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Chondrus crispus

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaChondrus crispus
musgo-da-irlanda
A-D Chondrus crispus; E-F Mastocarpus stellatus
A-DChondrus crispus; E-FMastocarpus stellatus
Classificação científica
Domínio:Eukaryota
Reino:Archaeplastida
Filo:Rhodophyta
Classe:Florideophyceae
Ordem:Gigartinales
Família:Gigartinaceae
Género:Chondrus
Espécie:C. crispus
Nome binomial
Chondrus crispus
Stackh.
Ociclo de vida deChondrus crispus. Abaixo de cada fase do ciclo de vida está a indicação de serhaploide (n) oudiploide (2n) e o tipo decarragenano presente.
Espécimes deChondrus crispus em diversos estágios do seu ciclo de vida. Ogametófitos apresentam a iridescência azulada típica da espécie e osesporófitos o padrão de manchas que os caracteriza.

Chondrus crispusStackh.[1],comummente conhecida comomusgo-da-irlanda[2], é umamacroalga vermelha (Rhodophyta) abundante nas zonas rochosas das costas europeia e norte-americana doAtlântico Norte.[3] Quando fresca, esta alga é formada portalos ramificados, macios e cartilaginosos, variando em coloração de um amarelo-esverdeado, ao vermelho, ao roxo e ao púrpura-acastanhado escuro. O principal constituinte dos talos é um corpomucilaginoso, muito rico empolissacarídeos do grupo doscarragenanos, os quais constituem cerca de 55% dopeso seco da alga, razão pela qual a espécie é recolhida e processada industrialmente, constituindo uma das principais fontes comerciais decarragenina e a principal algacarraginófita explorada no Atlântico.

Descrição

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C. crispus é uma alga vermelha relativamente pequena, comtalos ramificados que atingem pouco mais de 20 cm de comprimento, que quando frescos apresentam uma textura firme e consistência macia e cartilaginosa. Os talos desenvolvem-se a partir derizoides discoides, que estabelecem ligações fortes ao substrato rochoso onde esta alga ocorre, e ramificam-se de formadicotómica 4-5 vezes, formando uma estrutura em forma de leque.

A morfologia é muito variável, especialmente no que respeita à coloração e largura dos talos. Em média as ramificações têm 2–15 mm de largura, tendo como principal constituinte um corpomucilaginoso, composto porpolissacarídeos do grupo doscarragenanos, os quais constituem cerca de 55% dopeso seco da alga, razão pela qual a espécie é recolhida e processada industrialmente, constituindo uma das principais fontes comerciais decarragenina. Quando fresca os talos variam em coloração de um amarelo-esverdeado, ao vermelho, ao roxo e ao púrpura-acastanhado escuro, descolorando para amarelado quando os talos são exposto àradiação solar direta.

Para além dos carragenanos, o organismo em peso seco é composto por cerca de 10% deproteína e 15% dematéria mineral, sendo rico emiodo eenxofre. Quando amolecido emágua, liberta o odor típico das algas marinhas. Quando cozido, os abundantes polissacarídeos daparede celular formam umageleia que quando arrefece contém de 20 a 100 vezes o seu peso seco emágua.

As diversas espécies dogéneroChondrus são morfologicamente muito semelhantes, sendo de difícil distinção. Também algumas espécies daordemGigartinales são morfologicamente muito semelhantes, nomeadamente a espécieMastocarpus stellatus(Stackhouse) Guiry, a qual apresenta morfologia muito semelhante e ocorre frequentemente em populações mista comC. crispus, mas que pode ser facilmente distinguida pelos seus talos canelados e por vezes a encurvados. Por outro lado, os espécimescistocárpicos do géneroMastocarpus apresentam papilas reprodutivas muito distintas das do géneroChondrus,[4] ao que acresce que quando lavados e secos ao sol para preservação, os talos deMastocarpus ganham umatranslucência amarelada e consistência e aspecto córneo.

Osgametófitos deC. crispus apresentam frequentemente umairidescência azulada e osesporófitos férteis apresentam um padrão de coloração com manchas bem marcadas.

