ACidade Perdida de Z é uma cidade indígena que oCoronel Percy Harrison Fawcett, um pesquisadorBritânico, acreditava existir na selva do estado doMato Grosso noBrasil. Baseada nas primeiras histórias da América do Sul e em suas próprias explorações da região doRio Amazonas, Fawcett teorizou que uma civilização complexa tenha existido lá um dia, e que ruínas isoladas podem ter sobrevivido.[1]
Fawcett encontrou um documento conhecido comoManuscrito 512, mantido naBiblioteca Nacional do Brasil, que teria sido escrito pelobandeirante português João da Silva Guimarães. João escreveu que em 1753 ele havia descoberto as ruínas de uma cidade antiga que continha arcos, uma estátua e um templo comhieróglifos. Ele descreveu as ruínas da cidade com muitos detalhes, mas sem informar sua localização.
OManuscrito 512 foi escrito depois de explorações feitas nosertão da então província daBahia.[i] Fawcett pretendia empreender uma busca pela cidade como um objetivo secundário depois de "Z". Ele estava preparando uma expedição para encontrar "Z" quando irrompeu a Primeira Guerra Mundial e o governo Britânico suspendeu seu patrocínio. Em 1920, Fawcett realizou uma expedição pessoal para encontrar a cidade, mas desistiu depois de ter uma febre e ter de matar sua besta de carga.[1] Em uma segunda expedição cinco anos depois, Fawcett, seu filho Jack e um amigo deste último, Raleigh Rimell, desapareceram na selva do Mato Grosso.
Pesquisadores acreditam que Fawcett pode ter sido influenciado em seu pensamento por informação que ele possa ter obtido de povos indígenas sobre o sítioarqueológico deKuhikugu, perto das cabeceiras doRio Xingu.[2] Kuhikugu foi descoberto por ocidentais após a morte presumida de Fawcett em 1925. O sítio contém ruínas do que se estima ser vinte cidades e aldeias nas quais cerca de 50 mil pessoas podem ter morado um dia.
Em 2005, o jornalista estadunidense David Grann publicou um artigo noThe New Yorker sobre as expedições e descobertas de Fawcett, intitulado "The Lost City of Z" (A Cidade Perdida de Z).[1] Em 2009, ele o transformou num livro de mesmo nome, e em 2016, ele foi adaptado pelo roteirista-diretorJames Gray para umfilme de mesmo nome estrelado porCharlie Hunnam,Robert Pattinson, eSienna Miller.[3]