A recuperação e assimilação de obras gregas epesquisas islâmicas na Europa Ocidental do século X ao XII reviveu a "filosofia natural",[20][21][22] que mais tarde foi transformada pelaRevolução Científica que começou no século XVI,[23] à medida que novas ideias e descobertas partiram de concepções e tradições gregas anteriores.[24][25] Ométodo científico logo desempenhou um papel maior na criação de conhecimento e foi somente no século XIX que muitas das característicasinstitucionais eprofissionais da ciência começaram a tomar forma,[26][27] junto com a mudança da "filosofia natural" para "ciência natural".[28]
Novos conhecimentos são criados por pesquisas de cientistas motivados pelacuriosidade sobre o mundo em que vivem e pelo desejo deresolver problemas.[29][30] A pesquisa científica contemporânea é altamente colaborativa e geralmente é feita por equipes em instituições acadêmicas einstitutos de pesquisa,[31]agências governamentais e empresas.[32][33] O impacto prático do seu trabalho levou ao surgimento de políticas científicas que procuram influenciar o empreendimento científico, priorizando o desenvolvimento ético e moral deprodutos comerciais,armamentos, assistência médica, infraestruturas públicas eproteção ambiental.
Existem muitas hipóteses para a origem da palavra. SegundoMichiel de Vaan, linguistaneerlandês e indo-europeísta,sciō pode ter sua origem nalíngua protoitálica como*skije- ou*skijo- que significa "saber", que pode se originar dalíngua protoindo-europeia como*skh1-ie,*skh1-io, que significa "incisar". OLexikon der indogermanischen Verben propôs quesciō é umaformação posterior denescīre, que significa "não saber, não estar familiarizado com", que pode derivar do protoindo-europeu*sekH- em latimsecāre, ou*skh2-, de*sḱʰeh2(i)- que significa "cortar".[35]
No passado, o termo "ciência" era sinônimo de “conhecimento” ou “estudo”, de acordo com sua origemlatina. Uma pessoa que conduzia pesquisas científicas era chamada de “filósofo natural” ou “homem da ciência”.[36] Em 1834,William Whewell introduziu o termocientista em uma resenha do livroOn the Connexion of the Physical Sciences deMary Somerville,[37] creditando-o a "algum cavalheiro engenhoso" (provavelmente ele próprio).[38]
A ciência não tem origem única. Em vez disso, os métodos sistemáticos surgiram gradualmente ao longo de dezenas de milhares de anos,[39][40] assumindo diferentes formas em todo o mundo, sendo que poucos detalhes são conhecidos sobre os primeiros desenvolvimentos científicos. Asmulheres provavelmente desempenharam um papel central na ciência pré-histórica,[41] assim como osrituais religiosos.[42] Alguns estudiosos usam o termo “protociência” para rotular atividades ancestrais que se assemelham à ciência moderna em alguns aspectos, mas não em todos;[43][44][45] no entanto, este rótulo também foi criticado por ser pejorativo.[46]
A evidência direta dos processos científicos torna-se mais clara com o advento dossistemas de escrita nas primeiras civilizações, como oEgito Antigo e aMesopotâmia, criando os primeiros registos escritos nahistória da ciência por volta de 3000 a 1200EC.[15](12–15)[16] Embora as palavras e conceitos de "ciência" e "natureza" não fizessem parte do panorama conceitual da época, os antigos egípcios e mesopotâmicos fizeram contribuições que mais tarde encontrariam um lugar na ciência grega e medieval, como amatemática, aastronomia e amedicina.[47][15](p12) A partir doterceiro milênio a.C., os antigos egípcios desenvolveram umsistema de numeração decimal,[48] resolveram problemas práticos usandogeometria[49] e desenvolveram umcalendário.[50] Suas terapias de cura envolviam tratamentos medicamentosos e sobrenaturais, como orações, encantamentos e rituais religiosos.[15](p9)
NaAntiguidade Clássica, não existia um verdadeiro análogo antigo de um cientista moderno. Em vez disso, haviam indivíduos bem-educados, geralmente declasse alta e quase universalmente do sexo masculino, realizavam várias pesquisas sobre a natureza sempre que tinham tempo livre.[54] Antes da invenção ou descoberta doconceito dephysis (ou natureza) pelosfilósofos pré-socráticos, as mesmas palavras tendiam a ser usadas para descrever a "maneira" natural pela qual uma planta cresce[55] e a "maneira" pela qual, por exemplo, uma tribo adorava um deus específico. Por conta disto, considera-se que estes homens foram os primeiros filósofos em sentido estrito e os primeiros a distinguir claramente os conceitos de “natureza” e “convenção”.[56]
Os primeirosfilósofos gregos da escola milesiana, fundada porTales de Mileto e posteriormente continuada por seus sucessoresAnaximandro eAnaxímenes, foram os primeiros a tentar explicar osfenômenos naturais sem depender dosobrenatural.[57] Ospitagóricos desenvolveram uma filosofia de números complexos[58]:467–68 e contribuiu significativamente para o desenvolvimento da ciência matemática.[58]:465Ateoria dos átomos foi desenvolvida pelo filósofo gregoLeucipo e seu alunoDemócrito.[59][60] Mais tarde,Epicuro desenvolveria uma cosmologia natural completa baseada noatomismo e adotaria um "cânone" (régua, padrão) que estabelecia critérios físicos ou padrões de verdade científica.[61] O médico gregoHipócrates estabeleceu a tradição da ciência médica sistemática[62][63] e é conhecido como "O Pai da Medicina".[64]
Um divisor de águas na história da ciência filosófica primitiva foi o exemplo deSócrates de aplicação da filosofia ao estudo das questões humanas, como anatureza humana, a natureza das comunidades políticas e o próprioconhecimento humano. Ométodo socrático, tal como documentado pelos diálogos dePlatão, é um métododialético de eliminação dehipóteses: as melhores são encontradas através da identificação e eliminação constante daquelas que levam a contradições. Este método procura verdades gerais comuns que moldam as crenças e as examina em busca de consistência.[65] Sócrates criticou o tipo mais antigo de estudo da física como sendo puramente especulativo e carente deautocrítica.[66]
Anotação posicional para representar números muito provavelmente surgiu entre os séculos III e V d.C. ao longo dasrotas comerciais indianas. Este sistema numérico tornou as operaçõesaritméticas eficientes e mais acessíveis, sendo que acabaria por se tornar o padrão para amatemática em todo o mundo desde então.[75]
