de Cerqueira Leite
Henrique Pereira de Lucena
1889 – 1890
1890 – 1891
1891
Ministro da Instrução Pública,
Correios e Telégrafos
Benjamin Constant Botelho de Magalhães1890 – 1891

Primeiras medidas

Primeiro ministério do governo Deodoro

Na noite de 15 de novembro de 1889, foi constituído o Governo Provisório da República recém-proclamada, tendo como chefe o marechal Deodoro, com poderesditatoriais. O ministério foi composto de republicanos históricos, como Campos Sales, Benjamin Constant eQuintino Bocaiuva, e deliberais daMonarquia que aderiram de primeira hora ao novo regime, comoRuy Barbosa eFloriano Peixoto.[27] Todo o ministério era membro damaçonaria brasileira. Deodoro foi o 13ºGrão-Mestre doGrande Oriente do Brasil, eleito em 19 de dezembro de 1889 e empossado em 24 de março de 1890.[26]

O primeiro ato do novo governo foi dirigir uma proclamação ao país, anunciando a mudança de regime e procurando justificá-la. No entanto, estudos indicam que a participação popular foi limitada, que a mudança foi conduzida por elites militares e civis.[26] Pelo Decreto nº 1, foi adotada, a título provisório, arepúblicafederativa como forma de governo da nação brasileira, até que aAssembleia Nacional Constituinte que seria convocada, decidisse a respeito do tema. As províncias do extintoImpério brasileiro foram transformadas em Estados federados.[26]

Efígie na moeda de 25 centavos da segunda geração de moedas doReal

De todas asprovíncias, chegaram, logo, manifestações de adesão ao novo regime, quase sempre da parte dos velhos partidos monárquicos. Destarte, a República foi estabelecida em todo o país praticamente sem lutas, salvo no Estado doMaranhão, em que antigosescravos tentaram esboçar uma reação, correndo às ruas da capital com a bandeira do Império e dando vivas àPrincesa Isabel. Foram dispersos pelo alferes Antônio Belo, com o saldo de três mortos e alguns feridos. Os três negros, de que a História não guardou os nomes, foram os únicos mortos daProclamação da República no Brasil.[34]

Em 16 de novembro, Deodoro mandou uma mensagem ao imperador destronado, intimando-o a deixar o país juntamente com afamília imperial brasileira, dentro de 24 horas, e oferecendo-lhe a quantia de 5 mil contos deréis para seu estabelecimento no exterior.Dom Pedro II de Bragança recusou a oferta, e partiu na madrugada de 17 de novembro paraPortugal, pedindo somente umtravesseiro com terras do Brasil, para repousar a cabeça quando morresse.[34]

A nova bandeira

Bandeira provisória da República criada porRuy Barbosa

Na manhã do dia 19 de novembro, o marechal recebia em sua casa alguns republicanos, liderados porLopes Trovão, os quais iam submeter, já como fato consumado, à sua apreciação, o projeto da novabandeira do Brasil. Deodoro, porém, desejava manter a antiga Bandeira Imperial, dela retirando apenas acoroa,[35] e considerou a bandeira que lhe fora apresentada por Lopes Trovão como um arremedo grosseiro dabandeira dosEstados Unidos.[36][37] Os republicanos insistiram que só restava a Deodoro oficializar a bandeira por eles apresentada, pois a mesma já tremulava emalto-mar, nomastro doAlagoas, navio que conduzia o imperadordeportado aoexílio.[34][35] Irritado, o marechal deu um soco na mesa, exclamando:Senhores, mudamos o regime, não a Pátria! Nossa bandeira é reconhecidamente bela e não vamos mudá-la de maneira nenhuma![38][39]

Primeira versão da atualBandeira Nacional do Brasil, com 21 estrelas

Os republicanos ficaram sem resposta e a sua bandeira foi, posteriormente, para o Museu da Marinha, ficando conhecida como a "bandeira provisória da República", embora nunca tenha sido oficializada. Diante da decisão inflexível de Deodoro, foram mantidos, na bandeira nacional, o losango amarelo no retângulo verde, da antiga bandeira do Império, substituindo-se as armas damonarquia por umaesfera celeste, tendo, ao centro, oCruzeiro do Sul, e cortada por uma faixa branca, com o moteOrdem e Progresso. A bandeira foi desenhada porTeixeira Mendes, presidente doApostolado Positivista do Brasil, com o auxílio de Miguel Lemos e do professor de astronomia Manuel Pereira Reis.[26]

Na tarde daquele 19 de novembro, o Chefe do Governo Provisório baixou o Decreto nº 4, oficializando a bandeira nacional. A exposição de motivos do Decreto considerava que as cores verde e amarelo,"independentemente da forma de governo, simbolizam a perpetuidade e integridade da Pátria entre as outras nações".[26]

O reconhecimento internacional

Generalíssimo Manuel Deodoro da Fonseca, de Valle.Fundação Biblioteca Nacional

A primeira nação a reconhecer o novo governo foi a Argentina, em 20 de novembro de 1889. Indispostos com o império por suas intervenções militares na região platina, os argentinos promoveram, emBuenos Aires, homenagens especiais à Proclamação da República no Brasil.[26]

