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Crise econômica argentina (1998-2002)

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Esta páginacita fontes, mas quenão cobrem todo o conteúdo. Ajude ainserir referências (Encontre fontes:Google (N •L •A •I •WP refs)  •ABW  •CAPES).(Abril de 2017)
Fernando de la Rúa

Acrise econômica argentina foi uma crise financeira que afetou aeconomia argentina durante adécada de 1990 e início dadécada de 2000. Macroeconomicamente falando, o período crítico começou com a queda doPIB real em1999 e terminou em2002 com o retorno do crescimento do PIB, mas as origens do colapso da economia argentina e seus efeitos sobre a população, podem ser encontradas em ações anteriores.

Governo de Fernando de la Rúa (1999-2001)

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Diante das crescentes críticas ao governo deCarlos Menem acerca da corrupção e da incapacidade de combater o desemprego, ocorreu o surgimento de uma força política estabelecida a partir de um acordo entre aUnião Cívica Radical e oFREPASO, uma confederação formada pelos partidos Frente Grande, Socialista Popular, Socialista Democrático, e Democrata Cristão. Em1997 constitui-se a "Aliança para o Trabalho, a Justiça e a Educação", mais conhecida como "Alianza".

De suas frentes saiu a chapaFernando de la Rúa -Carlos Chacho Álvarez, vencedora daeleição presidencial na Argentina em 1999 com 48,5% dos votos e 10,5% à frente do candidato justicialistaEduardo Duhalde.

A campanha havia se baseado no combate aodesemprego, a purificação da corrompida estrutura política argentina e a garantia da manutenção daLei de Conversibilidade do primeiro mandato deCarlos Menem. Em10 de dezembro De la Rúa assumiu o poder com grande apoio popular, em clima de esperança, inclusive os que não haviam votado na chapa vencedora.

Desde o discurso de posse Fernando de la Rúa começou a enterrar sua base política, anunciando a necessidade de uma série de aumento deimpostos e ajuste da estrutura estatal de considerável magnitude. Apesar disso, a confiança no governo não foi abalada. O gabinete de ministros, ao fim do governo extremamente instável, esteve composto por José Luis Machinea na Economia, Ricardo López Murphy na Defesa, Adalberto Rodríguez Giavarini nas Relações Exteriores: um gabinete formado por radicais, integrantes da FREPASO e uma grande quantidade deeconomistas.

A situação econômica e social era muito delicada: desemprego que superava os 15% e que subia implacavelmente, insegurança nas ruas, desconfiança de parte domercado financeiro internacional e uma gigantescadívida externa eram alguns dos principais temas urgentes na agenda do governo.

OMinistério daEconomia havia traçado certas medidas financeiras com a finalidade de barrar o déficit fiscal, buscando principalmente novosempréstimos doFundo Monetário Internacional (FMI).

O Panelaço

Em meados de dezembro iniciam-se alguns protestos de classes populares em algumas cidades dasprovíncias, levados adiante pelos denominados "piqueteros". Alguns analistas políticos atribuem estas revoltas a um plano desestabilizador orquestrado por alguns líderes contrários ao governo de De la Rúa. Como nos governos anteriores de Menem e Alfonsín, vários comércios em zonas empobrecidas do interior do país sofrem saques por parte de setores da população desempregados e indigentes.

A partir de19 de dezembro de2001 iniciam-se as manifestações populares conhecidas como panelaço a favor doimpeachment, que terminaram com a renúncia do presidente De la Rúa. Durante o dia, em diferentes pontos do país, com epicentro emBuenos Aires, graves distúrbios e revoltas sociais ocorrem. Há conflitos com apolícia, sendo os mais violentos os que ocorrem nas imediações da Casa Rosada, na capital: ao menos 5 pessoas morreram no embate com a polícia. Diante dessa situação, o presidente decide decretarestado de sítio, que suspende as garantias constitucionais dos cidadãos. O anúncio é realizado em cadeia nacional pelo próprio presidente. Espontaneamente milhares de argentinos vão às ruas batendo panelas, decepcionados com as recentes medidas civis e econômicas. Pacificamente, a população manifestou seu descontentamento durante toda a noite, enquanto a polícia tentava os manter distante daCasa Rosada utilizando-se degás lacrimogêneo - na mesma noite renunciaDomingo Cavallo.

No dia20 de dezembro novos conflitos ocorrem entre a polícia e os manifestantes, reunidos naPlaza de Mayo, em frente à Casa de Governo, e em outros pontos do país. Mais pessoas morrem durante esse choque - calcula-se que 30 pessoas tenham morrido em diversos conflitos.

Às 4 da tarde o presidente pronunciou um discurso pela televisão convocando a "unidade nacional" e oferecendo aoPartido Justicialista co-governar o país. Diante da negativa judicialista, Fernando de la Rúa renunciou.

Em sua carta de renúncia manuscrita, enviada ao Senado,[1][2] diz:

"Dirijo-me aos senhores para apresentar minha renúncia como presidente da Nação.

Minha mensagem de hoje para assegurar a governabilidade e formar um governo de união nacional foi rejeitada pelos líderes parlamentares.

Acredito que minha decisão contribuirá para a continuidade institucional da República. Peço a este Congresso que aceite minha decisão.

O saúdo com minha mais alta consideração e estima e peço a Deus pela ventura de minha pátria".

(Fernando de la Rúa)

O "corralito" foi imposto pelo governo deFernando de la Rúa em dezembro de2001 para evitar a retirada de depósitos emcontas correntes epoupanças. Para tanto, congelaram-se os depósitos dos poupadores e estabeleceram-se limites semanais para a retirada de fundos. A justificativa secundária almejada porDomingo Cavallo, ao cargo do Ministério daEconomia Argentina, foi conseguir um maior uso dos meios de pagamento eletrônico, evitando assim a evasão impositiva e provocando a "bancarização" da população, sendo este um benefício para osbancos. A medida causou grande convulsão naArgentina, ante o caráter impopular da referida medida, culminou com o pedido deimpeachment e a derrubada dogoverno decentro-esquerda de Fernando de la Rúa.[3]

Referências

  1. «Leia a carta de renúncia de Fernando de la Rúa».Folha de S.Paulo. 20 de dezembro de 2001 
  2. «Crise Argentina».Folha de S.Paulo. 21 de dezembro de 2001 
  3. «Seis meses de corralito não evitaram crise». Estadão. 1 de Junho de 2002. Consultado em 4 de outubro de 2011 
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