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Colégio Pedro II

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Colégio Pedro II
CPII
Emblema do Colégio Pedro II
Informação
LocalizaçãoRio de Janeiro,Niterói eDuque de Caxias, Brasil
Campo de São Cristóvão, 177
Coordenadas22° 54′ 06″ S, 43° 11′ 06″ O
Tipo de instituiçãopública federal
Fundação2 de dezembro de1837 (187 anos)
Patrono(a)Pedro II do Brasil
Orçamento anual656 880 000,00(2018)[1]
Cursos oferecidoseducação infantil,ensino fundamental,ensino médio, iniciação científica, graduação, pós-graduação, técnico[2]
MantenedoraGoverno federal
AfiliaçõesEscola associada à UNESCO
Classificação
noEnem (2015)
(com 100% de participação)
653,49 pontos
Diretor(a)Ana Paula Giraux
Funcionários2 393(2017)[3]
Número de estudantes12 493(2017)[4]
Unidades14
Página oficial
cp2.g12.br

OColégio Pedro II é uma instituição deensino público federal localizada no estado brasileiro doRio de Janeiro. Faz parte da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, vinculada à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação. É o terceiro mais antigo colégio em atividade no país, depois doGinásio Pernambucano e doAtheneu Norte-Riograndense. A escola foi criada em homenagem ao seupatrono, oImperadorD. Pedro II.

Fundado durante aregência do Marquês de Olinda,Pedro de Araújo Lima, integrava um projeto civilizatório mais amplo doImpério do Brasil, do qual faziam parte a fundação doInstituto Histórico e Geográfico Brasileiro e oArquivo Público do Império, seus contemporâneos.[5] No plano daeducação, uma parcela significativa dos autores entende que o colégio pretendia formar uma elite nacional. Outros, porém, apontam para limitações desta visão, sugerindo outras motivações para a criação do Colégio, principalmente ao destacar que a transformação do Seminário de São Joaquim em Colégio de Pedro II seria baseada na ideia daReforma da Constituição em1834, de construir um modelo, já que asprovíncias conseguiam estabelecer seu sistema de ensino local.

O Colégio priorizava a educação e a formação de umaelite local, buscando preencher os quadros das lideranças do país, com um currículo que servia a estes interesses, como ocorria em alguns estabelecimentos de ensino daEuropa.

Conta com 12campi noRio de Janeiro, nos bairros doCentro,São Cristóvão (3 unidades),Humaitá (2 unidades),Tijuca (2 unidades),Engenho Novo (2 unidades) eRealengo (2 unidades). Também possui umcampus emNiterói e outro emDuque de Caxias.

História

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O período Imperial

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O Colégio Pedro II foi fundado durante a regência dePedro de Araújo Lima, Marquês de Olinda.

A instituição foi fundada em decorrência da reorganização do antigoSeminário de São Joaquim, conforme projeto apresentado à regência doMarquês de Olinda pelo então ministrodos Negócios eda Justiça,Bernardo Pereira de Vasconcelos. Inaugurado em1837, na data de aniversário doImperador,2 de dezembro, foi denominadoImperial Collegio de Pedro II. O ato foi oficializado por decreto regencial a 20 de dezembro, e as aulas se iniciaram em março do ano seguinte.

As suas instalações sediavam-se na antiga rua Larga (atualavenida Marechal Floriano),[6] no centro histórico da cidade do Rio de Janeiro, cujas salas de aula funcionam até aos nossos dias.

A maioria dos alunos pertencia à elite econômica e política do país, posteriormente foram aceitos estudantes destituídos de recursos. O Colégio deveria:

Colégio Pedro II, campus Centro à avenida Marechal Floriano, na atualidade
(...) atender tanto aos filhos das elites quanto aos destituídos (...), preparando os alunos para ocomércio, aindústria e aadministração pública.

