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Curva

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Esta páginacita fontes, mas quenão cobrem todo o conteúdo. Ajude ainserir referências (Encontre fontes:ABW  • CAPES  • Google (notícias • livros • acadêmico)).(Junho de 2009)
Uma espiral, um exemplo simples de curva.

Emmatemática, umacurva oulinha curva é, em termos gerais, um objeto semelhante a umalinha reta, mas que não é obrigatoriamenteretilíneo. Tecnicamente, uma curva é o lugar geométrico ou trajetória seguida por um ponto que se move de acordo com uma ou mais leis especificadas, neste caso, as leis comporão uma condição necessária e suficiente para a existência do objeto definido. Frequentemente há maior interesse nas curvas em um espaço euclidiano de duas dimensões (curvas planas) ou três dimensões (curvas espaciais).

Em tópicos diferentes dentro da matemática o termo possui significados distintos dependendo da área de estudo, então o sentido exato depende do contexto. Um exemplo simples de uma curva é a espiral, mostrada a direita. Um grande número de outras curvas já foi bem estudado em diversos campos da matemática.

O termocurva também tem vários significados na linguagem não matemática. Por exemplo, ele pode ser quase um sinônimo defunção matemática (como emcurva de aprendizado), ougráfico de uma função (como emcurva de Phillips)

Se o intervalo for fechado e as imagens dos pontos inicial e final coincidirem a curva diz-sefechada.Se a função for injectiva (exceptuando a possibilidade de a curva ser fechada), a curva diz-sesimples.A curva pode ainda ser adjectivada com as propriedades adicionais que tenha a função. Por exemplo, se a função fordiferenciável, a curva diz-sediferenciável, etc.

Topologia

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Fronteiras das componentes hiperbólicas doconjunto de Mandelbrot como curvas fechadas

Emtopologia, umacurva é umaaplicaçãocontínua cujodomínio é umintervalo. Mais precisamente, SejaI{\displaystyle I} umintervalo denúmeros reais (isto é, umconexosubconjunto nãovazio deR{\displaystyle \mathbb {R} }). Então uma curvaγ{\displaystyle \gamma } é umafunçãocontínuaγ:IX{\displaystyle \gamma :I\rightarrow X}, em queX{\displaystyle X} é umespaço topológico. Por vezes também se chama curva àimagem dessa aplicação.

Umacurva plana é uma curva para a qualX é oplano euclidiano — estes são os primeiros exemplos encontrados — ou em alguns casos oplano projetivo.Umacurva espacial é uma curva para a qualX é tridimensional, sendo geralmente oespaço euclidiano; umacurva torcida (skew curve) é uma curva espacial que não está contida em nenhum plano. Essas definições também se aplicam acurvas algébricas (veja abaixo). No entanto, no caso das curvas algébricas é muito comum não impor a restrição de que a curva tenha pontos definidos apenas sobre os números reais.

Esta definição de curva captura nossa noção intuitiva de curva como sendo uma figura geométrica contínua, conexa que é "parecida" com uma reta, sem espessura e desenhável sem interrupção, embora ela também inclua figuras que dificilmente podem ser chamadas de curvas no sentido comum. Por exemplo, a imagem de uma curva pode preencher umquadrado no plano (curva de Peano). A imagem de uma curva plana simples pode ter umadimensão de Hausdorff maior do que um (vejaFloco de neve de Koch) e até mesmomedida de Lebesgue positiva.[2] (o último exemplo pode ser obtido através de uma pequena variação na construção da curva de Peano). Acurva do dragão é outro exemplo incomum.

Exemplos de curvas

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Trajetórias de Partículas

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Curvas n-dimensionais são frequentemente utilizadas na mecânica para representar a trajetória que uma partícula irá percorrer, se deslocando conforme o tempo passa. Assim sendo, é comum expressar as n coordenadas da posição da partícula como funções do tempo, em um vetorr de funções, sendo cada componente uma coordenada.

Em muitos desses casos, é conveniente descrever o espaço não através dos vetores unitários cartesianos convencionais, mas de um conjunto análogo de vetores unitários mutuamente ortogonais que tenham a partícula como origem - ou seja, eles mudam a todo instante para continuarem acompanhando ela, sendo, portanto, vetores de funções do tempo. No caso n = 3, esses vetores são chamados deTangente,Normal eBinormal - conhecidos como oTriedro de Frenet-Serret.

