Paulo Henrique Amorim![]() | |
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Nome completo | Paulo Henrique dos Santos Amorim |
Nascimento | 22 de fevereiro de1942 Rio de Janeiro,DF |
Nacionalidade | brasileiro |
Morte | 10 de julho de2019 (77 anos) Rio de Janeiro,RJ |
Ocupação | |
Filho(s) | 1 |
Paulo Henrique dos Santos Amorim (Rio de Janeiro,22 de fevereiro de1943 — Rio de Janeiro,10 de julho de2019), também conhecido pela siglaPHA, foi umjornalista eescritorbrasileiro.[1]
Paulo Henrique Amorim atuou no ramo dejornalismo desde 1961. Escrevia para diversos jornais e revistas do país e criou o portalConversa Afiada.[2] Entre 2006 e 2019, foi apresentador doDomingo Espetacular pelaRecordTV.[3]
Paulo Henrique foisociólogo,cientista político e trabalhou comojornalista para muitas das maiores redes demídia de massa brasileiras, comoRede Manchete,Grupo Abril,Jornal do Brasil,TV Globo,Rede Bandeirantes eTV Cultura. A partir de 2003, trabalhou naTV Record. Em modo online, trabalhou paraZAZ,Terra,UOL eiG. Ele também criou um portal independente chamadoConversa Afiada, "localizado em algum lugar daWeb 2.0".
Paulo Henrique faleceu em casa, na noite do dia 10 de julho de 2019 aos 76 anos, devido a uminfarto fulminante.[4][5][6][7]
Em 1961 Paulo Henrique, iniciante na profissão de jornalista, com apenas 18 anos de idade, também conhecido comofoca no jornalA Noite,[8] foi incumbido de cobrir arenúncia do então presidente doBrasilJânio Quadros e, por consequência dessa renúncia, cobriu a mobilização chamadaCampanha da Legalidade, liderada por Brizola, das dependências doPalácio Piratini, há época governador do estado doRio Grande do Sul. Tal campanha de mobilização adiou umaTentativa de golpe de Estado no Brasil e garantiu a posse do vice de Jânio,João Goulart até ocorrer de fato o Golpe de Estado de 1964, que depôsJango da presidência do Brasil.[9]
Foi repórter e primeiro correspondente internacional daAbril Editora em Nova Iorque, iniciando na revistaRealidade e, depois darevista Veja.[10]
Passou pela emissoras de TVsManchete eGlobo, tendo aberto sucursais para esses veículos emNova Iorque,Estados Unidos, passando parte da sua vida trabalhando no exterior, onde se casou e foi pai de uma menina. Cobriu para o programaFantástico, entre 1985 e 1996, vários eventos com repercussão internacional, como: a eclosão do vírusebola naÁfrica (1975 a 1976); os distúrbios raciais (1992); a eleição e posse deBill Clinton para Presidência dos Estados Unidos da América do Norte (1993); o terremoto deLos Angeles (1994); aguerra civil de Ruanda e arebelião zapatista no México (1994).[11].
Em 1996, deixou a Rede Globo pela Rede Bandeirantes, onde passou a apresentar o telejornalJornal da Band e o programa políticoFogo Cruzado.[12] que por adotar postura independente, já produziu desentendimentos com diversos políticos ao vivo.
Em 13 de janeiro de 1999, deixou de comparecer à emissora para apresentação do telejornal e foi substituído. Segundo a imprensa, o não comparecimento foi um gesto de protesto contra a direção da emissora por implantar uma Unidade Produtora de Jornalismo, planejada com a finalidade de gerar reportagens para os noticiários da rede, padronização essa que tiraria a autonomia e o diferencial do programa "Jornal da Band". Quando a emissora decidiu demití-lo por abandono de emprego, Paulo Henrique acusou a emissora, por meio da imprensa, de vários crimes, os quais renderam-lhe cinco processos. Amorim também processou o canal por quebra de contrato, sendo reconhecido o seu direito em primeira instância, sem recurso.[13][13][14][15]
No mesmo ano, aTV Cultura o contratou, apresentando otalk-showConversa Afiada (produzido por sua empresaPHA Produções),[16] que chegou ser exibido também pelaTVE Brasil e naTV NBR. O programa durou até o final de 2002, quando terminou o contrato.
