Cânone bíblico oucânone das Escrituras[1][a] é a lista de textos (ou "livros") religiosos que uma determinada comunidade aceita como sendoinspirados por Deus e autoritativos. A palavra "cânone" vem do termogregoκανών ("régua" ou "vara de medir"). Os cristãos foram os primeiros a utilizar o termo para fazer referência às suas Escrituras, mas Eugene Ulrich considera que a ideia é derivada dojudaísmo.[2][3]
A maioria dos cânones tratados neste artigo são considerados como "fechados" (ou seja, livros não podem mais ser acrescentados ou removidos),[4] o que reflete a crença de que arevelação divina está encerrada e, portanto, uma pessoa ou grupo de pessoas foi capaz de juntar os textos inspirados aprovados num cânone completo e autoritativo.[5] Por outro lado, um cânone "aberto" é aquele que permite a adição de novos livros através darevelação contínua.
Estes cânones se desenvolveram primordialmente pelo uso de textos em contexto de culto.[6] Nesse processo, emergiu nas comunidades israelitas e, posteriormente, cristãs, uma coleção de textos dotados de autoridade.[7][8] Posteriormente, apareceram debates[9] e consenso entre as autoridades religiosas de cada uma das respectivas denominações. Os fieis consideram os livros canônicos como sendoinspirados por Deus ou como expressando a história autoritativa da relação entre Deus e seu povo. Alguns livros, como osevangelhos judaico-cristãos, foram excluídos do cânone completamente, mas muitoslivros disputados, considerados não canônicos ouapócrifos por alguns, são considerados como sendo apócrifos bíblicos,deuterocanônicos ou plenamente canônicos por outros. Diferenças existem entre aTanakh judaica e os cânones bíblicos cristãos e entre os cânones das diferentesdenominações cristãs. Critérios e processos de canonização diferentes ditam o que as diversas comunidades consideram como Escrituras inspiradas. Em alguns casos, nos quais diferentes graus de inspiração se acumularam, é prudente discutir textos que só foram elevados ao status de canônico numa única tradição religiosa. É ainda mais complexo quando se considera os cânones abertos das vários grupos do movimento dos Santos dos Últimos Dias ("mórmons") — com raízes nocristianismo — e as revelações recebidas pelos seus diversos líderes ao longo dos anos dentro do próprio movimento.
Antes do surgimento do judaísmo rabínico com a Mishna (final do século II), o cânone estava aberto entre as diversas vertentes israelitas.Entre os Manuscritos do Mar Morto, a ediçãoThe Dead Sea Scrolls Bible (1999) citam como livros dotados de autoridade o livro de Jubileus e 1 Enoque. Este último livro era popular entre correntes místicas do judaísmo. Já autores como Filo de Alexandria, Josefo e os autores do Novo Testamento citam os livros da Torá e dos Profetas sem problemas como dotados de autoridade, variando na citações sobre os Escritos.
OJudaísmo rabínico (emhebraico: יהדות רבנית) reconhece os vinte e quatro livros dotexto massorético, geralmente conhecidos comoTanakh (emhebraico: תַּנַ"ךְ) ouBíblia hebraica.[10] Evidências sugerem que o processo de canonização ocorreu entre 200 a.C. e 200 d.C.; um ponto de vista popular é que aTorá foi canonizada por volta de 400 a.C.,Nevi'im ("Profetas") por volta de 200 a.C. eKetuvim ("Escritos") por volta de 100,[11]. A hipótese, antes popular entre alguns círculos acadêmicos, de que houve umConcílio de Jâmnia no qual as autoridade judias discutiram o cânon hoje é rejeitada.[12][13][14][15][16][17] SegundoMarc Zvi Brettler, as escrituras judaicas além da Torá eNevi'im são fluidas, com diferentes grupos considerando diferentes livros como autoritativos.[18]
ODeuteronômio, parte da Torá, inclui uma proibição contra a adição ou remoção (Deuteronômio 4:2,Deuteronômio 12:32), o que pode ser aplicado ao livro em si (ou seja, a proibição contra qualquer edição futura pelas mãos dosescribas) ou às instruções recebidas porMoisés nomonte Sinai.[19]II Macabeus, um livro que não faz parte do cânone judaico, descreveNeemias (c. 400 a.C.) como tendo"fundado uma biblioteca e colecionado livros sobre reis e profetas, os textos deDavid e as cartas dos reis sobre ofertas votivas" (II Macabeus 2:13-15).
A "Grande Assembleia", também conhecida como "Grande Sinagoga", era, segundo a tradição talmúdica, uma assembleia de 120 escribas, sábios e profetas do final da era dos profetas bíblicos até a época do desenvolvimento do judaísmo rabínico e marcou a transição da época profética para a época dosrabinos. Ela teria existido por cerca de 200 anos e acabou em 70, com adestruição de Jerusalém peloImpério Romano. Entre os desenvolvimentos do judaísmo atribuídos a eles está a fixação do cânone, incluindo os livros deEzequiel,Daniel,Ester e dos dozeprofetas menores; a introdução da festa doPurim e a instituição da oração conhecida comoShmoneh Esreh, além das bençãos, orações e rituais dasinagoga.
