Movatterモバイル変換


[0]ホーム

URL:


Saltar para o conteúdo
Wikipédia
Busca

Charles Chandler

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Charles Chandler
Charles Chandler
Dados pessoais
Nome completoCharles Rodney Chandler
Nascimento23 de julho de1938

Arcadia,Luisiana,Estados Unidos
Morte12 de outubro de1968 (30 anos)
São Paulo,Brasil
Vida militar
ForçaExército dos Estados Unidos
Anos de serviço1962-1968
Hierarquia
Major( post mortem)

Charles Rodney Chandler (Arcadia,23 de julho de1938São Paulo,12 de outubro de1968) foi um oficial doExército dos Estados Unidos e veterano daGuerra do Vietnã.[1]

As organizações de resistência àditadura militar brasileira o identificaram comoespião daCIA.[2]Ele foi então assassinado na cidade deSão Paulo, porextremistas de esquerda que integravam aVanguarda Popular Revolucionária (VPR) e aAção Libertadora Nacional (ALN).

Biografia

[editar |editar código-fonte]

Bolsista no Brasil daGeorge Olmsted Foundation, para um curso de pós-graduação naEscola de Sociologia e Política da Fundação Álvares Penteado, Chandler serviu naGuerra do Vietnã, onde foi condecorado, como conselheiro militar e participou de mais de 40 batalhas da guerra. Com sua presença no Brasil notada pelas organizações de esquerda, os dirigentes daVanguarda Popular Revolucionária (VPR) e daAção Libertadora Nacional (ALN) assumiram que o oficial norte-americano estaria no país para ministrar técnicas de tortura a policiais civis e militares.[3][4][5] SegundoElio Gaspari, emA Ditadura Envergonhada, "O tribunal (dos guerrilheiros) não decidiu matá-lo porque tivesse feito algo de errado, mas porque era americano e era militar. Além disso, estavam a fim de matar alguém que desse publicidade ao terrorismo".[2] EmThe Politics of Military Rule in Brazil, 1964-1985,Thomas E. Skidmore afirma que o militar estava no Brasil se preparando para dar aulas de português emWest Point, a academia militar estadunidense.[2]

Foi casado e teve quatro filhos.[1]

Assassinato

[editar |editar código-fonte]

Em 1968, as ações deguerrilha urbana perdiam-se no anonimato de seus autores e, muitas vezes, eram até confundidas com as atividades de simples marginais. De acordo com os dirigentes de algumas organizações militaristas, já havia chegado o momento certo para a população tomar conhecimento da chamada luta armada revolucionária em curso, o que poderia ser feito através de uma ação que repercutisse no Brasil e no exterior. Em setembro daquele ano,Marco Antônio Braz de Carvalho, o “Marquito”, homem de confiança deCarlos Marighella – que dirigia o Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP), futuraAção Libertadora Nacional (ALN) -, e que fazia a ligação com aVanguarda Popular Revolucionária (VPR), levou para Onofre Pinto (“Augusto”; “Ribeiro”; “Ari”; “Bira”; “Biro”), então coordenador geral da VPR, a possibilidade de realizar uma ação de "justiçamento".

No início de outubro, um “tribunal revolucionário”, integrado por três dirigentes da VPR,Onofre Pinto como presidente eJoão Carlos Quartim de Moraes eLadislau Dowbor como membros, condenou o Capitão Chandler à morte.[3]:209

Através de levantamentos realizados pela guerrilheiraDulce Maia, apurou-se, sobre a futura vítima, seus horários habituais de entrada e saída de casa, costumes, roupas que costumava usar, aspectos de sua personalidade e dados sobre os familiares e sobre o local em que residia, numa casa da Rua Petrópolis, nº 375, no tranqüilo e bucólico bairro do Sumaré, em São Paulo.[3]:209 Foi escolhido o grupo de execução, integrado por Pedro Lobo de Oliveira, Diógenes José Carvalho de Oliveira e Marco Antônio Braz de Carvalho, o Markito.[6]

Promoção e honras

[editar |editar código-fonte]

Chandler foi promovidopost-mortem ao posto demajor e enterrado no cemitério daAcademia Militar de West Point.[1]

Ver também

[editar |editar código-fonte]

Referências

  1. abc«O caso do capitão Charles Rodney Chandler»(PDF). Relatório do Department of Defense Intelligence Information, p.6. 23 de julho de 1971. Consultado em 2 de julho de 2019 
  2. abc«Quem foi Charles Rodney Chandler, militar americano morto pela luta armada citado por Bolsonaro nos EUA».BBC Brasil. 16 de maio de 2019. Consultado em 19 de maio de 2019 
  3. abcLaque, João Roberto (2010).Pedro e os lobos: os anos de chumbo na trajetória de um guerrilheiro urbano. São Paulo: Ava Editorial. p. 207-211. 638 páginas.ISBN 978-85-91053-70-4 
  4. «DOPS leva à justiça os matadores de Chandler».Folha da Tarde. 28 de novembro de 1969.Cópia arquivada em 17 de maio de 2019 – via Banco de Dados Folha - Acervo online 
  5. Joffily, Mariana (2008).No centro da engrenagem : os interrogatórios na Operação Bandeirante e no DOI de São Paulo (1969-1975)(PDF) (Tese de Doutorado em História Social). São Paulo: USP-FFLCH. p. 31.doi:10.11606/T.8.2008.tde-03062008-152541.O assassinato do capitão norte-americano Charles Rodney Chandler, veterano da guerra do Vietnã, no dia 12 de outubro de 1968, foi executado por um comando conjunto da VPR e da ALN, por ser ele um agente da CIA. GORENDER, Jacob. Combate nas trevas. 5. ed. São Paulo: Ática, 1998, p. 143-144. 
  6. «DOPS LEVA À JUSTIÇA OS MATADORES DE CHANDLER». Banco de Dados Folha de S. Paulo. Consultado em 1 de maio de 2011 

Ligações externas

[editar |editar código-fonte]
Atividade paramilitar durante aditadura militar no Brasil (1964 – 1985)
Conflitos armados
Incidentes
Grupos paramilitares
Principais guerrilheiros
Os crimes políticos e eleitorais cometidos entre 1961 e 1979 foramanistiados pela Lei 6.683/79
Ícone de esboçoEste artigo sobre umapessoa é umesboço. Você pode ajudar a Wikipédiaexpandindo-o.
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Charles_Chandler&oldid=69628583"
Categorias:
Categorias ocultas:

[8]ページ先頭

©2009-2025 Movatter.jp