Ademografia (do gregodemos, povo, egraphein, escrita[1]) é uma área dasciências sociais que estuda adinâmica populacional humana.[2] O seu objeto de estudo engloba as dimensões,estatísticas, estrutura e distribuição das diversaspopulações humanas. Estas não são estáticas, variando devido ànatalidade,mortalidade,migrações eenvelhecimento. A análise demográfica centra-se também nas características de toda umasociedade ou um grupo específico, definido por critérios como aeducação, anacionalidade,religião egrupo étnico.
Noséculo XIX, mais precisamente no ano de 1855, Achille Guillard, em seu livroEléments de Statistique Humaine ou Démographie Comparée (Elementos de Estatística Humana ou Demografia Comparada), usou pela primeira vez o termo demografia.
A demografia estendeu-se além do campo daantropologia. Principalmente na segunda metade doséculo XX, muitos estudos voltaram-se ao estudo da demografia deanimais e deplantas.[3]
A demografia é um estudo que engloba também projetos dogoverno em relação à população, como oIDH. Ao definir sua política, o governo tem duas opções: estimular ou dificultar novos nascimentos. Medidas como complementação salarial para auxílio aos pais que têm mais filhos, ou aumento deimpostos para os jovens de uma certa idade que ainda não tenham filhos, podem ser chamadas natalistas, pois estimulam o aumento dataxa de natalidade.
No caso do governobrasileiro, as políticas demográficas sempre foram bastanteambíguas. Oficialmente, nenhum governo adotou uma política antinatalista, o que pode ser explicado pela intensa influência dos valorescatólicos e pela ideia, que por muito tempo dominou o governo e a opinião pública, de que era necessário ocupar o vazio demográfico do interior do país. No entanto, a postura natalista, na prática, nunca foi eficiente noBrasil. O que na realidade vem ocorrendo é que a própria realidade social brasileira vem funcionando como um excelente método antinatalista. Ao encontrarem grande dificuldade na criação dos filhos, devido à falta decreches eescolas públicas de qualidade, ao se depararem com o alto índice dedesemprego e ossalários baixos, e ao se sentirem encurralados pelos altos gastos comhabitação,transporte, segurança ealimentação nas grandescidades, os brasileiros se encarregam de diminuir drasticamente sua quantidade de filhos.
Para ter-se uma ideia, a velocidade com que ocorreu a diminuição dastaxas de natalidade noBrasil só é comparável a de países que adotaram rígidos programas de controle demográfico, como aChina, por exemplo. O problema fica por conta da falta de educação quanto ao métodoanticoncepcional a ser adotado e, sobretudo, pela falta deeducação sexual.
Outros fatores se referem aos métodos naturais contraceptivos, como por exemplo alavagem vaginal após o coito, coisa que é pouco conhecida, pouco divulgada e/ou realizada após as relações sexuais na maioria dos mais necessitados. Falta de informações sobre períodos mais férteis dasmulheres também é coisa só para as pessoas dasclasses média oualta. As classes sociais mais desprivilegiadas são as que mais se reproduzem e as que mais se utilizam dos recursos públicos para a fazer os partos, alimentar as crianças lactentes, alimentar as crianças em idade escolar (merendas escolares), consumir remédios e consultas médicas gratuitas, além de frequentarem creches populares dos estados e prefeituras, Enfim, o descontrole da natalidade ocorre praticamente apenas nas classes mais baixas e pobres da população, e não existe uma política de esclarecimento devido à forte interferência dos conceitos religiosos muito presentes em tudo o que se refere ao controle da natalidade humana.
A população está emexplosão demográfica desde arevolução industrial, que começou naInglaterra na primeira metade doséculo XIX. Apresenta-se, em seguida, a evolução dapopulação mundial:[4]
- 1 a 2bilhões de pessoas entre 1804 a 1927 - 123 anos se passaram.
- 2 a 3 bilhões de pessoas entre 1927 a 1960 - 33 anos se passaram.
- 3 a 4 bilhões de pessoas entre 1960 a 1974 - 14 anos se passaram.
- 4 a 5 bilhões de pessoas entre 1974 a 1987 - 13 anos se passaram.
- 5 a 6 bilhões de pessoas entre 1987 a 1999 - 12 anos se passaram.
- 6 a 7 bilhões de pessoas entre 1999 a 2011 - 12 anos se passaram.
- 7 a 8 bilhões de pessoas entre 2011 a 2022 - 11 anos se passaram.[5]
A análise da progressão da população humana indica que está crescendo cada vez mais lentamente (atualmente cerca de 1,14% ao ano); e prevê-se que estabilize nos 10 bilhões por volta do ano 2100.
A população mundial atual é de cerca de 8216 milhões de pessoas (8.216 bilhões).[6]
Estimativa da População - Metodologia utilizada noPopClock.
Nota metodológica: as projeções populacionais mensais, com data de referência nos primeiros dias de cada mês, foram inicialmente obtidas através de um ajustegeométrico aos valores projetados pelo método das componentes demográficas que cobrem o período 1989-2012. A função ajustante tem a seguinte expressão analítica:

onde: t = data de referência ⇒ 01/07/t, POP (t) = população projetada para a data t, A e B são parâmetros a determinar, Mediante o método de estimação de mínimos quadrados os parâmetros resultaram em: A = 190.250 e B = 1,4756, com R² = 0,9999. De posse da função determinada, foi possível interpolar mensalmente as populações projetadas entre os respectivos anos. As taxas médias de crescimento populacional mensal foram reduzidas à escala de minutos utilizando-se a expressão D*H*M como variável de tempo, onde D= número de dias no mês, H= número de horas por dia e M= número de minutos por hora. Essas taxas foram, então, empregadas na obtenção das estimativas populacionais a cada minuto.
- Taxa defecundidade: é a média de quantos filhos em média uma mulher tem no seu período fértil. No Brasil, por exemplo, a taxa de fecundidade é de 1,8 filhos por mulher.
- Taxa denatalidade: é a quantidade de crianças que nascem.
- Taxa demortalidade: é a quantidade de pessoas que morrem. As mulheres em média vivem mais que os homens.
A população mundial estimada em 2013 é de mais de 7 bilhões de pessoas, segundo relatório daCIA.
As estimativas dapopulação mundial apresentadas estão baseadas na tabela nº 1 ("Total Midyear Population for the World; 1950-2050"), da Base de Dados Internacional doU.S. Census Bureau. Esta tabela mostra as estimativas da população mundial de 1950 a 2050. Para cada ano, são apresentadas estimativas para dia 1º de julho, às 00:00GMT. Para as estimativas da população mundial apresentadas no PopClock doIBGE, foram feitas interpolações entre as estimativas de cada um desses anos minuto a minuto.
A Base de dados doU.S. Census Bureau (IDB - International Data Base) está baseada nas análises disponíveis de dados censitários e pesquisas sobre fertilidade, mortalidade emigração. A análise é realizada isoladamente para cada um dos 227 países ou áreas do mundo com população de 5000 habitantes ou mais. Diversas tabelas estatísticas de dados demográficos e sócio-econômicos estão disponíveis nesta base de dados.
De acordo com aOrganização das Nações Unidas (ONU), a partir do estudo "Perspectivas de População Mundial" de 2019, a população do planeta Terra atingiu 7,2 bilhões de pessoas.[7]
Referências