Devido aocolapso do Império Romano do Ocidente, o século V passou por um declínio intelectual e o conhecimento dasconcepções gregas do mundo deteriorou-se em toda aEuropa Ocidental.[15](p194) Durante o período, enciclopedistas latinos comoIsidoro de Sevilha preservaram a maior parte do conhecimento antigo geral.[76] Como oImpério Bizantino resistiu aos ataques dos invasores, eles foram capazes de preservar e melhorar o aprendizado anterior.[15](p159)João Filopono, um estudioso bizantino dos anos 500, começou a questionar o ensino de física de Aristóteles, introduzindo ateoria do ímpeto.[15](307, 311, 363, 402) Suas críticas serviram de inspiração para estudiosos medievais e paraGalileu Galilei, que citou extensivamente suas obras dez séculos depois.[15](307–308)[77]
Durante ofinal da Antiguidade e oinício da Idade Média, os fenômenos naturais eram examinados principalmente através da abordagem aristotélica, que inclui asquatro causas: causa material, formal, móvel e final.[78] Muitos textos clássicos gregos foram preservados pelos bizantinos e as traduções para oárabe foram feitas por grupos como osnestorianos e osmonofisitas. Sob oCalifado, estas traduções foram posteriormente melhoradas e desenvolvidas por cientistasárabes.[79] Nos séculos VI e VII, o vizinhoImpério Sassânida estabeleceu aAcademia de Gondeshapur, que é considerada pelos médicos gregos,siríacos e persas como o centro médico mais importante do mundo antigo.[80]
Durante o século XI, a maior parte da Europa tornou-se cristã,[15](p204) e, em 1088, aUniversidade de Bolonha emergiu como a primeirauniversidade da Europa.[87] Como tal, a demanda por traduções latinas de textos antigos e científicos cresceu,[15](p204) um dos principais contribuintes para oRenascimento do século XII. Aescolástica renascentista na Europa Ocidental floresceu, com experimentos feitos através da observação, descrição e classificação de assuntos na natureza.[88] No século XIII, professores e estudantes de medicina em Bolonha começaram a abrir corpos humanos, levando ao primeiro livro deanatomia baseado na dissecação humana deMondino de Luzzi.[89]
Novos desenvolvimentos naóptica também desempenharam um papel relevante no início daRenascença, tanto por desafiar ideiasmetafísicas de longa data sobre apercepção, como por contribuir para a melhoria de tecnologias como acâmara escura e otelescópio. No início deste período,Roger Bacon,Vitello eJohn Peckham construíram, cada um, umaontologia escolástica sobre uma cadeia causal começando com a sensação, a percepção e, finalmente, aapercepção dasformas individuais e universais de Aristóteles.[85]:Livro I Um modelo mais tarde conhecido comoperspectivismo foiexplorado e estudado pelos artistas renascentistas. Esta teoria usa apenas três dasquatro causas de Aristóteles: formal, material e final.[90] No século XVI, o astrônomo polonêsNicolau Copérnico formulou ummodelo heliocêntrico doSistema Solar, ao afirmar que os planetas giram em torno doSol, em vez domodelo geocêntrico onde os planetas e o Sol giram em torno daTerra. Isto baseou-se em um teorema de que osperíodos orbitais dos planetas são mais longos à medida que os seus orbes estão mais distantes do centro do movimento, o que ele descobriu não concordar com o modelo de Ptolomeu.[91]
O alemãoJohannes Kepler e outros desafiaram a noção de que a única função do olho é a percepção e mudaram o foco principal da óptica do olho para a propagação da luz.[90][92] Kepler é mais conhecido, no entanto, por melhorar o modelo heliocêntrico de Copérnico através da descoberta dasleis do movimento planetário. Kepler não rejeitou a metafísica aristotélica e descreveu seu trabalho como uma busca pelamúsica das esferas.[93] O florentinoGalileu Galilei também realizou contribuições significativas para a astronomia, a física e a engenharia. No entanto, ele foi perseguido depois que oPapa Urbano VIII o condenou por escrever sobre o modelo heliocêntrico.[94] Aimprensa escrita foi amplamente utilizada para publicar argumentos acadêmicos, incluindo alguns que discordavam amplamente das ideias contemporâneas sobre a natureza.[95]Francis Bacon eRené Descartes publicaram argumentos filosóficos em favor de um novo tipo de ciência não-aristotélica. Bacon enfatizou a importância do experimento sobre a contemplação, questionou os conceitos aristotélicos de causa formal e final, promoveu a ideia de que a ciência deveria estudar asleis da natureza e o aperfeiçoamento de toda a vida humana.[96] Descartes enfatizou o pensamento individual e argumentou que a matemática, e não a geometria, deveria ser usada para estudar a natureza.[97]
Durante esse período, o propósito e o valor declarados da ciência passaram a ser a produção de riquezas einvenções que melhorariam a vida humana, no sentidomaterialista de ter mais alimentos, roupas e outras coisas. Naspalavras de Bacon, “o objetivo real e legítimo das ciênciasé a dotação da vida humana com novas invenções e riquezas”, e ele desencorajou os cientistas de perseguirem ideias filosóficas ou espirituais intangíveis, que ele acreditava terem contribuído pouco para a felicidade humana além “da fumaça de sutil, sublime ou agradável [especulação]".[100]
A ciência durante a Era do Iluminismo era dominada pelassociedades científicas[101] eacademias, que foram a espinha dorsal do amadurecimento da profissão científica e substituíram as universidades como centros de pesquisa e desenvolvimento científico. Outro desenvolvimento importante foi apopularização da ciência entre uma população cada vez mais alfabetizada.[102] Os filósofos do Iluminismo recorreram a alguns de seus predecessores científicos – principalmenteGalileu,Kepler,Boyle e Newton – como guias para todos os campos físicos e sociais da época.[103][104]
Durante o século XVIII, surgiram avanços significativos na prática da medicina[105] e dafísica;[106] o desenvolvimento dataxonomia biológica porCarl Linnaeus;[107] uma nova compreensão domagnetismo e daeletricidade;[108] e o amadurecimento daquímica como disciplina.[109] As ideias sobre a natureza humana, a sociedade e a economia evoluíram durante o período iluminista.Hume e outros pensadores doIluminismo escocês desenvolveram a obraTratado da Natureza Humana, que foi expresso historicamente em obras de autores comoJames Burnett,Adam Ferguson,John Millar eWilliam Robertson, todos os quais fundiram um estudo científico de como os humanos se comportavam nas culturas antigas e primitivas com uma forte consciência das forças determinantes damodernidade.[110] A sociologia moderna originou-se em grande parte desse movimento.[111] Em 1776,Adam Smith publicouA Riqueza das Nações, que é frequentemente considerado o primeiro trabalho sobre economia moderna.[112]
