Código aeroportuário IATA, também conhecido comoidentificador de localização IATA,código de estação IATA, ou simplesmenteidentificador de localização, é umgeocódigo único, composto por três letras, utilizado para identificar muitosaeroportos,cidades (com um ou mais aeroportos) eáreas metropolitanas (cidades com mais de um aeroporto) ao redor do mundo, definido pelaAssociação Internacional de Transportes Aéreos (eminglês:International Air Transport Association — IATA).[1]
Logo da IATA
Os códigos aeroportuários IATA são mais mais comumente conhecidos pelopúblico em geral, quando comparados aoscódigos ICAO, que são empregados em atividades como ocontrole de tráfego aéreo e o planejamento de voos.[1] A atribuição de um código aeroportuário é regida pela Resolução 763 da IATA, e administrada pela sede da entidade, emMontreal, noCanadá.[1]
No final da década de 1940, havia aeroportos demais para o número de códigos de duas letras disponíveis, e o sistema migrou para os códigos de três letras utilizados atualmente.[2] OAeroporto Internacional de Los Angeles, por exemplo, era originalmente identificado apenas comoLA, mas, a partir de 1947, se tornouLAX. A IATA interveio na década de 1960, quando as companhias aéreas decidiram que precisavam de um processo padronizado para evitar confusões.[2] A composição de três letras oferecida pelo código aeroportuário IATA permite 17 576 permutações, assumindo que todas as letras possam ser usadas em conjunto.[3]
Os códigos aeroportuários são empregados em sistemas de reservas dascompanhias aéreas, tabelas de horários de aeroportos, emissão depassagens, e em outras áreas onde um identificador único para um aeroporto se faz necessário.[1] As letras em destaque exibidas nas etiquetas de bagagem coladas durante o processo decheck-in realizado nos aeroportos são um exemplo da utilização deste código.[4][5][6]
Via de regra, o código remete ao nome do aeroporto, ou sua localização, comoCDG, para oAeroporto Charles de Gaulle, emParis, ouLIS, para oAeroporto Humberto Delgado, emLisboa. Não há, no entanto, nenhuma obrigatoriedade de que o código contenha as letras, ou uma sequência, que remeta a tais características.[7]
De acordo com a Resolução 763, para a criação de novo código para umaeroporto, são exigidos o pagamento de uma taxa, o preenchimento de formulário oficial disponibilizado pelaIATA, bem como o fornecimento de provas visuais, como fotos da estrutura física e da sinalização do local. Quando um aeroporto ainda não se encontra em operação, uma carta da autoridade de aviação civil deve ser apresentada, confirmando a data de abertura. Além disso, é necessário confirmar as operações comerciais que serão realizadas no local.[8]
Já para locais não aeroportuários, comoestações de trem,ônibus oubalsas, é preciso também confirmar as operações comerciais programadas, além de apresentar uma autorização válida, emitida por um órgão governamental que permita a prestação de serviços de transporte. Outro requisito é o envio de uma cópia de um acordo de tráfego intermodal com umacompanhia aérea que possua um código IATA válido.[8]
Existem regras estabelecidas pelaIATA para a criação e atribuição de códigos aeroportuários, principalmente para garantir que cada novo código criado seja único. A criação de um novo código tem como preferência inicial o uso das três primeiras letras do nome do local, desde que ainda não estejam atribuídas. Caso isso não seja possível, a segunda opção é escolher uma combinação ainda não utilizada que, preferencialmente, comece com a primeira letra do nome do local. O solicitante também pode sugerir à IATA códigos preferenciais, desde que estejam disponíveis.[2]
Considerações específicas são empregadas para asáreas metropolitanas: quando uma cidade for atendida por apenas um aeroporto, o mesmo código será usado tanto para o aeroporto quanto para a cidade — como é o caso deGenebra, cujo código éGVA. Por outro lado, quando a cidade tiver mais de um aeroporto, cada aeroporto receberá seu próprio código, e a área metropolitana poderá ter um código separado, ou utilizar o de um dos aeroportos. Um exemplo éWashington, D.C., que possui os aeroportosNacional Ronald Reagan (DCA),Baltimore-Washington (BWI) eInternacional Washington Dulles (IAD), enquanto o código da área metropolitana éWAS.[2]
Por fim, a criação ou inclusão de um aeroporto em um código de área metropolitana é decidida por meio de uma consulta à indústria, garantindo que haja consenso entre os envolvidos.[2]