AColônia de Roanoke naIlha de Roanoke noCondado de Dare na atualCarolina do Norte foi um empreendimento financiado e organizado por SirWalter Raleigh em fins doséculo XVI para estabelecer um assentamentoinglês permanente naColônia da Virgínia. Entre1585 e1587, grupos de colonos foram deixados ali com este intuito, todos os quais ou abandonaram a colônia ou desapareceram. O último grupo desapareceu após um período de três anos passado sem suprimentos vindos daInglaterra, o que levou ao surgimento de um mistério que perdura até os dias de hoje, conhecido como "The Lost Colony" ("A Colônia Perdida"). A principal hipótese é que os colonos foram absorvidos por uma das populações indígenas locais, embora também possam ter sido massacrados, pelosespanhóis ou pelosíndios powhatan.
Raleigh recebe uma concessão para colonizar a Virgínia
Raleigh e Elizabeth pretendiam que o empreendimento provisse riquezas doNovo Mundo e uma base a partir da qual seriam enviadoscorsários para inteceptar os navios carregados de tesouros da frotaespanhola.
Em1584, Raleigh despachou uma expedição para explorar a costa oriental da América do Norte em busca de um sítio apropriado. A expedição foi liderada por Phillip Amadas e Arthur Barlowe, os quais escolheram osOuter Banks da modernaCarolina do Norte como ponto ideal a partir do qual poderiam atacar os espanhóis, que possuíam assentamentos ao sul, e continuar a fazer contatos com osíndios americanos, a tribocroatana dospamlicos.
Na primavera seguinte, uma expedição colonizadora composta unicamente por homens, muitos dos quais soldados veteranos que haviam lutado para estabelecer o domínio inglês naIrlanda, foi enviada para fundar a colônia. O líder desta tentativa de assentamento, SirRichard Grenville, ficou encarregado de avançar a exploração da área, estabelecer a colônia e voltar à Inglaterra com notícias sobre o sucesso do empreendimento. O estabelecimento da colônia foi inicialmente postergado, talvez porque a maior parte dos suprimentos alimentícios dos colonos tenham sido arruinados quando a nau-capitâniaTyger encalhou numbaixio na chegada aos Outer Banks. Após uma exploração inicial da costa continental e de uma recepção cordial por parte das populações indígenas ali assentadas, os nativos da aldeia de Aquascogoc foram acusados de roubar uma xícara de prata. Numa retaliação despropositada, Grenville ordenou então que a aldeia fosse incendiada.[1]
Apesar deste grave incidente e da falta de comida, em agosto de1585, Grenville decidiu deixarRalph Lane e 107 homens para fundar a colônia inglesa no norte da ilha de Roanoke, onde umforte havia sido construído. Prometeu retornar em abril de1586, com mais homens e suprimentos.
Todavia, em abril de 1586, Grenville ainda não havia voltado e a atitude beligerante dos colonos (que faziam reféns e roubavam a comida dos índios) já havia despertado grande hostilidade entre as tribos vizinhas. Rumores davam conta de que Wingina,cacique da tribo de Roanoke, planejava atacar os colonos antes que estes roubassem seus suprimentos; ao tomar conhecimento disto, Lane resolveu agir primeiro. Foi até a aldeia de Dasamonquepeuc com seus homens, pretensamente para discutir uma reclamação e, lá dentro, atacaram os índios a traição, decapitaram Wingina e puseram fogo à aldeia.[1]
Em junho, todavia, os colonos receberam a visita da frota deSir Francis Drake, que havia feito uma pausa para descanso após uma bem-sucedida incursão às bases espanholas noCaribe eFlórida. Drake ofereceu um barco, oFrancis, e um mês de suprimentos para que os colonos retornassem à Inglaterra. Lane não parecia muito propenso a partir e, a princípio cogitou em mandar de volta somente os doentes. Todavia, uma grande tempestade (talvez umfuracão) atrapalhou os planos de Drake e dos colonos, dispersando a frota e fazendo com que oFrancis fosse arrastado para alto-mar. Drake, então, ofereceu um segundo navio, oBonner, grande demais para navegar pelaenseada, e Lane então decidiu que era hora de partir. Assim, em18 de junho de1586, terminou de forma confusa a primeira tentativa de colonização.[1]
Três homens foram deixados para trás e se tornaram os primeiros "colonos perdidos". Quando Grenville finalmente chegou, duas semanas mais tarde, com suprimentos e 400 homens, a colônia foi encontrada deserta. Grenville decidiu não deixar um grande contingente, e destacou apenas quinze homens para garantir a presença inglesa na região e proteger os direitos de Raleigh sobre aVirgínia.[1]
Mapa desenhado por John White, mostrando a costa da Virgínia junto aos Outer Banks, com os territórios nativos de Secotan e Weapemeoc no continente, e a comunidade de Roanoake, numa ilha na foz de um rio (c.1590).
