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Camarões

5° 07′ N, 11° 55′ L
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Esta páginacita fontes, mas quenão cobrem todo o conteúdo. Ajude ainserir referências (Encontre fontes:Google (N • L • A • I • WP refs)  • ABW  • CAPES).
República dos Camarões
République du Cameroun (francês)
Republic of Cameroon (inglês)
Lema: "Paix - Travail - Patrie" ("Paz, Trabalho, Pátria")
Hino: "Chant de Ralliement"
Localização República dos Camarões
CapitalYaoundé
3° 52′ N, 11° 31′ L
Maior cidadeDouala
Língua oficialfrancês einglês
Gentílicocamaronense, camaronês(esa)[1]
GovernoRepúblicapresidencialistaUnitária dePartido Dominante sob umaDitadura
Paul Biya
Joseph Ngute
Independência daFrança e doReino Unido
• Independência daFrança
1.º de janeiro de1960
• Independência doReino Unido
1.º de outubro de1961
• Unificação
1.º de outubro de1961
Área
 • Total475.442km² (52.º)
 • Água (%)1,3
FronteiraNigéria (N e W),Chade,República Centro-Africana (E),República do Congo,Gabão,Guiné Equatorial (S)
População
 • Estimativa para 202328 370 000[2] hab. (53.º)
 • Densidade49,9 hab./km² (97.º)
PIB (PPC)Estimativa para 2007
 • TotalUS$ : 40,010 bilhões (90.º)
 • Per capitaUS$ : 2.088 (135.º)
IDH (2021)0,576 (151.º) – médio[3]
MoedaFranco CFA (XAF)
Fuso horário(UTC+1)
 • Verão (DST)não observado (UTC+1)
Cód. ISOCMR
Cód. Internet.cm
Cód. telef.+237
Website governamentalhttp://www.prc.cm/

Camarões, oficialmenteRepública dos Camarões (emfrancês:République du Cameroun; eminglês:Republic of Cameroon), é um país da região ocidental daÁfrica Central. Faz fronteira com aNigéria a oeste;Chade a nordeste;[carece de fontes?]República Centro-Africana a leste; eGuiné Equatorial,Gabão eRepública do Congo, ao sul. Olitoral dos Camarões encontra-se noGolfo do Biafra, parte doGolfo da Guiné e doOceano Atlântico. O país é muitas vezes referido como "África em miniatura", pela sua diversidade geológica e cultural. Recursos naturais incluem praias, desertos, montanhas, florestas tropicais e savanas. O ponto mais alto é oMonte Camarões no sudoeste, e as cidades mais populosas sãoDouala, a capitalIaundé (em francês,Yaoundé) eGaroua. Os Camarões são o lar de mais de 200 grupos linguísticos diferentes. O país é conhecido por seus estilos musicais nativos, especialmentemakossa ebikutsi, e pela sua bem-sucedidaseleção nacional de futebol.Francês einglês são aslínguas oficiais.

Os antigos habitantes do território incluem a civilização Sao em torno doLago Chade e os caçadores-coletores Baka nas florestas tropicais do sudeste.Exploradores portugueses chegaram ao litoral noséculo XV e nomearam a área de Rio dos Camarões, que se tornouCameroonem Inglês. Os soldadosfulas fundaram o Emirado Adamawa, no norte, durante o século XIX, e vários grupos étnicos do oeste e noroeste estabeleceram tribos poderosas e fondoms. Os Camarões foram elevados à categoria decolônia alemã em1884, sendo conhecidos então como "Kamerun" .

Após aPrimeira Guerra Mundial, o território foi dividido entre aFrança e aGrã-Bretanha comomandatos da Liga das Nações. A Union des Populations du Cameroun (UPC) é um partido político que defendeu a independência, mas o partido foi proibido pela França em 1950. O país travou uma guerra contra as forças militantes franceses e da UPC até 1971. Em 1960, a parte dos Camarões administrada pelos franceses tornou-se independente como a República dos Camarões sob a presidência deAhmadou Ahidjo. A parte sul dosCamarões Britânicos fundiu-se com oCamarões francês em 1961 para formar aRepública Federal dos Camarões. O país foi renomeadoRepública Unida dos Camarões em 1972 e a República dos Camarões, em 1984.