Durante o século XIX, muitas características distintivas da ciência moderna contemporânea começaram a tomar forma, como a transformação das ciências físicas e da vida, o uso frequente de instrumentos de precisão, o surgimento de termos como "biólogo", "físico" e "cientista" com a maior profissionalização daqueles que estudam a natureza, aindustrialização de vários países, a prosperidade de escritos científicos populares e o surgimento de revistas científicas.[113] Durante o final do século XIX, apsicologia emergiu como uma disciplina separada da filosofia quandoWilhelm Wundt fundou o primeiro laboratório de pesquisa psicológica em 1879.[114]
No início do século XIX,John Dalton sugeriu ateoria atômica moderna, baseada na ideia original deDemócrito de partículas indivisíveis chamadasátomos.[118] As leis deconservação de energia,conservação de momento econservação de massa sugeriam um universo altamente estável onde poderia haver pouca perda de recursos. No entanto, com o advento damáquina a vapor e aRevolução Industrial houve uma maior compreensão de que nem todas as formas de energia têm as mesmas qualidades energéticas e facilidade de conversão em trabalho útil ou em outra forma de energia. Esta constatação levou ao desenvolvimento das leis datermodinâmica, nas quais a energia livre do universo é vista como em constante declínio: aentropia de um universo fechado aumenta com o tempo.[a]
Asciências naturais são o estudo do mundo físico e podem ser divididas em dois ramos principais:ciências da vida eciências físicas. Esses dois ramos, por sua vez, também podem ser divididos em disciplinas mais especializadas. Por exemplo, a ciência física pode ser subdividida emfísica,química,astronomia eciências da terra. A ciência natural moderna é a sucessora dafilosofia natural que começou naGrécia Antiga. Os filósofosGalileu,Descartes,Bacon eNewton debateram os benefícios de usar abordagens maismatemáticas e experimentais de forma metódica. Ainda assim, perspectivas,conjecturas e pressupostos filosóficos, muitas vezes esquecidos, continuam necessários nas ciências naturais.[148] A coleta sistemática de dados sucedeu ahistória natural, que surgiu durante o século XVI ao descrever e classificar plantas, animais, minerais, etc.[149] Atualmente, a “história natural” sugere descrições observacionais destinadas ao público popular.[150]
O estudo do comportamento humano e do funcionamento das sociedades é realizado pelasciências sociais,[4][5] que possuem muitas disciplinas que incluemantropologia,economia,história,geografia humana,ciência política,psicologia esociologia.[4] Nas ciências sociais, existem muitas perspectivas teóricas concorrentes, muitas das quais são estendidas através deprogramas de pesquisa concorrentes, como osfuncionalistas, osteóricos do conflito e osinteracionistas na sociologia.[4] Devido às limitações da condução de experimentos controlados envolvendo grandes grupos de indivíduos ou situações complexas, os cientistas sociais podem adotar outros métodos de pesquisa como ométodo histórico,casos de estudo e estudos interculturais. Além disso, se houver informação quantitativa disponível, os cientistas sociais podem confiar em abordagens estatísticas para compreender melhor as relações e processos sociais.[4]
Asciências formais são uma área de estudo que gera conhecimento por meio desistemas formais.[151][6][7] Um sistema formal é uma estrutura abstrata usada para inferirteoremas a partir deaxiomas de acordo com um conjunto de regras.[152] Incluimatemática,[153][154]teoria de sistemas eciência da computação teórica. As ciências formais compartilham semelhanças com os outros dois ramos científicos por se basearem no estudo objetivo, cuidadoso e sistemático de uma área do conhecimento. No entanto, diferem das ciências empíricas, pois baseiam-se exclusivamente noraciocínio dedutivo, sem necessidade de evidências empíricas para verificar os seus conceitos abstratos.[11][155][147] As ciências formais são, portanto, disciplinasa priori e por isso há divergências sobre se constituem uma ciência de fato.[8][156] No entanto, elas desempenham um papel importante nas ciências empíricas. Ocálculo infinitesimal, por exemplo, foi inicialmente inventado para compreender omovimento na física.[157] As ciências naturais e sociais que dependem fortemente de aplicações matemáticas incluemfísica matemática,[158]química,[159]biologia,[160]finanças[161] eeconomia.[162]
Asciências aplicadas são o uso dométodo e do conhecimento científico para atingir objetivos práticos e inclui uma várias disciplinas, comoengenharia emedicina.[163][14] A ciência pode contribuir para o desenvolvimento de novas tecnologias.[164] Engenharia é o uso de princípios científicos para inventar, projetar e construir máquinas, estruturas e tecnologias,[165] enquanto medicina é a prática de cuidar de pacientes, mantendo e restaurando a saúde por meio daprevenção,diagnóstico etratamento de lesões ou doenças.[166][167] As ciências aplicadas são frequentemente contrastadas com asciências básicas, que se concentram no avanço de teorias e leis científicas que explicam e prevêem eventos no mundo natural.[168][169]
Aciência computacional aplica opoder da computação para simular situações do mundo real, o que permite uma melhor compreensão dos problemas científicos em relação ao que a matemática formal por si só pode oferecer. O uso deaprendizado de máquina e dainteligência artificial está se tornando uma característica central das contribuições computacionais para a ciência. No entanto, as máquinas raramente avançam o conhecimento por si só, pois requerem orientação humana e capacidade deraciocínio; e podem introduzir preconceitos contra certos grupos sociais ou, por vezes, ter um desempenho inferior em relação aos seres humanos.[170][171]
Apesquisa científica pode ser dividida entre pesquisa básica ou aplicada. Apesquisa básica é a busca por conhecimento, enquanto apesquisa aplicada é a busca de soluções para problemas práticos por meio da utilização deste conhecimento. A maior parte da compreensão vem da pesquisa básica, embora às vezes a pesquisa aplicada vise problemas práticos específicos, o que leva a avanços tecnológicos que antes não eram sequer imagináveis.[175]
Esboço contendo os principais passos do método científico. Observe que o método é cíclico de forma a promover a contínua evolução dasteorias científicas.