Seguiram-se, à Argentina, os demais países hispanófonos da América:Venezuela (em 5 de dezembro),Bolívia (em 2 de dezembro), oChile (em 13 de dezembro), o Paraguai (em 19 de dezembro), oPeru (em 27 de dezembro), oMéxico (em 27 de janeiro de 1890) e oEquador (em 29 de janeiro).[26]

Os Estados Unidos, nação que os republicanos brasileiros preconizavam como padrão a ser imitado pelo Brasil, retardaram o reconhecimento oficial da república brasileira até 29 de janeiro de 1890. De acordo com seu então presidenteBenjamin Harrison, o reconhecimento foi adiado até que fosse comprovado que o novo governo teria apoio popular.[40]

O governo daFrança quis aproveitar-se do ensejo para conseguir, do Brasil, o reconhecimento de seus supostos direitos sobre o norte doAmapá. Assim sendo, só reconheceu a república brasileira em 20 de junho de 1890.[26]

OImpério Alemão reconheceu o governo republicano brasileiro em 29 de novembro de 1890. AGrã-Bretanha aguardou que se promulgasse a novaConstituição, e só em 4 de maio de 1891 o representante diplomático do Brasil foi recebido pela rainhaVitória do Reino Unido.[26]

Até o fim de 1891, a república brasileira estava reconhecida por todas as nações civilizadas. Só aRússia é que não quis reconhecer o novo regime, senão depois do falecimento dedom Pedro II, por ato de 26 de maio de 1892.[26]

Os atos do governo provisório

Presidente Deodoro da Fonseca em pintura de Bror Kronstrand
Quadro de Deodoro da Fonseca por Rosalvo Ribeiro. Palácio Floriano Peixoto, emMaceió

Como não havia ninguém paraanistiar, o governo republicano resolveu decretar agrandenaturalização, em 14 de dezembro de 1889, pela qual passariam a ser brasileiros todos os estrangeiros residentes no país que não manifestassem, no prazo de seis meses, o propósito de conservar a respectiva nacionalidade.[26]

Em 18 de dezembro de 1889, houve ummotim no 2º Regimento de Artilharia Montada. Era um sintoma da indisciplina militar que se seguiu ao golpe que proclamou a república. Embora não se tenha demonstrado qualquer relação do motim com elementos monarquistas, oGoverno acusou-os de maquinarem o levante, decretando o banimento doVisconde de Ouro Preto, de seu irmãoCarlos Afonso de Assis Figueiredo e deGaspar da Silveira Martins.[26]

Também a imprensa foi acusada de insuflar perturbações contra o regime. Assim, por um decreto de 23 de dezembro, resolveu-se instituir acensura e suprimir aliberdade de imprensa, criando uma junta, composta só de militares, incumbida de julgar sumariamente os que fossem acusados de abusos no exercício do jornalismo. Historiadores afirmam que o Governo Provisório republicano foi a primeiraditadura militar do Brasil.[26]

Presidente Deodoro da Fonseca em pintura deHenrique Bernardelli

Em 7 de janeiro de 1890, foi decretada a separação entre aIgreja e oEstado. Por umdecreto de Deodoro, o Brasil deixou de ser um país oficialmente católico, apesar de ocatolicismo ser professado pela quase totalidade do povo brasileiro, na época. Foi, também, extinto, opadroado, ou seja, a intervenção do Estado nos assuntos da Igreja.[26]

Em 15 de janeiro de 1890, Deodoro foi aclamado, pelas tropas, "Generalíssimo Comandante das Forças de Terra e Mar", tornando-se, assim, o único oficial-general de seis estrelas no Brasil.[41] Por decreto de 25 de maio, todos os ministros civis receberam a patente degeneral-de-brigada.[26]

Em 23 de janeiro do mesmo ano, foi institucionalizado ocasamento civil, ficando, sem efeitos jurídicos, omatrimônio religioso. Também foi instituído oregistro civil, proibido oensino de religião nasescolas públicas esecularizados oscemitérios.[26]

Por iniciativa do Ministro da Guerra,Benjamin Constant, foi reformado o ensino militar, de modo a receber nítida influência dadoutrina positivista. Entrando Benjamin em grave divergência com Deodoro, foi transferido para a recém-criada pasta da Instrução Pública, Correios e Telégrafos, o que significou, de fato, a sua morte política. Para substituí-lo noMinistério da Guerra, foi nomeado o marechalFloriano Peixoto.[26]

Em 11 de outubro de 1890, foi promulgado oCódigo Penal dos Estados Unidos do Brasil, que extinguia apena de morte, em tempo depaz, no Brasil.[26]

Duas correntes republicanas se chocavam dentro do próprio Governo Provisório: a correnteliberal-democrática, que visava a umaRepúblicafederativa epresidencial, comseparação de poderes, nos moldes estadunidenses; e a corrente positivista, que defendia umaditadura republicana, segundo os princípios do filósofoAuguste Comte. Venceu a corrente liberal-democrática, sustentada porCampos Sales,Ruy Barbosa ePrudente de Morais.[26]