Além daTanakh, o grupo majoritário do judaísmo rabínico considera oTalmude (emhebraico: תַּלְמוּד) como sendo outro texto autoritativo e central. Trata-se de um registro de discussões rabínicas sobrelei,ética, filosofia, costumes e história dos judeus. O Talmude está dividido em dois componentes, aMishná (c. 200), o primeiro compêndio escrito da lei oral judaica, e aGuemará (ca. 500), esclarecimentos sobre a Mishná e outros textostanaítas. Há diversas citações daSirácida no Talmude, mesmo este livro não fazendo parte do cânone hebraico.
O Talmude é a base para todos os códigos dalei rabínica e é geralmente citado naliteratura rabínica. Certos grupos judaicos, como oscaraítas, não aceitam a lei oral codificada no Talmude e aceitam apenas aTanakh como sendo autoritativa.
Os judeus etíopes, conhecidos comoBeta Israel (emge'ez:ቤተ እስራኤል,"Bēta 'Isrā'ēl"), possuem um cânone escritural distinto do cânone do judaísmo rabínico."Mäṣḥafä Kedus" ("Sagradas Escrituras") é o nome da literatura religiosa destes judeus, escrita primordialmente em ge'ez. O livro mais sagrado, chamado"Orit", consiste noPentateuco (equivalente àTorá) acrescido deJosué,Juízes eRute. O resto do cânone é considerado como de importância secundária e consiste no restante do cânone hebraico — com a possível exceção doLivro das Lamentações — e várioslivros deuterocanônicos. Entre eles,Sirácida,Judite,Tobias,I eII Esdras,I eIV Baruque, os três livros conhecidos comoMeqabyan ("Macabeus etíope"),Jubileus,Enoque,Testamento de Abraão,Testamento de Isaac e oTestamento de Jacó. Estes três últimos testamentos patriarcais são únicos dos judeus etíopes[b].
Uma terceira categoria de textos que são importantes para os judeus etíopes, mas não são considerados como parte do cânone, incluem os seguintes livros:"Nagara Muse" ("Conversação de Moisés"),"Mota Aaron" ("Morte de Aarão"),"Mota Muse" ("Morte de Moisés"),"Te'ezaza Sanbat" ("Preceitos do Sabá"),"Arde'et" ("Estudantes"), "Apocalipse de Gorgório","Mäṣḥafä Sa'atat" ("Livro das Horas"),"Abba Elias" ("Padre Elias"),"Mäṣḥafä Mäla'əkt" ("Livro dos Anjos"),"Mäṣḥafä Kahan" ("Livro dos Sacerdotes"),"Dərsanä Abrəham Wäsara Bägabs" ("Homília de Abraão e Sara no Egito"),"Gadla Sosna" ("Atos de Susana") e"Baqadāmi Gabra Egzi'abḥēr" ("No Princípio, Deus Criou").
Finalmente,"Zëna Ayhud" (a versão etíope deJosippon) e os ditos de vários"fālasfā" ("filósofos") são fontes que não são necessariamente consideradas como sagradas, mas têm, apesar disto, grande influência.
A relação da Torá samaritana com otexto massorético ainda é tema de disputas. Algumas diferenças são menores, como as idades das diferentes pessoas mencionadas nas listasgenealógicas, mas outras são maiores, como o mandamento damonogamia, que só existe na versão samaritana. Mais importante, o texto samaritano também diverge do massorético ao afirmar que Moisés recebeu osDez Mandamentos nomonte Gerizim (e não nomonte Sinai) e que foi no alto desta montanha que os sacrifícios deveriam ser feitos a Deus (e não noTemplo de Jerusalém). Apesar disto, os estudiosos consultam a versão samaritana para apoiar na determinação do texto original da Torá e também para retraçar o desenvolvimento dasfamílias textuais. Algunsrolo entre osManuscritos do Mar Morto foram identificados como sendo dotexto-tipo proto-samaritano da Torá.[22] Comparações também já foram feitas entre a Torá samaritana e o Pentateuco daSeptuagintagrega.
Os samaritanos consideram a Torá como sendo escriturainspirada, mas não aceitam nenhuma outra parte da Bíblia, uma posição provavelmente defendida pelos históricossaduceus.[23] Além disto, o cânone não foi expandido pelo acréscimo de nenhum texto unicamente samaritano. Há umLivro de Josué samaritano, mas trata-se de uma crônica popular escrita emárabe e não é considerado canônico. Outros textos religiosos não canônicos incluem o"Memar Markah" ("Doutrina de Markah") e o"Defter" ("Livro de Orações"), ambos do século IV ou depois.[24]
Os descendentes modernos dos samaritanos que vivem nos estados modernos deIsrael ePalestina consideram sua versão da Torá como completa e autoritativa.[21] Eles se auto-definem como "verdadeiros guardiões da Lei", uma reivindicação reforçada pela alegação da comunidade deNablus (tradicionalmente associada à antiga cidade bíblica deSiquém) de estarem de posse da mais antiga cópia sobrevivente da Torá, que eles acreditam ter sido escrita por Abisha, um neto deAarão.[25]
Textos atribuídos aos Apóstolos circulavam livremente entre as primeiras comunidades cristãs. Asepístolas paulinas já circulavam de forma conjunta no final do século I.Justino Mártir, no início do século II, menciona as"memórias dos Apóstolos", que os cristãos chamaram de "evangelhos", e que eram consideradas tão autoritativas quando o Antigo Testamento.[27]
Marcião de Sinope, o primeiro líder cristão a propor um cânone bíblico. Ele depois foi condenado porheresia.