—  Lúcia Bastos Pereira das Neves

Os alunos do Imperial Colégio saíam com odiploma deBacharel emLetras, aptos a ingressar nos cursos superiores. Conforme decreto de1843, o Colégio era o único a conferir este título a seus formandos, o que lhes garantia o privilégio do acesso direto aos cursos superiores sem a prestação dos exames das matérias preparatórias.[7]

A partir de1857, a instituição dividiu-se em internato e externato, sendo a primeira modalidade instalada naTijuca no ano seguinte, onde permaneceu até1888, quando as suas dependências foram transferidas para o campo deSão Cristóvão.

Período Republicano

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Com aProclamação da República, em 1889, o nome da instituição foi alterado paraInstituto Nacional de Instrução Secundária e, logo em seguida, paraGinásio Nacional. Em 1911, reassumiu a sua primitiva designação.

Em1937, o presidenteGetúlio Vargas outorgou a lei nº 574 de 9 de novembro, do mesmo ano, que estabelece no 2º artigo o grau de bacharel em ciências e letras para os alunos que houverem terminado o último ano do ensino médio do Colégio.[8]

Até àdécada de 1950, era considerado como "Colégio padrão do Brasil", uma vez que o seu programa de ensino era referência de qualidade e modelo dos programas dos colégios da rede privada, que solicitavam aoMinistério da Educação o reconhecimento de seus próprios certificados, justificando a semelhança de seus currículos com os do Colégio.

Devido ao grande número de inscritos para seu concurso de acesso, significando um aumento crescente na sua demanda, a instituição necessitou ampliar o número de vagas para matrículas. Foram inauguradas por esta razão asSeções Norte eSul (1952) e aSeção Tijuca (1957).

O Colégio na atualidade

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A partir de1979, as antigas seções passaram a ser denominadasUnidades Escolares (U.E.) tendo, como complemento, o nome do bairro onde estavam instaladas:U.E. Centro (a pioneira),U.E. São Cristóvão (o internato),U.E. Engenho Novo (antiga Seção Norte),U.E. Humaitá (antiga Seção Sul) eU.E. Tijuca (antiga Seção Tijuca), atendendo os atuaisensino fundamental (segundo segmento) eensino médio.

Em1984, foi instituído naU.E. São Cristóvão o primeiro segmento do Ensino Fundamental (1º. ao 5º. anos), informalmente chamado de "Pedrinho". Este segmento foi implantado, posteriormente, nasU.E. Humaitá (1985),U.E. Engenho Novo (1986) eU.E. Tijuca (1987). A partir desse processo, as unidades do primeiro segmento passaram a ser formalmente denominadas comoUnidade I e as do segundo segmento (de 5a. a 8a. séries), comoUnidade II, ou seja,U.E. São Cristóvão I eU.E. São Cristóvão II, atendendo respectivamente o primeiro e o segundo segmento.

A tradição de excelência em educação da instituição foi reconhecida pelo Governo Federal brasileiro, em 1998, quando o Colégio recebeu oPrêmio Qualidade por seu projeto deQualidade Total na área deeducação.

Visando atender a grande demanda pelo ensino médio foi inaugurada, em1999, uma nova unidade em São Cristóvão (U.E. São Cristóvão III).

Mantendo-se a procura por ensino de qualidade no município, mesmo tratando-se de instituição federal, inaugurou-se aUnidade Escolar Realengo em 6 de abril de 2004, fruto de convênio entre a Instituição e a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, que passou a atender, desse modo, a população daZona Oeste da cidade. No ano de 2010, foi inaugurada a Unidade I, oferecendo as séries iniciais do ensino fundamental; em2012, Realengo tornou-se a primeira unidade a abrir turmas de educação infantil.

Em2006, aUnidade Escolar Descentralizada deNiterói foi aberta e, em2007, a deDuque de Caxias. Ambas oferecem apenas o ensino médio.

