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Canrobert Pereira da Costa

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Canrobert Pereira da Costa
Dados pessoais
Nascimento18 de outubro de1895
Rio de Janeiro
Morte31 de outubro de1955 (60 anos)
Rio de Janeiro
Carreira militar
ForçaExército
HierarquiaMarechal
Comandos

Canrobert Pereira da CostaGCA (Rio de Janeiro,18 de outubro de1895 — Rio de Janeiro,31 de outubro de1955) foi um militarbrasileiro, que foiMinistro da Guerra entre 1946 e 1951, noGoverno Eurico Dutra.[1]

Carreira Militar

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Canrobert Pereira da Costa nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, em 18 de outubro de 1895, filho de Francisco Pereira da Costa Filho e de Júlia Amélia Coutinho da Costa. Em 1914, ingressou naEscola Militar do Realengo, sendo declaradoaspirante-a-oficial da arma daArtilharia em fevereiro de 1918. Em março de 1922, ingressou no curso daEscola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO). Concluiu esse curso em janeiro de 1923 e ingressou em março seguinte naEscola de Estado-Maior (EEM). Em janeiro de 1926, concluiu o curso da EEM. Durante os anos de 1928 e 1929, foi instrutor da EsAO.[1]

Promovido amajor em abril de 1932, comandou oCentro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro e foi diretor de ensino da Escola de Artilharia, na mesma cidade. Ainda em 1932, integrou as forças que combateram aRevolução Constitucionalista. Em janeiro de 1935, assumiu o cargo de subdiretor de estudos daEscola de Estado-Maior. Em setembro seguinte, atingiu o posto detenente-coronel. Em 1937, foi nomeado chefe de gabinete doMinistro da Guerra, generalEurico Dutra. Foi promovido acoronel em maio de 1938. Sofreu um sequestro durante olevante integralista contra oEstado Novo, sequestro do qual se livrou sem ter sofrido nenhuma agressão física. Em julho, assumiu o comando do 9.º Regimento de Artilharia Montada, sediado emCuritiba, onde permaneceu até janeiro de 1939. Em março desse ano, passou a ocupar o cargo de chefe de gabinete doEstado-Maior do Exército (EME).[1]

Oficial General

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Promovido ageneral-de-brigada em maio de 1942, deixou a chefia de gabinete do EME no mês seguinte para comandar a 3ª Divisão de Cavalaria, sediada emBagé. Em 1943, passou a dirigir a Comissão de Promoções do Exército até viajar para os Estados Unidos em outubro a fim de fazer o curso do comando de Fort Leavenworth e estagiar noExército dos Estados Unidos. De volta ao Brasil em janeiro de 1944, assumiu o cargo de secretário-geral do Ministério da Guerra. Em 1945, deixou a Comissão de Promoções do Exército e passou a integrar a Comissão de Planejamento Econômico do Conselho de Segurança Nacional, sem prejuízo de suas funções no ministério.[1]

Foto do General Canrobert existente na sala doAlto Comando do Exército

Em agosto de 1945, Dutra se desincompatibilizou do cargo de ministro para disputar o pleito presidencial. Seu substituto, o generalGóis Monteiro, manteve Canrobert como secretário-geral do ministério. Neste mesmo ano, Canrobert substituiu Góis Monteiro no Ministério da Guerra, quando este sofreu uma crise cardíaca, respondendo pelo ministério até 31 de janeiro de 1946, quandoJosé Linhares passou o governo ao general Dutra, candidato eleito em dezembro de 1945 na legenda doPartido Social Democrático (PSD). Nessa data, Góis Monteiro foi reconduzido à pasta da Guerra e Canrobert voltou a desempenhar as funções de secretário-geral. Deixou esse cargo em agosto seguinte, sendo promovido nesse mesmo mês ageneral-de-divisão. Em meados de outubro, Góis Monteiro pediu exoneração. Homem de confiança de Dutra e seu auxiliar direto em várias oportunidades, Canrobert assumiu então o Ministério da Guerra em caráter efetivo, cargo que exerceu entre 14 de outubro de 1946 e 31 de janeiro de 1951.[1][2]