Em comparação com outros países africanos, os Camarões gozam de estabilidade política e social relativamente alta. Isso permitiu o desenvolvimento da agricultura, estradas, ferrovias e grandes indústrias de petróleo e madeira. No entanto, um grande número de camaroneses vivem na pobreza como agricultores de subsistência. O poder está firmemente nas mãos do presidenteautoritário a partir de 1982,Paul Biya, e do Movimento Democrático Popular dos Camarões. Os territórios anglófonos dos Camarões têm crescido cada vez mais alienado do governo, e os políticos daquelas regiões têm chamado para uma maior descentralização e mesmo a separação (por exemplo, oConselho Nacional dos Camarões do Sul) dos antigos territórios governados pelos britânicos.

História

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Povos indígenas, chegada dos europeus e colonização

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Camarões ao longo do tempo
  Kamerun alemão
  República dos Camarões

Existem provas de que os primeiros povos que habitavam os Camarões foram ospigmeus, seguidos por vários povos que habitavam aÁfrica central. Entre esses povos citam-se em destaque osbantos e osfulas. O navegador portuguêsFernão do Pó (ou Fernando Pó) chegou ao estuário dorio Wouri em 1472 e chamou-o "rio dos Camarões", devido à abundância decrustáceos da espécieLepidophthalmus turneranus na região.[5]

Naquela região, desde oséculo XVI, os portugueses estabeleceramentrepostos de onde os escravos foram vendidos para oNovo Mundo. Osbritânicos foram o primeiro povo a colonizar osertão. Porém, em 1884, a região tornou-seprotetorado daAlemanha, passando a ser chamadaKamerun.[6]

No ano de 1916, durante aPrimeira Guerra Mundial, os colonizadoresalemães foram expulsos pelas tropas daFrança e doReino Unido. Em 1919, as forças ocupantes concordaram com a divisão dos Camarões. Então, os franceses e britânicos dividiram os Camarões em duas partes: de um lado, asregiões oriental e meridional passaram à jurisdição dos franceses; de outro lado,uma pequena área, na região ocidental passou à jurisdição dos britânicos. Em 1922, os dois Camarões foram subordinados àLiga das Nações, que manteve a França e o Reino Unido como administradores das respectivas áreas. Em 1946, aOrganização das Nações Unidas (ONU) transformou em tutela osmandatos francês e britânico nos Camarões.[6]

Independência

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Em 26 de julho de 1982, o presidenteAhmadou Ahidjo na sua chegada para uma visita aWashington, D.C. Localização:Joint Base Andrews,Maryland,EUA.

Os Camarões franceses alcançaram sua independência em1º de janeiro de 1960. A partir de então, como nome oficial do país foi adotadoRepública dos Camarões. Um ano depois, aONU foi promotora de um plebiscito ocorrido nas regiões norte e sul dosCamarões Britânicos. O assunto do plebiscito foi a incorporação dessas regiões pelo Reino Unido àNigéria. O norte dos Camarões Britânicos unido à Nigéria foi escolhido pela maioria absoluta dos votos válidos. Com essa vitória, o norte dos Camarões Britânicos foi elevado à categoria deprovíncia da Nigéria com o nome deSardauna. O sul realizou como escolha a sua união com a República dos Camarões.[6]

O novo país passou por ampliações. O segundo nome oficial dos Camarões foiRepública Federal dos Camarões. Esse novo país foi dividido em dois estados. São eles: Camarões Orientais (ex-Camarões francês) e Camarões Ocidentais (ex-Camarões Britânicos). Aconstituição promulgada em 1972 declarou extinto osistema federativo e segundo a mesma constituição o terceiro nome oficial dos Camarões foiRepública Unida dos Camarões. Desde 1984, o quarto e atual nome oficial dos Camarões éRepública dos Camarões, sendo então o primeiro e último nome oficial desde a independência.[6]

Geografia

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Ver artigo principal:Geografia dos Camarões

Relevo e hidrografia

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Topografia dos Camarões.

