Movatterモバイル変換


[0]ホーム

URL:


Ir para o conteúdo
Wikipédia
Busca

Cazares

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Esta página cita fontes, mas não cobrem todo o conteúdo
Esta páginacita fontes, mas quenão cobrem todo o conteúdo. Ajude ainserir referências (Encontre fontes:Google (N • L • A • I • WP refs)  • ABW  • CAPES).
História da Rússia
Eslavos orientais
Cazares
Rússia de Kiev
Principado de Vladimir-Susdália
Bulgária do Volga
Invasão Mongol
Canato da Horda Dourada
Grão-Principado de Moscou
Canato de Cazã
Czarado da Rússia
Opríchnina
Império Russo
Terror Revolucionário
Revolução de 1905
Revolução de 1917
Revolução de Fevereiro
Revolução de Outubro
Guerra Civil
União Soviética
Era Stalin
Era Khrushchov
Era da Estagnação
Corrida espacial
Perestroika eGlasnost
Federação da Rússia
edite esta caixa
Mapa da extensão máxima do Império Cazar
Moeda do Império Cazar.

Cazares oucázaros eram um povo de origemturcomanaseminômade que dominou a regiãocentro-asiática a partir doséculo VII ao X. A palavra cazar parece estar ligada a formas verbaistúrquicas, significando "errante".

Alguns historiadores modernos defendem a hipótese de que muitos cazares converteram-se aojudaísmo(carece de fontes). Há teorias que afirmam que osjudeus asquenazi são cazares que se converteram ao Judaísmo e passaram a fazer parte do povo judeu. Devido a ausência de evidências genéticas para a teoria cazar, ela não é levada a sério pelos acadêmicos.[1][2] A teoria mais aceita é a de que os judeus asquenazi são descendentes de judeus naturais que se casaram com cazares,[carece de fontes?] assim sendo tanto descendentes dos judeus convertidos quanto dos hebreus originais.

O Império Cazar

[editar |editar código]
Ver artigo principal:Canato Cazar

ACazária,Império Cazar ouCanato Cazar foi um extinto estado não-eslavo que existiu nasestepes entre omar Cáspio e omar Negro e parcialmente ao longo dorio Volga. É hoje considerado um símbolo tradicional da Rússia, assim como a árvore conhecida em português porbétula ou vidoeiro.

Os cazares foram importantes aliados doImpério Bizantino contra oImpério Sassânida, e também uma significativa potência regional em seu momento de máximo esplendor. Empreenderam uma série de guerras, todas vitoriosas, contra os califados árabes, evitando assim possivelmente a invasão muçulmana na Europa Oriental. Aos finais do séculos X, seu poder declinaria frente àRússia de Quieve, desaparecendo da história.

Judaísmo na Cazária

[editar |editar código]

A hipótese da conversão dos cazares aojudaísmo é muito discutida, embora não hajam fortes evidências de sua autenticidade e muitos estudiosos a rejeitem.[3] É alegado que o rei cazar queria escolher uma religiãomonoteísta para si e para seu povo, e então chamou representantes judeus, muçulmanos e cristãos para lhe responderem perguntas. É dito que o que levou o rei dos cazares a escolher pelojudaísmo foi que tanto os muçulmanos quanto os cristãos demonstravam claro interesse em converter o imperador, enquanto os rabinos que o mesmo convidou em momento algum tocaram no assunto de uma possível conversão.[carece de fontes?]

Já noséculo XX, o escritorArthur Koestler, em seu livroA 13ª Tribo (1976), retomou a antiga teoria de que os judeusasquenazim seriam descendentes dos cazares que abandonaram suas terras, fugindo às devastações perpetradas pelosmongóis, afinal refugiando-se naEuropa Oriental, principalmente nos atuais territórios daPolônia,Hungria eUcrânia, isto é, nos territórios mais afetados pelo extermínionazista. Essas populações, que o autor clamava não pertencerem a nenhuma dasdoze tribos de Israel (ignorando completamente o consenso acadêmico sobre a origem dosasquenazes), são definidas no livro de Koestler como "a décima-terceira tribo". Por defender essa ideia, Koestler recebeu uma avalanche de críticas e foi acusado de negar o direito dos judeus asquenazi ao território deIsrael.[4][5][6] Sendo o próprio Koestler um judeu asquenaze, ele erasionista com base em razõesseculares, e não considerou que uma suposta ascendência cazar pudesse retirar a legitimidade da reivindicação dos judeus sobre o território de Israel - direito que ele considerava baseado em uma decisão dasNações Unidas e não em promessasbíblicas ou emherança genética. Segundo o autor, "o problema da infusão cazar mil anos atrás (...) é irrelevante para o modernoestado de Israel, que se baseia em mera tradiçãoetno-teológica e não em coerênciagenômica real".[7]

OhistoriadorShlomo Sand, daUniversidade de Telavive, em seu livroWhen and How Was the Jewish People Invented?,[8] de 2008, propõe uma revisão crítica dos mitos que fundamentam a história do povo judeu, retomando a hipótese de Koestler. Ele tenta no livro fazer uma reconstrução da história cazar e salienta que já na segunda metade doséculo XIX emerge uma visão histórica segundo a qual, na realidade, na Rússia, existiram duas comunidades judaicas que se sedimentaram uma sobre a outra, no curso dos séculos: a primeira, formada por judeus provenientes da costa domar Negro e da Ásia através doCáucaso; a segunda, proveniente daGermânia, em sucessivas ondas migratórias. A questão cazar continuou a alimentar dúvidas e muitos autores se mostraram favoráveis à hipótese do reino dos cazares na origem da diáspora dos judeus na Rússia, naLituânia e naPolônia. Os estudiosos citados por Sand sãoAvraham Harkavy,Simon Dubnow,Yitzchaq Schipper,Salo Baron eBen Zion Dinur.[9]