Com o início do segundo governo constitucional deGetúlio Vargas em janeiro de 1951, foi substituído porNewton Estillac Leal no Ministério da Guerra. Em abril, recebeu o comando daZona Militar Norte, sediada emRecife. Ligado ao setor das Forças Armadas que fazia oposição ao governo de Vargas, integrou a Cruzada Democrática, movimento organizado em março de 1952 com o objetivo principal de tomar a direção doClube Militar das mãos dos nacionalistas. Em setembro de 1952, Canrobert deixou a Zona Militar Norte e assumiu a chefia do Departamento Técnico de Produção do Exército, sediado no Rio.[1]

Posteriormente, com a morte de Vargas e a posse do vice-presidenteCafé Filho, os militares antigetulistas fortaleceram suas posições dentro das Forças Armadas, ocupando os cargos de maior importância. Canrobert, dois dias depois do suicídio de Vargas, deixou o Departamento Técnico e de Produção, sendo nomeado Chefe doEstado-Maior das Forças Armadas, onde permaneceu de 8 de setembro de 1954 até 31 de outubro de 1955, data de seu falecimento. Nessa condição, foi um dos signatários de um manifesto, divulgado em meados de setembro de 1954, que afirmava o compromisso das Forças Armadas na defesa da ordem e da Constituição.[1]

A 10 de Dezembro de 1954 foi agraciado com a Grã-Cruz daOrdem Militar de Avis dePortugal.[3]

AUnião Democrática Nacional e a ala conservadora das Forças Armadas, que formaram a linha de frente da oposição ao governo de Vargas, investiram em seguida contra a candidatura do governador mineiroJuscelino Kubitschek à Presidência da República, lançada extra-oficialmente pela direção nacional do PSD em novembro de 1954. Kubitschek era considerado excessivamente comprometido com a situação dominante anterior ao 24 de agosto. Em janeiro de 1955, Canrobert,Juarez Távora,Eduardo Gomes e o ministro da Guerra,Henrique Lott, entre outros, assinaram e divulgaram um documento que atestava a oposição das Forças Armadas a essa candidatura e pregava a necessidade de se encontrar um candidato civil de união nacional que contasse com a aprovação da hierarquia militar.[1]

A crise político-militar agravou-se no mês de agosto. No dia 5, por ocasião do primeiro aniversário da morte do majorRubens Vaz, Canrobert proferiu um longo discurso no Clube de Aeronáutica. Suas palavras causaram grande impacto e alguns parlamentares chegaram a pedir sua prisão ao presidenteCafé Filho. Esse foi o último episódio marcante da atuação política de Canrobert, que faleceu no Rio de Janeiro em 31 de outubro de 1955, pouco depois de retornar dosEstados Unidos, onde se submetera a tratamento médico.[1]

Durante o seu sepultamento, o coronelJurandir Bizarria Mamede proferiu um violento discurso tecendo elogios ao colega morto por sua atuação antivarguista dentro do ambiente militar, além de criticar de forma pública e incisiva a chapa JK-Jango, vitoriosa naseleições presidenciais de 1955. Tal fato desagradou a ala legalista das Forças Armadas. A manifestação de Mamede foi considerada um incentivo ao golpe contra as instituições democráticas. A partir deste pronunciamento teve início a eclosão do movimento legalista de 11 de novembro de 1955 liderado pelo marechalHenrique Teixeira Lott, que depôs o presidente da República interinoCarlos Luz e impediu o retorno deCafé Filho ao cargo presidencial, cargo este que passou a ser ocupado interinamente porNereu Ramos até a posse de Juscelino.[1]

