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¹Grego,Macedónio e outras línguas regionais são reconhecidas pelo Governo como línguas minoritárias.
AAlbânia (emalbanês:Shqipëri/Shqipëria), oficialmenteRepública da Albânia (emalbanês:Republika e Shqipërisë), é um pequeno país montanhoso dapenínsula Balcânica, no sudeste daEuropa.[9] Tem uma área total de 28,748 km² e uma população de quase 3 milhões de habitantes.[6]
Situada na borda ocidental da península Balcânica, limita-se ao norte com oMontenegro, a nordeste com oKosovo, a leste comMacedônia do Norte eGrécia e ao sul e oeste com oMar Adriático, do outro lado do qual se encontra aItália.[10] A língua oficial é oalbanês.[10] Na atualidade, a Albânia está entre os países menos desenvolvidos da Europa.[11] Segundo dados de 2011, cerca de 53% da população da Albânia vive emzonas urbanas (dos quais cerca de 25% vivem na capitalTirana), e 47% emzonas rurais. Em 2012, existiam na Albânia aproximadamente 120 000automóveis.[12]
A Albânia foi uma naçãosocialista daSegunda Guerra Mundial até 1992.[13] Todavia, rompeu relações com a ex-União Soviética em 1961, e aliou-se àChina.[14] O rompimento com a União Soviética separou a Albânia dos contatos com a maioria dos outros países.[14] Poucos visitantes estrangeiros tinham permissão de entrar na Albânia.[14] A partir de 1978, as relações com a China ficaram estremecidas.[14] A Albânia fez parte doImpério Otomano por mais de 400 anos.[15] Conquistou suaindependência em 1912. Seu nome em albanês éShqipëria, que significaA Terra da Águia.[16] O nome oficial da Albânia éRepublika e Shqipërisë (República da Albânia).[17]Tirana, com cerca de 454 000 habitantes, é a capital e maior cidade do país.[11]
O nome Albânia, dogregoAlbanía e dolatimAlbania, aparece pela primeira vez comPtolomeu (c. 90 —Canopo c. 168) referindo-se ao país considerado. Já como região daÁsia Menor, à margem doCáspio, aparece comPlínio (23–79), ademais do fato de que osgentílicos latinosalbanenses,albaniaci,albanienses ealbani signifiquem, em diferentes situações textuais dos clássicos latinos, os habitantes das duas Albânias acima referidas e ainda da região deAlba Longa, perto doLácio, na Itália, e duma Albânia naTarraconense. A Albânia de que se trata neste artigo parece ter o nome formado da raizcélticaalp, "altura", de que o vocábuloAlpes é cognato. Os albaneses a si mesmos se chamamskipetars, "moradores de terras altas".[16]
Entre o fim daIdade do Bronze e o começo daIdade do Ferro (c.1 000 a.C.), osindo-europeus chegaram àIlíria, região de litoral recortado e ásperas montanhas, cuja ocupação datava doPaleolítico. A partir doséculo VII a.C., mantiveram frequentes contatos com osgregos emacedônios, seus vizinhos do sul, sem perder, no entanto, a identidade. Organizaram-se, com o tempo, em uma variedade de principados autônomos, queFilipe (c. 359–336 a.C.) eAlexandre (336−323 a.C.) daMacedônia anexaram, um a um. Depois da morte de Alexandre e da fragmentação do seu império, todos esses pequenos Estados recuperaram a independência.[18]
Noséculo II a.C., osilírios caíram sob o domínio deRoma, que fora sempre a vítima principal da suapirataria no mar. Em228 a.C., o cônsulGneu Flávio[quem?] pôs uma esquadra de duzentos barcos noAdriático, com o que a rainha ilíria, Teuta, se rendeu. Mas o último rei ilírio do interior não depôs as armas até 168, e só em27 a.C., desbaratada a resistência popular, pôde ser o país reduzido à condição deprovíncia romana.Vinho,azeite,queijos de cabra epeixe fresco da Ilíria passaram a figurar nos cardápios romanos.[18]
Esse grande movimento comercial enriqueceu a província.Apolônia da Ilíria, que fora colôniacoríntia já em588 a.C., tornou-se centro cultural de nomeada.Júlio César mandou que seu sobrinhoOtávio completasse ali a sua educação. Em43 a.C., quando da partilha do mundo pelos segundos triúnviros, orio ilírio Drino foi escolhido como limite entre os domínios deMarco Antônio (Oriente) e Otávio (Ocidente).[18]
Não se extinguiram, porém, com o prestígio e o progresso, os sentimentos nacionalistas do povo ou a sua paixão de liberdade.