A pesquisa científica envolve o uso dométodo científico para buscar explicar objetivamente os acontecimentos danatureza de uma maneirareprodutível.[176] Os cientistas geralmente tomam como certo um conjunto de pressupostos básicos necessários para justificar o método científico: existe uma realidade objetiva partilhada por todos os observadores racionais; esta realidade objetiva é governada porleis naturais; estas leis foram descobertas por meio deobservação e da experimentação sistemáticas.[2] Amatemática é essencial na formação dehipóteses,teorias e leis, porque é amplamente utilizada na modelagem quantitativa, observação emedições,[177] enquanto aestatística é usada para resumir e analisar dados, o que permite aos cientistas avaliar a confiabilidade de resultados experimentais.[178]
No método científico, umexperimento mental é apresentado como uma explicação usando oprincípio da economia e espera-se que busqueconsiliência, ou seja, o enquadramento com outros fatos aceitos relacionados com uma observação ou questão científica.[179] Esta explicação provisória é usada para fazer previsõesfalsificáveis, que normalmente são publicadas antes de serem testadas por meio da experimentação. A refutação de uma previsão é evidência de progresso.[176](4–5)[180] A experimentação é especialmente importante na ciência para ajudar a estabelecerrelações causais para evitar afalácia da correlação, embora em algumas ciências, como aastronomia ou ageologia, uma observação prevista possa ser algo mais apropriado.[181]
Quando uma hipótese se mostra insatisfatória, ela é modificada ou descartada.[182] Se a hipótese sobreviveu ao teste, ela pode ser adotada na estrutura de umateoria científica, um modelo ou estruturaautoconsistente evalidamente fundamentado que descreve o comportamento de determinados eventos naturais. Uma teoria normalmente descreve o comportamento de conjuntos de observações muito mais amplos do que uma hipótese. Geralmente, um grande número de hipóteses pode ser unido em uma única teoria, ou seja, uma teoria é uma hipótese que explica várias outras hipóteses. Neste sentido, as teorias são formuladas segundo a maioria dos mesmos princípios científicos das hipóteses. Os cientistas, por sua vez, podem gerar ummodelo, uma tentativa de descrever ou representar uma observação em termos de uma representação lógica, física ou matemática e de gerar novas hipóteses que podem ser testadas por meio da experimentação científica.[183]
Ao realizar experimentos para testar hipóteses, os cientistas podem ter preferência por um resultado em detrimento de outro.[184][185] A eliminação do viés pode ser alcançada por meio de transparência, planejamento cuidadoso do experimento e um processo completo derevisão por pares dos resultados e conclusões da pesquisa.[186][187] Após os resultados de um experimento serem anunciados ou publicados, é prática normal que pesquisadores independentes verifiquem como a pesquisa foi realizada e realizem experimentos semelhantes para determinar quão confiáveis os resultados são.[188] Ométodo científico permite umaresolução de problemas altamente criativa, ao mesmo tempo que minimiza os efeitos doviés subjetivo e de confirmação.[189] A verificabilidade intersubjetiva, a capacidade de chegar a um consenso e reproduzir resultados, é fundamental para a criação de todo oconhecimento científico.[190]
A pesquisa científica é publicada em vários tipos de literatura.[191] Asrevistas científicas comunicam e documentam os resultados de pesquisas realizadas em universidades e diversas outras instituições de pesquisa, servindo como um registro arquivístico da ciência. As primeiras revistas científicas,Journal des savants seguida dePhilosophical Transactions, começaram a ser publicadas em 1665. Desde então, o número total de periódicos ativos tem aumentado de forma constante. Em 1981, estimou-se que haviam 11,5 mil publicações científicas em todo o mundo.[192]
A maioria das revistas científicas abrange um único campo científico e publica as pesquisas, normalmente expressas na forma deartigos científicos, realizadas nesta área do conhecimento. A ciência tornou-se tão difundida nas sociedades modernas que se considera necessário comunicar as realizações, novidades e ambições dos cientistas a uma população mais vasta.[193]
Acrise de replicação é uma crisemetodológica contínua que afeta partes dasciências sociais eda vida. Em revisões posteriores, os resultados de muitos estudos científicos provaram ser, na verdade,irrepetíveis.[194] A crise tem raízes antigas; a frase foi cunhada no início de 2010[195] como parte de uma consciência crescente sobre o problema, que representa um importante corpo de investigação emmetaciência, que visa melhorar a qualidade de toda ainvestigação científica e, ao mesmo tempo, reduzir o desperdício.[196]
Uma área de estudo que se disfarça de ciência na tentativa de reivindicar uma legitimidade que de outra forma não teria é por vezes referida comopseudociência,ciência marginal ouciência ruim.[197][198] O físico estadunidenseRichard Feynman cunhou o termo “ciência culto à carga” para casos em que os pesquisadores não seguem ométodo científico.[199] Vários tipos de publicidade comercial, desde exageros até fraudes, podem se enquadrar nessas categorias. A ciência tem sido descrita como “a ferramenta mais importante” para separar as afirmações válidas das inválidas.[200]
Também pode haver um elemento de preconceito político ou ideológico em todos os lados do debate científico. Às vezes, uma pesquisa bem-intencionada pode ser caracterizada como “má ciência”, mas é uma exposição incorreta, obsoleta, incompleta ou excessivamente simplificada de ideias científicas. O termo “fraude científica” refere-se a situações em que os pesquisadores deturparam intencionalmente os dados publicados ou deram crédito à pessoa errada propositadamente.[201]
Existem diferentesescolas de pensamento nafilosofia da ciência. A posição mais popular é oempirismo, que sustenta que o conhecimento é criado por meio de um processo que envolve a observação.[202] O empirismo geralmente abrange o indutivismo, uma posição que explica como teorias gerais podem ser feitas a partir da quantidade finita de evidências empíricas disponíveis. Existem muitas versões de empirismo, sendo as predominantes obayesianismo[203] e ométodo hipotético-dedutivo.[202]
O empirismo contrasta com oracionalismo, a posição originalmente associada aDescartes, que sustenta que o conhecimento é criado pelo intelecto humano e não pela observação.[204] Oracionalismo crítico é uma abordagem contrastante da ciência do século XX, definida pela primeira vez pelo filósofo austro-britânicoKarl Popper, que rejeitava a forma como o empirismo descreve a conexão entre teoria e observação. Ele afirmava que as teorias não são geradas pela observação, mas que a observação é feita à luz das teorias.[205] Popper propôs substituir a verificabilidade pelafalsificabilidade como marco das teorias científicas, substituindo a indução pelafalsificação como método empírico.[205] Ele afirmou ainda que, na verdade, existe apenas um método científico universal: o método negativo de crítica,tentativa e erro,[206] abrangendo todos os produtos damente humana, incluindo ciência, matemática, filosofia e arte.[207]