O Vetor Tangente

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T é descrito como sendo o vetor unitário tangente à curva, que aponta na direção que a partícula está se movendo. Ora, pois a direção de tangência sempre será dada pela derivada, e para se ter um vetor unitário basta dividi-lo por sua norma, portanto

T=(dr/dt)/(dr/dt){\displaystyle {\vec {T}}=(d{\vec {r}}/dt)/\lVert (d{\vec {r}}/dt)\rVert }

O Vetor Normal

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N é descrito como sendo o vetor unitário ortogonal aT que aponta para o centro de curvatura da trajetória. Ora, pois se um vetor varia sua orientação no tempo mas não sua norma (é o caso deT), então sua derivada será justamente um vetor ortogonal a ele que aponta para o centro de curvatura de sua trajetória; e como já foi dito, um vetor se torna unitário se for dividido por sua norma; isso nos dá

N=(dT/dt)/(dT/dt){\displaystyle {\vec {N}}=(d{\vec {T}}/dt)/\lVert (d{\vec {T}}/dt)\rVert }

O Vetor Binormal

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B é descrito como sendo o vetor unitário ortogonal a ambosT eN, que aponte no sentido positivo do deslocamento da partícula. Ele será, portanto, dado por

B=T×N{\displaystyle {\vec {B}}={\vec {T}}\times {\vec {N}}}

Grandezas características de trajetórias de partículas

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Curvatura de uma Trajetória

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A curvatura em um ponto de uma trajetória representa a relação entre as alterações no vetor tangente unitárioT e a função posição da partícula. ConsiderandoC, uma função vetorial lisa no espaço bi ou tridimensional, parametrizada em termos de comprimento de arcos, podemos associar a intensidade de encurvamento deC com a taxa e variação deT em relação as. Portanto, a curvatura deC,k=k(s){\displaystyle k=k(s)}, é dada por

k(s)=dT/ds=r(s){\textstyle k(s)=\lVert \operatorname {d} \!T/\operatorname {d} \!s\rVert =\lVert r''(s)\rVert }[3]

Assim, é possível observar que, seC for uma reta, a direção deT mantem-se constante. Logo, a derivada do vetor tangente unitário, nesse caso, é zero, bem como a curvatura deC, resultado esperado para o gráfico representado pela equação da reta.

Como a trajetória de uma partícula é usualmente representada em função do tempo, a curva C é descrita pela função vetorialr(t)=x(t)i+y(t)j+z(t)k{\displaystyle r(t)=x(t){\vec {i}}+y(t){\vec {j}}+z(t){\vec {k}}}. Sendo assim, é preciso mudar o parâmetro des parat da relação encontrada para curvatura, para isso, utilizamos a regra da cadeia

dTds=dTdtdsdt=T(t)dsdt{\displaystyle {d{\vec {T}} \over ds}={{d{\vec {T}} \over dt} \over {ds \over dt}}={{{\vec {T}}'}(t) \over {ds \over dt}}}

e correlacionamos a taxadsdt{\displaystyle {ds \over dt}} e a função vetorialr(t){\displaystyle r(t)}

(dsdt)2=(dxdt)2+(dydt)2dsdt=x2+y2=r(t)r(t)=r(t){\displaystyle {\Biggl (}{ds \over dt}{\Biggr )}^{2}={\Biggl (}{dx \over dt}{\Biggr )}^{2}+{\Biggl (}{dy \over dt}{\Biggr )}^{2}\therefore {ds \over dt}={\sqrt {x'^{2}+y'^{2}}}={\sqrt {{\vec {r}}'(t)\bullet {\vec {r}}'(t)}}=\lVert {\vec {r}}'(t)\rVert }.