Bernardo Pereira de Vasconcelos

Em2008, foi instituída a "Olimpíada Interna de Química do Colégio Pedro II", evento que premia os alunos na noite de 1 de dezembro, antecipando a comemoração ao aniversário do Colégio, que ocorre na noite seguinte (2 de dezembro).

O Colégio mantém convênios com instituições públicas e privadas, como oObservatório Nacional, aPetrobras, aFundação Oswaldo Cruz, oMuseu Nacional e outras, oferecendo estágios e complementação de estudos aos seus alunos. Oferece ainda cursos técnicos, integrados ao ensino médio regular, nas áreas demeio ambiente (unidade São Cristóvão), e deinformática (unidades São Cristóvão, Duque de Caxias, Engenho Novo e Tijuca). A partir de 2012, oferecerá o curso demúsica (unidade Realengo).

Uma instituição federal de ensino, pluricurricular e multicampi, vinculada ao Ministério da Educação e especializada na oferta de educação básica e de licenciaturas, e também equiparado aos institutos federais para efeito de incidência das disposições que regem a autonomia e a utilização dos instrumentos de gestão do quadro de pessoal e de ações de regulação, avaliação e supervisão das instituições e dos cursos de educação profissional e superior. As unidades escolares que atualmente compõem a estrutura organizacional do Colégio Pedro II passam de forma automática, independentemente de qualquer formalidade, à condição de campi da instituição.

—  O Colégio, a partir da lei nº 12.677/2012

Sendo assim, de acordo com esta lei, o Colégio equiparou-se aos IFEs (Institutos Federais) nas questões administrativas, e consequentemente as antigas Unidades Escolares passaram a ser chamadas deCampus e a direção-geral passou a ser chamadareitoria.[9]

O Colégio passou também a oferecermestrado em educação em virtude desta lei.

A partir de2020 o campus Realengo II passou a ofertar cursos de graduação na modalidadeLicenciatura, sendo estes cursos:Ciências sociais,Filosofia,Geografia eHistória. O ingresso se dá através doSisu.[10]

O Colégio e a Constituição Federal de 1988

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AConstituição Federal de 1988 incluiu um artigo sobre o Colégio Pedro II:«O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal» 2.º parágrafo do artigo 242. Ricardo Baronovsky, professor de Direito Constitucional, afirma que, apesar do simbolismo trazido pela Constituição vigente, ficou clara a presença delobbies políticos e ideológicos em sua essência. Segundo ele, a Constituição de 1988 é excessivamente analítica, casuística, prolixa e minuciosa, elaborada com intenção de abarcar grande número de normas não-fundamentais, o que resultou na perda de seu caráter educativo.[11]

O temor do Colégio Pedro II em perder sua condição de instituição federal motivou esforços da comunidade escolar para preservar sua autonomia. Como única autarquia de Educação Básica federal desvinculada de universidades e citada na Constituição, o colégio ocupava posição privilegiada entre as escolas de ensino médio brasileiras, e seus movimentos institucionais configuraram-se como táticas de proteção frente a crises e escassez de recursos.[12]

Hino

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Uniformes dos alunos em 1855

Em solenidade comemorativa docentenário do Colégio foi executado pela primeira vez o Hino dos Alunos do Colégio Pedro II, sob a regência da professora Maria Eliza de Freitas Lima, com música do maestroAntônio Francisco Braga e letra do bacharel do externato Hamilton Elia.

Inspirada na retumbância das peças marciais e na letra de exaltação do passado e certeza do futuro, a letra traz símbolos dopositivismo.[13]

Professores notórios

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Início do ano letivo no Colégio Pedro II, 1957.Arquivo Nacional.