Em 2003, foi contratado pela Rede Record, onde apresentou o telejornal noturnoJornal da Record 2ª Edição (extinto em 2007) e oEdição de Notícias. De 2004 até o final de janeiro de 2006, passou a apresentar arevista eletrônica exibida no final de tardeTudo a Ver, comJanine Borba e posteriormente comPatrícia Maldonado. Em fevereiro de2006, passou a apresentar o programaDomingo Espetacular, comFabiana Scaranzi,Janine Borba eAdriana Araújo na mesma rede de televisão.[17]
Amorim ficou no comando da revista eletrônica até 23 de junho de 2019, quando foi afastado do comando da atração.[18].
PHA trabalhou no WebTV, do extinto ZAZ[11] e em 2000 inaugurou o UOL News noUOL[19]
Em agosto de 2006, foi contratado pelo portaliG, para ser blogueiro doConversa Afiada, mesmo molde que tinha na época da TV Cultura, mas em versão on-line, em cuja página principal tinha um quadro de destaque permanente. Diversos políticos e jornalistas (entre eles,Mino Carta eJosé Dirceu), tinham estreado os seus blogs na época. No entanto, ficou pouco mais de um ano meio, sendo demitido em 2008. Amorim relançou o blogConversa Afiada no mesmo dia precariamente, apenas em um link provisório, posteriormente mudado para um definitivo, e afirmou que o contrato havia sido encerrado devido às críticas que fez ao suspeito processo de fusão daBrasil Telecom e aOi, formando aBr Oi, segundo o qual o jornalista afirmava que várias personalidades políticas se beneficiaram ilicitamente no processo, sob tolerância pelo Governo Federal. Contratou o advogado Marcos Bitelli para entrar na Justiça contra o site a fim de obter mandado de segurança, almejando recuperar todos os arquivos eposts publicados.[20] Ele previu também acrise político-econômica no Brasil de 2014 a 2018.[21]
Em 31 de maio de 2011, a 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a sentença de primeira instância que condenava Amorim a pagar R$30 mil a título de indenização aAli Kamel. Na sentença de primeiro grau, o então juiz Ledir Dias de Araújo ressaltou que as críticas jornalísticas são sustentáveis e estimulam as pessoas a formarem suas opiniões, mas não podem imputar crime de forma aleatória ou falsa a alguém. “Ficou comprovado abuso cometido pelo réu ao expor sua opinião sobre a pessoa do autor, relacioná-la à autoria deste livro e também de forma extremamente ofensiva, o que acarreta o dever de indenizar.”. Para o juiz, não há dúvida de que houve ofensa “em dois aspectos, ou seja, atinge a sua honra subjetiva, a dor íntima sofrida por tais colocações e ainda atinge a honra objetiva, o rescaldo do fato do meio social em que vivem e na família".[22][23]
Em 14 de setembro de 2011, Amorim foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro a indenizar R$100 mil por danos morais e acusação sem provas ao advogado Nélio Machado. O blogueiro publicou em 2008, que o motivo pelo qual o advogado libertou duas vezesDaniel Dantas da prisão é que ele era "carioca muito esperto", se reuniu com assessores do ministro doSTFGilmar Mendes para suborná-los, após conhecê-los. Dantas foi libertado da custódia. A reunião nunca ocorreu.[24]
Em 23 de janeiro de 2012, foi proferida sentença assinada pelo juiz Daniel Luiz Maia Santos, da 4ª Vara Cível de São Paulo, que condenou, em 9 de janeiro, Amorim a pagar R$30 mil a Paulo Souza, por chamá-lo no blog de "Paulo afrodescendente", e divulgar o endereço onde morava. Na ação, o juiz rejeitou o envolvimento de Paulo Preto no recebimento de jóias roubadas (que haviam sido publicadas no jornal ABC Diário dias antes), por chamar seu nome para aOperação Castelo de Areia no caso doRodoanel. Porém, o juiz condenou o jornalista por divulgar o endereço (violação de privacidade) e considerou o apelido inventado pelo jornalista como “atitude discriminatória” (racista) e determinou o pagamento de indenização.[25][26]
Em 24 de fevereiro de 2012, foi condenado a indenizarHeraldo Pereira.[27] Pelo acordo, assinado e reconhecido pelas partes envolvidas, Paulo Henrique Amorim se comprometeu a doar R$30 mil para uma instituição de caridade indicada por Heraldo Pereira.[28] bem como publicar três notas de retratações nos jornaisO Estado de S. Paulo,Correio Braziliense e blog Conversa Afiada, inclusive removendo todas as ofensas do blog.