Otávio foi obrigado a submeter em pessoa osdálmatas do nordeste (c. 35–33 a.C.) — o que lhe aumentou a popularidade em Roma — eTibério teve de sufocar uma segunda revolta, ainda pior (c. 6–9 d.C.).[18]
Oséculo I viu a conversão do país ao cristianismo por dois apóstolos,São Asto, de Durres (Durazzo), eSão Donato, deVlorë. A província, que lutara bravamente pela preservação da sua personalidade nacional, já se tinha romanizada a essa época e começava a influir nos destinos do império. Acabou por dar noséculo III, vários césares a Roma:Aureliano, natural deSirmio,Diocleciano, de Saiona, eConstantino, deNaísso.[18]
Com a reorganização do império no ano 379; dividiu-se em duas províncias irmãs, a Ilíria ocidental e a oriental, que incluía, além daDácia. aMacedônia e aGrécia (Acaia). Em 395, na grande cisão, passaram ambas a integrar oimpério romano do Oriente.[18]
Dos séculos III ao V, a região foi assolada por sucessivasinvasões bárbaras, sobretudo devisigodos ehunos. Nos séculos VI e VII chegaram oseslavos que, em cem anos, conseguiram transformar completamente a etnia do país. As populações primitivas refugiaram-se nas montanhas mais inacessíveis e osalbaneses de hoje são descendentes diretos desses poucos remanescentes que guardaram a pureza dalíngua ilíria detronco indo-europeu.[19]
O país permaneceu, todavia, sob domínio bizantino até oséculo IX. Foi conquistado, então (c. 870), pelosbúlgaros. Em 1018, foi reconquistado pelosbizantinos (Basílio II Bulgaróctono). Nos séculos XI e XII, amiudaram-se as invasões normandas, encabeçadas porRoberto Guiscardo e por seu filhoBoemundo. Roberto tomouDirráquio em 1082, vencendo a resistência do imperadorAleixo I Comneno. O nome Albânia reaparece então no relato que fez sua filha,Ana Comnena, sobre o episódio.[19]
Ocisma religioso do ano 1054 colocou certas áreas do norte sob a influência daIgreja romana. Os senhores feudais da região ganharam, assim, mais um elemento de diversidade em que basear suas reivindicações de autonomia. Aqueda de Constantinopla naIV cruzada e a desaparição doscomnenos, cujo império foi tragado pelo latino do Oriente, levaram à criação na Albânia deprincipados independentes.[19]
O mais importante foi o do Epiro, fundado (1204) porMiguel I Comneno Ducas, que compreendia não só o território do antigo Epiro de Pirro, mas quase toda a atual Albânia e algumas áreas circunvizinhas. Seu sucessor.Teodoro Comneno Ducas destronou o imperador latino, legitimamente eleito,Pedro de Courtenay: capturou-o quando se ia a caminho deConstantinopla para a sua sagração; e fez-se coroar emSalonica. Mas foi derrotado logo em seguida, também no caminho de Constantinopla, porJoão Asen II da Bulgária. O perdido despotado foi reconstituído depois da morte de João porMiguel II Comneno Ducas, mas teve vida efêmera. Em 1264,Miguel VIII Paleólogo reincorporou-o aoImpério Bizantino.[19]
Desde 1261, toda a região era reclamada porCarlos de Anjou, irmão deSão Luís erei de Nápoles. Em 1269, instalou-se emVlorë. Em 1272, proclamou-serei da Albânia. Foi o primeiro a assumir tal título. Noséculo XIV. o país caiu sob o domínio dossérvios e se integrou no império deEstêvão Uresis IV. À sua morte (1355), a Albânia fragmentou-se mais uma vez. Dos pequenos reinos então formados, os mais importantes parecem ter sido os deTópia,Blasha eShpta. Suas lutas internas e rivalidades com Veneza levaram à intervenção dos turcos, inimigos dosvenezianos.[19]
Depois de servir aoImpério Otomano por 20 anos,Skanderbeg (Skanderbëu na língua local) desertou e uniu os vários clãs que habitavam a região numa rebelião que atrasou o avanço otomano na Europa por 25 anos. É considerado herói nacional e criador do conceito de Albânia como nação.[20]
Os excessos da ocupação otomana provocaram revoltas esporádicas e locais. A aparição de um chefe carismático, George Kastrioti Skanderbeg, canalizou a insatisfação popular numa verdadeiraguerra santa contra o Crescente. Opapa Pio II, Piccolornini, fez apelos em favor dos albaneses junto aos reis da cristandade e pregou uma nova cruzada. Mas a falta geral de entusiasmo pela ideia, evidente noCongresso de Mântua (1450), abortou o projeto.[21]
A oportunidade para a sublevação nacional foi a guerra turco-húngara de 1443. Murade II, de quem Skanderbeg fora ironicamente o favorito, enviou contra ele o seu melhor general. Batidos na fronteira, os turcos acabaram por firmar uma trégua (1461). Teve curta duração. Em 1466 e 1467, osturcos voltaram e por duas vezes puseram sítio a Croia (Kruja). Da primeira, o próprio sultão, já a essa alturaMaomé II, o Conquistador, comandou o ataque, com 200 000 homens. A praça resistiu.[21]
Skanderbeg (tratado de Gaeta, 1451) tinha assinado uma aliança de vassalagem comAfonso I de Nápoles,V de Aragão. Não estava completamente só. E, enquanto foi vivo, a Porta não conquistou a Albânia. Morto em 1468, invicto, mas velho e doente, o domínio otomano se estendeu rapidamente sobre todo o país.[21]
