Chevrolet D-20, A-20, C-20 | |||||||
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Chevrolet D20 Conquest 1992 | |||||||
Visão geral | |||||||
Produção | 1985 —1996 | ||||||
Fabricante | Chevrolet, grupoGeneral Motors | ||||||
Montagem | ![]() ![]() | ||||||
Modelo | |||||||
Classe | Pickup full-size | ||||||
Carroceria | Pickup | ||||||
Ficha técnica | |||||||
Motor | D-20 Perkins Q20B4, Maxion S4/S4T/S4T-Plus (todos de 4 cilindros em linha) A-20 eC-20 GM 4,1 L (6 cilindros em linha) | ||||||
Transmissão | Manual de 4 ou 5 marchas | ||||||
Modelos relacionados | Chevrolet Bonanza,Chevrolet Veraneio Ford F-1000 | ||||||
Dimensões | |||||||
Comprimento | Cab. simples: 4.820 mm Cab. dupla: 5.349 mm | ||||||
Largura | 2.000 sem espelhos | ||||||
Altura | 1.880 | ||||||
Peso | 2.040 a 2.290 kg | ||||||
Cronologia | |||||||
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ASérie 20 é a versão para uma tonelada dascamionetes da linha C/K[1] produzidas pelaGeneral Motors do Brasil, no período de 1985 a 1996, sob a marcaChevrolet.[2] A linha é composta por versõespickup, de cabine simples ou dupla, comcaçamba longa ou curta, e doisSUV de 2 (Chevrolet Bonanza) ou 4 portas (Chevrolet Veraneio).[3]
A Série 20 surgiu em 1985, com um novo design que também compartilhou com as novasC10 e A10.[4] O mercado de utilitários era acirradamente disputado entre aFord e aChevrolet, e a Série 10 já demonstrava sinais de cansaço perante a série de utilitários "F", da Ford.
Na linha de 1985 foram lançadas as pickups e posteriormente, em 1989, os utilitários esportivos. O grande destaque da nova série era o moderno desenho, típico dos veículos da década de 80, com identidade visual bastante semelhante ao resto da linhaChevrolet da época, com linhas retas e cantos arredondados, faróis quadrangulares iguais aos doOpala, grade frontal moldada em plástico, assim como a ponteira dos para-choques dianteiros. As dimensões da carroceria aumentaram em 100 mm na altura e na largura, em relação a Série 10 antiga. Comprimento, entre-eixos e as bitolas dianteiras e traseiras foram mantidas, pois ochassi era o mesmo da versão anterior.
A nomenclatura daspickups era determinada com o combustível utilizado: D-20 para as versões a diesel, A-20 para as versões a álcool (etanol) e C-20 para as versões a gasolina.
Em 1993 ocorreu uma nova reformulação no visual, com o emprego de faróis no formato trapezoidal, uma nova grade dianteira e um novo painel frontal. Neste mesmo ano vieram inovações mecânicas como a direção hidráulica progressiva Servotronic (opcional), embreagem com acionamento hidráulico, melhorias na suspensão, novo tanque de combustível plástico com capacidade de 126 litros, novo posicionamento do filtro de ar priorizando a captação do ar externo, reforço no chassis similar ao do caminhão leve D-40, entre outras modificações.
Em 1995, a linha de montagem, que anteriormente ficava emSão José dos Campos, passou para a fábrica de Cordoba, naArgentina, sob o regimeCKD. Sem fôlego para enfrentar a concorrência dos modernosSUVs importados, os utilitários esportivosChevrolet Bonanza eChevrolet Veraneio foram descontinuados. No mesmo ano o fornecedor dos diferenciais mudou do tradicional Rockwell-Braseixos usado por décadas nos comerciaisChevrolet para o Dana, também utilizado na picape rival F-1000, dotado em todas as versões com sistema deslizamento limitado, chamado pelaChevrolet dePositraction.
Nesta ocasião a versão aÁlcool A-20 também foi descontinuada, por conta da baixa demanda. A versão a gasolina, entretanto, ganhou o renovado motor 4.1 com injeção multi-ponto, derivado doOmega, ajustado para render 138 cv e um generoso torque em baixa rotação.
Em 1996, as pickups foram descontinuadas para ceder o lugar àSilverado, de desenho mais moderno e acabamento mais luxuoso, que embora mecanicamente similar e com bons índices de vendas, não repetiu o sucesso de suas antecessoras.[5]
Em todos os modelos eram empregados a mesma mecânica simples, resultando na fama de robustez desses veículos. Seuchassi era composto por duas vigas de aço estampado em formato de "U", unidas por travessas.
Asuspensão dianteira era independente, com o uso de bandejas superiores e inferiores, molas helicoidais eamortecedores telescópicos de dupla ação. Na traseira, era utilizado um clássico sistema com eixodiferencial rígido, feixes de molas e amortecedores hidráulicos de dupla ação.
