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Cromo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cromo
VanádioCromoManganês
 
 
24
Cr
 
        
        
                  
                  
                                
                                
Cr
Mo
Tabela completaTabela estendida
Aparência
prateado metálico


Cristais de cromo de alta pureza (99,999%), produzidos porreação química de transporte através da decomposição de iodetos de cromo, e um cubo de cromo de alta pureza (99,95%) de 1 cm3 para comparação.
Informações gerais
Nome,símbolo,númeroCromo, Cr, 24
Série químicaMetal de transição
Grupo,período,bloco6 (VIB), 4, d
Densidade,dureza7200kg/m3, 8,5
Número CAS
Número EINECS
Propriedade atómicas
Massa atómica51,9961(6)u
Raio atómico(calculado)140pm
Raio covalente127pm
Raio de Van der Waalspm
Configuração electrónica[Ar] 3d5 4s1
Elétrons(pornível de energia)2, 8, 13, 1(ver imagem)
Estado(s) de oxidação6, 5, 4,3, 2, 1, -1, -2 (ácido forte)
Óxido
Estrutura cristalinacúbico de corpo centrado
Propriedades físicas
Estado da matériasólido
Ponto de fusão2180 K
Ponto de ebulição2944 K
Entalpia de fusão21kJ/mol
Entalpia de vaporização339,5kJ/mol
Temperatura crítica K
Pressão crítica Pa
Volume molar7,23 ×10−6m3/mol
Pressão de vapor1Pa a 1656K
Velocidade do som5940m/s a 20°C
Classe magnéticaparamagnético
Susceptibilidade magnética
Permeabilidade magnética
Temperatura de Curie K
Diversos
Eletronegatividade(Pauling)1,66
Calor específicoJ/(kg·K)
Condutividade elétricaS/m
Condutividade térmica93,7W/(m·K)
1.ºPotencial de ionização652,9kJ/mol
2.º Potencial de ionização1590,6 kJ/mol
3.º Potencial de ionização2987 kJ/mol
4.º Potencial de ionização4743 kJ/mol
5.º Potencial de ionização6702 kJ/mol
6.º Potencial de ionização8744,9 kJ/mol
7.º Potencial de ionizaçãokJ/mol
8.º Potencial de ionizaçãokJ/mol
9.º Potencial de ionizaçãokJ/mol
10.º Potencial de ionizaçãokJ/mol
Isótopos mais estáveis
isoANMeia-vidaMDEdPD
MeV
50Cr4,345%> 1.8×1017aεε-50Ti
51Crsintético27,7025dε
γ
-
0,320
51V
-
52Cr83,789%estável com 28neutrões
53Cr9,501%estável com 29neutrões
54Cr2,365%estável com 30neutrões
Unidades doSI &CNTP, salvo indicação contrária.

Ocromo/crômio[1][2]PB noBrasil, oucromo/crómioPE emPortugal - dogrego χρώμα, pronunciado como "chróma", significando cor, é umelemento químico desímboloCr,número atômico 24 (24prótons e 24elétrons) emassa atômica 52u,sólido em temperatura ambiente.

É ummetal encontrado nogrupo 6 (6B) daClassificação Periódica dos Elementos, empregado especialmente emmetalurgia em processos denominadoseletrodeposição. Alguns de seusóxidos ecromatos são usados comocorantes. Foi descoberto em1797 porLouis Nicolas Vauquelin nomineralcrocoíta encontrado naRússia.

Características principais

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O cromo é ummetal de transição,duro, frágil, de coloração cinza semelhante aoaço. É muito resistente àcorrosão. A forma oxidada trivalente é natural no meio ambiente, enquanto que as formas 0 e +6 são geralmente produzidas por processos industriais, principalmente na fabricação de ligas metálicas.

Seu maiorestado de oxidação é +6 (hexavalente), ainda que estes compostos sejam muitooxidantes. O estado mais estável é +3 (trivalente) sob condições de redução.