Em 1587, Raleigh decidiu enviar outro grupo de colonizadores. Desta vez, seus planos eram muito mais ambiciosos e ele pretendia fundar não mais uma colônia, mas uma cidade: aCittie of Ralegh, oficialmente constituída em7 de janeiro de1587. Em número de 115, incluindo 16 mulheres e 9 meninos, os novos colonos eram pessoas que haviam investido no projeto ou que haviam se vinculado ao mesmo com suas famílias, em troca de 500acres de terra e participação na administração da colônia.[2]
Liderados porJohn White, um artista e amigo de Raleigh que havia acompanhado as expedições anteriores à Roanoke, o novo grupo tinha por incumbência substituir os quinze homens deixados por Grenville no ano anterior, e encontrar um local de assentamento mais ao norte, nabaía de Chesapeake, onde navios de grande porte pudessem atracar. A bordo doLyon, embarcação de quase 120toneladas de capacidade e acompanhados por umapinaça e um barco rápido, o grupo deixou a Inglaterra em8 de maio de1587. O barco rápido desapareceu numa tempestade, ao largo da costa dePortugal. Em16 de julho, avistaram o continente (mas fora da localização correta, por erro do piloto da frota) e em22 de julho, finalmente chegaram a Roanoke.[2]
Ao desembarcar da pinaça na ilha de Roanoke, acompanhado por 40 homens, John White esperava fazer contato com os quinze homens de Grenville e depois velejar para o norte em busca de um bom local para estabelecer aCittie of Ralegh. Todavia, depararam-se com o forte devastado e nenhum sinal de seus habitantes, exceto o esqueleto de um deles. Pouco tempo depois, o barco rápido desaparecido na costa de Portugal chegou à ilha.[2]
Cerca de uma semana após a chegada dos ingleses, um dos colonos, George Howe, foi morto numa emboscada enquanto pescava. Foi então organizada uma patrulha de vinte homens, chefiados por Edward Stafford e acompanhada do índio croatanoManteo,intérprete do grupo. O grupo dirigiu-se para ailha Croatoan, lar de Manteo, em busca de pistas sobre os culpados pelo crime. Ali, os croatanos informaram à Stafford que Howe havia sido morto por membros da tribo de Wingina. Como represália, Stafford e doze dos seus homens atacaram a aldeia de Dasamonquepeuc. Só tardiamente tomaram ciência de que os roanokes haviam fugido após o assassinato, temendo a reação dos ingleses, e que os croatanos haviam ocupado a aldeia, para colher omilho abandonado pelos fugitivos.[2]
Curiosamente, o índio Manteo culpou o próprio povo por não ter alertado os ingleses para esse possível mal-entendido, e, por sua lealdade, em13 de agosto de1587 ele tornou-se simultaneamente o primeiro ameríndiobatizado peloprotestantismo, e também a primeira pessoa a receber umtítulo de nobreza inglês noNovo Mundo, tendo sido nomeado por Sir Walter Raleigh comoLorde de Roanoke e de Dasamonquepeuc. Em18 de agosto de1587, outro acontecimento trouxe alegria à colônia: o nascimento da primeira criança de pais ingleses no Novo Mundo,Virginia Dare, filha de Elinor White Dare e neta de John White. Tempos depois, Margery Harvey deu à luz uma outra criança, cujo nome e sexo não foram preservados.[2]
Em22 de agosto, um mês depois da chegada, tornou-se claro que a colônia, para subsistir, precisaria de mais suprimentos com urgência. Alguém teria de voltar à Inglaterra para providenciar isso, e, após um pedido por escrito assinado em peso pelos colonos, John White teve de assumir a empreitada. Antes de partir, porém, combinou com os colonos que, caso estes necessitassem abandonar o forte em virtude de um ataque, deveriam gravar o destino planejado e umacruz-de-malta numa árvore, para orientar um eventual grupo de resgate. Finalmente, em25 de agosto, ele zarpou de volta para casa.[2]