Em 17 de janeiro de 1891, houve a última reunião ministerial do Governo Provisório. Nela, tratou-se de uma concessão de garantia dejuros para as obras do porto deTorres, noRio Grande do Sulconcessão que Deodoro prometera a um amigo pessoal. Ruy Barbosa, o Ministro da Fazenda, que não pôde comparecer à reunião, mandou seu voto por escrito, absolutamente contrário, tanto a esta como a outras garantias de juros. Os ministros presentes foram todos do mesmo parecer. Deodoro permaneceu irredutível e, quatro dias depois, a 21 de janeiro, aceitava a demissão coletiva do ministério, nomeando, para substituir os ministros demissionários, antigos políticos do regime monárquico, chefiados peloBarão de Lucena, amigo íntimo de Deodoro.[26]

Charge retratando o entãoministro da FazendaRuy Barbosa tentando equilibrar as finanças do país

A crise do Encilhamento

Ver artigo principal:Encilhamento

Em 17 de janeiro de 1890, o ministro da Fazenda, Ruy Barbosa, intentando deslocar o eixo daeconomia brasileira da agricultura para a indústria, deu início a umareforma monetária e bancária. A reforma consistia em autorizar osbancos a emitirpapel-moeda semlastro emouro eprata. O sistema de bancos emissores e as facilidades concedidas para a organização de empresas provocaraminflação e uma desastrosaespeculação financeira, com a crise dabolsa e a ruína de numerososinvestidores. A crise ficou conhecida como o"encilhamento".[42]

Nomeações para o Supremo Tribunal Federal

O marechal Deodoro da Fonseca nomeou quinze ministros para oSupremo Tribunal Federal, durante o Governo Provisório:[43]

  1. João Evangelista de Negreiros Saião Lobato, visconde de Sabará - 1890
  2. João José de Andrade Pinto - 1890
  3. Tristão de Alencar Araripe - 1890
  4. Olegário Herculano d'Aquino e Castro - 1890
  5. João Antônio de Araújo Freitas Henriques - 1890
  6. Joaquim Francisco de Faria - 1890
  7. Inácio José de Mendonça Uchoa - 1890
  8. Luís Correia de Queirós Barros - 1890
  9. Ovídio Fernandes Trigo de Loureiro - 1890
  10. Joaquim da Costa Barradas - 1890
  11. José Júlio de Albuquerque Barros, barão de Sobral - 1890
  12. Henrique Pereira de Lucena, barão de Lucena - 1890
  13. Joaquim de Toledo Piza e Almeida - 1890
  14. Luís Antônio Pereira Franco, barão de Pereira Franco - 1890

O Congresso Nacional Constituinte de 1890

Juramento constitucional, óleo deAurélio de Figueiredo (Museu da República,Rio de Janeiro)
O presidente Deodoro da Fonseca em sua residência, oPalácio do Itamaraty, em 1890

Em 3 de dezembro de 1889, o Governo Provisório nomeou uma Comissão especial para elaborar o projeto deConstituição que seria apresentado aoCongresso Constituinte da República. Compunham-naJoaquim Saldanha Marinho, signatário do Manifesto Republicano de 1870, que foi escolhido presidente da Comissão; os republicanos históricosAmérico Brasiliense,Francisco Rangel Pestana e os juristas Antônio Luís dos Santos Werneck e José Antônio Pedreira de Magalhães Castro. Iniciados os trabalhos, três foram osanteprojetos que seus membros elaboraram, os quais foram reduzidos a um só, inspirado nas constituições dos Estados Unidos e da Argentina. Foi entregue, em 30 de maio de 1890, ao Governo, que, de 10 a 18 de junho, realizou minuciosa revisão, efetuada em especial por Ruy Barbosa, melhorando sua redação e modificando sua estrutura. Em 22 de junho de 1890, era aprovado o projeto dito "do Governo Provisório".[44]

O Congresso Constituinte foi convocado por decreto de 21 de dezembro de 1889, para reunir-se no dia 15 de novembro de 1890. No dia 15 de setembro, realizaram-se as eleições em todos osestados brasileiros.[45]

O Congresso Nacional Constituinte instalou-se, com toda a solenidade, no dia 15 de novembro de 1890, noPaço da Boa Vista, noRio de Janeiro. O Congresso compunha-se principalmente de pessoal novo na política brasileira: republicanos históricos ou deúltima hora, muitos militares e alguns remanescentes dos partidos da monarquia, quase sempre discretos ou adesistas entusiastas. Depois de eleger a sua Mesa (sendo eleito presidente do Senado e do Congresso o republicano histórico Prudente de Morais), o primeiro ato do Congresso foi reconhecer os poderes do Governo Provisório, e prorrogá-los até que se promulgasse a novaConstituição.[46]

Houve um acordo geral para que fosse imediatamente votado e aprovado o projeto do Governo. Não se fizeram, pois, alterações significativas, e depois de pouco mais de três meses, em 24 de fevereiro de 1891, foi solenemente promulgada a Constituição republicana.[47]