Aplicações

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Compostos de cromo são usados na produção de ferrocromo, eletroplatina, produção de pigmentos e curtimento. Os principais usos de cromo são no processamento metalúrgico de ferrocromo e outros produtos metalúrgicos, principalmente,aço inoxidável, e de uma maneira bem mais secundária, no processamento de refratários de tijolos de cromo e processos químicos para produzir ácidos de cromo e cromatos. Cromatos são usados na oxidação de vários materiais orgânicos, na purificação de químicos, na oxidação inorgânica, e na produção de pigmentos. Uma grande porcentagem de ácido crômico é usado em revestimentos.[3]

  • O cromo é empregado principalmente emmetalurgia para aumentar a resistência àcorrosão e dar um acabamento brilhante.
    • Emligas metálicas. Oaço inoxidável, por exemplo, apresenta quantidades acima de 11% de cromo.
    • Em processos decromagem que é depositar sobre uma peça uma capa protetora de cromo através da eletrodeposição. Também é utilizado em anodizado dealumínio.
  • Seuscromatos eóxidos são empregados emcorantes epinturas. Em geral, seussais são empregados, devido às suas cores variadas, comomordentes.
  • Odicromato depotássio (K2Cr2O7) é umreativo químico usado para a limpeza de materiais devidro delaboratório e emanálises volumétricas.
  • É comum o uso do cromo e de alguns de seusóxidos comocatalisadores, por exemplo, na síntese doamoníaco (NH3).
  • Omineralcromita (Cr2O3·FeO) é empregado em moldes para a fabricação de ladrilhos, geralmentemateriais refratários. Entretanto, uma grande parte de cromita é empregada para obter o cromo ou emligas metálicas.
  • No curtimento decouros é comum empregar o denominado "curtido ao cromo", sendo este o produto de maior consumo na curtição de couros e peles, consistindo em utilizar o hidroxissulfato de cromo(III) (CrOHSO4).
  • Para preservar amadeira costuma-se utilizar substâncias químicas que se fixam a ela, protegendo-a. Entre essas substâncias, aquela usada para proteger a madeira é o óxido de cromo(VI) (CrO3).
  • Quando nocoríndon (α-Al2O3) se substituem alguns íons dealumínio por íons de cromo, obtém-se orubi. O rubi pode ser empregado, por exemplo, emlaseres.
  • Odióxido de cromo (CrO2) é usado para a produção do material magnético empregado em fitas-cassetes para gravação de som, produzindo melhores resultados do que aquelas com óxido deferro (Fe2O3) devido à sua maiorcoercitividade.

História

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Em1761,Johann Gottlob Lehmann encontrou nos Urais (Rússia) um mineral de cor laranja avermelhada que denominou de "chumbo vermelho da Sibéria". Esse mineral era acrocoíta (PbCrO4), e acreditou-se, na época, que era um composto dechumbo comselênio eferro.

Em1770,Peter Simon Pallas escavou no mesmo lugar e encontrou o mineral, verificando ser muito útil, devido às suas propriedades, como pigmento, em pinturas. Essa aplicação como pigmento difundiu-se rapidamente.

Em1797,Louis Nicolas Vauquelin recebeu amostras desse material. Foi capaz de, a partir dele, produzir o óxido de cromo (CrO3) misturando crocoíta comácido clorídrico (HCl).

Em1798, descobriu que se podia isolar o cromo aquecendo o óxido em um forno decarvão. Também se pôde detectar traços de cromo em pedras preciosas, como por exemplo, emrubis eesmeraldas. Denominou o elemento de cromo (do grego "chroma", que significa "cor") devido às diferentes colorações que apresentam os compostos desse elemento.

O cromo foi empregado principalmente como corante em pinturas. No final doséculo XIX começou a ser utilizado como aditivo em aço. Atualmente, em torno de 85% do cromo consumido é utilizado emligas metálicas.

Compostos

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O cromo, por mais que seja um mineral essencial ao homem, também pode ser tóxico, isso depende da forma como ele é encontrado, ou seja, sua forma de oxidação. As formas oxidadas encontradas são: cromo(0), cromo(III) e cromo(VI). O cromo(III) é natural no meio ambiente, o cromo(VI) e cromo(0) são geralmente produzidos por processos industriais, principalmente, na fabricação de ligas metálicas.

