Movatterモバイル変換


[0]ホーム

URL:


Saltar para o conteúdo
Wikipédia
Busca

De architectura

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado deDe Architectura)
Este artigonão citafontes confiáveis. Ajude ainserir referências. Conteúdo nãoverificável pode ser removido.—Encontre fontes:ABW  • CAPES  • Google (notícias • livros • acadêmico)(Setembro de 2014)

De Architectura Libri Decem (emportuguês:Dez Livros sobre a Arquitetura) é um tratado escrito emlatim sobre aarquitetura e a atividade doarquiteto. O título costuma ser referido apenas comoSobre a arquitetura ouDa arquitetura. A obra é de autoria do romanoMarco Vitrúvio Polião, e foi escrita noséculo I a.C. Está dividida em dez volumes, cada qual abordando um aspeto específico da arquitetura.

Possui grande importância histórica pois é o único tratado clássico sobre o tema que sobreviveu até aos dias atuais. Além disto, foi o único conhecido pelos estudiosos daRenascença, influenciando a arquitetura produzida no período e não só, fundamentada em três princípios:[1]

  • "Utilitas" (comodidade e função);
  • "Firmitas" (solidez); e
  • "Venustas" (beleza).

É um tratado sobrearquitetura escrito peloarquiteto e engenheiro militarMarco Vitrúvio Pólio daRoma Antiga e dedicado ao seu patrono, o imperadorCésar Augusto, como um guia paraprojetos de construção. Como o único tratado sobre arquitetura que sobreviveu da antiguidade, foi considerado desde o Renascimento como o primeiro livro conhecido sobre teoria arquitetónica, bem como uma importante fonte sobre o cânone daarquitetura clássica.

Contém uma variedade de informações sobre edifícios gregos e romanos, bem como prescrições para o planeamento e projeto de acampamentos militares, cidades e estruturas, tanto grandes (aquedutos, edifícios, banhos, portos) como pequenas (máquinas, aparelhos de medição, instrumentos).[2] Como Vitrúvio escreveu no início darevolução arquitectónica romana que assistiu ao desenvolvimento completo de abóbadas cruzadas, domos,betão e outras inovações associadas à arquitectura imperial romana, os seus dez livros fornecem pouca informação sobre estas inovações distintas daarquitectura romana e da tecnologia.[3]

Sabe-se que havia algumas ilustrações em cópias originais, pelas referências ano texto (talvez oito ou dez), mas talvez apenas uma delas tenha sobrevivido em alguma cópia manuscrita medieval. Esta deficiência foi corrigida nas edições impressas do século XVI, que passaram a ser ilustradas com muitas gravuras de grandes dimensões.

Foram feitas cópias durante oRenascimento Carolíngio, mas pouco uso foi feito delas até ao século XV, quando a obra se tornou de grande interesse e influência, inicialmente em Itália e depois no resto da Europa.

Origem e conteúdo

[editar |editar código-fonte]

Provavelmente escrito entre 30 e 20 a.C.,[4] ele combina o conhecimento e as visões de muitos escritores antigos, gregos e romanos, sobre a arquitectura, as artes, a história natural e a tecnologia de construção. Vitrúvio cita muitas autoridades ao longo do texto, elogiando frequentemente os arquitetos gregos pelo desenvolvimento da construção dos templos e das ordens (dórica,jónica ecoríntia), e fornecendo importantes relatos sobre as origens da construção nacabana primitiva.

Embora frequentemente citados pela sua famosa "tríade" de características associadas à arquitetura  – utilitas, firmitas e venustas (utilidade, força e beleza)  – , os princípios estéticos que influenciaram os escritores de tratados posteriores foram delineados no Livro III. Derivados parcialmente da retórica latina (através de Cícero e Varrão), os termos vitruvianos para ordem, arranjo, proporção e adequação aos fins pretendidos orientaram os arquitetos durante séculos e continuam a fazê-lo.