O governo constitucional

Eleição de 1891

Ver artigo principal:Eleição presidencial no Brasil em 1891
Última fotografia de Deodoro da Fonseca, tirada em 1891

Em 20 de janeiro de 1891, todo o ministério de Deodoro havia se demitido, incluindo Floriano Peixoto, que substituía Benjamin Constant no Ministério da Guerra.[48]

De acordo com uma disposição transitória da Constituição de 1891, opresidente e ovice-presidente do primeiro período republicano deveriam ser excepcionalmente eleitos pelo Congresso Constituinte.[49]

Deodoro da Fonseca apresentou-se como candidato a Presidente, tendo, como candidato a vice, na mesma chapa, o almiranteEduardo Wandenkolk. Presidente e vice seriam eleitos separadamente. Como já havia forte oposição a Deodoro, esta articulou a candidatura de Prudente de Morais, o presidente do Congresso, tendo o marechal Floriano Peixoto como candidato a vice. Floriano, além de candidatar-se a vice-presidente, na chapa de Prudente de Morais, apresentou, também, candidatura própria à Presidência.[50]

Apurada a votação, em 25 de fevereiro de 1891, foi obtido o seguinte resultado na eleição para presidente: Deodoro da Fonseca - eleito com 129 votos; Prudente de Morais - 97 votos; Floriano Peixoto - 3 votos;Joaquim Saldanha Marinho - 2 votos;José Higino Duarte Pereira - 1 voto; cédulas em branco - 2. Para vice-presidente foi eleito o candidato da oposição, Marechal Floriano Peixoto, com 153 votos, contra 57 recebidos pelo Almirante Wandenkolk.[51]

Alegoria referente à eleição presidencial de 1891
Posse de Deodoro da Fonseca, porEliseu Visconti

A vitória de Deodoro explica-se pelo temor de que o velho marechal desse um novogolpe militar, fechando o Congresso e restaurando amonarquia. Mesmo os líderes daoposição haviam resolvido que, numa eventual vitória de Prudente de Morais, o Congresso lhe daria imediatamente posse do cargo, instalando-se sem demora o governo no próprio edifício do Parlamento, onde esperariam os acontecimentos, convocando para as imediações do prédio as forças militares com cuja lealdade podiam contar.[52]

Terminava, assim, o Governo Provisório e iniciava-se o primeiro governo constitucional republicano.[53]

CargoNomePeríodo
PresidenteDeodoro da Fonseca1891
Vice-presidenteFloriano Peixoto
Ministro da JustiçaHenrique Pereira de Lucena
Antônio Luís Afonso de Carvalho
Ministro da MarinhaFortunato Foster Vidal
Ministro da GuerraAntônio Nicolau Falcão da Frota
Ministro das Relações ExterioresJusto Leite Chermont
Ministro da FazendaTristão de Alencar Araripe
Henrique Pereira de Lucena
Ministro do InteriorTristão de Alencar Araripe
Ministro da Agricultura,
Comércio e Obras Públicas
Henrique Pereira de Lucena
João Barbalho Uchôa Cavalcanti

A fase constitucional do governo de Deodoro da Fonseca foi de fevereiro a 3 de novembro de 1891, quando Deodoro deu umgolpe de estado.[54]

Havia, naquele momento histórico, um conflito entre osmilitares e os políticos civis. Os militares queriam se manter na política e eram favoráveis a uma centralização absoluta e a concentração do poder político, enquanto os civis desejavam a volta dos militares aos quartéis e lutavam por um governo descentralizado efederalista.[55]

Durante sua estadia na presidência, Deodoro foi nomeadoGrão-Mestre doGrande Oriente damaçonaria do Brasil.[56]

Os republicanos deSão Paulo apoiavam Floriano Peixoto, apesar das tendências centralizadoras deste. Devido ao apoio de São Paulo, os militares ficaram divididos, e isso veio mais tarde a provocar a queda de Deodoro.[57]

O fechamento do Congresso e estado de sítio

Ver artigo principal:Golpe de Três de Novembro
Fechamento do Congresso

Eleito pelo Congresso Nacional (indiretamente), Deodoro iniciou seumandato sob forte tensão política. Tinha a oposição do Congresso e da população devido à crise econômica.[58]

Tal ato gerou violenta reação, fazendo com que, entre agosto e novembro de 1891, o Congresso tentasse aprovar a "Lei de Responsabilidades", que reduzia os poderes do presidente.[59]

Deodoro contra-atacou a decisão do Congresso e, em 3 de novembro de 1891, decretou a dissolução do Congresso, lançando um "Manifesto à Nação" para explicar as razões do seu ato. Enquanto isso, tropas militares cercaram os prédios do legislativo e prenderam líderes oposicionistas e a imprensa doDistrito Federal foi posta sob censura total, decretando, assim, oestado de sítio no país. Este fato entrou para a história como oGolpe de Três de Novembro e foi o último feito de Deodoro em sua carreira política, pois, alguns dias depois, renunciaria ao mandato de presidente.[60]

A primeira Revolta da Armada

Renúncia de Deodoro da Fonseca ao cargo de Presidente da República, 1891
Ver artigo principal:Revolta da Armada

