
Acrítica social analisaestruturas sociais (problemáticas, sob seuponto de vista) e visa a soluções práticas através de medidas específicas,reforma radical ou mesmo mudançarevolucionária.
O ponto de partida da crítica social pode ser extremamente variado e as diferentes formas desocialismo (marxismo,anarquismo etc.) nunca tiveram omonopólio da crítica social. O ponto de partida pode ser a experiência de uma minoria numa sociedade (por exemplo, homossexuais ou mesmo a experiência de um grupo de pessoasdentro de ummovimento social progressista que não cumpre, à risca, todos os aspectos de sua agenda progressista). Mulheres daNova Esquerda frequentemente sentem-se insatisfeitas com as atitudessexistas de suas contrapartes masculinas e muitas estão engajadas nasegunda onda feminista; adeptas dateologia da libertação militam agora nateologia feminista.[1] Dentro do (ou após o)pós-modernismo, não parece ser possível uma grande teoria unificadora. Isto não exclui a possibilidade nem a necessidade dediálogo. No entanto, a maioria das críticas sociais ainda consideram acrítica ao capitalismo como central.
A disputa entre oracionalismo crítico (por exemplo,Karl Popper) e aEscola de Frankfurt exemplificou o principal problema no tocante a se a pesquisa emciências sociais deveria pretender-se "neutra" ou "objetiva", ou adotar conscientemente um ponto de vista necessariamente partidário.
Obras de crítica social podem pertencer àfilosofia social,economia política,sociologia,psicologia social,psicanálise e também aestudos culturais e outras disciplinas, ou rejeitar formas acadêmicas dediscurso.
A crítica social pode também ser expressa sob forma ficcional, por exemplo, numromance revolucionário comoThe Iron Heel deJack London ou em obrasdistópicas tais comoBrave New World deAldous Huxley (1932),Nineteen Eighty-Four deGeorge Orwell (1949),Fahrenheit 451 deRay Bradbury (1953),livros infantis (como os doSítio do Picapau Amarelo deMonteiro Lobato) ou filmes eséries de TV.
A literatura ficcional pode ter significativo impacto social. Conforme diz Netzley (1999: xiii), "por exemplo, o romanceUncle Tom's Cabin (1852) deHarriet Beecher Stowe promoveu omovimento abolicionista nosEstados Unidos e o romanceRamona (1885) deHelen Hunt Jackson, levou a mudanças nas leis a respeito dosnativos estadunidenses. De modo similar, o romanceThe Jungle (1906) deUpton Sinclair ajudou a criar novas leis relativas àsaúde pública e ao manejo de alimentos, eA Child of the Jago (1896) deArthur Morrison fez com que aInglaterra mudasse suas leis de moradia".
Expressões musicais de crítica social são frequentes desde adécada de 1960 (a chamada "música de protesto" noBrasil). Nadécada de 1980, opunk tornou-se um dos principais canais deste tipo de manifestação em nível internacional e, a partir dadécada de 1990, orap e ohip-hop ocuparam o nicho da contestação através da música.[2]
Entre várias outras, estão:
e muitos dos escritos dePierre Bourdieu.