Movatterモバイル変換


[0]ホーム

URL:


Saltar para o conteúdo
Wikipédia
Busca

Cunoniaceae

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaCunoniaceae
Ocorrência:Santonianorecente[1](Possível representante doAlbiano)
Erro de expressão: Operador < inesperadoErro de expressão: Operador < inesperado
Classificação científica
Reino:Plantae
Divisão:Magnoliophyta
Classe:Magnoliopsida
Ordem:Oxalidales
Família:Cunoniaceae
R.Br.[2]
Géneros
Ver texto.
Sinónimos[3]
Weinmannia pinnata em flor.
Frutos caulinares deDavidsonia jerseyaqna, uma espéciecauliflor.
Flores deEucryphia glutinosa.

Cunoniaceae é umafamília deplantas com flor, pertencente àordemOxalidales, que agrupa 27géneros e cerca de 300espécies[4] deplantas lenhosas nativas das regiões tropicais e temperadas húmidas doHemisfério Sul. Adistribuição natural de alguns géneros é fortementedisjunta, comoCunonia que ocorre naNova Caledónia e naÁfrica do Sul, distribuição considerada relíquia da época aquelas massas continentais estiveram unidas nosupercontinenteGondwana.

Descrição

[editar |editar código-fonte]

A família Cunoniaceae incluiárvores,arbustos,lianas, maioritariamente plantasperenifólias, mas com muitas espéciescaducifólias. Asfolhas são defilotaxia oposta ou espiralada, raramente alterna (apenas emDavidsonia), simples ou compostas (pinadas ou palmadas), com margem inteira ou dentada, frequentemente comestípulas conspícuas (interpeciolar ou intrapeciolar). Asflores apresentam 4-5 (raramente 3 ou mais de 10)sépalas epétalas. Ofruto é usualmente umacápsula lenhosa ou umfolículo, com váriassementes pequenas comendosperma oleoso.

Morfologia

[editar |editar código-fonte]

As Cononiaceae são plantas lenhosas: arbustos ou árvores. Muitas espécies sãoperenifólias (sempre verdes).

Asfolhas apresentamfilotaxia oposta ou espiralada (podendo neste caso ser verticilada). A morfologia da folha caracteriza-se pela existência depecíolo elâmina foliar bem diferenciados, com as lâminas coreáceas geralmente compostas, raramente simples, por vezes com trêsfolíolos, na maior parte pinadas não pareadas. As margens das folhas são geralmente serrilhadas. Asestípulas foliares estão sempre presentes. Quando as folhas são verticiladas, as estípulas das folhas adjacentes são fundidos numa única entidade, aplicando-se neste caso a designação de «estípula interpeciolar».

Asflores ocorrem isoladamente ou em tipos completamente diferentes deinflorescências:simpódios,panículas oucapítulos. A espécieDavidsonia jerseyaqna, entre outras, écauliflor.

A maior parte das flores sãoactinomorfa (comsimetria radial,hermafroditas, raramente unissexuais. Quando as flores são unissexuais, então as espécies podem serdióicas (como no géneroSpiraeanthemum), androdioicas, ginodioicas ou poligamomonoicas (subdioicas). As brácteas florais podem estar divididos emsépalas epétalas distintas ou apenas existiremtépalas petaloides. Em geral existem (3-)4-5(-10)sépalas presentes, livres ou fundidos na base. Se houver pétalas, existem 3-4, raramente 5-10, livres ou fundidas na base. Existem um ou dois verticilos deestames, com quatro ou cinco estames livres, raramente existem de 11 a 40 estames. Normalmente existem dois, raramente de três a cinco,carpelos, fundidos na maior parte (sincarpia), ligados a um ovário súpero (no géneroSpiraeanthemum semi-ínfero), embora raramente os carpelos sejam livres (apocarpia), sendo raro o ovário ser também parcialmente ínfero. Existem dois ou três, por vezes até cinco,pistilos livres por flor, correspondentes ao número de carpelos.

Nas espécies comcarpelos emapocarpo, ofruto é umfolículo. Nas outras espécies, os frutos são principalmentecápsulas lenhosas, às vezesdrupas ou raramentenozes. As pequenassementes são aladas ou sem asas, quase sempre com umendosperma rico em óleos.

Distribuição

[editar |editar código-fonte]

A distribuição principal é em áreas tropicais entre 13 graus de latitude norte e 35 graus de latitude sul. A maior diversidade de géneros ocorre naAustrália eTasmânia (15 géneros),Nova Guiné (9 géneros) eNova Caledónia (7 géneros). A família também está presente na [América Central],América do Sul, nasCaraíbas, naMalásia, nasilhas do Pacífico Sul, em Madagáscar e nas ilhas vizinhas do Oceano Índico. A família está ausente da Ásia continental, excepto naPenínsula Malaia, e quase ausente na África continental, com excepção de duas espécies naÁfrica Austral (Cunonia capensis ePlatylophus trifoliatus). Vários géneros apresentamdistribuição disjunta com intervalos notáveis, ocorrendo em mais de um continente, por exemploCunonia (que ocorre na África Austral e na Nova Caledónia),Eucryphia (na Austrália e América do Sul) eWeinmannia (Américas eilhas Mascarenhas).

