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Cyro Martins

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cyro Martins
Nome completoCyro dos Santos Martins
Nascimento
Morte
15 de dezembro de1995 (87 anos)

Nacionalidadebrasileiro
CônjugeZaira Meneghello
OcupaçãoNeurologista, Psiquiatra, Psicanalista e escritor
Principais trabalhosPorteira Fechada,Estrada nova

Cyro dos Santos Martins (Quaraí,5 de agosto de1908Porto Alegre,15 de dezembro de1995) foi umescritor epsicanalistabrasileiro.[1]

Integrou o grupo dos romancistas da chamada "Geração de 30", relacionado aoneorealismo,[1] tanto pela temática quanto pela linguagem. Foi responsável pela introdução, na literatura regional de seu estado, do tipo gaúcho já influenciado por novos costumes. Seu livro de estréia, Campo Fora (1934), já trazia a temática que o autor desenvolveria posteriormente. Suas três obras básicas,Sem rumo (1937),Porteira fechada (1944) eEstrada nova (1954), compõem aTrilogia do gaúcho a pé, retratam o homem dospampas, marginalizado pela nova ordem econômica, social e cultural gerada pelo processo de industrialização e concentração urbana.[2]

Biografia

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Cyro Martins era filho de Apolinário e Felícia dos Santos Martins. Aos nove anos, inicia os estudos no Colégio Municipal de Quaraí. Aos 12, continua os estudos em colégio interno de Porto Alegre, oGinásio Anchieta. Seu primeiro professor, Lucílio Caravaca, é lembrado no personagem homônimo emRodeio (contos e estampas) - 1976. Em 1942, revive emUm menino vai para o colégio (novela)" a vida no internato.

Escreve seus primeiros artigos e contos aos quinze anos. Em 1928, com dezenove anos, ingressa naFaculdade de Medicina de Porto Alegre. Retorna a Quaraí, em 1934, já formado, para fazer a "prática da medicina", como dizia, sobretudo nos bairros e vilas da cidade. Nesse mesmo ano estréia comCampo fora (contos), impregnado do imaginário da campanha e da fronteira. Morre seu pai, Bilo Martins.[3]

Em 1935, casa com Suely de Souza e utiliza, em conferência, pela primeira vez, o termo gaúcho a pé, origem e leitmotiv de sua trilogia (Sem rumo, Porteira fechada, Estrada nova). Em 1937, vai estudarNeurologia noRio de Janeiro, onde publicaSem rumo pela Ariel, primeiro romance da trilogia do gaúcho a pé. Em 1938, já em Porto Alegre, presta concurso paraPsiquiatria do Hospital São Pedro e, no ano seguinte, participa da fundação da Sociedade de Neurologia, Psiquiatria e Medicina Legal no Hospital São Pedro e vê publicado seu romanceEnquanto as águas correm, pela Globo. Também abre seu primeiro consultório.Mensagem errante surge em 1942, em plenaII Guerra Mundial e, em 1944,Porteira fechada, segundo romance da trilogia do gaúcho a pé.

Em 1949, casa com Zaira Meneghello. Dois anos após, vai fazer sua formação psicanalítica emBuenos Aires. Em 1954 aparece o terceiro romance da trilogia do gaúcho a pé,Estrada nova, que a crítica literária doRio Grande do Sul elegeu como o melhor e mais sólido romance do autor. Retorna, em 1955, de Buenos Aires, já como membro da Associação Psicanalítica Argentina. Traz a Porto Alegre, entre outros, o analista argentinoArnaldo Rascovsky, de quem se tornara amigo, para debates sobre psicoterapia analítica de grupo. Em 1957, é eleito presidente da Sociedade de Neurologia, Psiquiatria e Neurocirurgia, quando inicia sua atividade como professor no Instituto de Psicanálise. Ainda nesse ano saiPaz nos campos, reunindo contos e novelas que depois ele desdobrará em outras publicações.

De 1958 a 1964 tem vários trabalhos científicos traduzidos para o espanhol e o alemão.

Em 1990 realiza seu incomum livro de memórias, em parceria comAbrão Slavutzky,Para início de conversa. E, em 1991, seu último trabalho de ficção, a novelaUm sorriso para o destino. Ainda publicaria uma série de ensaios psicanalíticos, emCaminhos. (1993) e, quando seria de esperar que falasse de si mesmo, surpreende discorrendo sobre seus amigos poetas, pintores e ficcionistas, emPáginas soltas (1994).

A vida deu-lhe cancha para reformular, com seu editor, toda a sua obra de ficção e ciência, antes de falecer em15 de dezembro de1995, em Porto Alegre.

Sua filhaMaria Helena Martins criou em 1997 o Centro de Estudos de Literatura e Psicanálise Cyro Martins - CELPCYRO,com o apoio de Zaira Meneghello, sua mulher, da filha Cecília e do filho Cláudio, acompanhados por amigos, médicos e escritores, com o propósito de cuidar da vasta obra que Cyro Martins nos legou e promover estudos a partir dela. É como se estivéssemos cumprido a tarefa que ele, entre amável e irônico, costumava vaticinar para sua filha Maria Helena: "Não se preocupe: se ocupe".

Obra Completa

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A obra completa de Cyro Martins está disponível no catálogo daEditora Movimento.

Ficção

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  • Campo fora (contos) - 1934
  • Sem rumo (romance) - 1937*
  • Enquanto as águas correm (romance) - 1939
  • Um menino vai para o colégio (novela) - 1942
  • Porteira fechada (romance) - 1944*
  • Estrada nova (romance) - 1954*
  • A entrevista (contos) - 1968
  • Rodeio (contos e estampas) - 1976
  • Sombras na correnteza (romance) - 1979
  • A dama do saladeiro (contos) - 1980
  • O príncipe da vila (novela) - 1982
  • Gaúchos no obelisco (romance) - 1984
  • Na curva do arco-íris (romance) - 1985
  • O professor (romance) - 1988
  • Um sorriso para o destino (novela) - 1991
  • Você deve desistir, Osvaldo (contos) - 2000

Ensaios

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  • Do mito à verdade científica (Estudos Psicanalíticos) - 1964
  • Perspectivas da Relação Médico-Paciente - 1979
  • Escritores gaúchos - 1981
  • O mundo em que vivemos - 1983
  • A mulher na sociedade atual - 1984
  • Caminhos (ensaios psicanalíticos) - 1993
  • Páginas soltas - 1994

Memórias

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  • Para início de conversa - 1990 (com Abrão Slavutzky)

Referências

  1. abPortal Vermelho - "100 anos de Cyro Martins: expulsão e criminalização dosgaúchos a pé", por Diorge Konrad
  2. CELPCYRO - Centro de Estudos de Literatura e Psicanálise Cyro Martins - "A Trilogia do Gaúcho a Pé, de Cyro Martins, na contemporaneidade:uma obra além de seu tempo - Resumo Dissertativo"
  3. "SÍNTESE BIOBIBLIOGRÁFICA de CYRO MARTINS, por Carlos Jorge Appel (CELPCYRO - 1998)

Ver também

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Ligações externas

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