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Celso Lafer | |
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Celso Lafer | |
| 26.° Ministro doDesenvolvimento, Indústria e Comércio doBrasil | |
| Período | 1° de janeiro de1999 até18 de julho de1999 |
| Presidente | Fernando Henrique Cardoso |
| Antecessor(a) | José Botafogo Gonçalves |
| Sucessor(a) | Clóvis Carvalho |
| 124.° e 128.° Ministro dasRelações Exteriores doBrasil | |
| Período | 1°-13 de abril de1992 até2 de outubro de1992 2°-29 de janeiro de2001 até1° de janeiro de2003 |
| Presidente | 1°-Fernando Collor 2°-Fernando Henrique Cardoso |
| Antecessor(a) | 1°-Francisco Rezek 2°- Luiz Felipe de Seixas Corrêa(ministro interino) |
| Sucessor(a) | 1°-Fernando Henrique Cardoso 2°-Celso Amorim |
| Dados pessoais | |
| Nome completo | Celso Lafer |
| Nascimento | 7 de agosto de1941 (84 anos) São Paulo,SP,Brasil |
| Nacionalidade | brasileiro |
| Progenitores | Pai: Abrahão Jacob Lafer |
| Alma mater | FDUSP(Grad.) Universidade de Cornell(Ms./Dout.) |
| Prêmio(s) | Prémio Jabuti 1989 |
| Cônjuge | Betty Mindlin Mary Macedo de Camargo Neves |
| Filhos(as) | Manuel Mindlin Lafer Inês Mindlin LaferTiago de Camargo Neves Lafer |
| Partido | PSDB(1992-atualidade) |
| Religião | judaísmo |
| Profissão | Jurista |
Celso LaferGCMM •GCIH (São Paulo,7 de agosto de1941) é umadvogado,jurista,professor, membro daAcademia Brasileira de Letras e ex-ministro das Relações Exterioresbrasileiro.
Nascido em São Paulo em 1941, é descendente de uma família judialituana que imigrou para o Brasil, no final do século XIX.[1] É filho de Abrahão Jacob Lafer e de Beila Pilnik. Seu pai era filho de Max Lafer e de Jenny Lafer. Sua mãe conhecida como Betty, nasceu emVilna, na Lituânia, e era filha de Horácio Pilnik e Zlate Riman.[1] Celso é irmão de Marina Lafer,[1] que foi casada com o jornalistaMauro Roberto Fernandes Chaves.[2][3] Celso foi casado com a antropóloga e escritoraBetty Mindlin e juntos tiveram dois filhos, Manuel Mindlin Lafer (que usa o nome artístico de Manu Lafer em sua carreira como músico)[4] e Inês Mindlin Lafer.[4] Posteriormente casou-se com a professora da USP, Mary Macedo de Camargo Neves.[1][5] Tiveram um filho, Tiago de Camargo Neves Lafer.
Seu pai é primo deHorácio Lafer, que foi deputado federal e Ministro da Fazenda e também Ministro das Relações Exteriores do Brasil e parente, portanto, dos Klabin. A Família Lafer e Klabin, juntas fundaram aIrmãos Klabin & Cia,[6] sendo Celso Lafer membro efetivo do conselho administrativo daKlabin Papel e Celulose.[7]
Formou-se em 1964 pelaFaculdade de Direito da Universidade de São Paulo, cursou mestrado (1967) e doutorado (1970) em Ciência Política pelaUniversidade de Cornell, nosEstados Unidos (1970), livre-docente emDireito Internacional Público na USP (1977) e professor titular deFilosofia do Direito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo de 1988 a 2011, quando se aposentou. De 2007 a 2015 foi presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
Foi chefe do Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito da Faculdade de Direito da USP, presidente do Conselho de Administração da Metal Leve.
Foi ainda ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e ministro das Relações Exteriores em duas ocasiões, em 1992 (no governo deFernando Collor[8]) e de 2001 a 2002, nos últimos dois anos do governoFernando Henrique Cardoso, além de ter sido embaixador do Brasil junto à OMC (Organização Mundial do Comércio) e embaixador do Brasil junto àOrganização das Nações Unidas (ONU) de 1995 a 1998. Seu tio,Horácio Lafer, também foi ministro das Relações Exteriores durante o governo deJuscelino Kubitschek.
Em sua primeira gestão à frente doItamaraty, foi responsável pela organização daConferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (conhecida como Rio 92, ou ECO92) que reuniu no Rio de Janeiro mais de cem chefes de Estado que buscavam meios de conciliar odesenvolvimento socioeconômico com a conservação e proteção dosecossistemas daTerra. Em sua segunda gestão comochanceler, acompanhou o então presidente Fernando Henrique Cardoso na delegação brasileira à Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a Rio+10, que aconteceu em Durban, na África do Sul.