Outra abordagem, oinstrumentalismo, enfatiza a utilidade das teorias como instrumentos para explicar e prever fenômenos. Ele vê as teorias científicas como caixas pretas, sendo relevantes apenas suas entradas (condições iniciais) e resultados (previsões). Por esta perspectiva, as consequências, as entidades teóricas e a estrutura lógica são consideradas algo que deve ser ignorado.[208] Perto do instrumentalismo está o empirismo construtivo, segundo o qual o principal critério para o sucesso de uma teoria científica é se o que ela diz sobre entidades observáveis é verdadeiro ou não.[209]
Thomas Kuhn argumentou que o processo de observação e avaliação ocorre dentro de um paradigma, um “retrato”logicamente consistente do mundo que é consistente com as observações feitas a partir do seu enquadramento. Ele caracterizoua ciência normal como o processo de observação e "resolução de quebra-cabeças" que ocorre dentro de um paradigma, enquantoa ciência revolucionária ocorre quando há umamudança de paradigma.[210] Cada paradigma tem suas próprias questões, objetivos e interpretações distintas. A escolha entre paradigmas envolve colocar dois ou mais “retratos” contra o mundo e decidir qual semelhança é mais promissora. Uma mudança de paradigma ocorre quando um número significativo de anomalias observacionais surge no antigo paradigma e um novo paradigma dá sentido a elas. Ou seja, a escolha de um novo paradigma baseia-se em observações, mesmo que essas observações sejam feitas no contexto do antigo paradigma. Para Kuhn, a aceitação ou rejeição de um paradigma é tanto um processo social quanto um processo lógico. A posição de Kuhn, entretanto, não érelativista.[211]
Finalmente, outra abordagem frequentemente citada em debates deceticismo científico contra movimentos controversos como a “ciência criacionista” é onaturalismo metodológico, que sustenta o natural e o sobrenatural devem ser diferenciados e a ciência deve ser restrita às explicações naturais.[212] O naturalismo metodológico sustenta que a ciência exige adesão estrita ao estudoempírico e à verificação independente.[213]
Acomunidade científica é uma rede de cientistas que interagem entre si e conduzempesquisas científicas que sãorevisadas por seus pares. Ela consiste em grupos menores que trabalham em áreas científicas. Ao ter revisão por pares, por meio do debate em periódicos e conferências, os cientistas mantêm a qualidade da metodologia de pesquisa e a objetividade na interpretação dos resultados de suas pesquisas.[214]
A ciência tem sido historicamente um campo dominado pelos homens, com exceções notáveis. Asmulheres na ciência enfrentaram uma discriminação considerável, tal como aconteceu em outras áreas de sociedades dominadas pelos homens. Por exemplo, as mulheres eram frequentemente preteridas em oportunidades de emprego e lhes era negado crédito pelo seu trabalho.[221] As realizações das mulheres nas ciências foram atribuídas ao desafio do seu papel tradicional como trabalhadoras naesfera doméstica.[222]
Sociedades científicas para a comunicação e promoção do pensamento e da experimentaçãoc ientífico sexistem desde oRenascimento.[223] Muitos cientistas pertencem a uma sociedade científica que promove a sua respectiva disciplina,profissão ou grupo de disciplinas científicas relacionadas.[224] A adesão pode ser aberta a todos, exigir a posse de credenciais científicas ou conferida por meio de uma eleição.[225] A maioria das sociedades científicas são organizações sem fins lucrativos.[226]
Os prêmios científicos geralmente são concedidos a indivíduos ou organizações que fizeram contribuições significativas para uma determinada disciplina. Muitas vezes são concedidos por instituições de prestígio, por isto é considerado uma grande honra para um cientista recebê-los. Desde o início do período doRenascimento, os cientistas são frequentemente premiados com medalhas, dinheiro e títulos especiais. OPrêmio Nobel, um prêmio de prestígio amplamente reconhecido internacionalmente, é concedido anualmente àqueles que alcançaram avanços científicos em áreas comomedicina,física equímica.[234]
Orçamento da NASA como percentagem do orçamento federal do governo dosEstados Unidos, atingindo um máximo de 4,4% em 1966 e diminuindo lentamente desde então.
A pesquisa científica é frequentemente financiada por meio de um processo competitivo em que potenciais projetossão avaliados e apenas os mais promissores recebem financiamento. Tais processos, que são geridos pelo governo, por empresas ou por fundações, alocam fundos escassos. O financiamento total da pesquisa na maioria dospaíses desenvolvidos, por exemplo, situa-se entre 1,5% e 3% doPIB.[235] Entre os países-membros daOrganização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), cerca de dois terços dapesquisa e desenvolvimento nos domínios científico e técnico são realizados pela indústria e 20% e 10%, respetivamente, pelas universidades e pelo governo. A proporção de financiamento governamental em determinados domínios é mais elevada e domina a investigação nas ciências sociais e nashumanidades. Nas nações menos desenvolvidas, o governo fornece a maior parte dos fundos para a pesquisa científica básica.[236]
A política científica preocupa-se com políticas públicas que afetam a conduta do empreendimento científico, incluindo o financiamento de pesquisas, muitas vezes na prossecução de outros objetivos políticos nacionais, como ainovação tecnológica para promover o desenvolvimento de produtos comerciais, de armas, de assistência médica e de monitorização ambiental. O objetivo da política científica é considerar como a ciência e atecnologia podem melhor servir o público.[244] As políticas públicas podem afetar diretamente o financiamento deativos fixos e infraestruturas intelectuais para a pesquisa industrial, fornecendo incentivos fiscais às organizações financiadoras.[193]
Osmeios de comunicação social enfrentam diversas pressões que por vezes podem impedi-los de retratar com precisão afirmações científicas concorrentes por conta de sua credibilidade dentro da comunidade científica como um todo. Determinar quanto peso atribuir aos diferentes lados num debate científico pode exigir conhecimentos consideráveis sobre o assunto.[246] Poucos jornalistas têm conhecimento científico real e até mesmo os repórteres especializados que conhecem determinadas questões científicas podem desconhecer outras áreas científicas que subitamente são solicitados a cobrir.[247][248]
Revistas científicas como aNew Scientist e aScientific American, atendem às necessidades de um público muito mais amplo e fornecem um resumo não técnico de áreas populares de pesquisa, incluindo descobertas e avanços notáveis em determinados campos de pesquisa.[249] Ogênero deficção científica, principalmente aficção especulativa, também pode ajudar transmitir as ideias e métodos da ciência ao público em geral.[250]
Embora ométodo científico seja amplamente aceito na comunidade científica, algumas frações da sociedade rejeitam certas posições científicas ou são céticas em relação à ciência. Exemplos são a noção comum de que aCOVID-19 não é uma grande ameaça àsaúde pública (opinião de 39% dos estadunidenses em agosto de 2021)[251] ou a crença de que asalterações climáticas não são uma grande ameaça (opinião também defendida por 40% dos estadunidenses no final de 2019 e início de 2020).[252] Ospsicólogos apontaram quatro fatores que levam à rejeição dos resultados científicos:[253]
As autoridades científicas são por vezes vistas como inexperientes, indignas de confiança ou tendenciosas.
