Curupira oucurrupira é uma figura dofolclore brasileiro, de origemamazônica, caracterizado como uma entidade das matas. De acordo com as lendas culturais, esta criatura temcabelo vermelho/laranja brilhante, embora seu cabelo também possa se acender e tornar-se em fogo-vivo. Ele assemelha-se a um homem ou a umanão, mas seus pés estão virados para trás, como forma de confundir os caçadores sem escrúpulos, já que deixam rastro enganoso. Também, é famoso por ser o protetor dasflorestas e por castigar aqueles que fazem mal a elas. É um dos mitos mais antigos doBrasil.[1][2][3][4][5]
O curupira vive na floresta e tem os pés para trás para criar pegadas que levam ao seu ponto de partida, confundindo caçadores e viajantes. Além disso, também pode criar ilusões e produzir um som semelhante a um apito agudo, para assustar e levar sua vítima à loucura. É comum retratar um curupira montando umcaititu, bem parecido com outra criatura brasileira chamadaCaipora.
Foi a primeira figura da história do folclore a ser documentada no Brasil.[6]
O termo "Curupira" procede dotupiKurupira, que significa "o coberto depústulas".[7] SegundoEduardo Navarro, especialista em tupi antigo, o termo se origina da contração entrekuruba, "sarna" ou "verruga", epira, "pele", significando, portanto, "pele de sarna" ou "pele de verrugas".[8]
Esta seçãocita fontes, mas quenão cobrem todo o conteúdo. Ajude ainserir referências (Encontre fontes:ABW • CAPES • Google (notícias • livros • acadêmico)).(Fevereiro de 2021) |
Um dos mais populares entes fantásticos das matas brasileiras, o curupira é um anão de cabeleira ruiva, pés ao inverso, calcanhares para a frente. A mais antiga menção de seu nome é deJosé de Anchieta, emSão Vicente, em 30 de maio de 1560:
É cousa sabida e pelabôca de todos corre que ha certosdemonios, a que os Brasis chamamcorupira, que acometem aos Indios muitas vezes no mato, dão-lhes de açoites,machucam-os ematam-os. São testemunhas disto os nossos Irmãos, que viram algumas vezes os mortos por eles. Por isso, costumam os Indios deixar em certo caminho, que porasperas brenhas vai ter ao interior das terras, no cume da mais alta montanha, quando por cá passam, penas de aves, abanadores, flechas e outras cousas semelhantes como uma especie de oblação, rogando fervorosamente aos curupiras que não lhes façam mal.[9]
Em 2025, ogoverno brasileiro escolhou o curupira como mascote da30.ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a ser realizada emBelém do Pará.[10]