Foi uma dominação cruel. Os séculos XVI e XVII viram a conversão das populações terrorizadas aoislã, o recrutamento forçado para os exércitos dosultão, a emigração em massa para aSicília e aCalábria. Os antigos principados autônomos foram submetidos a paxás e esses muitas vezes usaram em seu proveito a revolta larvada da população local. Vários deles tentaram fazer-se independentes.[21]
A morte de Skanderbeg tivera outra consequência: a expansão das possessões venezianas.Veneza, que já era senhora, desde oséculo XV, de Durres eScutari, anexou, então, a maior parte doprincipado de Croia (Kruja). Agora, com a chegada dos turcos, foi obrigada a ceder-lhes tudo: primeiro, Scutari e Kruja, depois Durrés (1502).[21]
Sob ocupação turca, a Albânia conheceu um longo peno de estagnação. A administração apoiou-se de início numa rede de feudos militares, não hereditários. mas aos poucos deixou-se envolver pelos grandes proprietários fundiários. de que passou a depender e cuja riqueza passava de pai para filho, o que eternizava o sistema. Só noséculo XVIII o país começou a sair da imobilidade. Houve um surto deatividade econômica, embora fraco, e alguns principados conheceram certo florescimento. O mais notável foi o deJanina, nas montanhas do sul, onde Ali, paxá de Tebelen, que se fizera senhor do Epiro, construiu estradas e promoveu a indústria. O sultão marchou contra ele em 1813. O cerco de Janina durou dois anos (1820–1822) e poderia ter durado mais, se Ali não fosse assassinado à traição durante uma conferência com Kurshid paxá, comandante das forças da Porta.[22]
Em 1830 houve omassacre de Monastir; em 1831, atomada de Shkodér, que fora sede, até 1796, do paxá Karamahmut; em 1839, as reformas chamadas deTanzimat, que instalaram um novo modelo de administração; em 1847, a revolta geral dos albaneses contra os turcos.[22]
OCongresso de Berlim (1877–1878), que mudou a face daEuropa, deu terras da Albânia ao vizinhoMontenegro. Com o assentimento dos turcos, osalbaneses formaram urna liga (de Prizren) contra a espoliação, e as potências puseram navios noMar Adriático em apoio a Montenegro. Reconhecendo, tardiamente, que a luta era, no fundo, pela independência, os turcos apoiaram a esquadra, e os albaneses perderam os portos deAntivardi eDulcigno.[23] O movimento nativista procurou, então, outros caminhos. Fundaram-se escolas para a difusão da língua, editaram-se livros, e veio a lume o primeiro jornal,Drita. Mas aliga de Prizren teve de ser dissolvida. A revolução dos jovens Turcos (1908) deu novo ânimo aos patriotas, que passaram a reclamar uma Albânia autônoma no seio do império.[23]
AsGuerras dos Balcãs punham em perigo o território nacional, que era cobiçado pormontenegrinos,sérvios egregos. O velho diplomataIsmail Kemal Vlórë, depois de assegurar apoio das capitais europeias, proclamou aindependência (28 de novembro de 1912) em Vlorë, tendo sido escolhido para encabeçar o governo provisório.[23] AConferência de Londres de 1912–1913 reconheceu o fato e pôs a Albânia neutra sob a proteção das grandes potências.Cosovo ficou, todavia, com aSérvia, embora tivesse uma população de 800 000 albaneses. A fronteira com aGrécia foi determinada por um protocolo posterior, de Florença (1913).[24]
As potências indicaramGuilherme de Wied, príncipe renano, como rei da Albânia. Não conseguiu governar. Os gregos tomaram Gjirokaster os montenegrinos Scutári e uma revolta de inspiração turca rebentou em Tirana. O soberano, que assumira em março de 1914, retirou-se em 3 de setembro.[24] Em agosto tinha começado aPrimeira Guerra Mundial. Assediada por todos os lados, apesar de neutra, a Albânia foi ocupada pelos beligerantes até 1918.[25] NaConferência de Paris, o presidente Wilson impediu a partilha do seu território entre os vizinhos, mas só naConferência dos Embaixadores (1921) foram reconhecidas como válidas as suas fronteiras de 1913. Desde 1920, tinha formado governo próprio, sobSuleiman Delvina, escolhera Tirana para capital e entrara para aSociedade das Nações. As forças de ocupação deixaram, então, o país: primeiro os aliados,franceses eitalianos, por fim os iugoslavos.[26]
Não foram fáceis os primeiros anos do pós-guerra. A única figura notável é a de Ahmed Zogu, jovem senhor feudal do Mati, chefe do clã dos Zogoli, que se fez ministro do Interior de 1920 a 1922 e primeiro-ministro de 1922 a 1924. Uma revolução liberal derrubou-o em junho, mas em dezembro voltava ao país, com recursos e homens reunidos na Iugoslávia.[27] Aliou a Albânia à Itália por dois tratados (1926–1927)[28] e, um ano mais tarde, passava de presidente da república a rei, como Zog I.[29]
