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Ascompanhias majestáticas, também chamadascompanhias privilegiadas[1] oucompanhias de carta (doinglêschartered company),[2][3] eram companhias privadas portadoras de carta deconcessão de um governo que lhes conferia o direito a certos privilégios comerciais. Nascolônias administradas por concessão, opoder público não se exercia diretamente por meio dos orgãos doEstado soberano, mas é confiado pelo Estado a sociedades comerciais que o exercem sob fiscalização do governo.[4]
Essas companhias se desenvolveram naEuropa no início das grandes conquistascoloniais. Geralmente criadas por um grupo de investidores privados, elas tinham ummonopólio de exploração e colonização dos territórios coloniais em nome do governo concedente, e direito aos lucros advindos dessas atividades. Os governos europeus formaram ou encorajaram a criação dessas companhias nacionais para concorrer com as empresas de nações rivais.
Importantes companhias majestáticas foram as companhiasneerlandesas dasÍndias Orientais e dasÍndias Ocidentais. A primeira controlou a colónia dasÍndias Orientais Neerlandesas, actualIndonésia, e a maior parte do comércio entre aquela região e a Europa. A segunda foi a principal rival dafrancesaCompagnie des Îles de l'Amérique e dosbritânicos, que disputavam o domínio daAmérica.
ComoPortugal tinha sido obrigado a proscrever ocomércio deescravos em1842 (apesar de fechar os olhos ao comércio clandestino) nas suas colónias e não tinha condições para administrar todo o seu território ultramarino, deu a algumas companhias poderes para instituir e cobrarimpostos. EmMoçambique, em finais doséculo XIX, Portugal concedeu grandes fatias de terra a empresas privadas, como aCompanhia de Moçambique e aCompanhia do Niassa.
Nessa altura, foi introduzido o "imposto de palhota", ou seja, a obrigatoriedade de cadafamília pagar um imposto emdinheiro; como a população nativa não estava habituada às trocas por dinheiro, para além de trabalhar para a própria sobrevivência, era submetida aotrabalho forçado (chamado de "chibalo" em Moçambique) na construção de estradas ou naagricultura, nas plantações dealgodão outabaco, que eram produtos comercializados por aquelas companhias.