Cruzar oAtlântico em época tão avançada do ano era um risco considerável, conforme exposto pelo piloto Simon Fernandez. Além disso, quando a frota chegou aosAçores, dos quinze marujos do barco rápido, apenas cinco estavam em condições de trabalhar. A bordo doLyon, para desespero de White, o piloto Fernandez também parecia não ter a menor pressa de chegar à Inglaterra, preferindo passar algum tempo procurando navios espanhóis para saquear. Apesar das péssimas condições de navegação, White preferiu arriscar-se e seguir com o barco rápido, o qual somente em meados de outubro chegou às costas daIrlanda.[2]
Mesmo após chegar à Inglaterra, as provações de White não terminaram. A ameaça daInvencível Armada deFilipe II de Espanha inviabilizou o envio imediato de uma frota de resgate. Embora White houvesse conseguido seis barcos pequenos, apenas após uma longa espera de quatro meses as duas embarcações menores, abarcaBrave de 30 toneladas e apinaçaRoe, de 25, foram consideradas inadequadas para o plano de defesa da Inglaterra e liberadas para partir. Todavia, oBrave envolveu-se em combate contra navios franceses maiores e foi obrigado a retornar ao porto de origem. Pouco depois, oRoe tomou o mesmo rumo.[2]
A batalha contra a Invencível Armada foi fatal para a ideia de um retorno rápido à Roanoke. Apenas em15 de agosto de1590, três anos após sua partida, White pisou novamente nos Outer Banks. No dia seguinte, os ingleses avistaram uma coluna de fumaça saindo da ilha, e supuseram que se tratava de um sinal feito pelos colonos. Todavia, não foi encontrado nenhum vestígio deles ao longo da costa. Em18 de agosto, aniversário de Virginia Dare, os ingleses chegaram ao sítio da colônia. Num dos troncos dapaliçada que cercava o forte, havia sido gravada a palavraCROATOAN, eCRO, numa árvore próxima, mas sem a cruz-de-malta que indicaria um ataque inimigo. No interior da paliçada, as casas haviam sido derrubadas e havia uma grande quantidade de implementos metálicos espalhados pelo chão, já cobertos pelo mato.[3]
White pretendia velejar até a ilha Croatoan para verificar se os colonos realmente estavam lá, mas problemas com as embarcações e a ameaça de uma grande tempestade inviabilizaram seu propósito. No dia seguinte, a frota levantou âncora de volta à Inglaterra. White jamais retornou à Roanoke.[4]
O fim da colônia de1587 permanece um mistério, e existem várias hipóteses sobre o destino dos colonos. A principal delas é que eles se dispersaram e foram absorvidos ou pelos índios da região, croatanos ou hatteras, ou por algum outropovo algonquino; teoricamente, isto ainda poderia ser comprovado através de análises deDNA.
O mapa registra a presença de "4 men clothed that came from roonock" (sic) por volta de 1608.
Em "The Lost Colony in Fact and Legend" de F. Roy Johnson, o co-autor Thomas C. Parramore escreveu:
“
...A evidência de que alguns dos Colonos Perdidos ainda estavam vivos por volta de1610 em territórioTuscarora é convincente. Um mapa do interior da região do que agora é aCarolina do Norte, desenhado em1608 porFrancis Nelson, residente em Jamestown, é o testemunho mais eloquente neste respeito. Este documento, o assim chamado "Mapa Zuniga",[5] informa que "4 homens vestidos com roupas que vieram de roonock" ainda estavam vivos na cidade de Pakeriukinick, evidentemente um sítioiroquês noNeuse." Também diz que, "...Por volta de1609 havia rumores emLondres sobre ingleses de Roanoke vivendo sob o comando de um chefe denominado "Gepanocan" e aparentemente em Pakerikinick. Foi dito que Gepanocan mantinha quatro homens, dois garotos e, "uma jovem donzela" (Virginia Dare?) de Roanoke como artesãos..."