A distribuição disjunta da família, e de alguns dos seus géneros, é atribuída à fragmentação do supercontinenteGondwana. Em consequência desse fenómeno, vários géneros têm uma forte disjunção na sua área dedistribuição natural, ocorrendo em diferentes continentes, por exemploCunonia na África do Sul e naNova Caledónia ouCaldcluvia eEucryphia na Austrália e no sul da América do Sul. A área de distribuição deCaldcluvia estende-se para norte em ambas as regiões, atingindo num caso o Equador e noutro as Filipinas. O géneroGeissois está distribuído pelas ilhasFiji noOceano Pacífico, mas já teve distribuição mais alargada.

Usos

[editar |editar código-fonte]

Os frutos de algumas espécies são localmente consumidos frescos. Amadeira de algumas espécies é utilizada e comerciada.[5]

Filogenia e sistemática

[editar |editar código-fonte]

A família foi descrita em 1814 porRobert Brown e publicada na obraA Voyage to Terra Australis 2: p. 548. 1814..[6] Ogénero tipo éCunoniaL. O nome genéricoCunonia é uma homenagem aojurista e mercador alemãoJohann Christian Cuno (1708-?).[7]

As espécies das antigas famíliasBaueraceaeLindl.,DavidsoniaceaeG.G.J.Bange eEucryphiaceaeGay estão presentemente incluídas na família Cunoniaceae. Outros sinónimos taxonómicos para Cunoniaceae são:BelangeraceaeJ.Agardh,CallicomaceaeJ.Agardh eCodiaceaeTiegh.[8]

Filogenia

[editar |editar código-fonte]

A posição da família Cunoniaceae no contexto dafilogenia da ordemOxalidales, conforme determinada peloAngiosperm Phylogeny Group, é a seguinte:

Malpighiales (grupo externo)

 Oxalidales 

Huaceae

Connaraceae

Oxalidaceae

Cunoniaceae

Brunelliaceae

Cephalotaceae

Elaeocarpaceae

A família possui um ricoregisto fóssil na Austrália e representantes fósseis são conhecidos no Hemisfério Norte.[9] A espécie fóssilPlatydiscus peltatus foi encontrada em rochas doCretáceo Superior da Suécia e é provavelmente um membro da família Cunoniaceae.[10] Um membro fóssil possivelmente mais antigo esta datado doAlbiano. O género fóssilTropidogyne, encontrada emâmbar da Indochina, tem flores que se assemelham fortemente à do géneroextanteCeratopetalum.[11]

Taxonomia

[editar |editar código-fonte]
Caldcluvia paniculata.
Ceratopetalum gummiferum.
Inflorescência e folhas dePullea stutzeri.
Troco cortado deSchizomeria ovata.
Ramos com frutos deWeinmannia trichosperma.

AsfamíliasBaueraceae,Davidsoniaceae,Eucryphiaceae, previamente vistas como distintas, estão agora incluídas nas Cunoniaceae. Na sua presente circunscrição taxonómica, a família Cunoniaceae integra (16 a 27) cerca de 23 géneros[8] com entre 280 e 350 espécies:

A família, na sua presentecircunscrição taxonómica, de acordo com oAngiosperm Phylogeny Website, inclui os seguintes géneros:[15]

Os géneros que integram a família Cunoniaceae estão repartidos pelas seguintes tribos:[4][16]


Tribo Spiraeanthemeae

Tribo Schizomerieae

Tribo Geissoieae

Tribo Caldcluvieae

Tribo Codieae

Tribo Cunonieae

Incertae sedis

Ver também

[editar |editar código-fonte]