O autor romano dá conselhos sobre as qualificações de um arquitecto (Livro I) e sobre os tipos de desenho arquitectónico.[5]

Os dez livros ou pergaminhos estão organizados da seguinte forma:

Conteúdo

[editar |editar código-fonte]

Vitrúvio inicia seu livro tratando da formação e da educação que um arquiteto deve, de acordo com ele próprio, possuir. O autor logo no primeiro volume, mais precisamente no primeiro capítulo do primeiro volume, vê no arquiteto uma pessoa que detém conhecimentos sobre as mais diversas ciências e artes, tidas na época como “verdadeiras”, plausíveis.Geometria,história,matemática,música,medicina e até mesmo aastronomia deveriam ser conhecidas peloarquitecto, que, ao contrário de outros profissionais, não deveria se especializar em um único tema, mas sim abranger diversas áreas do conhecimento humano.

Vitrúvio faz ainda distinção dentro de um trabalho artístico, dizendo que ele é composto pela própria obra em si e também pela dimensão teórica que a constitui. Essa distinção é mais explicitada no segundo capítulo do primeiro volume.

O segundo volume que compõe a obra de Vitrúvio refere-se aos materiais usados na construção de edifícios. Ele lista os tipos de materiais comumente usados nas construções da época e os relaciona com a ocorrência dos mesmos na natureza e também com o nível de conhecimento cientifico do ser humano.

Os terceiro e o quarto volumes tratam das construções, dos templos, onde Vitrúvio ressalta a importância da simetria tanto na arquitectura quanto no próprio ser humano. O autor deixa explícita sua fonte para estes volumes: o arquitecto gregoHermógenes[desambiguação necessária] (século II a.C.).

No volume de número V, Vitrúvio escreve a respeito dos diferentes tipos de prédios públicos: fóruns, basílicas, teatros e até mesmo portos, quebra-mares e estaleiros. Ele contrapõe o fórum grego ao romano, comentando suas idiossincrasias arquitetônicas que variavam de acordo com os hábitos de cada civilização.

O volume seguinte (VI) apresenta os edifícios privados; casas urbanas e rurais, mais uma vez focando as peculiaridades presentes nas construções gregas e romanas. Estudos baseados nesse volume apontam a influência de Vitrúvio na Itália, principalmente em Pompéia, onde foram encontradas casas nos moldes das que foram descritas por ele neste volume.

O sétimo volume remete à decoração interior das casas.

Passando para o volume posterior, VIII, o autor retoma os estudos sobre o processo de construção, estudando desta vezhidrologia ehidráulica. Ele pode mesmo ser considerado como o pai da ciência daHidrologia.

Relógios d’água, meios de se encontrar água, cisternas, Vitrúvio disseca o tema nesse volume que constitui o oitavo livro dos 10 volumes da obra

Ver também

[editar |editar código-fonte]

Referências

  1. Kruft, Hanno-Walter.Uma História da Teoria Arquitectónica de Vitrúvio até ao Presente (Nova Iorque, Princeton Architectural Press: 1994).
  2. Vitrúvio.Dez livros sobre arquitectura, Ed. Ingrid Rowland com ilustrações de Thomas Noble Howe (Cambridge, Cambridge University Press: 1999)
  3. Ver William L.The Architecture of the Roman Empire: An Introductory Study (New Haven, Yale University Press: 1982): 6, 10-11.
  4. Cartwright, Mark (22 de abril de 2015).«Vitruvius».World History Encyclopedia (em inglês). Consultado em 2 de junho de 2022 
  5. Vitruvius:On Architecture, Livro I, editado e traduzido para inglês por Frank Granger (Cambridge, Harvard University Press: 1931-34).

Ligações externas

[editar |editar código-fonte]
OCommons possui umacategoria com imagens e outros ficheiros sobreDe architectura
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=De_architectura&oldid=69779894"
Categorias:
Categorias ocultas:

[8]ページ先頭

©2009-2025 Movatter.jp