Cubanos (emcastelhano:Cubanos) são as pessoas que vivem ou são originárias deCuba. A maior parte vive no próprio país, embora exista uma grande comunidade de imigrantes, especialmente nosEstados Unidos eEspanha.
As maiores populações urbanas de cubanos em Cuba (2009) podem ser encontradas emHavana (2 141 993),Santiago de Cuba (446 233),Camagüey (307.841),Holguín (294 313),Guantânamo (222 243) eSanta Clara (220 210). De acordo com a Oficina Nacional de Estadísticas, em 2002 a população do país era de 11 177 743,[8] incluindo:
5 597 233 homens e
5 580 510 mulheres.
A composição racial do país era de 7 271 926brancos, 1 126 894negros e 2 778 923mulatos.[9] Apopulação chinesa de Cuba descende principalmente dostrabalhadores a contrato que chegaram no século XIX para construirferrovias e trabalhar emminas. Após aRevolução Industrial, diversos destes trabalhadores foram obrigados a permanecer em Cuba por não terem condições financeiras de comprar a passagem de volta para aChina.
A população total do censo oficial realizado em 1953 era de 5 829 029 pessoas. Na época casamentos interraciais eram exceção, e havia uma separação maior das raças na sociedade cubana; esta tendência, no entanto, foi revertida e nos dias de hoje os casamentos interraciais são maioria no país.[10]
Ataxa de natalidade de Cuba (9,88 nascimentos por cada 1000 pessoas, em 2006)[13] é uma das mais baixas doHemisfério Ocidental. Sua populaç]ão total aumentou continuamente, de 7 milhões em 1961 a mais de 11 milhões atualmente, porém a taxa de aumento estagnou nas últimas décadas, e recentemente se transformou numa taxa negativa, com o relato feito pelo governo cubano, em 2006, da primeira queda no crescimento populacional desde oêxodo de Mariel. A imigração e a emigração tiveram efeitos visíveis no perfil demográfico de Cuba durante o século XX; entre 1900 e 1930, quase um milhão de espanhóis chegaram ao país, e desde 1959 mais de um milhão de cubanos abandonaram a ilha, indo principalmente paraMiami,Flórida, onde floresce uma comunidade bem-sucedida economicamente, com altos níveis de educação e extremamente vocal (lobby cubano-americano);[14] A emigração que ocorreu imediatamente depois da Revolução Cubana foi formada principalmente por integrantes das classes alta e média, predominante brancos, contribuindo assim para uma mudança demográfica, somada a mudanças nas taxas de natalidade e nas identificações raciais dos diferentes grupos étnicos.
Nos Estados Unidos se localiza o maior número de cubanos fora de Cuba, especialmente emMiami e outras grandes cidades daFlórida, bem como emNova Jérsei,Califórnia,Nova York eTexas. Números menores de cubanos vivem em muitos outros países do mundo, especialmente naAmérica Latina eEuropa (especialmente naEspanha, onde estão 103 874, e noReino Unido, com cerca de 1 083). Cerca de 9 395 vivem noCanadá, e 1 343 noBrasil.
Após a fundação da república, em 1902, houve uma migração considerável daPenínsula Ibérica para a ilha, inclusive alguns soldados que haviam participado das guerras envolvendo os dois países.[15]
Em dezembro de 2008 a Espanha começou a aceitar candidatos à obtenção decidadania dos descendentes das pessoas que se exilaram em Cuba após a brutalGuerra Civil Espanhola, ocorrida entre 1936 e 1939, como parte da lei promulgada em 2007 para abordar o doloroso legado do conflito. Esta nova lei, chamada deLei da Memória Histórica, pode conceder até 500 000 passaportes a cubanos com ancestrais espanhóis. Pela lei, estes descendentes têm até dezembro de 2011 para se apresentar à embaixada espanhola em seu país natal e mostrar a documentação que prove que seus pais ou avós fugiram da Espanha entre 1936 e 1955.[16][17]
O primeiro povo a habitar Cuba que se tem conhecimento foram osciboneis, um povoameríndio. Seguiram-se a eles outro povo ameríndio, ostainos, que formavam o principal grupo populacional tanto em Cuba quanto em outras ilhas nasAntilhas quandoCristóvão Colombo primeiro avistou Cuba, em 1492. Colombo tomou posse das ilhas em nome daEspanha, e Cuba se tornou umacolônia espanhola, status que deteve até 1902, com a exceção de um breve período em que foi ocupada pelaGrã-Bretanha, em 1762, antes de ser devolvida para a coroa espanhola em troca daFlórida. No fim do século XIX, a Espanha tinha perdido a maior parte de suas possessões americanas, e uma série de rebeliões vinha abalando Cuba. Estas revoltas, aliadas com as pretensões dosEstados Unidos de anexar a ilha, levaram àGuerra Hispano-Americana, que eventualmente levou à independência formal de Cuba.
Durante as primeiras décadas do século XX, os interesses dos Estados Unidos predominavam em Cuba, e o país exercia grande influência sobre a ilha. Isto terminou em 1959, quando o líderde facto do país,Fulgencio Batista, foi deposto pelosrevolucionários liderados porFidel Castro. A deterioração rápida das relações com os Estados Unidos levou à aliança cubana com aUnião Soviética, e a transformação de Cuba numarepública socialista declarada. Castro permaneceu no poder desde então, primeiro comoprimeiro-ministro, e, depois de 1976, comopresidente.
A cultura de Cuba reflete a influência na ilha de diversas culturas, especialmenteeuropeias (espanholas) eafricanas. Isto fica evidente na idiossincrasia direta e dinâmica e ao mesmo tempo aberta e bem-humorada do seu povo. No entanto, durante o período da república (1901-1959) a cultura cubana também sofreu fortes influências dos Estados Unidos. Isto ficou evidente na música, esportes, arquitetura, finanças, entre outros campos da cultura local. Durante o período revolucionário (1959-) Cuba foi declarada, de maneira abrupta e surpreendente, declarada um Estadocomunista; o país se isolou, internamente, e foi exposta à presença russa. Esta presença, no entanto, só contribuiu na estrutura, natureza e formação ditatorial do novo regime cubanostalinista, porém deixou poucas, ou nenhuma, contribuições culturais.
Uma das partes mais características da cultura cubana é asua música e dança, conhecidos em muitos outros países. Diversos estilos musicais latinos como omambo, asalsa, obolero e oson se originaram em Cuba. As origens de boa parte dos estilos musicais cubanos podem ser encontrados na mistura da música espanhola com a africana (especialmente da africana ocidental), enquanto elementos musicais americanos, comotrombones ebig bands também contribuíram para o desenvolvimento da música do país.