Sua carreira se confunde, até 1939, com ahistória da Albânia. Ditador, restabeleceu a ordem, mas governou apoiado na gendarmaria e nos latifundiários. AItália, que investira grandes capitais no país, fundara e financiara oBanco da Albânia (1925); financiou também a ditadura com empréstimos sucessivos, por motivos políticos. Ao fim,Mussolini resolveuintervir. Depois de apresentar uma lista de exigências extremas, como aunião aduaneira e o estacionamento de forças armadas, invadiu o país nasexta-feira da Paixão de 1939. Zog fugiu e uma assembleia fantoche deu a coroa da Albânia aVítor Emanuel III.[30]
A ocupação italiana durou de 1939 a 1944. O país, foi colonizado e adaptado ao modelo fascista. Em 1940, serviu de base à conquista italiana da Grécia. Em 1941, ao ataque alemão. Deu-se nesse ano o atentado deVasil Laci contra o Vítor Emanuel III, em visita oficial.[30] É que a resistência não esmorecera, apenas se tinha recolhido à clandestinidade. Aí formou-se, em 1941, umaFrente Nacional Libertadora, sob chefia comunista (Enver Hoxha). Outro grupo, igualmenteantifascista e antizoguista, mas não comunista, arregimentou-se sob a chefia deMidhat Frashcri (Frente Nacional). Em 1943, graças aos esforços aliados, os dois movimentos se uniram numComitê de Salvação Pública (acordo de Mukaj), que Hoxha abandonou, mais tarde, por influência deTito. Abas Kupi, até então aliado de Hoxha, separou-se dele e formou um terceiro grupo, antifascista mas zoguista: oslegaliteti.[31]
À rendição italiana (1943), seguiu-se a proclamação pela Alemanha da independência da Grande Albânia étnica e a luta pela hegemonia entre os diversos movimentos da resistência.[30] Hoxha venceu. Em 1944, era fundado um comitê antifascista da revolução nacional. Hoxha tornou-se comandante-chefe do exército clandestino de libertação nacional, que expulsou, 29 de Novembro,[32] os remanescentes alemães enquanto o comitê se transformava em governo provisório e obtinha reconhecimento internacional.[33] Em 1945, as eleições gerais para a assembleia constituinte deram maioria maciça a Hoxha, e o partido comunista assumiu o poder. A Albânia voltara às fronteiras de 1913.[34]
A reconstrução foi penosa e a repressão interna sem quartel. A Constituição de 1946 criou aRepública Popular da Albânia.[34] Dez anos depois, o país era admitido naOrganização das Nações Unidas.[35] Sua política moldou-se de início à da ex-União Soviética, a ponto de romper com a Iugoslávia em 1948.[36] Mas já em 1961, ao tempo deKhrushchev, rompia com a ex-União Soviética. A partir daí, a Albânia seguiu a linha chinesa. Em 1968, o país retirou-se doPacto de Varsóvia,[37] ao qual aderira em 1955.[38] A hostilidade contra aIugoslávia permaneceu aguda. Em dezembro de 1976 entrou em vigor uma nova constituição que declarava a Albânia umaRepública Socialista Popular e reafirmava a política de autossuficiência.[39]
O governo albanês foi o único a recusar a destalinização em 1956. A Albânia era a ditadura mais severa da Europa. O governo implementou reformas destinadas à modernização económica e alcançou resultados significativos na industrialização, desenvolvimento agrícola, educação, artes e cultura, o que contribuiu para um aumento geral do nível de vida.[40]
Em 1978, a Albânia rompeu relações com aChina, pondo fim a um longo processo de cooperação que se iniciara em 1963 com uma visita a Tirana do primeiro-ministroChu En-Lai. O rompimento com a China acentuou o isolamento internacional da Albânia, que só voltaria a normalizar suas relações internacionais no final dosanos 1980.[39]
Emdezembro de 1981Mehmet Shehu, chefe do Conselho de Ministros (primeiro-ministro) desde 1954, foi morto num atentado.Adil Çarçari, vice de Shehu, assumiu o governo. Em setembro de 1982 as autoridades frustraram uma tentativa de invasão do país por um grupo de exiladosalbaneses. Emnovembro,Ramiz Alia substituiu Haxhi Lleshi na liderança do Presidium da Assembleia do Povo. No ano seguinte diversos ex-ministros foram executados.
Enver Hoxha morreu emabril de 1985 e Alia sucedeu-lhe como primeiro-secretário doPartido do Trabalho da Albânia (PPSh). Emmarço de 1986 Nexhamije Hoxha, viúva de Hoxha, foi eleita líder do Conselho Geral da Frente Democrática da Albânia.Alia foi reeleito primeiro-secretário doPPSh em novembro de 1986 e presidente do Presidium da Assembleia do Povo emfevereiro de 1987. Nessa mesma data,Çarçari foi renomeado chefe do Conselho de Ministros.
Em 1989 a onda de mudanças que varria aUnião Soviética e aEuropa oriental chegou à Albânia, com as primeiras manifestações antigovernamentais e tentativas de fuga em massa do país.
A insatisfação política era alimentada pelo agravamento da crise econômica, na qual os velhos problemas da baixa produtividade, da ineficiência e da obsolescência tecnológica viram-se agravados nessa época por uma prolongada seca que, além de fazer cair o produto agrícola, reduziu drasticamente a geração de energia elétrica.