Por outro lado, ahistoriografia tradicional sempre sustentou que os judeus daEuropa oriental eram provenientes daTerra de Israel e vieram da Germânia, passando por Roma.[9] Não obstante, sequer há consenso acadêmico quanto a conversão dos cazares ao judaísmo.[10] O uso dalíngua iídiche na Polônia, Lituânia e Rússia tem sido usado como uma forte evidência para desbancar as teorias revisionistas, já que o iídiche se constitui como uma mistura dehebraico,aramaico elínguas europeias, sem qualquer ligação coma língua falada pelos povos cazares. Entre os séculos XIX e XX, outras hipóteses emergiram para justificar a difusão do iídiche.[carece de fontes?]

A teoria cazar é bastante usada porteóricos da conspiração de viésantissionista para desassociar o povo judeu com um povo nativo da terra deIsrael (ignorando toda a história dosjudeus sefarditas emizrahim, que somam são uma população muito mais numerosa do que os ashkenazim em Israel[11]), e por algumas vezes é usada para sustentar tesesantissemitas que rejeitam a autenticidade dopovo judeu.[12]

Nenhum estudo genético encontrou evidências de uma possível origem cázara dentre os judeus asquenazes, mas sim de origens advindas doOriente Próximo/Mediterrâneo e Sudeste Europeu.[13][1][14]

Ver também

[editar |editar código]
OCommons possui imagens e outros ficheiros sobreCazares

Referências

  1. abBehar, Doron; Metspalu, Mait; Baran, Yael; Kopelman, Naama; Yunusbayev, Bayazit; Gladstein, Ariella; Tzur, Shay; Sahakyan, Hovhannes; Bahmanimehr, Ardeshir (25 de junho de 2014).«No Evidence from Genome-Wide Data of a Khazar Origin for the Ashkenazi Jews».Human Biology (6).ISSN 0018-7143. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  2. «Jews are not descended from Khazars, Hebrew University historian says».Haaretz.com (em inglês). Consultado em 8 de setembro de 2020 
  3. Wexler, Paul (2002).Two-tiered Relexification in Yiddish: Jews, Sorbs, Khazars, and the Kiev-Polessian Dialect (em inglês). [S.l.]: Walter de Gruyter 
  4. Lewis, Bernard.Semites and Anti-Semites, W.W. Norton and Company, 1999,ISBN 0-393-31839-7, p. 48
  5. Abramsky, Chimen. "The Khazar Myth."Jewish Chronicle, 9 de abril de 1976;Maccoby, Hyam. "Koestler's Racism."Midstream 23 (March 1977)
  6. McInnes, Neil."Koestler and His Jewish Thesis."National Interest. Fall 1999.
  7. Michael Barkun, Religion and the Racist Right: The Origins of the Christian Identity Movement, UNC Press, 1997,ISBN 0807846384, p. 137-139 e 144-145.
  8. Déconstruction d’une histoire mythique. Comment fut inventé le peuple juif, por Shlomo Sand.Le Monde diplomatique, agosto de 2008.
  9. abSand 2011.
  10. Stampfer, Shaul (2013).«Did the Khazars Convert to Judaism?».Jewish Social Studies (em inglês) (3): 1–72.ISSN 1527-2028. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  11. JEMS (2018).«Ethnic origin and identity in Israel»(PDF). Consultado em 16 de março de 2021 
  12. Golden, Peter; Ben-Shammai, Haggai; Roná-Tas, András (13 de agosto de 2007).The World of the Khazars: New Perspectives. Selected Papers from the Jerusalem 1999 International Khazar Colloquium (em inglês). [S.l.]: BRILL 
  13. Atzmon, Gil; Hao, Li; Pe'er, Itsik; Velez, Christopher; Pearlman, Alexander; Palamara, Pier Francesco; Morrow, Bernice; Friedman, Eitan; Oddoux, Carole (11 de junho de 2010).«Abraham's Children in the Genome Era: Major Jewish Diaspora Populations Comprise Distinct Genetic Clusters with Shared Middle Eastern Ancestry».American Journal of Human Genetics (6): 850–859.ISSN 0002-9297.PMC 3032072Acessível livremente.PMID 20560205.doi:10.1016/j.ajhg.2010.04.015. Consultado em 8 de setembro de 2020 
  14. Xue, James; Lencz, Todd; Darvasi, Ariel; Pe’er, Itsik; Carmi, Shai (4 de abril de 2017).«The time and place of European admixture in Ashkenazi Jewish history».PLoS Genetics (4).ISSN 1553-7390.PMC 5380316Acessível livremente.PMID 28376121.doi:10.1371/journal.pgen.1006644. Consultado em 8 de setembro de 2020 

Bibliografia

[editar |editar código]

Ligações externas

[editar |editar código]
Controle de autoridade
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cazares&oldid=71240785"
Categorias:
Categorias ocultas:

[8]ページ先頭

©2009-2025 Movatter.jp