Apaisagem que se vê nos Camarões varia grandemente. Osul é composto deplanícies nolitoral e decolinas revestidas sob cobertura parcial dasflorestas. Enquanto isso, define-se a região central como umaelevação planáltica comaltitudes entre 800 e 1 500 metros. O planalto central é oferecedor de boas condições para acriação de gado. Mais na região setentrional ocorre o reaparecimento das planícies. Dessa vez as planícies declivam suavemente até a bacia dolago Tchad. Finalmente, no oeste ocorre a elevação de uma cadeia de montanhas sob domínio domonte Camarões (4070 m), oponto mais alto do país. Os doisrios mais importantes sãoBenue, tributário doNíger, e o Sanaga, que desagua noAtlântico.[7]

Clima e vegetação

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Como o país está mais próximo dalinha do equador, oclima dos Camarões équente durante a totalidade doano. A variação da média dastemperaturas ao ano vai de 21 °C a 28 °C, com exceção dasmontanhas, onde faz maisfrio. Aschuvas sofrem diminuição entre osul e onorte; no litoral sofrem queda de mais de 800 mm ao ano; no planalto central, 1 500 mm. No sul existem duasestações secas, entredezembro efevereiro e dejulho asetembro, e no norte somente uma, entreoutubro eabril.[8] Essas diferenças que ocorrem no clima são refletidas navegetação: aselva pluvial reveste o sul, no centro é estendida uma mata na qual estão misturadas espécies defolhas perenes e de folhas caducas, e asavana arbórea domina onorte.[9]

Demografia

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Ver artigo principal:Demografia dos Camarões

O total da população nos Camarões era de 22 250 362 em 2013.[10] A expectativa de vida era de 53,69 anos (52,89 anos para os homens e 54,52 anos para as mulheres).

A população dos Camarões é quase igualmente dividida entre habitantes urbanos e rurais. A densidade populacional é maior nos grandes centros urbanos, nas montanhas ocidentais, e nas planícies do nordeste.[11]Douala,Yaoundé eGaroua são as maiores cidades. Em contrapartida, o Planalto Adamawa, a depressão Bénoué e a maior parte do Sul do país são escassamente povoadas.[11] De acordo com dados do governo, a taxa de fecundidade era de 5,0 em 2004.[12]

Há uma notável migração de habitantes das montanhas ocidentais superpovoadas e norte subdesenvolvidos para a zona costeira e principais centros urbanos.[13] Movimentos menores estão ocorrendo no sul e leste.[14]

Tanto o casamento monogâmico quanto o poligâmico são praticados, e a família camaronesa, em média, é grande e prolongada.[15]. No norte, as mulheres tendem a se dedicar ao lar, e os homens, ao gado do rebanho ou trabalhar como agricultores. No sul, as mulheres cultivam alimentos da família, e os homens fornecem carne e aumentam os cultivos. A sociedade camaronesa é dominada por homens, e a violência e discriminação contra as mulheres é comum.[16][17][18]

Estimativas identificam entre 230 a 282 diferentes grupos linguísticos e étnicos nos Camarões.[19][20] O Planalto Adamawa corta-os em divisões do norte e sul. Os povos do norte são grupos sudaneses que vivem no planalto central e nas planícies do norte, e os fulas, que estão espalhados por todo norte dos Camarões. Um pequeno número de Shuwa árabes vivem perto do lago Chade. A parte sul dos Camarões é habitada por falantes delínguas bantas e semibantas. Grupos de línguas bantas habitam as zonas costeiras e equatoriais, enquanto falantes de línguas semibantas vivem no ocidente. Cerca de 5 000pigmeus percorrem as florestas tropicais do sudeste e litoral ou vivem em pequenos assentamentos, à beira da estrada.[21] Osnigerianos formam o maior grupo de estrangeiros.[22]

Línguas

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Ver artigo principal:Línguas dos Camarões

Tantoinglês quantofrancês são línguas oficiais, apesar de ofrancês ser muito mais compreendido (mais de 80%). Oalemão, a língua dos colonizadores originais, há muito tempo foi substituída pelofrancês einglês. (No Entanto OAlemão Cresceu ComoLíngua Estrangeira Na Última Década Tendo Cerca De 230.000 Camaroneses FalandoAlemão comoLíngua Estrangeira Hoje, Sendo ALíngua Estrangeira Mais Falada E Aprendida Nos Camarões Hoje) Opidgin inglês dos Camarões é a franca nos territórios antigamente administrados pela Inglaterra. Uma mistura de inglês, francês chamada FrancAnglais foi ganhando popularidade nos centros urbanos desde o meio da década de 1970. O governo encoraja o bilinguismo de inglês e francês e os documentos oficiais do governo são escritos nas duas línguas. Como parte da iniciativa de encorajar o bilinguismo nos Camarões, seis das oito universidades do país são inteiramente bilíngues.