”
Em10 de fevereiro de1885, o deputado estadual Hamilton McMillan obteve a aprovação do "Croatan bill", o qual oficialmente designava a população indígena em torno doCondado de Robeson como croatana. Dois dias depois, em12 de fevereiro de 1885, oFayetteville Observer publicou um artigo[6] a respeito das origens dos índios do condado. O artigo diz declara:
“
...…"Eles dizem que suas tradições dizem que o povo que chamamos de índios croatanos (embora eles não reconheçam este nome como o de sua tribo, mas somente de uma aldeia, e que eles eramTuscaroras), sempre foram amigos dos brancos; e encontrando-os empobrecidos e desesperados por jamais terem recebido ajuda daInglaterra, persuadiram-nos a abandonar ailha, e rumar para o continente. …Eles gradualmente perderam contato com o assentamento original e finalmente fixaram-se em Robeson, quase no centro do condado..."
Um lenda similar afirma que os nativos doCondado de Person,Carolina do Norte, são descendentes dos colonos ingleses da ilha de Roanoke. Com efeito, quando este índios foram contatados por colonos subsequentes, observaram que os nativos quase falavaminglês e professavam a religiãocristã. O grupo também tinha recordações dos bebês nascidos na ilha de Roanoke e muitos exibiam características físicas dosbrancoseuropeus mescladas com características dosameríndios. Outros deram um desconto nessas coincidências e classificaram os habitantes do Condado de Person como um ramo da tribosaponi.
Outros teorizam que a colônia mudou-se em peso e foi destruída posteriormente. Quando o capitãoJohn Smith e os colonos deJamestown chegaram àVirgínia em1607, uma das tarefas que lhes haviam sido atribuídas era descobrir o paradeiro dos colonos de Roanoke. Os nativos contaram ao capitão Smith que havia pessoas num raio de cinquenta milhas de Jamestown, que se vestiam e viviam como osingleses.
O caciqueWahunsunacock (mais conhecido comoChefe Powhatan) também falou ao capitão Smith sobre aConfederação Powhatan daPenínsula da Virgínia, e de como esta havia dizimado os colonos de Roanoke pouco antes da chegada dos colonos de Jamestown, porque os ingleses estavam vivendo com oschesepianos, uma tribo que vivia na parte oriental da moderna sub-região deSouth Hampton Roads e que se recusou a juntar-se à Confederação. Evidências arqueológicas encontradas emGreat Neck Point na modernaVirginia Beach, no sítio onde se ergueu a aldeia dos chesepianos, sugerem que essa tribo estava relacionada com ospamlicos, em vez dos powhatans.
O Chefe Powhatan alegadamente apresentou vários implementos de ferro ingleses para corroborar sua assertiva. Não foram encontrados corpos, embora houvesse relatos sobre um outeiro funerário indígena na área deSewell's Point emPine Beach, atual região deNorfolk, onde a principal aldeia dos chesepianos, Skioak, pode ter estado localizada.
A hipótese tem sido questionada porque, de acordo com aThe Historie of Travaile into Virginia Britanica (1612) deWilliam Strachey, os chesepianos foram eliminados porque ospajés dos powhatan os alertaram que "daBaía de Chesapeake uma nação se levantará, a qual dissolverá e porá fim ao seu império". Strachey, que chegou naColônia da Virgínia em maio de1610 com aThird Supply, estava cônscio do mistério dos colonos de Roanoke, mas não fez nenhuma menção a eles no conjunto de seus escritos sobre o destino dos chesepianos nas mãos dos powhatans.