Canrobert foi promovido amarechal post mortem, por um Decreto de 18 de novembro de 1959. Casou-se com Anadina Tumba Pereira da Costa, com quem teve dois filhos.[1]

Referências

  1. abcdefghijk«Biografia de Canrobert Pereira da Costa no site do CPDOC/FGV». Consultado em 16 de abril de 2021 
  2. «Comandantes do Exército Brasileiro». Consultado em 16 de abril de 2021 
  3. «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Conrobert Pereira da Costa". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 2 de abril de 2016 

Ligações externas

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Precedido por
Pedro Aurélio de Góis Monteiro

32º Ministro da Guerra do Brasil (República)

1946 — 1951
Sucedido por
Newton Estillac Leal
Precedido por
João Batista Mascarenhas de Morais

4º Ministro-Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas

1954 -1955
Sucedido por
Anor Teixeira dos Santos
Estado e
Reino Unido
Regência
(príncipeD. Pedro)
Primeiro reinado
(D. Pedro I)
Período regencial
Segundo reinado
(D. Pedro II)
República Velha
(1.ª República)
Era Vargas
(2.ª e3.ª Repúblicas)
Período Populista
(4.ª República)
Ditadura militar
(5.ª República)
Nova República
(6.ª República)
Até 1967, o responsável pela gestão doExército era o ministro da Guerra. De 1967 até 10 de junho de 1999 — data da criação doMinistério da Defesa — o responsável era o ministro do Exército. Após essa data, passou a ser denominado comandante do Exército.
Vice-presidente
Nereu Ramos (1946–1951)
Eurico Gaspar Dutra, 16º Presidente do Brasil
Ministérios
Aeronáutica
Agricultura
Neto Campelo (1946) •Daniel Serapião de Carvalho (1946–1950) •Antônio de Novais Filho (1950–1951)
Educação e Saúde
Ernesto de Sousa Campos (1946) •Clemente Mariani (1946–1950) •Eduardo Rios Filho (1950) •Pedro Calmon (1950–1951)
Fazenda
Guerra
Justiça e Negócios Interiores
Marinha
Relações Exteriores
João Neves da Fontoura (1946) •Samuel de Sousa Leão Gracie (1946) •Raul Fernandes (1946–1951) •Ciro de Freitas Vale (interino) (1949)
Trabalho, Indústria e Comércio
Viação e Obras Públicas
Órgãos
(ligados à
Presidência da
República)
Consultoria Geral
da República
Departamento Administrativo
do Serviço Público
Abílio Mindêlo Balthar (1946–1947) •Mário Bittencourt Sampaio (1947–1950) •Paulo Poppe de Figueiredo (1950–1951)
Estado-Maior
das Forças Armadas
Salvador César Obino (1946–1951)
Gabinete Civil
Gabinete Militar
Álcio Souto (1946–1948) •João Valdetaro de Amorim e Mello (1948–1950) •Newton de Andrade Cavalcanti (1950–1951)
Itálico indica chefe interino
Chefes do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas (2010–atualmente) →
Gabinete deCafé Filho (1954–1955)
Vice-presidente
Nenhum (1954–1955)
Café Filho, 18º Presidente do Brasil
Ministérios
Aeronáutica
Eduardo Gomes (1954–1955)
Agricultura
Educação
Edgard Santos (1954) •Cândido Mota Filho (1954–1955)
Fazenda
Guerra
Justiça e Negócios Interiores
Marinha
Saúde
Relações Exteriores
Vicente Rao (1954) •Raul Fernandes (1954–1955)
Trabalho, Indústria e Comércio
Viação e Obras Públicas
Órgãos
(ligados à
Presidência da
República)
Consultoria Geral
da República
Departamento Administrativo
do Serviço Público
Arizio de Viana (1954) •Jair Tovar (1954–1955)
Estado-Maior
das Forças Armadas
Gabinete Civil
Gabinete Militar
Juarez Távora (1954–1955) •José Bina Machado (1955)
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