Distribuição e ecologia

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Chondrus crispus é de ocorrência comum nas zonas rochosas das costas ocidentais daEuropa, em particular naIrlanda,Grã-Bretanha e noroeste daPenínsula Ibérica, mas ocorre desde aIslândia e asilhas Faroé.[5] e as costas ocidentais doMar Báltico até ao sul daEspanha[4] e às ilhas daMacaronésia, sendo muito frequente nosAçores. Ocorre também nas costas atlânticas do nordeste dos Estados Unidos e doCanadá.[4][6] Existem registos da presença da espécie nas costas daCalifórnia e doJapão,[4] mas a ocorrência fora do Atlântico Norte carece de verificação, particularmente porque existem espécies deChondrus noOceano Pacífico morfologicamente similares, particularmenteC. ocellatusHolmes,C. nipponicusYendo,C. yendoiYamadaet Mikami,C. pinnulatus(Harvey) Okamura eC. armatus(Harvey) Yamadaet Mikami[7]

C. crispus ocorre em costas rochosas bem expostas à ondulação e sem presença significativa de água doce, crescendo desde o centro dazona entremarés até às zonas rochosas bem iluminadas dozona nerítica. Ocorre com frequência emrecifes rochosos e em estruturas bem expostas à ondulação.

Utilização

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Chondrus crispus é uma fonte industrial decarragenanos, compostos frequentemente utilizados comespessantes eestabilizante alimentares[8] em produtos lácteos comosorvetes[9] e outros alimentos processados, incluindo produtos decharcutaria. NaUnião Europeia as carragenanos utilizados comoaditivo alimentar são obrigatoriamente indicados no rótulo dos alimentos com os códigosE407 ouE407b. São também usados como espessante em materiais de impressão gráfica (calico-printing) e comoclarificantes na confecção decervejas e devinhos.

Referências

  1. «Página de Espécie • Naturdata - Biodiversidade em Portugal».Naturdata - Biodiversidade em Portugal. Consultado em 28 de janeiro de 2022 
  2. Infopédia.«musgo-da-irlanda | Definição ou significado de musgo-da-irlanda no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa».Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 28 de janeiro de 2022 
  3. Harvey, M.J. & McLachlan, J. 1973.Chondrus crispus.Proc. Trans. Nova Scotian Inst. Sci.27 (Suppl.): 1 - 155.
  4. abcdP. S. Dixon & L. M. Irvine (1977).Seaweeds of the British Isles. Vol. 1 Rhodophyta Part 1: Introduction, Nemaliales, Gigartinales. [S.l.]:British Museum (Natural History) London.ISBN 0-565-00781-5 
  5. F. Börgesen (1903). «Marine Algae of the Faröes».Botany of the Faröes based upon Danish investigations Part II (Copenhagen Reprint 1970). [S.l.: s.n.] 35 páginas.ISBN 90-6105-011-1 
  6. W. R. Taylor (1972).Marine Algae of the Northeastern Coast of North America. [S.l.]:University of Michigan Press, Ann Arbor.ISBN 0-472-04904-6 
  7. Hu, Z., Critchley, A.T., Gao T, Zeng X, Morrell, S.L. and Delin, D. 2007 Delineation of Chondrus (Gigartinales, Florideophyceae) in China and the origin of C. crispus inferred from molecular data. Marine Biology Research, 3: 145-154
  8. Roeck-Holtzhauer, Y.de 1991. Uses ofseaweeds in Cosmetics.in Guiry, M.D. and Blunden, G. 1991Seaweed Resources in Europe: Uses and Potential. John Wiley & SonsISBN 0-471-92947-6
  9. Stegenga, H., Bolton, J.J., and Anderson, R.J. 1997.Seaweeds of the South African West Coast. ed. Hall, A.V. Bolus Herbarium Number 18 Cape Town.ISBN 0-7992-1793-X

Ligações externas

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OCommons possui umacategoria com imagens e outros ficheiros sobreChondrus crispus
OWikispecies tem informações relacionadas aChondrus crispus.
Busca WikisourceOWikisource tem o texto da
Encyclopædia Britannica (11.ª edição),
artigo:Irish Moss (em inglês).

Bibliografia

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