Algunsgrupos sociaismarginalizados podem ter atitudes anticientíficas, em parte porque estes grupos têm sido frequentemente explorados em experiências antiéticas.[254]
As mensagens dos cientistas podem contradizer crenças religiosas ou morais profundamente arraigadas.
Atransmissão de uma mensagem científica pode não ser adequadamente direcionada ao estilo de aprendizagem do destinatário.
As atitudesanticientíficas parecem ser frequentemente causadas pelo medo da rejeição nos grupos sociais. Por exemplo, as alterações climáticas são percebidas como uma ameaça por apenas 22% dos da população estadunidense nolado direito doespectro político, mas por 85% dos que estão dolado esquerdo.[255] Ou seja, se alguém da direita considerar as alterações climáticas como uma ameaça, essa pessoa poderá enfrentar o desprezo e ser rejeitada naquele grupo social. Na verdade, as pessoas podem preferir negar um fato cientificamente aceito do que perder ou pôr em risco o seu estatuto social.[256]
As atitudes em relação à ciência são frequentemente determinadas por opiniões e objetivos políticos. Sabe-se quegrupos de interesse, sejam eles governamentais ou empresariais, fazem uso de pressão jurídica e econômica para influenciar pesquisadores científicos. Muitos fatores podem atuar como facetas dapolitização da ciência, como oanti-intelectualismo, aquilo que é visto como uma ameaça às crenças religiosas e o medo por conta de interesses comerciais.[258] A politização da ciência é geralmente conseguida quando a informação científica é apresentada de uma forma que enfatiza a incerteza associada àevidência científica.[259] Táticas como mudar a conversa, não reconhecer os fatos e capitalizar as dúvidas sobre oconsenso científico têm sido utilizadas para ganhar mais atenção para pontos de vista que foram minados por provas científicas.[260] Exemplos de questões que envolveram a politização de temas científicos incluem onegacionismo climático, osefeitos dos pesticidas na saúde e osefeitos do tabaco na saúde.[260][261]
↑abHeilbron, J.L.; et al. (2003). «Preface».The Oxford Companion to the History of Modern Science. Nova York: Oxford University Press. pp. vii–x.ISBN978-0-19-511229-0
↑abcdeColander, David C.; Hunt, Elgin F. (2019). «Social science and its methods».Social Science: An Introduction to the Study of Society 17th ed. Nova York, NY: Routledge. pp. 1–22
↑abGreenfeld, Liah (16 de outubro de 2020).«Social Science».Encyclopedia Britannica. Encyclopædia Britannica, Inc. Consultado em 9 de maio de 2021. Arquivado dooriginal em 2 de fevereiro de 2022
↑abNickles, Thomas (2013). «The Problem of Demarcation».Philosophy of Pseudoscience: Reconsidering the Demarcation Problem. Chicago: The University of Chicago Press
↑Bunge, Mario (1998). «The Scientific Approach».Philosophy of Science. 1, From Problem to Theory revised ed. Nova York: Routledge. pp. 3–50.ISBN978-0-7658-0413-6
↑abFetzer, James H. (2013). «Computer reliability and public policy: Limits of knowledge of computer-based systems».Computers and Cognition: Why Minds are not Machines. Newcastle, United Kingdom: Kluwer Academic Publishers. pp. 271–308.ISBN978-1-4438-1946-6
↑abcdefghijLindberg, David C. (2007).The beginnings of Western science: the European Scientific tradition in philosophical, religious, and institutional context 2nd ed. [S.l.]: University of Chicago Press.ISBN978-0226482057
↑abGrant, Edward (2007). «Ancient Egypt to Plato».A History of Natural Philosophy: From the Ancient World to the Nineteenth Century. Nova York: Cambridge University Press. pp. 1–26.ISBN978-0-521-68957-1
↑Lindberg, David C. (2007). «Islamic science».The beginnings of Western science: the European Scientific tradition in philosophical, religious, and institutional context 2nd ed. Chicago: University of Chicago Press. pp. 163–92.ISBN978-0-226-48205-7
↑Lindberg, David C. (2007). «The revival of learning in the West».The beginnings of Western science: the European Scientific tradition in philosophical, religious, and institutional context 2nd ed. Chicago: University of Chicago Press. pp. 193–224.ISBN978-0-226-48205-7
↑Lindberg, David C. (2007). «The recovery and assimilation of Greek and Islamic science».The beginnings of Western science: the European Scientific tradition in philosophical, religious, and institutional context 2nd ed. Chicago: University of Chicago Press. pp. 225–53.ISBN978-0-226-48205-7
↑Sease, Virginia; Schmidt-Brabant, Manfrid. Thinkers, Saints, Heretics: Spiritual Paths of the Middle Ages. 2007.Pages 80-81. Retrieved 6 Oct. 2023
↑Principe, Lawrence M. (2011). «Introduction».Scientific Revolution: A Very Short Introduction. Nova York: Oxford University Press. pp. 1–3.ISBN978-0-19-956741-6
↑Lindberg, David C. (2007). «The legacy of ancient and medieval science».The beginnings of Western science: the European Scientific tradition in philosophical, religious, and institutional context 2nd ed. Chicago: University of Chicago Press. pp. 357–368.ISBN978-0-226-48205-7
↑Cahan, ed. (2003).From Natural Philosophy to the Sciences: Writing the History of Nineteenth-Century Science. Chicago: University of Chicago Press.ISBN978-0-226-08928-7
↑Lightman, Bernard (2011). «13. Science and the Public». In: Shank; Numbers; Harrison.Wrestling with Nature: From Omens to Science. Chicago: University of Chicago Press.ISBN978-0-226-31783-0
↑Lindberg, David C. (2007). «Islamic science».The beginnings of Western science: the European Scientific tradition in philosophical, religious, and institutional context 2nd ed. Chicago: University of Chicago Press. pp. 163–192.ISBN978-0-226-48205-7
↑Carruthers, Peter (2 de maio de 2002), Carruthers, Peter; Stich, Stephen; Siegal, Michael, eds., «The roots of scientific reasoning: infancy, modularity and the art of tracking»,ISBN978-0-521-81229-0, Cambridge University Press,The Cognitive Basis of Science: 73–96,doi:10.1017/cbo9780511613517.005
↑Lombard, Marlize; Gärdenfors, Peter (2017). «Tracking the Evolution of Causal Cognition in Humans».Journal of Anthropological Sciences.95 (95): 219–234.ISSN1827-4765.PMID28489015.doi:10.4436/JASS.95006
↑Budd, Paul; Taylor, Timothy (1995). «The Faerie Smith Meets the Bronze Industry: Magic Versus Science in the Interpretation of Prehistoric Metal-Making».World Archaeology.27 (1): 133–143.JSTOR124782.doi:10.1080/00438243.1995.9980297
↑Tuomela, Raimo (1987). «Science, Protoscience, and Pseudoscience». In: Pitt; Pera, M.Rational Changes in Science. Col: Boston Studies in the Philosophy of Science.98. Dordrecht: Springer. pp. 83–101.ISBN978-94-010-8181-8.doi:10.1007/978-94-009-3779-6_4
↑Smith, Pamela H. (2009). «Science on the Move: Recent Trends in the History of Early Modern Science».Renaissance Quarterly.62 (2): 345–375.PMID19750597.doi:10.1086/599864
↑Rochberg, Francesca (2011). «Ch.1 Natural Knowledge in Ancient Mesopotamia». In: Shank; Numbers; Harrison.Wrestling with Nature: From Omens to Science. Chicago: University of Chicago Press.ISBN978-0-226-31783-0
↑Krebs, Robert E. (2004).Groundbreaking Scientific Experiments, Inventions, and Discoveries of the Middle Ages and the Renaissance. [S.l.]: Greenwood Publishing Group. 127 páginas.ISBN978-0313324338
↑Biggs, R D. (2005). «Medicine, Surgery, and Public Health in Ancient Mesopotamia».Journal of Assyrian Academic Studies.19 (1): 7–18
↑Lehoux, Daryn (2011). «2. Natural Knowledge in the Classical World». In: Shank; Numbers; Harrison.Wrestling with Nature: From Omens to Science. Chicago: University of Chicago Press.ISBN978-0-226-31783-0
↑Naddaf, Gerard (2006).The Greek Concept of Nature. [S.l.]: SUNY Press,;Ducarme, Frédéric; Couvet, Denis (2020).«What does 'nature' mean?»(PDF). Springer Nature.Palgrave Communications.6 (14).doi:10.1057/s41599-020-0390-y;Guthrie, W.K.C.Presocratic Tradition from Parmenides to Democritus. [S.l.: s.n.] (volume 2 of hisHistory of Greek Philosophy), Cambridge UP, 1965.