O estado trivalente (Cr3+) é a forma mais estável sob condições de redução. O cromo na sua forma hexavalente representa o estado mais estável do elemento depois do trivalente. O óxido de cromo(VI) tem caráter ácido e dele deriva o ácido crômico originando ácidos policrômicos[4].

O dicromato de potássio é um oxidante enérgico utilizado para limpeza de materiais de vidro de laboratório, eliminando qualquer tipo de resto orgânico que possa conter. O "verde de cromo" [óxido de cromo(III), Cr2O3] é um pigmento empregado em pinturas esmaltadas e na coloração de vidros. O "amarelo de cromo" [cromato de chumbo(II), PbCrO4] também é usado como pigmento.

Não é encontrado na natureza o ácido crômico e nem o dicrômico, porém os seus ânions são encontrados numa ampla variedade de compostos. O trióxido de cromo, CrO3, que deveria ser o anidrido do ácido crômico, é vendido comercialmente como "ácido crômico". O dicromato de amônio [(NH4)2Cr2O7] é o principal material que é expelido dos vulcões em erupção. É um sólido alaranjado.

Papel biológico

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Em princípio, considera-se o cromo (em seu estado de oxidação +3) umelemento químico essencial, ainda que não se conheça com exatidão suas funções. Parece participar dometabolismo doslipídios e doshidratos de carbono, assim como em outras funções biológicas.

Tem-se observado que alguns dos complexos do cromo parecem participar da potencialização da ação dainsulina, sendo, por isso, denominado de "fator de tolerância à glicose" devido à relação com a atuação da insulina. A ausência de cromo provoca intolerância à glicose e, como consequência, o aparecimento de diversos distúrbios.

Até hoje não foi encontrada nenhumametaloproteína com atividade biológica que contenha cromo, por isso ainda não se pode explicar como atua.

A sua carência nos seres humanos pode causar ansiedade, fadiga e problemas de crescimento. Em contraposição, o seu excesso (em nível de nutriente) pode causar dermatites, úlcera, problemas renais ehepáticos.[5][6]

Por outro lado, os compostos de cromo no estado de oxidação +6 são muito oxidantes e sãocancerígenos, com altos riscos de câncer de pulmão e nasossinusal, principalmente em pessoas frequentemente expostas. Entretanto, não há casos comprovados de câncer para a exposição ao cromo metálico sozinho.

O sistema respiratório absorve rapidamente a forma oxidada hexavalente, proveniente de soldagens e aerossóis, podendo acarretar em efeitos adversos ao próprio sistema respiratório, mucosas e pele, além de também exercer efeito negativo, em menor grau, nos rins humanos.

Dentre as formas oxidadas,a trivalente é a menos tóxica.

Abundância e obtenção

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Níveis naturais em águas não-contaminadas variam entre 1 µg a alguns µg/litro. A concentração do cromo nas rochas varia de 5 mg/kg (rochas graníticas) a 1800 mg/kg (rochas ultramáficas/básicas). Os depósitos mais importantes de cromo na Terra possuem esse elemento no estado elementar ou na forma trivalente. Na maioria dos solos, o cromo ocorre em baixas concentrações (2-60 mg/kg), mas valores de aproximadamente 4 g/kg já foram vistos em solos não-contaminados. Quase todo o cromo hexavalente do ambiente se origina de atividades antrópicas. É derivado da oxidação industrial de depósitos de cromo e da combustão de combustíveis fósseis, madeira e papel.[3]

Obtém-se cromo a partir dacromita (FeCr2O4). O cromo é obtido comercialmente aquecendo a cromita em presença dealumínio ousilício mediante o processo deredução. Aproximadamente metade da produção mundial de cromita é extraída naÁfrica do Sul. Também obtém-se em grandes quantidades noCazaquistão,Índia eTurquia.

Os depósitos ainda não explorados são abundantes, porém estão concentrados no Cazaquistão e no sul da África.

