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OCódice Gnóstico de Berlim (ou somenteCódice de Berlim), também conhecido comoCódice de Acmim, classificado comoPapyrus Berolinensis 8502 (BG 8502), é um manuscritocopta doséculo V (possivelmente do final doséculo IV), descoberto emAcmim,Alto Egito.
NoCairo, em janeiro de1896, Carl Reinhardt comprou o códice, recém descoberto envolto em penas num nicho de uma parede de uma sepulturaCristã. Era umcódice escrito no dialetosahídico do copta, que era de uso corrente no Egito naquele tempo.
Ele foi enviado paraBerlim para aIlha dos Museus, onde chamou a atenção daAcademia de Ciências da Prússia através de Carl Schmidt, em julho. Ele traduziu e publicou osAtos de Pedro em 1903[1] e aSophia de Jesus Cristo em 1907. Porém, o conteúdognóstico do Códice de Berlim só foram totalmente traduzidos em 1954.[2] Poucas pessoas prestaram atenção nele até os anos 70, quando uma nova geração de estudiosos doCristianismo primitivo retomaram o interesse no assunto na onda da tradução dos textos gnósticos descobertos na mais famosaBiblioteca de Nag Hammadi em1945.[3]
O "Códice de Berlim" é formado por um conjunto de folhas costuradas juntas, envolto por tábuas cobertas com um couro que não parece curtido, nem pergaminho e nem pele descolorida quimicamente.[4]
Quatro textos estão costurados juntos. Todos são trabalhosgregos traduzidos para o copta. O primeiro, em duas seções, é oEvangelho de Maria, fragmentado, e para o qual este é o manuscrito principal. Embora as páginas sobreviventes estejam bem preservadas, o texto não está completo e é perceptível pelo que foi encontrado que o Evangelho de Maria continha originalmente dezenove páginas. Estão faltando as páginas 1-6 e 11-14.
O Códice também contém oApócrifo de João,Sophia de Jesus Cristo e umaepítome doAtos de Pedro. Estes textos são frequentemente discutidos junto com os textos mais antigos de Nag Hammadi.