Camilo Maria Ferreira Armond | |
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| Presidente da Província do Rio de Janeiro | |
| Período | 18 de janeiro de1878 a5 de março de1879 |
| Antecessor(a) | Francisco Xavier Pinto de Lima |
| Sucessor(a) | Américo de Moura Marcondes de Andrade |
| 35° e 45° Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil | |
| Período | 11 de agosto de 1864 a 31 de agosto de 1866 |
| Antecessor(a) | Francisco José Furtado |
| Sucessor(a) | Saldanha Marinho |
| Período | 22 de dezembro de 1878 a 31 de dezembro de 1881 |
| Antecessor(a) | Paulino José Soares de Sousa |
| Sucessor(a) | Martinho Álvares da Silva Campos |
| Dados pessoais | |
| Nascimento | 7 de agosto de1815 Barbacena,MG |
| Morte | 14 de agosto de1882 (67 anos) Rio de Janeiro,Rio de Janeiro,Brasil |
| Progenitores | Mãe: Possidônia Eleodora da Silva Pai:Marcelino José Ferreira Armond |
| Profissão | médico |
Camilo Maria Ferreira Armond, Conde de Prados (Barbacena, na paróquia de Prados,7 de agosto de1815 –Rio de Janeiro,14 de agosto de1882) foi ummédico epolíticobrasileiro.[1][2] Filho deMarcelino José Ferreira Armond, primeirobarão de Pitangui, e de Possidônia Eleodora da Silva.[2]
Casou-se com Josefina Camila Gomes de Sousa.
Estudou nocolégio do Caraça e no seminário de Mariana, emMinas Gerais.[2] Formou-se em medicina naAcademia de Medicina de Paris em1837 com a tese "Essai sur l'étude de la vie". Casou com Josefina Cândida Gomes de Sousa.[2] Clinicou até 1851.[2] FoiJuiz de Paz,deputado provincial edeputado geral de1848 a1849, de1864 a1868 e de1878 a1881, somando ao todo quatro legislaturas.[2] Reorganizou oPartido Liberal na região de Barbacena e foi preso pela sua participação naRevolução Liberal de 1842 emMinas Gerais, ao lado deTeófilo Otoni e outros líderes.[2]
Fundou o jornal partidário "Eco da Razão", do qual foi redator e que desapareceu com a Revolta de 1842.[2] Vários exemplares deste periódico encontram-se nos arquivos daBiblioteca Nacional, contendo relatos e manifestos relativos ao movimento revolucionário.
Presidiu a província doRio de Janeiro (1878-1879)[3] e a Câmara Municipal deBarbacena (1849).[2] Em 1855 foi feito Comendador da Ordem de Cristo, por decreto Imperial. Foi criado Barão de Prados em30 de março de1861, visconde em1871 e conde em1880. Em1879 foi nomeado Conselheiro de Estado. Presidiu a Câmara dos Deputados de1864 a1866 e de1878 a18 de janeiro de1882. A ele é creditada a organização dabiblioteca da Câmara dos Deputados.
Foi diretor do Observatório Astronômico do Rio de Janeiro. Dedicou-se por longos anos à observação e estudos astronômicos que deixou registrados no Tratado de Astronomia Aplicada e de Geodésica Prática, de Emmanuel Liais, e nos Anais do Imperial Observatório Astronômico da Corte. Correspondia com Carlos Fredericovon Martius e comEmmanuel Liais. O felino do período quaternário descoberto pelos dois sábios nas cavernas deLagoa Santa recebeu o nome deMachaerodus Pradosii em homenagem ao Conde de Prados. Em 1877 escreveu uma série de artigos no Jornal do Comércio demonstrando a inconveniência da utilização de canos de chumbo para o serviço de abastecimento de água da Corte.
Seguindo o exemplo paterno, foi grande benfeitor e não descuidou das questões sociais de seu tempo. Católico, fundou a Santa Casa de Misericórdia de Barbacena (1856) recusando a herança que lhe deixaria o seu tio e padrinho Antônio José Ferreira Armond. Nesta ocasião libertou todos os escravos da Fazenda Ponte Nova que havia herdado doando a estes metade das terras da propriedade e destinando à Santa Casa a outra metade.[2] Por testamento concedeu a liberdade a quatrocentos e quarenta e três escravos, durante a vida já havia dado alforria a muitos outros.[2] Faleceu no Rio de Janeiro em sua residência em Laranjeiras.[2]
| Precedido por Francisco Xavier Pinto de Lima | Presidente da província do Rio de Janeiro 1879 | Sucedido por Américo de Moura Marcondes de Andrade |