A democratização da Albânia começou em 1990 e avançou em ritmo célere ao longo de 1991. O colapso do comunismo — que ameaçava provocar a desintegração política, social e econômica do país — refletiu-se num episódio defevereiro de 1991, quando uma multidão derrubou, na praça principal deTirana, a estátua do ex-presidente comunista Enver Hoxha.
A partir de 1990 o governo começou a reorientar o país rumo à economia de mercado e a reintegrá-lo à economia mundial. Após conceder maior autonomia financeira às empresas, com salários baseados na produtividade, e anunciar a intenção de acabar com os subsídios estatais aos alimentos, o governo divulgou a realização de negociações com vistas à entrada do país noFundo Monetário Internacional (FMI) e noBanco Mundial.
Também foi aprovada uma lei de proteção aos investimentos estrangeiros e anunciada a criação do Banco Ilíria, umajoint-venture com capitais suíços. Em 1991 foi estabelecido o Comitê para a Reorganização da Economia, destinado a promover a privatização das empresas estatais.
Na arena política, o governo doPPSh tentou, a princípio, dosar o ritmo das reformas para não perder o controle da situação. Em 1989, promoveu uma anistia limitada de presos políticos, permitiu a apresentação de até três candidatos nas eleições para a Assembleia do Povo, promoveu a reforma judiciária, com a recriação do Ministério da Justiça (extinto em 1966), liberou as viagens de férias ao exterior, regulamentou o direito à livre manifestação e marcou nova eleição parlamentar para o início de 1991. Tais paliativos, contudo, não impediram que a hegemonia dos comunistas fosse em breve atropelada pelos fatos.
Premido por uma sucessão de greves e manifestações em todo o país, além da fuga de 15 000 pessoas (até meados do ano 46 000 outras deixariam o país), o governo autorizou, emdezembro de 1990, a criação de partidos de oposição (dias depois nasceu a primeira agremiação oposicionista, oPartido Democrático da Albânia — PDSh) e ampliou os expurgos dos seguidores da linha-dura nas fileiras do partido oficial.
Em fevereiro de 1991 Alia substituiu o primeiro-ministroAdil Çarçari pelo reformistaFatos Nano e anistiou todos os presos políticos. Aeleição parlamentar de 1991, a primeira a ser disputada nosistema pluripartidário desde 1923, trouxe em seus resultados eleitorais um impasse político: embora os eleitores das cidades votassem em peso na oposição, os comunistas doPPSh, conseguiram vencer o pleito com o voto das regiões rurais, onde se concentrava 63% da população. Tal resultado gerou uma série de protestos (os mais graves na cidade deShkoder) e greves que, juntos com o boicote da oposição liderada peloPDSh, acabaram por causar em junho a substituição do gabinete deNano por umgoverno de salvação nacional liderado por Ylli Bufi. OPPSh mudou seu nome paraPartido Socialista da Albânia (PSSh) e, sob a liderança de Nano, que substituiu Alia na presidência do partido, passou a defender e economia de mercado. O país, por sua vez, também mudara de nome em março, quando passou a chamar-se República da Albânia, com a eliminação dos adjetivos Socialista e Popular.
Em 1992, os eleitores rurais finalmente abandonaram os candidatos comunistas e contribuíram para a vitória doPDSh naeleição parlamentar de março. O país passava, então, por grandes dificuldades econômicas e sociais, com o fechamento de numerosasfábricas,hiperinflação e uma taxa de desemprego da ordem de 70%. Quase todos os alimentos disponíveis provinham da ajuda externa, os hospitais não tinham remédios e a criminalidade alcançava proporções epidêmicas.
Em 1997, a falência de um esquema financeiro fraudulento respaldado pelo Estado, que prometia lucros anuais de até 300%, causa prejuízos à população. OPSSh, oposicionista, lidera protestos emTirana. Há confrontos, nos quais morrem pelo menos 3,5 000 pessoas. Mais de 15 000 se refugiam na Itália. Para pôr fim à crise, aeleição parlamentar é antecipada. OPSSh vence e o entãopresidenteSali Berisha renuncia. OParlamento da Albânia elegeRexhep Mejdani como o novo presidente, enquanto queFatos Nano, seu correligionário, é indicado como o novoprimeiro-ministro.
Em 1998, o assassinato do deputado Azem Hajdari, líder doPDSh, provoca distúrbios na capital. Acusado de envolvimento no crime,Nano renuncia e é substituído no cargo por outro correligionário:Pandeli Majko. No mesmo ano, a escalada de violência na província iugoslava doKosovo leva milhares de cosovares de etnia albanesa a se refugiar na Albânia. A eclosão desses conflitos traz à tona o projeto de umaGrande Albânia, país que encerraria em suas fronteiras os albaneses da região. Os bombardeios daOrganização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) naIugoslávia (atualSérvia). em março de 1999, aumentam o fluxo de albaneses cosovares para o país.