Em 31 de janeiro de 2002, foi personagem de incidente que provocou polêmica na imprensa brasileira. Em viagem aos Estados Unidos, ao passar pela segurança de dois aeroportos locais, ele retirou os sapatos, como se tornou praxe naquele país após osatentados terroristas de 11 de setembro de 2001. A propósito desse fato, o professor Carlos Roberto Sanchez Milani, daUniversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, escreveu, no Boletim de Economia e Política Internacional doIPEA: “Este comportamento [tirar os sapatos], reiterado nos aeroportos de Washington e Nova York durante esta visita oficial, poderia ser considerado uma simples anedota, não fosse Celso Lafer o chanceler brasileiro”. JáRoberto DaMatta, doutor pela Universidade Harvard, professor emérito daUniversidade de Notre Dame (EUA) e professor daPUC-RJ e daUniversidade Federal Fluminense, escreveu no jornalO Estado de S. Paulo: "A viagem ocorre logo depois que um terrorista é apanhado com uma bomba no salto do sapato. Todos [Lafer e os ministros da Rússia e do Chile] são obrigados a tirar os sapatos. Ele [Lafer] tira os seus, procedendo como cidadão comum, evitando um incidente diplomático, mas exige desculpas que lhe são apresentadas dias depois peloDepartamento de Estado dos EUA”.
Atualmente, Lafer é presidente do Conselho Deliberativo doMuseu Lasar Segall, membro do GACint, ligado aoInstituto de Relações Internacionais da USP e presidente do Conselho Editorial da revistaPolítica Externa. Integra também o Conselho de Administração daKlabin.
A 4 de Agosto de 2001 foi agraciado com a Grã-Cruz daOrdem do Infante D. Henrique dePortugal.[9] Em 2002 foi eleito como membro daCorte Permanente de Arbitragem deHaia, naHolanda, para um mandato de três anos.
Publicou seu primeiro livroO judeu em Gil Vicente (1963)[10]com 22 anos de idade. É autor, entre outros livros, deA reconstrução dos direitos humanos, um diálogo com o pensamento deHannah Arendt (1988),Desafios: Ética e política (1995),AOMC e a regulamentação do comércio internacional: uma visão brasileira (1998),Comércio, desarmamento, direitos humanos – reflexões sobre uma experiência diplomática (1999), Mudam-se os tempos – Diplomacia brasileira 2001-2002, vol. 1 e vol. 2 (2002),JK e o programa de metas (1956-1961) – Processo de planejamento e sistema político no Brasil (2002),Hannah Arendt – Pensamento, persuasão e poder (2ª ed. revista e ampliada, 2003),A identidade internacional do Brasil e a política externa brasileira (2ª ed. revista e ampliada, 2004),A internacionalização dos direitos humanos: Constituição, racismo e relações internacionais (2005),em coautoria com Alberto Filippi, e A presença de Bobbio – América Espanhola, Brasil, Península Ibérica (2004).
Em 21 de julho de 2006, Celso Lafer foi eleito para ocupar a cadeira 14 daAcademia Brasileira de Letras,[6] sucedendo ao juristaMiguel Reale, seu antecessor também na cadeira deFilosofia do Direito, naFaculdade de Direito daUniversidade de São Paulo (USP). Também é membro daAcademia Brasileira de Ciências e recebeu, em 2002, a mais alta condecoração da Ciência e Tecnologia do Brasil, aOrdem Nacional do Mérito Científico. Celso Lafer recebeu ainda condecorações do Ministério das Relações Exteriores, aOrdem do Congresso Nacional (Comendador, 1987), e várias outras honrarias similares dos governos do Brasil,Argentina,Bolívia,Equador,México,Panamá,Portugal eFrança, além de quatro títulos de doutorhonoris causa, da Universidade de Buenos Aires (2001), da Universidad Nacional de Córdoba (2002), da Universidade Três de Febrero (2011) e da Universidade Jean Moulin Lyon 3 (2012), além de umHonorary Fellowship conferido pela Universidade Hebraica de Jerusalém em 2006.
Em 2008 Celso Lafer ganhou um processo de difamação que o advogadoDurval de Noronha Goyos Júnior promoveu contra ele.[11]
Celso Lafer atuou comoamicus curiae noSupremo Tribunal Federal, pelo julgamento doHabeas corpus para o editor gaúchoSiegfried Ellwanger Castan, em 2003.[12][13]
Em 21 de maio de 2015, Lafer tomou posse naAcademia Paulista de Letras (APL) sucedendoAntônio Ermírio de Moraes, na cadeira 23.[14]
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| Citações noWikiquote | |
| Categoria noCommons | |
| Precedido por Francisco Rezek | Ministro das Relações Exteriores do Brasil 1992 | Sucedido por Fernando Henrique Cardoso |
| Precedido por José Botafogo Gonçalves | Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio 1999 | Sucedido por Clóvis de Barros Carvalho |
| Precedido por Luiz Felipe Lampreia | Ministro das Relações Exteriores do Brasil 2001 — 2003 | Sucedido por Celso Amorim |
| Precedido por Miguel Reale | 2006 — atualidade | Sucedido por — |
| Precedido por Renato C. Czerna | Professor Titular de Filosofia do Direito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo 1988 a 2011 | Sucedido por — |