↑Conner, Clifford D. (2005).A People's History of Science: Miners, Midwives, and "Low Mechanicks". Nova York: Nation Books. pp. 72–74.ISBN1-56025-748-2.OCLC62164511
↑Toomer, G.J. (1964). «Reviewed work: Ibn al-Haythams Weg zur Physik, Matthias Schramm».Isis.55 (4): 463–65.JSTOR228328.doi:10.1086/349914 Ver p. 464.
↑Cohen, H. Floris (2010). «Greek nature knowledge transplanted: The Islamic world».How modern science came into the world. Four civilizations, one 17th-century breakthrough 2nd ed. Amsterdam: Amsterdam University Press. pp. 99–156.ISBN978-90-8964-239-4
↑abSmith, A. Mark (2001).Alhacen's Theory of Visual Perception: A Critical Edition, with English Translation and Commentary, of the First Three Books of Alhacen'sDe Aspectibus, the Medieval Latin Version of Ibn al-Haytham'sKitāb al-Manāẓir, 2 vols. Col: Transactions of the American Philosophical Society.91.Filadélfia:American Philosophical Society.ISBN978-0-87169-914-5.OCLC47168716
↑Cohen, H. Floris (2010). «Greek nature knowledge transplanted and more: Renaissance Europe».How modern science came into the world. Four civilizations, one 17th-century breakthrough 2nd ed. Amsterdam: Amsterdam University Press. pp. 99–156.ISBN978-90-8964-239-4
↑Swingewood, Alan (1970). «Origins of Sociology: The Case of the Scottish Enlightenment».The British Journal of Sociology.21 (2): 164–180.JSTOR588406.doi:10.2307/588406
↑Lightman, Bernard (2011). «13. Science and the Public». In: Shank; Numbers; Harrison.Wrestling with Nature: From Omens to Science. Chicago: University of Chicago Press.ISBN978-0-226-31783-0
↑Leahey, Thomas Hardy (2018). «The psychology of consciousness».A History of Psychology: From Antiquity to Modernity 8th ed. Nova York: Routledge. pp. 219–253.ISBN978-1-138-65242-2
↑Rocke, Alan J. (2005). «In Search of El Dorado: John Dalton and the Origins of the Atomic Theory».Social Research.72 (1): 125–158.JSTOR40972005.doi:10.1353/sor.2005.0003
↑Reichl, Linda (1980).A Modern Course in Statistical Physics. [S.l.]: Edward Arnold.ISBN0-7131-2789-9
↑Rao, Y. V. C. (1997).Chemical Engineering Thermodynamics. [S.l.]: Universities Press. p. 158.ISBN978-81-7371-048-3
↑Mould, Richard F. (1995).A century of X-rays and radioactivity in medicine: with emphasis on photographic records of the early years Reprint. with minor corr ed. Bristol: Inst. of Physics Publ.ISBN978-0-7503-0224-1
↑abEstreicher, Tadeusz (1938). «Curie, Maria ze Skłodowskich».Polski słownik biograficzny, vol. 4 (em polaco). [S.l.: s.n.]
↑Furner, Jonathan (1 de junho de 2003). «Little Book, Big Book: Before and After Little Science, Big Science: A Review Article, Part I».Journal of Librarianship and Information Science.35 (2): 115–125.doi:10.1177/0961000603352006
↑Rosser, Sue V. (12 de março de 2012).Breaking into the Lab: Engineering Progress for Women in Science. Nova York: New York University Press.ISBN978-0-8147-7645-2
↑Miller, Arthur I. (1981).Albert Einstein's special theory of relativity. Emergence (1905) and early interpretation (1905–1911). Reading: Addison–Wesley.ISBN978-0-201-04679-3
↑Rashid, S. Tamir; Alexander, Graeme J.M. (Março de 2013). «Induced pluripotent stem cells: from Nobel Prizes to clinical applications».Journal of Hepatology.58 (3): 625–629.ISSN1600-0641.PMID23131523.doi:10.1016/j.jhep.2012.10.026
↑Oglivie, Brian W. (2008). «Introduction».The Science of Describing: Natural History in Renaissance Europe Paperback ed. Chicago: University of Chicago Press. pp. 1–24.ISBN978-0-226-62088-6
↑«Natural History». Princeton University WordNet. Consultado em 21 de outubro de 2012. Arquivado dooriginal em 3 de março de 2012
↑Tomalin, Marcus (2006).Linguistics and the Formal Sciences. [S.l.: s.n.]