Em junho de 2007, a visita dopresidente dos Estados Unidos,George Walker Bush, causa comoção nacional. Albaneses doKosovo atravessam a fronteira para ouvir Bush defender a independência do país, que formalmente ainda é um território pertencente à Sérvía. OParlamento da Albânia elege em julhoBamir Topi (PDSh) novopresidente da Albânia. Em seu primeiro discurso como presidente, Topi também defende a independência do Cosovo. Em dezembro, o governo anuncia que pagará, a partir de 2008, um total de 417 milhões de euros às famílias de 2 000 pessoas mortas e 15 000 presas pelo regime de Enver Hoxha.
Em 17 de fevereiro de 2008, a Albânia saúda aindependência do Kosovo, declarada unilateralmente nesse dia. Em abril de 2009, o país é admitido oficialmente junto com aCroácia naOTAN. No mesmo mês,Berisha formaliza pedido de adesão à União Europeia, que condiciona o ingresso do país a progressos na administração estatal e no combate à corrupção.
Naeleição parlamentar de 2009, o governistaPDSh e seus partidos aliados vencem por estreita margem, conquistando 70 cadeiras das 140 em disputa, contra 66 doPSSh. Observadores internacionais criticam irregularidades no pleito, o que prejudica as aspirações do país de ingressar na UE.
A Albânia possui uma área total de 28 748 km2. Localizada entre as latitudes 39º e 43º N e, na maior parte, entre as longitudes 19º e 21º E (uma pequena área está a leste de 21º E). A costa da Albânia se estende por 476 km[41] e se estende pelos maresAdriático eJônico. Cerca de setenta por cento do país émontanhoso ou decolinas e normalmente inacessível do exterior. A maior montanha é oMonte Korab, situado nodistrito de Dibër, na fronteira com a Macedônia do Norte, atingindo 2 753 m. O clima na costa é tipicamentemediterrânico, cominvernos úmidos everões quentes, ensolarados e secos. As condições dependem muito da altitude. As áreas acima de 1 500 m são frias, com ocorrência de neve no inverno, podendo esta permanecer até a primavera.
Além da capital,Tirana, que tem 800 000 habitantes, as cidades principais sãoDurrës,Korçë,Elbasan,Shkodër,Gjirokastër,Vlorë eKukës. Na gramática albanesa, uma palavra pode ter formas definidas e indefinidas e isso também se aplica aos nomes das cidades: tantoTiranë eTirana,Shkodër eShkodra são usados.
Os três maiores e mais profundos lagos tectônicos daPenínsula Balcânica estão parcialmente localizados na Albânia. OLago Escútare no nordeste do país tem uma superfície que varia entre 370 e 530 km2, dos quais um terço pertence a Albânia e o resto aMontenegro. OLago de Ocrida, situado no sudeste do país, é compartilhado entre a Albânia e aMacedônia do Norte. Possui uma profundidade máxima de 289 m e uma variedade única de flora e fauna, incluindo "fósseis vivos" e outras espéciesendêmicas. Por causa do seu valor natural e histórica, o Lago Acrida está sob proteção daOrganização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Há também oLago Butrinti, que é um pequeno lago tectônico localizado no Parque Nacional de Butrinte.
Os principais rios albaneses, como oDrin, oShkumbin e oVijose, atravessam o país e desembocam na planície litorânea. Alguns lagos parcialmente albaneses, como oScutari, a noroeste, e os lagos macedôniosAcrida ePrespa, entre outros, complementam o quadro hidrográfico.
O clima da planície albanesa é tipicamentemediterrâneo, cominvernos brandos ( com média de 5 °C até 10 °C) e os verões na planície albanesa são tipicamente quentes (com média em 26 °C ou mais, com máximos de 40 °C) esecos. O clima nas montanhas écontinental, com grandes amplitudes térmicas. No verão astemperaturas médias andam por volta dos 23 °C, mas no inverno descem à faixa entre 0 °C e 2 °C, com extremos que chegam até -25 °C. Podem ocorrer tempestades deneve evento; não é raro também descer para a planície o bora, vento frio e ressecante. Orelevo acidentado da Albânia e a área ciclonal doAdriático causam altas precipitações (média de 1 350 mm anuais e máxima de 3 000 mm), que são das mais elevadas daEuropa.
Águia-real, o símbolo nacional da Albânia.Lince, ainda existente na Albânia.
Exceto nas regiõeslacustres, nospântanos litorâneos e nas altas montanhas, avegetação natural é constituída deflorestas. Próximo da costa predomina omaqui, sendo típicas espécies dezimbros,carvalhos,mirtos eamoreiras. No interior são comuns as florestas de carvalhos. Existem florestas defaias nas vertentes mais altas das montanhas, enquanto a vegetação característica dasrochas serpentinas são ospinheiros.
A Albânia tem uma das piores taxas de perda debiodiversidade da Europa, de acordo com a comunidade científica. Isto deve-se a um modelo económico baseado no turismo de massas, artificialização da terra, caça ilegal epesca predatória, corrupção e falta de política para proteger osecossistemas.[42]
A língua oficial é o albanês. De acordo com o censo populacional de 2011, 98,767% da população declarou o albanês como sualíngua materna.[43] A língua padrão escrita e falada é proveniente de dois dialetos:Gheg eTosk, embora tenha maior base no segundo. O divisor entre os dois dialetos é o rioShkumbin. O grego é língua materna de 0,5% da população. Outras minorias étnicas que somam 0,6% falam línguas comoarromeno,sérvio,macedônio,bósnio,búlgaro,gorani,romani ecroata.[11]
Os albaneses são considerados uma nação poliglota. Devido à imigração e à colonização do passado, falam geralmente mais de duas línguas.Inglês,italiano egrego são as mais difundidas, o que está crescendo devido ao retorno de imigrantes e às novas comunidades gregas e italianas no país.