A primeiraRevolta da Armada ocorreu no dia 23 de novembro de 1891, quando o almiranteCustódio de Melo, acionado por Floriano Peixoto, a bordo doEncouraçado Riachuelo, ameaçou bombardear oRio de Janeiro caso Deodoro não renunciasse. O marechal Deodoro, então, cedeu às pressões e renunciou ao cargo de presidente da República, entregando o poder ao vice-presidente, Floriano Peixoto.[61]

O restabelecimento do Congresso

Ao assumir, em 23 de novembro de 1891,Floriano Peixoto anulou odecreto de dissolução do Congresso e suspendeu o estado de sítio. Entre novembro de 1891 de março de 1892, afastou os governadores que haviam apoiado o golpe de Deodoro, substituindo-os por aliados.[61]

Depois da presidência

Monumento-túmulo ao Generalíssimo Deodoro da Fonseca, naPraça Paris,Rio de Janeiro

Manuel Deodoro da Fonseca faleceu noRio de Janeiro, em agosto de 1892. Pediu para ser enterrado em trajes civis, no que não foi atendido. Seu enterro teve toda a pompa e honras militares. O marechal que proclamou a república no Brasil, fato histórico este que é, atualmente,feriado nacional, era acometido de fortes crises dedispneia, popularmente conhecida como "dificuldade de respiração" ou "falta de ar", o que impedia o primeiro presidente do Brasil de dormir.[62]

Foi enterrado num jazigo familiar noCemitério do Caju, mas teve seus restosexumados e transferidos para ummonumento naPraça Paris, no Rio de Janeiro, em 1937.[61]

Representações na cultura

O primeiro presidente do Brasil, Deodoro da Fonseca numa nota de 20 milréis de 1925

Deodoro já foi retratado como personagem nocinema e natelevisão, tendo sido interpretado porCastro Gonzaga nas minissériesAbolição (1988) eRepública (1989). Também teve sua efígie impressa nas notas de 20cruzeiros[63] de 1950, nas de 50 cruzeiros de 1970[64] e nas de 500 cruzeiros de 1981,[64] e cunhada no verso das moedas de 25 centavos em circulação atualmente no Brasil.[65]

Memoriais sobre Deodoro

Na Praça da República, no Rio de Janeiro, há o memorial denominado Casa Histórica de Deodoro, um sobrado onde o Marechal morou. A instituição é aberta ao público com uma exposição permanente sobre Deodoro da Fonseca.[66]

No bairro da Glória, também no Rio de Janeiro, foi construído um vasto monumento em homenagem a Deodoro. Em 16 de fevereiro de 2020, um detalhe do monumento, representando sua mãe, foi furtado.[67]

Na sua terra natal,Marechal Deodoro (Alagoas), na casa onde nasceu, existe o Museu Marechal Deodoro da Fonseca.[68]

Ver também

Notas e referências

Notas

  1. Renomeada posteriormente deOrdem do Cruzeiro do Sul.
  2. Na grafia original, anterior aoFormulário Ortográfico de 1943 e mantida ao longo de sua vida,Manoel Deodoro da Fonseca.
  3. A cidade foi renomeada Marechal Deodoro em 1939, em sua homenagem.[1][2]
  1. Deodoro da Fonseca exerceu a presidência entre 15 de novembro de 1889 e 26 de fevereiro de 1891 na qualidade de chefe do Governo Provisório, que não possuía vice-presidente. Com a promulgação, em 24 de fevereiro de 1891, daprimeira Constituição republicana, as eleições brasileiras para presidente e vice passariam a ser pelovoto direto. A Constituição determinava ainda que, excepcionalmente naquele primeiro mandato, esses cargos seriam eleitos indiretamente, ou seja, peloCongresso Nacional, que elegeu, em 25 de fevereiro de 1891, Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto para presidente e vice-presidente, respectivamente. Foram formalmente empossados no dia seguinte.