O Colégio Pedro II contou ao longo de sua história com professores renomados naHistória do Brasil:[14]

Alunos notórios

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Enem

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Esses foram os resultados das unidades participantes noExame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2015.[19]

UnidadeRanking nacionalRanking estadual
(escolas públicas do RJ)
Média
Niterói158º673,02
Centro163º672,89
Duque de Caxias228º664,73
Humaitá II292º657,83
Realengo II368º650,62
São Cristóvão III499º10º641,08
Tijuca II527º11º639,28
Engenho Novo II760º13º628,48
Média Geral653,49

Ver também

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Referências

  1. «Gastos diretos do Governo Federal com o Colégio Pedro II em 2018» 
  2. «Cursos técnicos profissionalizantes oferecidos» 
  3. «Número total de servidores» 
  4. «Efetivo discente» 
  5. «Correio Official : In Medio Posita Virtus (RJ) - 1833 a 1841 - DocReader Web».memoria.bn.br. Consultado em 14 de setembro de 2022 
  6. VILAÇA, Fabiano. "Deus no céu, Pedro na Terra". inRevista de História da Biblioteca Nacional, ano 3, nº 33, junho de 2008, p. 90-91.
  7. «História». Sítio do CPII Centro. Consultado em 13 de fevereiro de 2018. Arquivado dooriginal em 14 de fevereiro de 2018 
  8. «Lei nº 574».Diário Oficial da União. Câmara dos Deputados. 9 de novembro de 1937. Consultado em 13 de fevereiro de 2018 
  9. «Lei nº 12.677/2012». Presidência da República. 25 de junho de 2012. Consultado em 13 de fevereiro de 2018 
  10. «Colégio Pedro II - Com proposta inovadora, CPII vai oferecer quatro cursos de licenciatura na Zona Oeste, em 2020».www.cp2.g12.br. Consultado em 28 de dezembro de 2019 
  11. Baronovsky, Ricardo Sanchez (15 de abril de 2015).«Constitucionalismo ciarlare: afinal, qual a natureza jurídica do artigo 242, § 2º, da Constituição Federal?».jus.com.br 
  12. «Não é só existir, mas resistir: o Colégio Pedro II e as tentativas de Municipalização e Estadualização (1934–1996)».Revista Brasileira de História da Educação.23 (1): e264. 2023.doi:10.4025/rbhe.v23.2023.e264. Consultado em 2 de setembro de 2025 
  13. ANDRADE, Vera Lúcia Cabana de Queiroz (1999).Colégio Pedro II: Um Lugar de Memória. Tese (Doutorado) em História. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro. 157 páginas 
  14. Para uma lista parcial ver.«História CPII Centro». Consultado em 6 de dezembro de 2008. Arquivado dooriginal em 20 de outubro de 2008 
  15. «FBN - Fundação Biblioteca Nacional - Catálogos (Catálogo de Obras Raras Pró-MARC)».catcrd.bn.br. Consultado em 21 de novembro de 2025.Cópia arquivada em 30 de dezembro de 2015 
  16. Lista de literatura de Exposição Universal, in nº 1 "Verhandlungen der k. k. geologischen Reichsanstalt vom 7. Januar 1874", p. 92 f.
  17. «AUGUSTO HAMANN RADEMACKER GRUNEWALD, CPDOC». Consultado em 19 de dezembro de 2022 
  18. «Ivo de Magalhães, CPDOC». Consultado em 24 de julho de 2022 
  19. Comunicacao.«Colégio Pedro II - CPII lidera ranking de melhores escolas públicas do RJ no Enem 2015».www.cp2.g12.br. Consultado em 9 de março de 2017 

Bibliografia

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  • SEGISMUNDO, Fernando.Colégio Pedro II: Tradição e Modernidade. Rio de Janeiro: Unigraf, 1972. 159p.
  • ANDRADE, Vera Lúcia Cabana de Queiroz.Colégio Pedro II: Um Lugar de Memória. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tese (Doutorado) em História. Rio de Janeiro, 1999. 157p. P. 107 e 108
  • ANTUNES, De Paranhos. O PINTOR DO ROMANTISMO. Rio de Janeiro: Zélio Valverde, 1943. p. 96.

Ligações externas

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