↑Löwe, Benedikt (2002). «The Formal Sciences: Their Scope, Their Foundations, and Their Unity».Synthese.133: 5–11.doi:10.1023/a:1020887832028
↑Bill, Thompson (2007). «2.4 Formal Science and Applied Mathematics».The Nature of Statistical Evidence. Col: Lecture Notes in Statistics.189. [S.l.]: Springer
↑Bunge, Mario (1998). «The Scientific Approach».Philosophy of Science: Volume 1, From Problem to Theory.1 revised ed. Nova York: Routledge. pp. 3–50.ISBN978-0-7658-0413-6
↑Mujumdar, Anshu Gupta; Singh, Tejinder (2016). «Cognitive science and the connection between physics and mathematics». In: Aguirre; Foster, Brendan.Trick or Truth?: The Mysterious Connection Between Physics and Mathematics. Col: The Frontiers Collection. Switzerland: SpringerNature. pp. 201–218.ISBN978-3-319-27494-2
↑«About the Journal».Journal of Mathematical Physics. Consultado em 3 de outubro de 2006. Arquivado dooriginal em 3 de outubro de 2006
↑«What is mathematical biology». Centre for Mathematical Biology, University of Bath. Consultado em 7 de junho de 2018. Arquivado dooriginal em 23 de setembro de 2018
↑Varian, Hal (1997). «What Use Is Economic Theory?». In: D'Autume; Cartelier, J.Is Economics Becoming a Hard Science?. [S.l.]: Edward ElgarPre-publication.Arquivado em 2006-06-25 noWayback Machine. Acessado em 1 de abril de 2008.
↑Abraham, Reem Rachel (2004). «Clinically oriented physiology teaching: strategy for developing critical-thinking skills in undergraduate medical students».Advances in Physiology Education.28 (3): 102–04.PMID15319191.doi:10.1152/advan.00001.2004
↑Nissani, M. (1995). «Fruits, Salads, and Smoothies: A Working definition of Interdisciplinarity».The Journal of Educational Thought.29 (2): 121–128.JSTOR23767672
↑abdi Francia, Giuliano Toraldo (1976). «The method of physics».The Investigation of the Physical World. Cambridge, United Kingdom: Cambridge University Press. pp. 1–52.ISBN978-0-521-29925-1
↑Wilson, Edward (1999).Consilience: The Unity of Knowledge. Nova York: Vintage.ISBN978-0-679-76867-8
↑Fara, Patricia (2009). «Decisions».Science: A Four Thousand Year History. Oxford, United Kingdom: Oxford University Press.ISBN978-0-19-922689-4
↑Aldrich, John (1995). «Correlations Genuine and Spurious in Pearson and Yule».Statistical Science.10 (4): 364–376.JSTOR2246135.doi:10.1214/ss/1177009870
↑Nola, Robert; Irzik, Gürol (2005k). «naive inductivism as a methodology in science».Philosophy, science, education and culture. Col: Science & technology education library.28. [S.l.]: Springer. pp. 207–230.ISBN978-1-4020-3769-6
↑Nola, Robert; Irzik, Gürol (2005j). «The aims of science and critical inquiry».Philosophy, science, education and culture. Col: Science & technology education library.28. [S.l.]: Springer. pp. 207–230.ISBN978-1-4020-3769-6
↑Bulger, Ruth Ellen; Heitman, Elizabeth; Reiser, Stanley Joel (2002).The Ethical Dimensions of the Biological and Health Sciences 2nd ed. [S.l.]: Cambridge University Press.ISBN978-0-521-00886-0.OCLC47791316
↑Backer, Patricia Ryaby (29 de outubro de 2004).«What is the scientific method?». San Jose State University. Consultado em 28 de março de 2008. Arquivado dooriginal em 8 de abril de 2008
↑Ziman, John (1978c). «Common observation».Reliable knowledge: An exploration of the grounds for belief in science. Cambridge: Cambridge University Press. pp. 42–76.ISBN978-0-521-22087-3
↑Subramanyam, Krishna; Subramanyam, Bhadriraju (1981).Scientific and Technical Information Resources. [S.l.]: CRC Press.ISBN978-0-8247-8297-9.OCLC232950234
↑abBush, Vannevar (Julho de 1945).«Science the Endless Frontier». National Science Foundation. Consultado em 4 de novembro de 2016. Arquivado dooriginal em 7 de novembro de 2016
↑Pashler, Harold; Wagenmakers, Eric Jan (2012). «Editors' Introduction to the Special Section on Replicability in Psychological Science: A Crisis of Confidence?».Perspectives on Psychological Science.7 (6): 528–530.PMID26168108.doi:10.1177/1745691612465253
↑Feynman, Richard (1974).«Cargo Cult Science».Center for Theoretical Neuroscience. Columbia University. Consultado em 4 de novembro de 2016. Arquivado dooriginal em 4 de março de 2005
↑Novella, Steven (2018).The Skeptics' Guide to the Universe: How to Know What's Really Real in a World Increasingly Full of Fake (em inglês). [S.l.]: Hodder & Stoughton.ISBN978-1473696419
↑Brugger, E. Christian (2004). «Casebeer, William D. Natural Ethical Facts: Evolution, Connectionism, and Moral Cognition».The Review of Metaphysics.58 (2)
↑Kwok, Roberta (2017). «Flexible working: Science in the gig economy».Nature.550: 419–21.doi:10.1038/nj7677-549a
↑Woolston, Chris (2007). Editorial, ed. «Many junior scientists need to take a hard look at their job prospects».Nature.550: 549–552.doi:10.1038/nj7677-549a
↑Whaley, Leigh Ann (2003).Women's History as Scientists. Santa Barbara, California: ABC-CLIO, INC.
↑Spanier, Bonnie (1995). «From Molecules to Brains, Normal Science Supports Sexist Beliefs about Difference».Im/partial Science: Gender Identity in Molecular Biology. [S.l.]: Indiana University Press.ISBN978-0-253-20968-9
↑Kevles, Daniel (1977). «The National Science Foundation and the Debate over Postwar Research Policy, 1942-1945».Isis.68 (241): 4–26.PMID320157.doi:10.1086/351711
↑Marburger, John Harmen III (10 de fevereiro de 2015).Science policy up close. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press.ISBN978-0-674-41709-0.OCLC875999943
↑Gauchat, Gordon William (2008). «A Test of Three Theories of Anti-Science Attitudes».Sociological Focus.41 (4): 337–357.doi:10.1080/00380237.2008.10571338
«Cienciapt.NET». Informação de Ciência, Tecnologia e Inovação
Artigos
«Science-advisor» (em inglês). Revisão Online de Artigos Científicos. Escritas de comentários curtos, revisões e cartas sobre artigos científicos, com ferramenta de pesquisa de literatura científica.
Recursos
«New Scientist» (em inglês). Magazine, Reed Business Information Ltd.
«United States Science Initiative» (em inglês). Authoritative selected science information provided by U.S. Government agencies, including research and development results.