Referências

  1. «História — Prefeitura de Marechal Deodoro». Prefeitura Municipal de Marechal Deodoro. Consultado em 11 de março de 2018 
  2. «Histórico de Marechal Deodoro».Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de março de 2018 
  3. ab«Manuel Deodoro da Fonseca, Marechal». Biblioteca Virtual da Presidência. Consultado em 11 de março de 2018 
  4. «Carreira Militar — Prefeitura de Marechal Deodoro». Prefeitura Municipal de Marechal Deodoro. Consultado em 11 de março de 2018 
  5. abc«FONSECA, Deodoro da»(PDF).Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 11 de março de 2018 
  6. «O Governo Constitucional — Prefeitura de Marechal Deodoro». Prefeitura Municipal de Marechal Deodoro. Consultado em 23 de março de 2018 
  7. «Deodoro da Fonseca proclama a República no Brasil».History. Consultado em 23 de março de 2018 
  8. Fernandes, Carlos.«Manuel Deodoro da Fonseca».www.dec.ufcg.edu.br. Consultado em 2 de junho de 2017. Arquivado dooriginal em 8 de abril de 2012 
  9. ab«Origem».Prefeitura de Marechal Deodoro. Consultado em 25 de outubro de 2015 
  10. «Manuel Mendes da Fonseca». História de Alagoas. Consultado em 19 de fevereiro de 2019 
  11. Castro, Celso (1 de janeiro de 1995).Os militares e a república: um estudo sobre cultura e ação política. [S.l.]: J. Zahar Editor.ISBN 9788571103351 
  12. abPesquisa, Universidade Estácio de Sá (Rio de Janeiro, Brazil) Departamento de; Koifman, Fábio (1 de janeiro de 2002).Presidentes do Brasil. [S.l.]: Cultura Editores.ISBN 9788529300801 
  13. Ruas, Tabajara; Bones, Elmar (1 de janeiro de 1997).A cabeça de Gumercindo Saraiva. [S.l.]: Editora Record.ISBN 9788501051288 
  14. Guerra, Brazil Ministério da (1 de janeiro de 1970).Revista Militar Brasileira. [S.l.: s.n.] 
  15. Senna, Ernesto (1 de janeiro de 1981).Deodoro: subsídios para a história. [S.l.]: Editora Universidade de Brasília 
  16. Zúquete, Afonso Eduardo Martins (1 de janeiro de 1989).Nobreza de Portugal: bibliografia, biografia, cronologia, filatelia, genealogia, heráldica, história, nobiliarquia, numismática. [S.l.]: Zairol 
  17. ABC das Alagoas: dicionário biobibliográfico, histórico e geográfico de Alagoas. [S.l.]: Senado Federal. 1 de janeiro de 2005 
  18. Schumaher, Schuma; Brazil, Erico Vital (1 de janeiro de 2000).Dicion‡rio mulheres do Brasil: de 1500 até a atualidade : com 270 ilustrações. [S.l.]: J. Zahar Editor.ISBN 9788571105737 
  19. Fujisawa, Marie Suzuki (1 de janeiro de 2006).Das Amélias às mulheres multifuncionais: a emancipação feminina e os comerciais de televisão. [S.l.]: Summus Editorial.ISBN 9788532302540 
  20. ab«Manuel Deodoro da Fonseca – Cadeira 15». Academia Paranaense de Letras Maçônicas. Consultado em 26 de dezembro de 2012 
  21. Cultura política: revista mensal de estudos brasileiros. [S.l.]: s.n. 1 de janeiro de 1943 
  22. Almeida, Antônio da Rocha (1 de janeiro de 1964).Vultos da pátria: os brasileiros mais ilustres de seu tempo. [S.l.]: Editôra Globo 
  23. Moritz, Gustavo; Axt, Gunter (1 de janeiro de 2005).Acontecimentos políticos do Rio Grande do Sul: partes I e II. [S.l.]: Nova Prova Editora.ISBN 9788588802100 
  24. abcdCentro de Referência da História Republicana Brasileira.«Deodoro da Fonseca».República On-line (1889-1961).Museu da República. Consultado em 26 de dezembro de 2012 
  25. abcd«Marechal Deodoro da Fonseca». UOL - Educação. Consultado em 28 de junho de 2012 
  26. abcdefghijklmnopqrstuvwxyzaaabacadaeFonseca, Walter (1982).Fonseca, uma família e uma história. [S.l.]: Editora Obelisco. Consultado em 5 de agosto de 2025 
  27. abcJussara de Barros.«Deodoro da Fonseca». Brasil Escola. Consultado em 28 de junho de 2012 
  28. Deodoro e a verdade histórica, p. 76
  29. abGomes, Laurentino (23 de julho de 2013). «O MARECHAL».1889: Como um imperador cansado, um marechal vaidoso e um professor injustiçado contribuíram para o fim da Monarquia e a Proclamação da República no Brasil. [S.l.]: Globo Livros 
  30. Gomes, Laurentino (1 de janeiro de 2013).1889: como um imperador cansado, um marechal vaidoso e um professor injustiçado contribuíram para o fim da monarquia e a proclamação da republica no Brasil. [S.l.]: Globo.ISBN 9788525054463 
  31. Villa, Marco Antonio (2021).Um país chamado Brasil: a história do Brasil do descobrimento ao século XXI. Col: Crítica 2a̲ edição ed. São Paulo, SP: Editora Planeta do Brasil. pp. 157–61.ISBN 978-65-5535-547-5 |acessodata= requer|url= (ajuda) !CS1 manut: Texto extra (link)