Em 1967 todas as mesquitas e igrejas foram fechadas e práticas religiosas proibidas. Em novembro de 1990 o governo começou a permitir práticas religiosas particulares.[11]
De acordo com de acordo com o censo de 2023 a população albanesa dividia-se religiosamente da seguinte forma:[44]
Existe ainda uma minoria de Judeus estimada em menos de 0,1%. A Albânia foi o único país europeu onde houve crescimento no número de judeus durante oHolocausto, tendo esse número diminuído após a fundação doEstado de Israel.[47]
O chefe de estado é opresidente, que é eleito peloKuvendi Popullor, ou Assembleia do Povo. A maior parte dos 155 membros da Assembleia do Povo é eleita pelos albaneses em eleições realizadas de 5 anos em 5 anos. O presidente é ajudado por um conselho deministros, que é nomeado por ele mesmo.
Abandeira nacional da Albânia é uma bandeira vermelha com uma águia bicéfala negra. Deriva do brasão, de desenho similar, deGjergj Kastriot Skanderbeg, um líder albanês doséculo XV que esteve à frente da revolta contra oImpério Otomano que resultou num breve período de independência da Albânia, entre 1443 e 1478.
Seu desenho foi inspirado na águia bizantina, símbolo comum em toda Europa oriental. Com o comunismo, sua interpretação foi alterada para enaltecer a segurança e união do país, com uma cabeça voltada para o norte e outra para o sul.
A bandeira atual foi oficialmente adoptada a 7 de abril de 1992, mas anteriores estados albaneses, como o Reino da Albânia e o estado comunista do pós-guerra usaram uma bandeira basicamente igual, com o primeiro a incluir o "Capacete de Skanderbeg" sobre a águia e o segundo uma estrela vermelha orlada a amarelo na mesma posição.
Oemblema da Albânia é uma adaptação dabandeira da Albânia. O emblema acima da cabeça das duas-cabeças deáguia é ocapacete deSkanderbeg, encimada com cornos decabra.
O emblema tem dimensões de 1:1.5. Em alguns países, a cor sable (preto) é considerada uma pele, enquanto que na heráldica inglesa e francesa é considerada uma cor.
A responsabilidade da aplicação da lei no país é, primeiramente, da Polícia de Estado da Albânia. O país também possui uma unidade antiterrorista, chamadaRENEA (Reparti i Neutralizimit të Elementit të Armatosur, emportuguês: "Departamento de Neutralização de Elementos Armados").
Em uma lista com 43 países europeus segundo o índice de criminalidade, a Albânia foi classificada em 4° lugar, atrás deRússia,França eMoldávia, respectivamente.[52]
É um código de leisconsuetudinárias que o povo albanês traz desde aEra do Bronze. Voltou a "vigorar" em áreas mais remotas do país desde o colapso do Comunismo.
Graças a isso, homicídios são um problema no país, especialmente as "vinganças de sangue" (gjakmarrja) em áreas rurais do norte, além de crimes domésticos. Em 2014 cerca de 3 000 famílias estimadas estavam envolvidas em vinganças de sangue, que desde a queda do Comunismo levaram 10 000 pessoas à morte, justamente pela falta de Estado.[53][54]
A Albânia está dividida em 12prefeituras (emalbanês:qarke, singularqark), às vezes designadasregiões. As prefeituras estão por sua vez divididas em 36distritos (emalbanês:rrethe, singularrrethi), às vezes traduzidos comosubprefeituras. Apesar de terem sido dissolvidos em 2000, os distritos continuam mantendo papel administrativo. Os distritos estão subdivididos em 309comunas (emalbanês:komuna) e 65municipalidades (emalbanês:Bashkia). A municipalidade deTirana, onde se localiza acapital, tem um estatuto especial.
Principais produtos deexportação da Albânia em 2019 (em inglês).
A Albânia é um dos países mais pobres da Europa, com metade da população economicamente ativa acoplada ainda à agricultura e com um quinto trabalhando no exterior.
O país tem que tratar de uma taxa de desemprego elevada, de corrupção no governo e do crime organizado. A Albânia é ajudada financeiramente pelaItália eGrécia, das quais também importa muito, além de exportar pouco.
O dinheiro vem de empréstimos e derefugiados que trabalham no exterior.
