Oscoptas[22] oucoptos[22] (emcopta: ,ou.Remenkīmi en.Ekhristianos, literalmente: "cristão egípcio") sãoegípcios cujos ancestrais abraçaram ocristianismo noséculo I.[23] Formam um dos principais grupos etno-religiosos do país.
A origem desta palavra veio do antigo egípcio onde, ḥut-ka-ptaḥ significa (Templo da Alma dePtá)[24][25]. Era umendónimo para Egito. No grego antigo, tomou a formaAigýptios (Αἰγύπτιος), e também é usado Kóptos/Κόπτος a partir de "kbt" (pronunciadoG[è]bt{o} no egípcio antigo),[26] nome de umaantiga cidade. E a partir disso, o grego influenciou as formas de falar nativas no Egito, surgindo kuptaion/ⲕⲩⲡⲧⲁⲓⲟⲛ (em copta - ou egípcio - saídico) e aiguption/ⲁⲓⲅⲩⲡⲧⲓⲟⲛ (em copta boaírico). Noárabe clássico surge entãoqubṭ / qibṭ قبط para se referir aos egípcios em geral, porém ocorreu uma mudançasemântica ao longo dos séculos, e passou a se referir mais especificamente aos cristãos egípcios depois que a maior parte da população egípcia se converteu aoIslã (após oséculo VII).[27] Atualmente, o termo é principalmente aplicado aos membros daIgreja Ortodoxa Copta,[28] independente de sua origem étnica; assim, cristãosetíopes eeritreus (bem comonúbios, até sua conversão ao islã) eram tradicionalmente chamados de coptas - embora este costume esteja sendo abandonado gradualmente, desde que as chamadas Igrejas TewahedoEtíope eEritreia passaram a ter seus própriospatriarcas e a ser independentes em relação à Igreja Ortodoxa Copta.
Inscrições em copta e árabe numa igreja antiga do Cairo
O número de coptas dentro do Egito vem declinando devido às altas taxas deemigração entre a comunidade e também porque, "todos os anos, milhares de coptas tornam-semuçulmanos apenas para, aparentemente, escaparem ao estatuto social inferior, ou para desposar uma mulher muçulmana, já que oAlcorão proíbe que muçulmanas se casem comjudeus oucristãos".[42] AHuman Rights Watch notou "crescenteintolerância religiosa" e violência sectária contra os cristãos coptas nos últimos anos, e a falha do governo egípcio em investigar de forma adequada e processar os responsáveis.[43][44] Centenas de coptas egípcios foram mortos em confrontos sectários de 2011 a 2017, e muitos lares e empresas foram destruídos. Em apenas uma província (Minya), 77 casos de ataques contra os coptas entre 2011 e 2016 foram documentados pelaEgyptian Initiative for Personal Rights.[45]
Acontece de mulheres e meninas coptas serem raptadas, forçadas a se converter-se ao Islão e casar com homens muçulmanos. Em 2009, o grupoChristian Solidarity International, baseado em Washington, publicou um estudo sobre os raptos e casamentos forçados e a angústia sentida pelas jovens porque o retorno ao cristianismo é contra a lei. Outras alegações de sequestro organizado de coptas, tráfico e envolvimento de policiais continuam em 2017.[46][47][48]
Em abril de 2010, um grupo bipartidário de 18 membros do Congresso dos EUA expressou preocupação ao Departamento de Tráfico de Pessoas do Departamento de Estado sobre mulheres coptas que enfrentaram "violência física e sexual, cativeiro ... exploração em servidão doméstica forçada ou exploração sexual comercial, e benefício financeiro para os indivíduos que garantem a conversão forçada da vítima. "[49]
A questão copta foi a origem do corte de relações temporário entre aUniversidade de Al Azhar, e oVaticano, após declarações públicas doPapa Bento XVI para que aliberdade religiosa fosse mais respeitada e protegida no Egito, a propósito do ataque contra uma Igreja Copta em Alexandria no Ano Novo em 2011.Ahmed al-Tayeb considerou que esta foi uma interferência inadmissível nos assuntos internos do Egito. Mais tarde, Al Tayeb avisou oNúncio Apostólico para o Egipto, Jean -Paul Gobel, que apresentar o Islã a uma luz negativa é uma"linha vermelha" que não deve ser ultrapassada.[50][51][52][53]
↑Contagens oficiais estimam o número de coptas entre 10-15% da população of the population, enquanto alguns coptas alegam valeres superiores a 23 porcento.[2]«Egypt».The World Factbook.CIA. Consultado em 27 de agosto de 2010,Khairi Abaza; Mark Nakhla (25 de outubro de 2005).«The Copts and Their Political Implications in Egypt». The Washington Institute. Consultado em 27 de agosto de 2010«?». United Copts of Great Britain. 29 de outubro de 2008. Consultado em 27 de agosto de 2010«?». العربية.نت. Consultado em 27 de agosto de 2010. Arquivado dooriginal em 3 de junho de 2010Khairi Abaza; Mark Nakhla (25 de outubro de 2005).«The Copts and Their Political Implications in Egypt». Consultado em 27 de agosto de 2010
↑Minority Rights Group International, World Directory of Minorities and Indigenous Peoples – Sudan : Copts, 2008, available at:http://www.unhcr.org/refworld/docid/49749ca6c.html [accessed 21 December 2010]
↑Kjeilen, Tore.«Coptic Church».LookLex Encyclopedia. Consultado em 30 de janeiro de 2016. Arquivado dooriginal em 4 de março de 2016
↑According to published accounts and several Coptic/US sources (including theUS-Coptic Association), the Coptic Orthodox Church has between 700,000 and one million members in the United States (c. 2005–2007).«Why CCU?». Coptic Credit Union. Consultado em 21 de junho de 2009
↑Teller, Matthew (12 de julho de 2015).«Free to pray – but don't try to convert anyone».BBC. Consultado em 12 de julho de 2015.Ten-thousand or more live in the UAE, and young, bearded priest Father Markos, 12 years in Dubai, told me his flock are "more than happy – they enjoy their life, they are free."
↑abPaulo Correia; Direção-Geral da Tradução — Comissão Europeia (Outono de 2012).«Etnónimos, uma categoria gramatical à parte?»(PDF). SítioWeb da Direção-Geral de Tradução da Comissão Europeia no portal da União Europeia.a folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias (N.º 40): 28.ISSN1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2013
↑"O povo do Egito, antes da conquista árabe do século VII, identificavam a si próprios e ao seu idioma, em grego, comoAigyptios (em árabeqibt, ocidentalizado como "copta"); quando os egitos muçulmanos cessaram, posteriormente, de se chamarem deAigyptioi, o termo tornou-se o nome específico da minoria cristã."Coptic Orthodox Church.Encyclopædia Britannica. 2007
↑[1].The Washington Post. "Estimativas sobre o tamanho da população cristã do Egito variam das estimativas baixas do governo, de 6 a 7 milhões, aos 12 milhões indicados por alguns líderes cristãos. Os números reais podem estar na faixa dos 9 a 9,5 milhões, de uma população egípcia de mais de 60 milhões." visitado em 10-10-2008