  32. abcde«A trama da vitória».Abril. Revista Veja. Consultado em 23 de agosto de 2012. Arquivado dooriginal em 4 de dezembro de 2013 
  33. «Advento da Ditadura Militar no Brasil».www.ebooksbrasil.org. Consultado em 4 de junho de 2017 
  34. abc«O Outubro do patriarca». Veja.com. Consultado em 28 de junho de 2012. Arquivado dooriginal em 29 de setembro de 2012 
  35. abMarco Antonio Cruz Filho.«Origens da Bandeira do Brasil». Biblioteca virtual de escritores. Consultado em 23 de agosto de 2012 
  36. «Bandeira Provisória da República (15 a 19 Nov 1889)». pmn.eb. Consultado em 23 de agosto de 2012[ligação inativa] 
  37. «Bandeiras brasileiras». UOL - Educação. Consultado em 23 de agosto de 2012 
  38. «O Cruzeiro».45. 1973 
  39. Moura, Sabino Fidélis de (15 de novembro de 2011).«O ar de Anadia curou Deodoro da Fonseca». Alagoas 24 horas. Consultado em 25 de dezembro de 2012 
  40. Harris, Benjamim (1 de dezembro de 1890).«State of the Union Address» (em inglês). Consultado em 25 de dezembro de 2012 
  41. «Os Atos do Governo Provisório».Prefeitura de Marechal Deodoro. Consultado em 21 de abril de 2025 
  42. Fonseca, Walter (1982).Fonseca, uma família e uma história. [S.l.]: Editora Obelisco. Consultado em 5 de agosto de 2025 
  43. Fonseca, Walter (1982).Fonseca, uma família e uma história. [S.l.]: Editora Obelisco. Consultado em 5 de agosto de 2025 
  44. Fonseca, Walter (1982).Fonseca, uma família e uma história. [S.l.]: Editora Obelisco. Consultado em 5 de agosto de 2025 
  45. Fonseca, Walter (1982).Fonseca, uma família e uma história. [S.l.]: Editora Obelisco. Consultado em 5 de agosto de 2025 
  46. Fonseca, Walter (1982).Fonseca, uma família e uma história. [S.l.]: Editora Obelisco. Consultado em 5 de agosto de 2025 
  47. Fonseca, Walter (1982).Fonseca, uma família e uma história. [S.l.]: Editora Obelisco. Consultado em 5 de agosto de 2025 
  48. Fonseca, Walter (1982).Fonseca, uma família e uma história. [S.l.]: Editora Obelisco. Consultado em 5 de agosto de 2025 
  49. Fonseca, Walter (1982).Fonseca, uma família e uma história. [S.l.]: Editora Obelisco. Consultado em 5 de agosto de 2025 
  50. Fonseca, Walter (1982).Fonseca, uma família e uma história. [S.l.]: Editora Obelisco. Consultado em 5 de agosto de 2025 
  51. «A primeira eleição presidencial do Brasil - Notícias».Estadão. Consultado em 1 de outubro de 2021 
  52. Fonseca, Walter (1982).Fonseca, uma família e uma história. [S.l.]: Editora Obelisco. Consultado em 5 de agosto de 2025 
  53. Fonseca, Walter (1982).Fonseca, uma família e uma história. [S.l.]: Editora Obelisco. Consultado em 5 de agosto de 2025 
  54. Fonseca, Walter (1982).Fonseca, uma família e uma história. [S.l.]: Editora Obelisco. Consultado em 5 de agosto de 2025 
  55. Fonseca, Walter (1982).Fonseca, uma família e uma história. [S.l.]: Editora Obelisco. Consultado em 5 de agosto de 2025 
  56. «Deodoro da Fonseca».Grande Loja Unida Sul-americana. Glusa.org. Arquivado dooriginal em 23 de maio de 2011 
  57. Fonseca, Walter (1982).Fonseca, uma família e uma história. [S.l.]: Editora Obelisco. Consultado em 5 de agosto de 2025 
  58. Fonseca, Walter (1982).Fonseca, uma família e uma história. [S.l.]: Editora Obelisco. Consultado em 5 de agosto de 2025 
  59. «E-Biografias - Biografia de Deodoro da Fonseca». E-biografias.net. Consultado em 26 de novembro de 2009 
  60. «Os 120 anos do Cerco da Lapa e o preço da consolidação da República».Gazeta do Povo. Consultado em 25 de outubro de 2015 
  61. abcFonseca, Walter (1982).Fonseca, uma família e uma história. [S.l.]: Editora Obelisco. Consultado em 5 de agosto de 2025 
  62. «Proclamação da República - O fim do Império». Capa.gazetaoeste.com.br. Arquivado dooriginal em 6 de março de 2008 
  63. «Cédulas emitidas pelo Tesouro Nacional - Padrão Cruzeiro - 01.11.1942».Banco Central do Brasil. Consultado em 26 de dezembro de 2012 
  64. ab«Cédulas emitidas pelo Banco Central do Brasil».Banco Central do Brasil. Consultado em 26 de dezembro de 2012 
  65. «Moedas emitidas pelo BC».Banco Central do Brasil. Consultado em 26 de dezembro de 2012 
  66. CHD - Casa Histórica de Deodoro. Funceb. Acesso em 8 de abril de 2017.
  67. «Estátua de 400kg que retrata a mãe do Marechal Deodoro é furtada no Rio».Correio Braziliense. 16 de fevereiro de 2020. Consultado em 17 de fevereiro de 2020 
  68. Patrimônio Histórico. Página da prefeitura. Acesso em 8 de abril de 2017.

