| Carlos Fernando dos Santos Lima | |
|---|---|
| Nome completo | Carlos Fernando dos Santos Lima |
| Nascimento | |
| Nacionalidade | brasileiro |
| Educação | Faculdade de Direito de Curitiba (Centro Universitário Curitiba - UniCuritiba) |
| Ocupação | advogado,consultor epalestrante |
| Principais trabalhos | Investigador daOperação Lava Jato |
| Prémios | Global Investigations Review2015 |
Carlos Fernando dos Santos Lima (c. 1964)[1] é umadvogado e consultor emcompliance.[2] Bacharel pela Faculdade de Direito de Curitiba (atualCentro Universitário Curitiba)[3], se graduando em 1980, foi procurador Regional da República, lotado na Procuradoria Regional da República da 3º região em São Paulo. Atualmente aposentado da carreira do Ministério Público,[2] atuou naforça-tarefaOperação Lava Jato emCuritiba, até setembro de 2018, onde ganhou notoriedade.[4] Ingressou, em 1995, como membro doMinistério Público da União (MPU), no cargo inicial deProcurador da República, conforme estrutura organizacional doMinistério Público Federal (MPF). Atuou também nocaso Banestado, operação que investigouevasão de divisas noBanco do Estado do Paraná (Banestado).
De acordo com o procurador Carlos, há indícios de que as obras de construção daArena Corinthians, conhecido comoItaquerão, em São Paulo, envolveram o pagamento depropinas por parte da empreiteira Odebrecht (atualNovonor), alvo da 26ª fase da Lava Jato, batizadaOperação Xepa, deflagrada em 22 de março de 2016.[5]
O estádio foi o palco da abertura daCopa do Mundo de 2014 noBrasil. De acordo com o procurador Carlos Fernando Lima, a diretoria responsável pela supervisão da obra do Itaquerão aparece em documentos e tabelas apreendidos pelaPolícia Federal que indicam o pagamento de propinas relacionadas à obra.[5]
Em relação a outros estádios da Copa, o procurador afirmou que outras fases da Lava Jato já haviam indicado o pagamento de propinas envolvendo empreiteiras e que novos indícios estão sendo colhidos, "inclusive dedelações que ainda estão em andamento".[5]
Carlos Fernando é um dos procuradores que foi premiado em 24 de setembro de 2015 peloGlobal Investigations Review (GIR). O GIR é um portal de notícias consolidado no cenário internacional como um dos principais canais sobre investigações contra a corrupção e instituiu o prêmio para celebrar os investigadores e as práticas de combate à corrupção e compliance que mais impressionaram no último ano. Em seis categorias, foram reconhecidas práticas investigatórias respeitadas e admiradas em todo o mundo. A força-tarefa concorreu com investigações famosas como a docaso de corrupção na Fifa. Os países que disputaram o prêmio com oBrasil foramEstados Unidos,Noruega,Reino Unido eRomênia.[6]
Segundo aRevista IstoÉ, sua esposa, Vera Lúcia dos Santos Lima, trabalhou no departamento de abertura das contas da filial do Banestado, em Foz do Iguaçu, na época em que o procurador atuava no caso Banestado. Ainda segundo o site, o procurador foi quem recebeu e manteve engavetado, desde 1998, o dossiê sobre o caso Banestado e uma lista de 107 pessoas que figuram na queixa-crime sobre remessa de dólares via agência em Nova York.[7]
Em novembro de 2021, oTribunal de Contas da União determinou que Carlos Fernando dos Santos Lima e outros 4 Procuradores da República devolvessem valores recebidos indevidamente a título de diárias enquanto participavam da Operação Lava-Jato.[8]
Carlos Fernando dos Santos Lima, que aposentado passou a prestar consultoria a empresas, fez carreira e tem família emCuritiba. Porém, no período em que atuou na Operação, estava vinculado aSão Paulo, SP. Recebeu indevidamente, segundo o TCU, 377 diárias, que somam mais de R$ 361 mil.[9]