Referências

[editar |editar código-fonte]
  1. Peter F. Stevens.«Cunoniaceae». APWeb 
  2. Angiosperm Phylogeny Group (2009). «An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG III».Botanical Journal of the Linnean Society.161 (2): 105–121.doi:10.1111/j.1095-8339.2009.00996.x 
  3. Lista de sinónimos de Cunoniaceae.
  4. abBradford, J.C., Hopkins, H.CF., Barnes, R.W . (2004). Cunoniaceae. in Kubitzki, K. (ed.)The Families and Genera of Vascular Plants: Volume VI, Flowering plants, Dicotyledons: Celastrales, Oxalidales, Rosales, Cornales. Springer, Heidelberg. p 91-111.
  5. Arten beiPlants of A Future. (Memento vom 4. março 2016 imInternet Archive)
  6. «Cunoniaceae».Tropicos.org.Jardim Botânico de Missouri. Consultado em 10 de fevereiro de 2014 
  7. Lotte Burkhardt:Verzeichnis eponymischer Pflanzennamen. Botanic Garden and Botanical Museum Berlin, Freie Universität Berlin, Berlin 2016,ISBN 978-3-946292-10-4,doi:10.3372/epolist2016
  8. ab«Cunoniaceae».Agricultural Research Service (ARS),United States Department of Agriculture (USDA).Germplasm Resources Information Network (GRIN) 
  9. Barnes, R.W., Hill, R.S., & Bradford, J. C. (2001) The history of Cunoniaceae in Australia from macrofossil evidence. Australian Journal of Botany 49 : 301‑20.
  10. Schönenberger, J., Friis, E.M., Matthews, M.L., et Endress, P.K. (2001). Cunoniaceae in the Cretaceous of Europe: evidence from fossil flowers. Annals of Botany 88 : 423‑37.
  11. Chambers, K.L., Poinar, G., et Buckley, R. (2010). Tropidogyne a new genus of early Cretaceous Eudicots (Angiospermae) from Burmese amber. Novon 20 : 23‑29.
  12. Acrophyllum beiNew South Wales Flora Online.
  13. Callicoma beiNew South Wales Flora Online.
  14. Gordon McPherson & Porter P. Lowry II:Hooglandia, a newly discovered genus of Cunoniaceae, In:Annals of the Missouri Botanical Garden, Volume 91, No. 2, 2004, S. 260–265PDF
  15. Stevens, P. F. (2001 onwards). Angiosperm Phylogeny Website. Version 12, July 2012 [and more or less continuously updated since].http://www.mobot.org/MOBOT/research/APweb/.
  16. Bradford, J.C. & Barnes, R.W. (2001). Phylogenetics and classification of Cunoniaceae (Oxalidales) using chloroplast DNA sequences and morphology. Systematic Botany 26 (2): 354‑85.

Bibliografia

[editar |editar código-fonte]
  • Idárraga-Piedrahita, A., R. D. C. Ortiz, R. Callejas Posada & M. Merello. (eds.) 2011. Fl. Antioquia: Cat. 2: 9–939. Universidad de Antioquia, Medellín.
  • Nee, M. 1984. Cunoniaceae. Fl. Veracruz 39: 1–7.
  • Standley, P. C. & J. A. Steyermark. 1946. Cunoniaceae. In Standley, P.C. & Steyermark, J.A. (Eds), Flora of Guatemala - Part IV. Fieldiana, Bot. 24(4): 424–426.
  • Stevens, W. D., C. Ulloa Ulloa, A. Pool & O. M. Montiel Jarquín. 2001. Flora de Nicaragua. Monogr. Syst. Bot. Missouri Bot. Gard. 85: i–xlii,.
  • Woodson, R. E. & R. W. Schery. 1950. Flora of Panama, Part V. Fascicle 2. Cunoniaceae. Ann. Missouri Bot. Gard. 37(2): 145–147. View in BotanicusView in Biodiversity Heritage Library
  • Berendsohn, W.G., A. K. Gruber & J. A. Monterrosa Salomón. 2009. Nova Silva Cuscatlanica. Árboles nativos e introducidos de El Salvador. Parte 1: Angiospermae - Familias A a L. Englera 29(1): 1–438.
  • Y. Pillon & B. Fogliani:Evidence for a correlation between systematics and bioactivity in New Caledonian Cunoniaceae and its implications for screening and conservation, In:Pacific Science 63, 2009, S. 97–103.doi:[97:EFACBS2.0.CO;2 10.2984/1534-6188(2009)63[97:EFACBS]2.0.CO;2]
  • Die Familie der Cunoniaceae bei derAPWebsite. (Abschnitt Beschreibung und Systematik)
  • Die Familiender Cunoniaceae,der Baueraceae undder Eucryphiaceae beiDELTA. (Abschnitt Beschreibung)
  • Cunoniaceae beiNew South Wales Flora Online. (Abschnitt Beschreibung und Systematik)
  • Yohan Pillon, Helen C.F. Hopkins, Jérôme Munzinger & Mark W. Chase:A Molecular and Morphological Survey of Generic Limits of Acsmithia and Spiraeanthemum (Cunoniaceae), In:Systematic Botany 34 (1), 2009, S. 141–148.doi:10.1600/036364409787602410

Galeria

[editar |editar código-fonte]

Ligações externas

[editar |editar código-fonte]
OCommons possui umacategoria com imagens e outros ficheiros sobreCunoniaceae
OWikispecies tem informações relacionadas aCunoniaceae.
Identificadores taxonómicos
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cunoniaceae&oldid=65363284"
Categorias:
Categorias ocultas:

[8]ページ先頭

©2009-2025 Movatter.jp