Perante o inquietante avanço do reiCiro II, Creso enviou um mensageiro aoOráculo de Delfos que lhe respondeu que se conduzisse um exército para este e cruzasse orio Hális, destruiria um grande império. Tentado pelo que disse o Oráculo, Creso organizou uma aliança comNabonido daBabilónia,Amósis II doEgito e a cidade grega deEsparta e partiu para a guerra, no entanto a guerra não correu como esperado, sem esforço foi vencido pelas forças de Ciro naBatalha do Hális,Timbra em547 a.C. e feito prisioneiro emSardes.
Desta forma se completou o vaticinado pelo oráculo, mas pela destruição do império lídio.
Creso fora famoso pela sua riqueza, a qual foi atribuída à exploração das areias auríferas doPactolo, rio afluente doHermo onde, segundo a lenda, se banhara oRei Midas (que transformava em ouro tudo o que tocava). Mandou construir oTemplo de Ártemis emÉfeso.
Creso emHeródoto é um personagem histórico do livro I deHistórias descrito como rei de território ao leste do rio Hális. Creso foi o filho do reiAliates e o quarto ascendente dosmermnádes, família nobre que sucedeu osheráclidas na Lídia após a conquista do poder porGiges, que derrotouCandaules. Creso é apresentado como rei da lídia aos 35 anos de idade, após a morte de seu pai, que lega a ele um extenso reino que ia até as margens do rio Hális e já finalizada a longa guerra que Sardes, capital da Lídia manteve contra Mileto na época de Aliates.[1]
Na narrativa de Heródoto, Creso reina sob todo os povos daFrígia e das cidades gregas da Ásia Menor, à margem oeste do rio Hális. Creso é enredado na anedota sobre a predestinação trágica feita pelo Oráculo de Delfos de que o reinado dos mérmnades encerraria na quarta geração de reis[2]. Afora esta sina familiar, o Oráculo de Delfos revela a Creso que seu filho iria morrer por uma ponta de ferro, e que entre ele e Ciro, algum Império sucumbiria. Em Heródoto, Creso é narrado como um rei de domínio próspero e extenso, e de costumes hospitaleiros. Creso é também descrito como parente do reimedo, Astiages. Em Heródoto também é creditado a ele a responsabilidade de promover a aproximação diplomática com os gregos da Ásia Menor, que reconhecem a sua autoridade e lhe pagam tributos[2]. EmHistórias de Heródoto a concepção narrativa das personagens tem orientação para a tragédia, dos homens que não movem os seus destinos desditosos. Deste modo, a narrativa de Creso é trágica: ele vive sob a predestinação do colapso da dinastia mermnáda em seu reinado; sob o presságio de que seu filho morrerá vítima de uma "ponta de ferro", e de queCiro II é será seu maior antagonista. Incapaz de conter a predestinação, Creso comete o descomedimento (hybris) e ataca furiosamente os sírios sem ter sido por eles provocado, estendendo o seu império para além do rio Hális e levando o seu exército ao encontro do enfrentamento com os exércitos do rei Ciro II, este que o derrota em Sardes, o impõe o suplício na fogueira, o que, entretanto, literalmente não se consome pois Creso demove Ciro II a interromper o suplício e girar a sua fortuna, transformando ele em seu conselheiro[2].