As mais de 230 línguas locais são faladas por aproximadamente 20 milhões de pessoas e é por isso que os Camarões são considerados o país com maior diversidade linguística no mundo.

Em 2017 houve protestos por parte dosanglófonos que são perseguidos pelosfrancófonos. Os militares foram chamados e houve mortes, centenas de prisões e milhares foram embora do país.[23]

Religião

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Em termos religiosos o país encontra-se dividido da seguinte forma:

Cristianismo é seguido aproximadamente por 56,58% da população, as crenças tribais por 22,36% da população, Islão 20,04%, crenças tribais 0,62% e outras religiões (incluindo ateus) por apenas 1,02% da população. Aqui estão gráficos que comprovam isto:

Religião nos Camarões[24]
Religião% aprox.
Cristianismo
  
56,58%
Crenças tribais
  
22,36%
Islão
  
20,04%
Crenças tribais
  
0,62%
Outras (inclui ateus)
  
1,02%

Cidades mais populosas

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Cidades mais populosas dosCamarões
http://www.geonames.org/CM/largest-cities-in-cameroon.html

Douala

Yaoundé
PosiçãoLocalidadeProvínciaPop.
1DoualaLitoral1 339 073
2YaoundéCentral1 299 369
3GarouaNorte436 899
4KoussériExtremo Norte435 547
5BamendaNoroeste393 835
6MarouaExtremo Norte319 941
7BafoussamOeste290 768
8MokoloExtremo Norte275 239
9NgaoundéréAndamaoua231 357
10BertouaLeste218 111

Política

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Ver artigo principal:Política dos Camarões
Paul Biya, atual Presidente do país desde 1982.

Os Camarões são umarepúblicapresidencialista, dividida administrativamente em 10 províncias.

Subdivisões

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Ver artigo principal:Subdivisões dos Camarões

Os Camarões dividem-se em dez províncias, respetivamente:

A maior parte destas províncias foram definidas na década de 1960. As províncias Centre e Sud surgem da ruptura da província Centre-Sud em 1983, no mesmo ano, Adamaoua e Extrême-Nord surgem devido à cisão da província Nord.

Economia

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Ver artigo principal:Economia dos Camarões
Principais produtos deexportação dos Camarões em 2019 (em inglês)

Em 2020, o país foi o 110º maior exportador do mundo (US$ 5,0 bilhões). Na soma de bens e serviços exportados, chega a US$ 7,7 bilhões, ficando em 104º lugar mundial.[25][26] Já nas importações, em 2019, foi o 118º maior importador do mundo: US$ 5,8 bilhões.[27]

Naagricultura, em 2019, o país foi o 3º maior produtor do mundo debanana-da-terra,noz de cola etaro, o 5º maior produtor mundial decacau e o 7º maior produtor mundial deóleo de palma einhame, além de ter grandes produções demandioca,milho,sorgo,banana,cana de açúcar,tomate,amendoim, entre outros.[28] As maiores exportações de produtos agropecuários processados do país em termos de valor, em 2019, foram: cacau, banana,algodão,café eborracha natural.[29]

Em 2019, os Camarões tinham a 85.ªindústria mais valiosa do mundo (5500 milhões de dólares), de acordo com oBanco Mundial.[30] Em 2018, o país produziu 600 milhões de litros decerveja, 59,6 mil toneladas deóleo de amendoim (11º maior produtor do mundo) e 27,1 mil toneladas deóleo de algodão (15º maior produtor do mundo).[31] Em 2020, o país era o 46º maior produtor depetróleo do mundo, 66,7 mil barris/dia.[32][33][34] O país foi o 46.º maior exportador de petróleo do mundo em 2010 (55,6 mil barris/dia).[32] Em 2015, os Camarões eram o 69.º maior produtor mundial degás natural, 600 milhões de m3 ao ano.[35]

Infraestrutura

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Ensino

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Em 2013, a taxa total dealfabetização de adultos nos Camarões foi estimada em 71,3%. Entre os jovens de 15 a 24 anos, a taxa de alfabetização foi de 85,4% para homens e 76,4% para mulheres. A maioria das crianças tem acesso a escolas públicas que são mais baratas do que instituições educacionais privadas e religiosas. O sistema educacional é uma mistura de precedentes britânicos e franceses com a maioria das instruções dando-se em inglês ou francês.[36]