Dessa forma, a curvatura de uma trajetória é definida por

k(t)=T(t)r(t),r(t)0{\textstyle k(t)={\lVert {\vec {T}}'(t)\rVert \over \lVert {\vec {r}}'(t)\rVert }\qquad ,\quad \lVert {\vec {r}}'(t)\rVert \neq 0}[4]

Raio de Curvatura de uma Trajetória

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É o raio do círculo em torno do qual a partícula parece girar enquanto executa um trecho infinitesimal de sua trajetória. Já foi dito aqui que uma grande curvatura é dada por uma grande variação da orientação da partícula em um curto espaço de curva, mas na realidade a ideia que se tem de um grande raio de curvatura é justamente o contrário: a partícula seguir numa trajetória suave, sem variar muito sua orientação, por grandes comprimentos de curva. Então, o raio da curva é dado por

ρ=1/k{\displaystyle \rho =1/k}

Torção de uma Trajetória

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É uma grandeza que foi criada para medir “o quão tridimensional uma curva é”. Ora, pois o vetor que sai do plano para o 3D é justamente o vetor Binormal; quanto mais este vetor variar sua trajetória, mais a curva estará sendo imersa no espaço tridimensional. Por isso, define-se o módulo da torção por

|τ|=||dB/dt||{\displaystyle |\tau |=||d{\vec {B}}/dt||}

Movimento de uma partícula ao longo de uma curva C

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Existem fórmulas muito mais práticas quando queremos calcular a curvatura, essas podem ser obtidas a partir do estudo do movimento de partículas ao longo de uma curva C, oriundas de conceitos físicos.

Aceleraçãoa(t){\displaystyle {\vec {a}}(t)}

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Utilizando conceitos físicos, temos a aceleração como,

a(t)=dvdt{\displaystyle {\vec {a}}(t)={d{\vec {v}} \over dt}}

Tomando o vetor velocidade como, o produto do módulo da velocidade pelo vetor tangente, e aplicando a regra da derivada do produto, temos,

a=ddx(vT)=dvdxT+vdTdx{\displaystyle {\vec {a}}={d \over dx}(v{\vec {T}})={dv \over dx}{\vec {T}}+v{d{\vec {T}} \over dx}}

Temos o primeiro termo da equação como a componente tangencial da aceleração,

aT=dvdt{\displaystyle a_{T}={dv \over dt}}

Da mesma forma podemos obter a aceleração normal,

dTdt=T(t)=|T(t)N=kvN=vρN{\displaystyle {d{\vec {T}} \over dt}={\vec {T}}'(t)=|{\vec {T}}'(t)\mid {\vec {N}}=kv{\vec {N}}={\frac {v}{\rho }}{\vec {N}}}

aN=v2ρ{\displaystyle a_{N}={\frac {v^{2}}{\rho }}}

Portanto,

a=aTT+aNN{\displaystyle {\vec {a}}=a_{T}{\vec {T}}+a_{N}{\vec {N}}}

Ainda podemos obter, de forma mais práticas, os valores da aceleração tangencial e normal por meio das seguintes expressões,

aT=vav{\displaystyle a_{T}={\frac {{\vec {v}}\cdot {\vec {a}}}{v}}} ;

aN=|v×av{\displaystyle a_{N}={\frac {|{\vec {v}}\times {\vec {a}}\mid }{v}}};

Curvaturak(t){\displaystyle k(t)}

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Pode-se obter o valor para a curvatura, utilizando os parâmetros de velocidade e aceleração, segundo a fórmula,

k(t)=v×av3{\displaystyle k(t)={\frac {\mid {\vec {v}}\times {\vec {a}}\mid }{v^{3}}}}

ou ainda,

k(t)=r×rr3{\displaystyle k(t)={\frac {\mid {\vec {r}}'\times {\vec {r}}''\mid }{\mid {\vec {r}}'\mid ^{3}}}}

Ver também

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Notas

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  1. «Definição de curva de Jordan no Dictionary.com. Dictionary.com Unabridged. Random House, Inc.». dictionary.reference.com 
  2. Osgood, William F. (janeiro de 1903).«A Jordan Curve of Positive Area». American Mathematical Society.Transactions of the American Mathematical Society.4 (1): 107–112.doi:10.2307/1986455. Consultado em 4 de junho de 2008 
  3. ANTON, Howard (2014).Cálculo. Porto Alegre: Bookman 
  4. Notas de Aula da prof. Irene Strauch - Análise Vetorial


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