Uma percentagem importante da renda nacional da Albânia vem do turismo, representando 10% de seu PIB, e este número deverá aumentar na próxima década. A Albânia acolheu cerca de 4,2 milhões de visitantes em 2012, principalmente de países vizinhos e da União Europeia. Em 2011, a Albânia foi listado como o destino turístico top a nível mundial, pelo Lonely Planet.[55]
A maior parte da indústria do turismo está concentrada ao longo do Adriático e na costa do Mar Jônico. Este último tem as mais belas e intocadas praias e é muitas vezes chamado de a Riviera Albanesa. O aumento no número de visitantes estrangeiros é significativa, a Albânia tinha apenas 500 000 visitantes em 2005, enquanto em 2012 teve um número estimado de 4,2 milhões de turistas. Um aumento de 840% em apenas sete anos.
O governo do primeiro-ministroEdi Rama, no poder desde 2013, adoptou um roteiro económiconeoliberal. Está a reduzir a despesa pública e a promoverparcerias público-privadas, uma fonte de rápido enriquecimento para um círculo de empresários próximos do governo, na maioria dos sectores (turismo, ensino superior, saúde, obras públicas, cultura, etc.). OFundo Monetário Internacional (FMI), tradicionalmente favorável a estas políticas, considerou, no entanto, que o governo albanês estava a avançar demasiado depressa para privatizar e expor o país a "riscos fiscais significativos".[56]
Otráfico de droga cresceu consideravelmente nos últimos anos, sendo responsável por quase um terço do PIB em 2017. Segundo estimativas aduaneiras italianas, 753 000 plantas decannabis foram destruídas em 2016, em comparação com 46 000 em 2014. Esta destruição teria afectado apenas 10% da área cultivada. Políticos e homens de negócios de primeiro plano estão envolvidos neste tráfico.[56]
Antes doscomunistas chegarem ao poder, a taxa de alfabetização naAlbânia era muito baixa, apenas 15%. Escolas eram escassas na época entre aPrimeira Guerra Mundial e aSegunda. Quando os comunistas chegaram ao poder em 1944 o regime queria acabar com o analfabetismo. O regulamento era tão estrito que qualquer um entre 12 e 40 anos que não pudesse ler ou escrever era mandado para participar de aulas para aprender. Desde essa época de luta contra o analfabetismo a taxa de alfabetização aumentou bastante.[57] Em 2008 a taxa de alfabetismo na Albânia era de 98,7%, sendo a taxa para os homens de 99,2% e para as mulheres de 98,3%.[58] Desde os mais largos êxodos rurais na década de 1990, a educação se moveu também, com milhares de professores se mudando para as áreas urbanas acompanhando seus estudantes.
QuandoHoxha chegou ao poder da Albânia os serviços se tornaram nacionalizados e gratuitos, foram estendidos até os vilarejos mais remotos, houve uma queda da mortalidade e a expectativa de vida aumentou drasticamente,[59] aspectos que o país herda até hoje. A maioria dos hospitais se localizam emTirana eDurrës. A Faculdade de Medicina daUniversidade de Tirana (Universiteti i Tiranës) é a principal instituição na área de saúde mas há também escolas de enfermagem em várias outras cidades.
As doenças relacionadas aosistema circulatório são a principal causa de morte, sendo a segunda causa as doenças deNeoplasia.
Atualmente, há três rodovias principais de quatro pistas na Albânia: a rodovia que conecta Durrës com Tirana; Durrës com Lushnjë e arodovia Albânia-Kosovo.[60]
A rodovia Albânia-Kosovo é a mais importante rota de conexão do Kosovo à costa do Mar Adriático, na Albânia. A rodovia no lado albanês foi concluída em junho de 2009, levando apenas duas horas e meia para ir da fronteira com o Kosovo a Durrës. No total, a rodovia possui cerca de 250 km até Pristina. O projeto foi o maior e mais caro projeto de infraestrutura já realizado na Albânia. O custo da rodovia foi estimado em 800 milhões de euros, embora a despesa exata de toda a rodovia ainda não tenha sido confirmada pelo governo.[60]
Duas rodovias adicionais serão construídas na Albânia em um futuro próximo: o 8º Corredor, que ligará a Albânia com a Macedônia do Norte e a Bulgária, e a rodovia norte-sul, que é proporcional ao lado albanês da rodovia Adriático-Jônica, uma rodovia regional maior, que liga a Croácia à Grécia ao longo das costas do Adriático e do Jônio. Quando todos os três corredores forem concluídos, a Albânia terá cerca de 759 km de rodovias conectando-a com todos os seus países vizinhos: Kosovo, Macedônia do Norte, Montenegro e Grécia.[60]
Aculinária da Albânia consiste de pratos locais das várias regiões da Albânia. Muitos destes pratos são típicos dosBalcãs e doMediterrâneo, mas alguns são especialidades locais. A refeição principal dos albaneses é o arroz e feijão, que é em geral acompanhado por umasalada devegetais frescos, tais comotomates,pepinos,pimentos,azeitonas,azeite,vinagre esal.
↑Manelli, Gani (2006). "Partisan politics in World War II Albania: the struggle for power, 1939-1944". East European Quarterly. Vol. 40, no. 3. University of Colorado at Boulder. ISSN 0012-8449
↑Samer, Haroey (1997), "Rescue in Albania: One Hundred Percent of Jews in Albania Rescued from Holocaust", The Jews of Albania, California: Brunswick Press, archived from the original on 2008-05-10, retrieved 21 October 2012