Em 27 de maio de 2013, Amorim foi condenado pela 18ª Vara Cível de Brasília a indenizar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, por publicações ofensivas em seu blog. Ao todo, o blogueiro foi condenado a pagar R$100 mil, que foram doados à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Diamantino (MT), cidade natal do ministro.
Em outro processo de Heraldo Pereira, em 20 de junho de 2013, Paulo Henrique Amorim foi condenado por difamação contra Heraldo, cuja pena de 1 ano e 8 meses foi convertida em restrição de direitos.[29]
No dia 28 de agosto de 2015, Paulo Henrique Amorim foi condenado novamente a indenizar o diretor de notícias da TV Globo, Ali Kamel. A juíza Lindalva Soares Silva, da 44ª Vara Cível do Rio de Janeiro, fixou em R$20 mil o valor a ser pago pelo blogueiro por danos sofridos em entrevista ao Sindicato dos Jornalistas do Estado. Segundo o juiz, “numa sociedade civilizada, um jornalista precisa administrar com precisão e equilíbrio o que diz, porque essa é a matéria-prima do seu trabalho”. A liberdade de expressão continua a julgar, “não podem romper com os padrões de convivência civilizada, de respeito mútuo, podem gerar situações de constrangimento através de palavras desproporcionais, ainda que atreladas à crítica”.
Ano | Título | Cargo | Emissora |
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1983–84 | Jornal da Manchete | Correspondente | Rede Manchete |
1985–96 | Fantástico | TV Globo | |
1996–99 | Jornal da Band | Apresentador | Rede Bandeirantes |
1996–99 | Fogo Cruzado | ||
1999–02 | Conversa Afiada | TV Cultura | |
2003–04 | Jornal da Record 2ª Edição | Record | |
2004–06 | Tudo a Ver | ||
2004–05 | Edição de Notícias | ||
2006–19 | Domingo Espetacular |
Paulo Henrique Amorim era um forte crítico da imprensa, e um dos criadores da siglaPiG,[33] comportamento este que já levou a ser condenado porinjúria edifamação por profissionais da imprensa.[34][35] Um dos seus maiores alvos na imprensa era aRede Globo.[10][36][37] Em 2015, lançou o livro "O Quarto Poder– Uma Outra História".[38]
PHA também era um crítico daOperação Lava Jato.[36] Em março de 2016, num vídeo que publicou noYouTube, PHA acusou aPolícia Federal do Brasil de atuar de forma "golpista", "irresponsável", "subversiva" e "criminosa”, sugerindo que a então presidenteDilma Rousseff demitisse todos os servidores do órgão, “do diretor-geral ao contínuo que serve cafezinho”.[39]
Paulo Henrique Amorim foi condenado a indenizar porinjúria edifamação diversas pessoas. Algumas delas são:
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