Os Camarões têm uma das taxas de frequência escolar mais altas da África. As meninas frequentam a escola com menos regularidade do que os meninos por conta de contextos socioculturais. Embora as taxas de frequência sejam mais altas no sul, um número desproporcional de professores está estabelecido lá, deixando as escolas do norte com falta de pessoal de ensino. Em 2013, a taxa de matrícula na escola primária foi de 93,5%.[36]

A frequência escolar nos Camarões também é afetada pelo trabalho infantil. As conclusões doDepartamento de Trabalho dos Estados Unidos sobre o trabalho infantil relataram que 56% das crianças de 5 a 14 anos trabalhavam e que quase 53% das crianças de 7 a 14 anos combinavam trabalho e escola.[37] Em dezembro de 2014, umaLista de Bens Produzidos por Trabalho Infantil ou Trabalho Forçado, emitida peloEscritório de Assuntos Trabalhistas Internacionais mencionava os Camarões entre os países que recorreram ao trabalho infantil na produção de cacau.[38]

Os Camarões possuem oito universidades públicas, sendo estas:Universidade de Bamenda,Universidade de Buea,Universidade de Douala,Universidade de Dschang,Universidade de Maroua,Universidade de Ngaoundere,Universidade de Yaoundé I eUniversidade de Yaoundé II. Nenhuma das instituições de ensino superior do país está listada entre as 100 melhores universidades da África, de acordo com a classificação doQS World University Rankings de 2021.[39]

Saúde

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Ver artigo principal:Saúde no Camarões

A qualidade dos cuidados de saúde é geralmente baixa. A expectativa de vida ao nascer é estimada em 63,2, com as mulheres vivendo em média, 65,09 anos, enquanto os homens vivem uma média de 61,49 anos (dados de 2022). A taxa de fertilidade permanece alta em Camarões, com uma média de 4,55 nascimentos por mulher e idade média da mãe de 20,1 anos no primeiro parto. Em Camarões, há apenas 0,09 médicos para cada 1 000 pessoas, de acordo com aOrganização Mundial da Saúde (OMS). Em 2014, apenas 3,6% das despesas totais do PIB foram atribuídas aos cuidados de saúde. Devido aos cortes financeiros no sistema de saúde, há poucos profissionais. Há uma significativa emigração de profissionais médicos e enfermeiros formados no país, em parte, devido aos baixos salários na área da saúde e a carga horária de trabalho.[40][41]

Em 2012, as três principais doenças mortais foramHIV/AIDS,infecção do trato respiratório inferior e doençasdiarreicas. As doenças endêmicas incluemdengue,filariose,leishmaniose,malária,meningite,esquistossomose edoença do sono. A taxa de prevalência de HIV/AIDS em 2020 foi estimada em 3% para pessoas de 15 a 49 anos, embora um forte estigma contra a doença mantenha o número de casos notificados artificialmente baixo. Estima-se que 46 000 crianças menores de 14 anos viviam com HIV em 2016. Em Camarões, 58% das pessoas que vivem com HIV conhecem seu diagnóstico e apenas 37% recebem tratamento antiretroviral. Em 2020, 14 000 mortes por AIDS ocorreram em adultos e crianças.[42]

Amutilação genital feminina, embora não generalizada, é praticada em alguns grupos sociais no país. De acordo com um relatório do UNICEF de 2013, 1% das mulheres em Camarões foram submetidas à mutilação genital feminina. Também impactando a saúde de mulheres e meninas, a taxa de prevalência de contraceptivos foi estimada em apenas 34,4% em 2014. Oscurandeiros tradicionais continuam sendo uma alternativa popular àmedicina baseada em evidências.[43][44]

Cultura

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Ver artigo principal:Música dos Camarões

Música e dança

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A música e a dança são parte integrante das cerimônias, festivais, reuniões sociais e narrativas dos Camarões.[45] As danças tradicionais são altamente coreografadas e separam homens e mulheres ou proíbem totalmente a participação de um sexo.[46] Os objetivos das danças variam do puro entretenimento à devoção religiosa.[47] Tradicionalmente, a música é transmitida oralmente. Em uma apresentação típica, um coro de cantores ecoa um solista.[45]

Dançarinos cumprimentam os visitantes na região leste do país.