O sistema defreios era composto por dois circuitos hidráulicos, com discos na dianteira, e tambores na traseira. O sistema possuía uma válvula proporcionadora traseira, destinada a equalizar a pressão exercida sobre os tambores traseiros de acordo com a carga do veículo. Em 1995, as pickups ganharam um sistema RWAL (Rear Wheel Anti-Lock) para aumentar a eficácia dos freios traseiros. Para fins demarketing, esse sistema foi denominado ABS-T.
Em suas versões a álcool e gasolina, os motores empregados foram os 4.1 litros de 6 cilindros em linha, adotados noOpala. Possuíam baixapotência específica, mas tinham como característica principal otorque em baixas rotações, além da reconhecida fama de duráveis. Em 1995, uma evolução desse motor, preparado pelaLotus inglesa para o Omega, passou a equipar as pickups, mas somente na versão a gasolina. Utilizava um moderno sistema de injeção sequencial multipontoBosch Motronic, trazendo maiores valores de torque e potência com um consumo de combustível mais contido, e menor emissão de poluentes.
As versões a diesel empregaram inicialmente o Perkins Q20B4, um motor 4 cilindros aspirado de 3.9L c/ 86cv-27kgf.m e, uma evolução do Perkins 4236 utilizado na Série 10, desenhado especificamente para a linha GM, esse propulsor tinha ruído, consumo e vibração consideravelmente menores que seu antecessor. Ao fim de 1991, com a aquisição da Perkins do Brasil pela Iochpe-Maxion, o Perkins Q20B4 sofreu mais uma série de melhorias que reduziram seu peso, aumentaram sua potência e suavizaram ainda mais seu funcionamento, esse novo motor passou a se chamar Maxion S4, imediatamente equipando as picapes desse ano-modelo. Também de 4 cilindros, mas agora com 4 litros de capacidade volumétrica passou a desenvolver 90cv na versão aspirada. A partir da linha 1992 foi disponibilizada também a inédita versão Turbo, o chamado S4T, de 125cv, para concorrer com aFord F-1000 Turbo. Em 1995, a Iochpe-Maxion reformulou o motor superalimentado, com novos bicos injetores, cabeçote e turbocompressor valvulado (waste gate) visando enquadrá-lo à norma Euro-II de emissões, em razão de suas exportações para o mercado Europeu. O novo motor passou a se chamar S4T-Plus, agora com 150cv.
As caixas de mudanças eram fornecidas pela Clark (atual Eaton- Fuller), inicialmente com 4 marchas com opção à uma caixa de 5 marchas como opcional, que passaria a ser item de série a partir da linha 1992 com a caixa Clark 2615-B, conhecida por sua resistência. As versões equipadas com turbocompressor, S4T e S4T Plus utilizaram um outro modelo de caixa de mudanças, a ZF S5-42, de 5 velocidades com sobremarcha.
Podia se adquirir como opcional aos diferenciais convencionais (negativos) os diferenciais positivos, ou de tração equalizada, nomeados pela GM como Positraction, que serviam para obter melhor tração em terrenos onde uma das rodas perde aderência, mandando (por meio de esferas de atrito) mais força à roda com mais contato ao solo, um sistema de deslizamento limitado.
Em 1990 foi lançada uma esperada versão das pickups comtração nas 4 rodas. Desenvolvido pela Engesa deSão Paulo, era um sistema com suspensão independente na dianteira, por barras de torção em lugar das molas helicoidais,rodas-livres e acionamento mecânico por alavanca. Entretanto essa versão, em virtude da baixa confiabilidade do sistema, foi descontinuada pela GM para que não viesse a afetar a boa imagem da linha no mercado.[6]
D20 EL Camino: Única de cabine dupla saída de fabrica, faz homenagem aChevroletEl Camino, caminhonete famosa nosEUA, foram fabricadas 150 unidades.
D20 Champ 1: Vendida na cor vermelho Aruba, tinha santo antônio especial assim como novas rodas e faixas, assim como motores diesel turbo ou aspirado com novo para-choque envolvente, feita para comemoração da liderança de mercado.
D20 Conquest: Vendida em grandes quantidade, ela oferecia motores diesel turbo ou aspirado, vidros, trava e retrovisores elétricos, rodas de liga leve, freios ABS.
O fim da Série 20 marcou o fim da acirrada disputa entreFord eChevrolet pelo mercado brasileiro de utilitários. Meses após o final de sua produção, a Ford também substituiria aF-1000, outro ícone dessa época, pelaF-250 visando competir em pé de igualdade com a moderna Silverado.
O nome D-20 ainda seria reutilizado pela Chevrolet naSilverado, numa tentativa de alavancar as vendas desse modelo.[8]