Bibliografia

  • Castro, Celso (1995).Os Militares e a República. [S.l.]: Zahar.ISBN 8571103356 
  • Comissão Pro-Monumento Deodoro (1937).Deodoro e a verdade historica para 15 de novembro de 1937, por occasião da inauguração do seu monumento, 1937. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional. 346 páginas 
  • Correia, Leôncio (1939).A Verdade Histórica Sobre o 15 de Novembro. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional 
  • Figueiredo, Afonso Celso de Assis Figueiredo (1891).Advento da ditadura militar no Brasil. Paris: Imprimiere F. Pichon 
  • Fonseca, Walter (1982).Fonseca, uma família e uma história. Universidade do Texas: Editora Obelisco. 370 páginas. Consultado em 23 de agosto de 2012 
  • Koifman, Fábio (organizador) (2001).Presidentes do Brasil. Rio de Janeiro: Rio 
  • Lessa, Renato (1988).A Invenção Republicana.3. Universidade da Califórnia: Editora Vértice. 173 páginas.ISBN 8571150052. Consultado em 12 de dezembro de 2012 
  • Magalhães Júnior, Roberto (1957).Deodoro: A Espada Contra o Império. Rio de Janeiro: Companhia Editora Nacional 
  • Rocha Almeida, Antônio da (1964).Vultos da pátria: os brasileiros mais ilustres de seu tempo, Volume 2. [S.l.]: Editora Globo 
  • Senna, Ernesto (1981).Deodoro, subsídios para a história.18. Brasília: Editora Universidade de Brasília. 226 páginas. Consultado em 23 de agosto de 2012 
  • Silva, Hélio; CARNEIRO, Maria Cecília Ribas (1983).Deodoro da Fonseca – primeiro presidente do Brasil.Os presidentes. Universidade do Texas: Editora Três. 175 páginas. Consultado em 23 de agosto de 2012 A referência emprega parâmetros obsoletos|coautor= (ajuda)
  • Simonsen, Mário Henrique (1963).Legitimidade da Monarquia no Brasil. Rio de Janeiro: Globo 

Ligações externas

Outros projetosWikimedia também contêm material sobre este tema:
WikiquoteCitações noWikiquote
WikisourceTextos originais noWikisource
CommonsImagens emedia noCommons

Precedido por
Henrique Pereira de Lucena
Presidente da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul
1886
Sucedido por
Miguel Calmon du Pin e Almeida
Precedido por
Período Imperial
Brasil
1º Presidente do Brasil

1889 — 1891
Sucedido por
Floriano Peixoto
Presidência


Carreira militar
Família
Legado
Memoriais e
homenagens
Relacionados
Primeiro reinado
Brasão do Império do Brasil (segundo reinado)
Período regencial
Segundo reinado
Presidentes do Brasil (1889–2025)
Lista de titulares
e períodos de governo
  1. Deodoro da Fonseca(1889–91)
  2. Floriano Peixoto(1891–94)
  3. Prudente de Morais(1894–98)
  4. Campos Sales(1898–02)
  5. Rodrigues Alves(1902–06)
  6. Afonso Pena(1906–09)
  7. Nilo Peçanha(1909–10)
  8. Hermes da Fonseca(1910–14)
  9. Venceslau Brás(1914–18)
  10. Delfim Moreira(1918–19)
  11. Epitácio Pessoa(1919–22)
  12. Artur Bernardes(1922–26)
  13. Washington Luís(1926–30)
  14. Getúlio Vargas(1930–45)
  15. José Linhares(1945–46)
  16. Eurico Gaspar Dutra(1946–51)
  17. Getúlio Vargas(1951–54)
  18. Café Filho(1954–55)
  19. Carlos Luz(1955)
  20. Nereu Ramos(1955–56)
  21. Juscelino Kubitschek(1956–61)
  22. Jânio Quadros(1961)
  23. Ranieri Mazzilli(1961)
  24. João Goulart(1961–64)
  25. Ranieri Mazzilli(1964)
  26. Castelo Branco(1964–67)
  27. Costa e Silva(1967–69)
  28. Emílio Garrastazu Médici(1969–74)
  29. Ernesto Geisel(1974–79)
  30. João Figueiredo(1979–85)
  31. José Sarney(1985–90)
  32. Fernando Collor(1990–92)
  33. Itamar Franco(1992–95)
  34. Fernando Henrique Cardoso(1995–03)
  35. Luiz Inácio Lula da Silva(2003–11)
  36. Dilma Rousseff(2011–16)
  37. Michel Temer(2016–19)
  38. Jair Bolsonaro(2019–23)
  39. Luiz Inácio Lula da Silva(2023–presente)

Bandeira do Presidente do Brasil.
Bandeira do Presidente do Brasil.
Sedes e residências
Temas gerais
Vice-presidente
Deodoro da Fonseca, 1º Presidente do Brasil
Ministérios
Fazenda
Guerra
Marinha
Secretarias
de Estado
Agricultura, Comércio
e Obras Públicas
Instrução Pública,
Correios e Telégrafos
Negócios Estrangeiros
Negócios do Interior
Negócios da Justiça
Controle de autoridade
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Deodoro_da_Fonseca&oldid=71206397"
Categorias:
Categorias ocultas:

[8]ページ先頭

©2009-2025 Movatter.jp