Outros ainda especularam que os colonos simplesmente desistiram de esperar e tentaram retornar àInglaterra por conta própria, perecendo na tentativa. Quando o governador White partiu em1587, deixou umapinaça com os colonos e vários barcos pequenos para exploração da costa e mudança da colônia para o continente.
Existe quem teorize que osespanhóis destruíram a colônia. Anteriormente noséculo XVI, os espanhóis destruíram as evidências da colôniafrancesa emFort Charles naCarolina do Sul meridional e depois massacraram os residentes deFort Caroline, outra colônia francesa localizada próxima da modernaJacksonville,Flórida. Isto, todavia, é improvável, visto que por volta de1600, os espanhóis ainda estavam procurando a localização da mal-sucedida colônia inglesa, dez anos depois de White ter descoberto que os colonos haviam desaparecido.[7][8][9]
Os pesquisadores concluíram que os colonizadores da colônia perdida desembarcaram nailha de Roanoke no verão do pior período deseca em 800 anos. "Esta seca persistiu por três anos, de1587 à1589, e é o mais seco intervalo de três anos em toda a reconstituição dos últimos 800 anos", declarou a equipe ao periódicoScience. Um mapa mostra que "a seca na colônia perdida afetou todo osudeste dos Estados Unidos mas foi particularmente grave na região de Tidewater próxima de Roanoke". Os autores sugeriram que oscroatanos que foram mortos a tiros pelos colonos podem ter saqueado a vila abandonada em busca de comida, como consequência da seca. A dramática redução nas fontes de alimentos pode ter ainda forçado os colonos a abandonar Roanoke e tentar a sorte no continente.[10][11][12]
Em1998, aEast Carolina University organizou o "The Croatoan Project", uma investigação arqueológica dos eventos de Roanoke. A equipe de escavação enviada à ilha descobriu um anel desinete inglês doséculo XVI, em ouro de 10quilates (42% de pureza), ummosquete depederneira e doisfarthings de cobre também do século XVI no antigo sítio da capital de Croatoan, 80 km de distância da antiga colônia de Roanoke. Genealogistas foram capazes de relacionar o leão coroado do sinete à cota de armas dos Kendall e concluíram que o anel muito provavelmente pertenceu a um certo "Mestre" Kendall que é lembrado como tendo vivido na colônia deRalph Lane na ilha de Roanoke, entre1585 e1586. Se esse for o caso, o anel representa a primeira conexão material entre os colonos de Roanoke e os nativos da ilha Hatteras.[13][14][15]
Desde 2005, uma nova tentativa está em curso através doLost Colony Center for Science and Research, para usar testes deDNA para provar ou desmentir a afirmação de que alguns sobreviventes da Colônia Perdida foram assimilados pelas tribos indígenas locais, seja através de adoção ou de escravização. Uma grande porcentagem de sobrenomes dos colonos desaparecidos existem entre membros destas tribos. Além disso, foram descobertas escrituras e testamentos que dão suporte à essa teoria. OLost Colony DNA Project tentará localizar e testar tantos descendentes potenciais quanto possível. Também se pretendem fazer testes em alguns restos humanos antigos.
Vários livros de ficção, particularmente deficção científica, foram escritos sobre o destino da Colônia Perdida. Entre eles:
Dare (Philip José Farmer, 1965): Virginia e os outros colonos de Roanoke são abduzidos poralienígenas e levados para um planeta a 200anos-luz da Terra, denominado Dare. Publicado naColecção Argonauta comoDare, a colónia perdida.
Virginia,ISBN 978-1-4116-6763-1 (Henrik Moller, 2005): um velho computador (que revela-se uma espécie demáquina do tempo) transporta Virgínia Dare de Roanoke para o sótão da casa do jovem Evan, em 2002. Com a ajuda da família, Evan tentará descobrir o que aconteceu com a Colônia Perdida e devolver a menina à sua época.
No filmeMistério da Rua 7, todas as pessoas desaparecem misteriosamente e é possível ver, na rua, "Croatoan" escrito numa ponte, uma referencia ao desaparecimento da Colônia de Roanoke.