O acompanhamento musical pode ser tão simples quanto bater palmas e bater os pés, mas os instrumentos tradicionais incluem sinos usados ​​por dançarinos, bateristas e tambores, flautas, buzinas, chocalhos, raspadores, instrumentos de cordas, apitos e xilofones; a combinação exata varia de acordo com o grupo étnico e a região. Alguns artistas cantam músicas completas sozinhos, acompanhados por um instrumento de harpa.[48][49]

Os estilos de música popular incluem oambasse bey na costa litorânea,assiko, no sul do país,mangambeu, do grupo étnicoBamileke e otsamassi.[50] Amúsica nigeriana influenciou artistas anglófonos camaroneses, e o hit "Sweet Mother", dePrince Nico Mbarga, é o disco africano mais vendido na história.[51]

Os dois estilos de música mais populares são omakossa ebikutsi. O makossa se desenvolveu em Douala e mistura música folclórica, highlife, soul e música do Congo. Artistas comoManu Dibango,Francis Bebey,Moni Bilé ePetit-Pays popularizaram o estilo em todo o mundo nas décadas de 1970 e 1980. O bikutsi se originou como música de guerra entre os Ewondo. Artistas comoAnne-Marie Nzié a transformaram em uma música popular a partir da década de 1940, e artistas comoMama Ohandja eLes Têtes Brulées a popularizaram internacionalmente durante as décadas de 1960, 1970 e 1980.[52][53]

Culinária

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A culinária camaronesa varia conforme a região, mas uma farta refeição à noite é comum em todo o país. Os pratos típicos costumam ter ingredientes comomilho,mandioca,milho-miúdo,banana-comprida,batata,arroz,batata-doce ouinhame. Os pratos geralmente são servidos com um molho, sopa, ou guisado feito com vegetais, amendoim, óleo de palma ou outros ingredientes. A carne e o peixe também são adições populares, embora menos consumidas no interior do país.[11] Os pratos são, muitas vezes, servidos bastante quentes, temperados com sal e pimenta.[54][55]

Água, vinho de palma e cerveja são as bebidas mais consumidas nas refeições tradicionais, apesar da cerveja, refrigerante e vinho terem ganhado popularidade somente nos últimos anos. O uso de talheres é comum, mas a comida é tradicionalmente manipulada com a mão direita. As refeições matutinas são compostas por pão e frutas, com café ou chá, além de alimentos feitos com farinha de trigo, como sopro-sopro (rosquinhas) e bolo. Carne de animais, como carneiros, são populares, especialmente nas cidades maiores, onde eles podem ser comprados devendedores de rua.[56][57]

Feriados
DataNome em português
1 de JaneiroDia de ano novo
11 de FevereiroDia Nacional da Juventude
1 de MaioDia do Trabalhador
20 de MaioDia Nacional
15 de AgostoAssunção
25 de DezembroNatal

Além destes feriados fixos, os Camarões comemoram também os seguintes feriados móveis:

Ver também

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Referências

  1. Instituto de Linguística Teórica e Computacional.«Dicionário de Gentílicos e Topónimos dos Camarões». Portal da Língua Portuguesa. Consultado em 17 de junho de 2021 
  2. Estimation officielle d'après recensement de 2005, inAnnuaire statistique du Camerounarquivo, Institut national de la statistique du Cameroun, consulté le 23 juillet 2015
  3. «Relatório de Desenvolvimento Humano 2021/2022» 🔗(PDF). Programa de Desenvolvimento das Nações Unida. Consultado em 8 de setembro de 2022 
  4. CIA World Factbook, Lista de Países por Coeficiente de Gini (em inglês)
  5. Holthuis 1991.
  6. abcdGoverno dos Camarões.«Aperçu historique du Cameroun». Embaixada dos Camarões na Espanha. Consultado em 22 de janeiro de 2015 
  7. Governo da França.«Géographie».France Diplomatie (em francês). Consultado em 20 de maio de 2014 
  8. «Le climat au Cameroun» (em francês). Consultado em 20 de maio de 2014 
  9. «Végétation, sol et faune du Cameroun» (em francês). Consultado em 20 de maio de 2014 
  10. «Cameroon - Country ant a glace» (em inglês). Banco Mundial. Consultado em 5 de agosto de 2013 
  11. abcNeba 1999, pp. 109-111.
  12. La Population du Cameroun en 2010(PDF) (Relatório) (em francês). République du Cameroun. Consultado em 13 de setembro de 2014 
  13. Neba 1999, pp. 105–106.
  14. Neba 1999, p. 106.
  15. Mbaku 2005, p. 139.
  16. Mbaku 2005, p. 141.
  17. Freedom in the world - Cameroon (Relatório) (em inglês). Freedom House. Consultado em 13 de setembro de 2014 
  18. «Cameroon» (em inglês). Departamento de Estado dos Estados Unidos. Consultado em 13 de setembro de 2014 
  19. Neba 1999, pp. 65-67.
  20. West 2004, p. 13.
  21. Neba 1999, p. 48.
  22. Neba 1999, p. 108.
  23. Deaths and detentions as Cameroon cracks down on anglophone activists The Guardian, 2018
  24. [1]
  25. Trade Map - List of exporters for the selected product in 2018 (All products)
  26. Market Intelligence: Disclosing emerging opportunities and hidden risks
  27. «International Trade Statistics».International Trade Centre. Consultado em 25 de agosto de 2020 
  28. Agricultura dos Camarões, pela FAO
  29. Exportações dos Camarões, pela FAO
  30. Fabricação, valor agregado (US $ corrente)
  31. Beer and Oils production by FAO
  32. abAnnual petroleum and other liquids production
  33. Statistical Review of World Energy, June 2020
  34. The World Factbook — Central Intelligence Agency
  35. CIA. The World Factbook. Natural gas - production.
  36. ab«Statistics» (em inglês). UNICEF. Consultado em 4 de fevereiro de 2018.Cópia arquivada em 24 de dezembro de 2017 
  37. 2013 Findings on the Worst Forms of Child Labor -CameroonArquivado em 2015-03-03 noWayback Machine. Dol.gov. 29 de junho de 2015.
  38. List of Goods Produced by Child Labor or Forced LaborArquivado em 2015-06-10 noWayback Machine. Dol.gov. 29 de junho de 2015.
  39. QS World University, ed. (2021).«Classificações da QS World University». Consultado em 8 de abril de 2021 
  40. The World Factbook.«Cameroon: People and Society». Central Intelligence Agency 
  41. «3 medical marvels saving lives». CNN.Cópia arquivada em 22 de novembro de 2013 
  42. «Camarões». UNAIDS.Cópia arquivada em 23 de dezembro de 2017 
  43. Lantum, Daniel M. e Martin Ekeke Monono (2005). "República dos Camarões", Who Atlas Global de Medicina Tradicional, Complementar e Alternativa . Organização Mundial da Saúde , pág. 14.
  44. «Camarões»(PDF). UNAIDS.Cópia arquivada(PDF) em 5 de abril de 2015 
  45. abMbaku, p. 189
  46. Mbaku, p. 204
  47. West, p. 18
  48. Mbaku, p. 191
  49. West, p. 18–19
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  51. Mbaku, p. 200.
  52. Nkolo, Jean-Victor, and Graeme Ewens (2000). "Cameroon: Music of a Small Continent". World Music, Volume 1: Africa, Europe and the Middle East. London: Rough Guides Ltd., p. 43,ISBN 1858286352.
  53. DeLancey and DeLancey, p. 51
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  55. Mbaku 2005, p. 122.
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  57. Hudgens & Trillo, p. 1049.

Bibliografia

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  • DeLancey, Mark W.; DeLancey, Mark Dike (2000).Historical Dictionary of the Republic of Cameroon (em inglês) 3ª ed. Lanham, EUA: The Scarecrow Press.ISBN 978-0810837751 
  • Holthuis, Lipke B. (1991). «Callianassa turnerana».FAO Species Catalogue. Col: FAO Fisheries Synopsis, 125 (em inglês). 13. Marine Lobsters of the World. Roma, Itália:Food and Agriculture Organization.ISBN 92-5-103027-8. Consultado em 24 de Junho de 2014. Arquivado dooriginal em 24 de Julho de 2011 
  • Hudgens, Jim; Trillo, Richard (1999).West Africa: The Rough Guide (em inglês) 3ª ed. Londres, Reino Unido: Rough Guides.ISBN 978-1858284682 
  • Mbaku, John Mukum (2005).Culture and Customs of Cameroon (em inglês). Westport: Greenwood Press.ISBN 978-0313332319 
  • Neba, Aaron (1999).Modern Geography of the Republic of Cameroon (em inglês) 3ª ed. Bamenda: Neba Publishers 
  • West, Ben (2004).Cameroon: The Bradt Travel Guide (em inglês). Guilford, EUA: The Globe Pequot Press.ISBN 978-1841620787 

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