Em 2000 foram produzidas aproximadamente 15 milhões de toneladas de cromita, da qual a maior parte destina-se ao uso em ligas metálicas (cerca de 70%) como, por exemplo, para a obtenção doferrocromo, que é uma liga metálica de cromo eferro com um pouco decarbono. Outra parte (cerca de 15%) emprega-se diretamente como material refratário e o restante, na indústria química para a obtenção de diferentes compostos de cromo.

Foram descobertos alguns depósitos de cromo metálico, embora de pequenas quantidades. Numa minarussa (Udachnaya) produzem-se amostras do metal devido ao ambiente redutor, que facilita a produção dediamantes e cromo elementar.

Isótopos

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São encontrados trêsisótopos estáveis na natureza: cromo-52, cromo-53 e cromo-54. O mais abundante é o cromo-52 (83,789%). Estão caracterizados 19radioisótopos, sendo o mais estável o cromo-50 commeia-vida superior a 1,8 x 1017 anos, seguido do cromo-51 com meia-vida de 27,7025 dias. Os demais têm meia-vida de menos de 24 horas, e, dentre esses, a maioria com menos de um minuto. Esse elemento também tem doismeta-estados.

O cromo-53 é umproduto do decaimento radioativo domanganês-53. Os conteúdos isotópicos no cromo estão relacionados com os do manganês, o que se aplica emgeologia. As relações isotópicas de Mn-Cr reforçam a evidência de alumínio-26 e paládio-107 na origem dosistema solar. As variações nas relações de cromo-53/cromo-52 e Mn/Cr em algunsmeteoritos indicam uma relação inicial de53Mn/55Mn, sugerindo que as relações isotópicas Mn-Cr resultam do decaimentoin situ de53Mn em corpos planetários diferenciados. Portanto, o53Cr fornece evidência adicional de processosnucleossintéticos anteriores à formação do sistema solar.

Opeso atómico dos isótopos do cromo varia de 43u (cromo-43) até 67 u (cromo-67). O principalmodo de decaimento antes do isótopo estável mais abundante, o cromo-52, é acaptura eletrônica, enquanto que, nos posteriores a aquele, é adesintegração beta.

Precauções

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Geralmente, não se considera que o cromo metálico e os compostos de cromo(III) sejam, especialmente, um risco para a saúde. Trata-se de umelemento essencial para o ser humano, porém em altas concentrações étoxico.

Os compostos de cromo(VI) são tóxicos quando ingeridos, sendo a dose letal de alguns gramas. Em níveis não letais, o cromo(VI) (cromo hexavalente) é altamentecarcinógeno. A maioria dos compostos de cromo(VI) irritam osolhos, apele e asmucosas. A exposição crônica a compostos de cromo(VI) pode provocar danos permanentes nos olhos.

AOrganização Mundial da Saúde (OMS) recomenda desde1958 uma concentração máxima de 0,05 mg/litro de cromo(VI) na água de consumo. Este valor está sendo revisado, havendo novos estudos sobre os seus efeitos a saúde.

Referências

  1. ROCHA-FILHO, R. C.; CHAGAS, A. P. Sobre os nomes dos elementos químicos, inclusive dos transférmios.Quím. Nova, São Paulo, v. 22, n. 5, 1999. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40421999000500022>. Acesso em: 10 set. 2007. doi:10.1590/S0100-40421999000500022
  2. TOMA, H. E.; FERREIRA, A. M. da C.; MASSABNI, A. C.Nomenclatura básica de química inorgânica: adaptação simplificada, atualizada e comentada das regras da IUPAC para a língua portuguesa (Brasil). São Paulo: Blucher, 2014. 120 p.
  3. abInternational programme on chemical safety. Environmental health criteria 61. Chromium. World Health Organization. Geneva, 1988.
  4. Barros & Aguiar
  5. ANDERSON, R. A. Chromium metabolism and its role in disease processes in man.Clin. Physiol. Biochem., Basel, v. 4, n. 1, p. 31-41, 1986.
  6. MERTZ, W. Chromium in human nutrition: a review.J. Nutr., Philadelphia, v. 123, n. 4, p.626-633, Apr. 1993. Disponível em: <http://jn.nutrition.org/cgi/reprint/123/4/626.pdf>. Acesso em: 5 jul. 2009.

Ligações externas

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