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| Castle Bravo | |
|---|---|
Anuvem de cogumelo do teste Castle Bravo noAtol de Bikini | |
| Tipo | Arma nuclear |
| Local de origem | |
| História operacional | |
| Utilizadores | |
| Histórico de produção | |
| Criador | Laboratório Nacional de Los Alamos |
| Data de criação | 1954 |
| Especificações | |
| Peso | 10,67 ton (23,500 lb) |
| Comprimento | 4,56 metros |
| Diâmetro | 1,37 metro (53,9 in) |
| Carga explosiva | urânio,trítio edeutério |
| Poder explosivo | 15megatons |
ACastle Bravo foi a maiorbomba termonuclear já detonada pelosEstados Unidos, em1 de março de1954. A suareação nuclear gerou uma explosão de 15megatons (equivalente a 15 000 000 de toneladas de TNT ou explosivoTrinitrotolueno).[1][2] Foi superada pela também norte-americanaB41, que está fora de operação e tinha 25 megatons, e pelas soviéticasTeste 219 de 24,4 megatons, eTsar Bomba de 50 megatons. Esta última foi a maiorarma nuclear já produzida e detonada pelo homem.[3]
No interior do invólucro cilíndrico, havia um cilindro menor de combustível de fusão, deutereto de lítio (como secundário) e uma bomba atômica de fissão reforçada do tipo Racer IV (primário) em uma das extremidades. Este mecanismo foi utilizado para criar as condições necessárias para iniciar a reação de fusão. Sob o deutereto de lítio, havia uma haste de plutônio (ou vela de ignição), que foi utilizado para "inflamar" a reação de fusão. Em torno desta montagem, foi adicionado um casco de urânio. O espaço entre o calçador e o casco formava um canal para conduzir os raios-x a partir do primário para o secundário. A função dos raios-x era de comprimir o secundário (verDesenho de Teller–Ulam), aumentando extremamente a densidade do deutereto e comprimindo a haste de plutônio de forma a tornar-se supercrítica, e elevando a temperatura para um nível necessário a manter uma reação termonuclear.
Era previsto apenas 6megatons de rendimento para o teste Bravo, porém o seu rendimento foi duas vezes e meia maior que o previsto. Por consequência, suanuvem de cogumelo teve 40 quilômetros de altura e 100 quilômetros de diâmetro. Depois da detonação, o vento (que havia mudado de direção e chegaria ao continente, fato que foi informado ao governo momentos antes da detonação) lançou as cinzas nucleares, que se espalharam econtaminaram partes daÍndia,Austrália,Europa,Japão,Estados Unidos e quase todas as ilhas daOceania. Tinha sido tão poderosa que, em um dosbunkers deconcreto a uma milha e meia (aproximadamente 2,5 quilômetros) do marco zero, uma porta de 20 toneladas havia sido soprada diretamente através do edifício contra a parede de trás a 15 pés (4,6 metros) de distância. E, na ilha de controle a vinte milhas (32 quilômetros) de distância, todos os edifícios de madeira haviam sido completamente demolidos.

Os 15megatons de rendimento foram devidos a um erroteórico de cientistas doLaboratório Nacional de Los Alamos por considerarem apenas o trítio, o deutério e o lítio-6 como combustíveis, então nem ao menos retiraram olítio-7 que formava 60% da quantidade de lítio na bomba. O esperado era que olítio-6 absorvesse umnêutron da fissão doplutônio, emitindo umapartícula alfa e trítio, o qual se fundiria com o deutério e largaria outro nêutron. Isso de fato ocorreu. O problema estava no lítio-7ː considerado inerte, ao receber um nêutron energético, emite umapartícula alfa e trítio, além de, diferentemente do litio-6, devolver o nêutron utilizado no seu bombardeamento. Assim, mais trítio foi produzido que o normal, aumentando a taxa de fusão nuclear e de nêutrons que, consequentemente, aumenta a taxa de fissão, elevando-a da previsão de 6 megatons aos desastrosos 15 megatons. O mesmo erro ocorreu com oCastle Romeo (o projeto gêmeo do Bravo que gerou pouco mais de 3 vezes que o esperado).
O lítio-7 reagia quase tão bem quanto o lítio-6, além de ser mais barato. O projeto da bomba foi, então, revisado e passou a se chamarMark 21.