No filmeA Tempestade do Século, há uma representação considerável sobre a lenda de Croatoan.
O episódioCroatoan[16] dasérie de televisãoSupernatural, contou a história de uma cidade onde um vírus demoníaco infestava os habitantes e os transformava em "zumbis" com personalidade selvagem. A infecção dava-se através do contato com sangue infectado. Após a noite de terror, a população infectada desapareceu, porém o sangue contaminado que estava no hospital local, ficou misteriosamente limpo da infecção. Assim, no enredo do episódio, o sumiço da população também se torna um mistério para os irmãos, porém, ao final do mesmo, fica-se claro que o ataque do vírus foi um teste deAzazel (Demônio do olho amarelo), para ver se Sam era imune a tudo, já que o irmão Winchester é infectado, porém a doença não se manifesta.Croatoan é a mesma palavra encontrada nas árvores da colônia de Roanoke. O personagem deJared Padalecki, Sam Winchester, conta ao irmão Dean Winchester, personagem deJensen Ackles, a história da colônia de Roanoke, dando várias suposições sobre o sumiço da colônia, entre elas, um ataque demoníaco.
No décimo primeiro episódio da primeira temporada dasérie de televisãoAmerican Horror Story,Birth, a médium Billie Dean, personagem deSarah Paulson ao explicar sobre as forças sobrenaturais que aprisionam um espírito dentro de um espaço cita a Colônia de Roanoke, segundo ela, todos os 117 homens, mulheres e crianças morreram misteriosamente e desde então a colônia se tornou conhecida como a Colônia Fantasma, assim, esses espíritos matavam sem pudor as tribos que ali resolviam habitar. Um ancião de uma das tribos decidiu que precisava expulsar esses espíritos, então coletou um talismã de cada um dos espíritos, queimou e invocou os espíritos e antes que estes pudessem fazer mal o ancião completou a maldição, que expulsaria os espíritos dali para sempre, usando a palavraCroatoan, a mesma encontrada em um poste da colônia.
Também emAmerican Horror Story, virou o tema da 6º temporada da série, intitulado de AHS6, ouAmerican Horror Story: Roanoke da FX. Estreou em 14 de setembro de 2016 nos Estados Unidos, pela primeira vez em sua história, a série estreou fora de outubro. O último episódio está previsto para ir ao ar em 16 de novembro de 2016. Detalhes sobre o enredo e elenco da temporada foram mantidos em segredo, uma abordagem de publicidade incomum para a série. O que se sabia sobre o tema da temporada é que ele giraria em torno das crianças, e nas palavras do cocriador Ryan Murphy será "mais escura", em contraste com a temporada anterior, Hotel. Após a divulgação de fotos tiradas em Santa Clarita, foi amplamente especulado que a temporada incorporaria o estranho desaparecimento da Colônia de Roanoke em 1590.
Na série televisiva Sleepy Hollow há, no quinto episódio da primeira temporada, um garoto que é levado por uma menina desconhecida a correr por uma floresta, desta forma, este garoto que estava na colônia de Roanoke vai parar na cidade de Sleepy Hollow no ano de 2013. Este garoto está infectado com uma praga demoníaca, a qual começa a ser passada para outros habitantes de Sleepy Hollow. Ichabod Crane percebe que o garoto não é deste tempo e sim de um passado distante e descoberto isso, ele percebe que este garoto pode ter vindo da lendária Colônia de Roanoke, o que se confirma durante o episódio. Ao final do episódio revela-se que na verdade todos os colonos já estavam mortos e não perdidos como se imaginava.
Hariot, Thomas, John White and John Lawson (1999).A Vocabulary of Roanoke. Evolution Publishing: Merchantville, NJ.ISBN1-889758-81-7 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link) Este volume contém praticamente tudo sobre a língua croatana falada na ilha de Roanoke.
Milton, Giles (2000).Big Chief Elizabeth. Farrar, Straus and Giroux:Nova York.ISBN0-374-26501-1 Relato aclamado pela crítica, baseado em narrativas de viagem contemporâneas, entre 1497-1611, das tentativas de estabelecer uma colônia na região de Roanoke.