Marcião de Sinope (c. 140) foi o primeiro líder cristão histórico a propor e delinear um cânone unicamente cristão (apesar de depois ter sido consideradoherético).[28] Ela excluiu todos os livros do Antigo Testamento e incluiu apenas dezepístolas paulinas e uma versão doEvangelho de Lucas conhecida como "Evangelho do Senhor". Ao fazê-lo, Marcião estabeleceu uma forma de analisar textos religiosos que ainda hoje permanece no pensamento cristão.[29]
Depois de Marcião, o cristianismo começou a dividir seus textos entre os que se alinhavam adequadamente com o "cânone" (no sentido da "régua") do pensamento teológico aceito e os que deveriam ser consideradosheréticos. Esta visão teve um papel fundamental na finalização da estrutura da coleção de livros que viria a ser conhecida como "Bíblia". E o ímpeto inicial para esta empreitada foi dado pela necessidade de propor uma alternativa ao cânone de Marcião.[29]
Um cânone com quatroevangelhos canônicos foi afirmado porIreneu de Lyon (m. 202).[30] No início do século III, teólogos comoOrígenes podem ter utilizado — ou pelo menos conhecia — os mesmos 27 livros presentes nas modernas edições do Novo Testamento, embora ainda houvesse disputas sobre a canonicidade de algumas obras (videdesenvolvimento do cânone do Novo Testamento).[31] Da mesma forma, oFragmento Muratori revela que, já em 200, existia um conjunto de textos cristãos bem similar ao moderno Novo Testamento, incluindo os quatro evangelhos.[32] Desta forma, apesar de certamente terem havido numerosos debates sobre o cânone do Novo Testamento no período do cristianismo primitivo, as principais obras já eram consideradas aceitas em meados do século III.[33]
Orígenes (c. 184–c. 253), um dos primeiros estudiosos cristãos envolvidos na codificação do cânone bíblico, teve uma boa educação tanto nateologia cristã quanto na filosofia pagã, mas acabou sendo postumamente condenado noSegundo Concílio de Constantinopla (553) por causa de algumas obras que foram consideradas heréticas. O seu cânone incluía todos os livros do moderno cânone do Novo Testamento, com exceção de quatro livros:Tiago,II Pedro,II João eIII João.[34] Ele também incluiu oPastor de Hermas, uma obra que depois foi descartada. O estudiosoBruce Metzger descreveu os esforços de Orígenes assim:"o processo de canonização representada por Orígenes ocorreu através de seleção, partindo de muitos candidatos para a inclusão para poucos".[35]
Esta foi uma das primeiras grandes tentativas de compilação de certos livros e epístolas como parte de um cânone autoritativo e inspirado para a Igreja antiga, embora não seja claro se esta era a intenção da lista de Orígenes. Em suaCarta Festiva de 367, opatriarcaAtanásio de Alexandria forneceu uma lista idêntica para os livros do Novo Testamento[36] e usou o termo "canonizados" ("kanonizomena") para se refererir a eles.[37] Seu cânone para o Antigo Testamento incluía oslivros protocanônicos daBíblia Hebraica, acrescentando aEpístola de Jeremias e oLivro de Baruque e excluindo oLivro de Ester.
As igrejas orientais sentiram, de modo geral, menos a necessidade de delinear claramente o que seria o cânone do que as ocidentais. Elas eram mais conscientes da gradação da qualidade espiritual entre os livros que aceitavam (como a classificação feita porEusébio de Cesareia) e geralmente se dispunham menos a afirmar que os livros que elas rejeitavam não possuíam nenhuma qualidade espiritual. OConcílio Quinissexto (692), rejeitado pelopapa Sérgio I, mas aceito pela Igreja Ortodoxa,[38] endossou as seguintes listas de obras canônicas: osCânones dos Apóstolos (c. 385), oSínodo de Laodiceia (c. 363), oConcílio de Cartago (397) e a39ª Carta Festiva de Atanásio (367).[39]
Como os livros sagrados constituíam uma biblioteca circulante, raramente reunidos em um só volume, os cristãos orientais consideravam o cânon como reconhecimento da autoridade da Igreja sobre quais livros deveriam ser lidos nos cultos e nas decisões da vida critã. Assim, denominações como a Igreja Ortodaxa Etíope e Igreja Assíria do Oriente consideravam alguns livros com maior autoridade que outros. A Igreja Ortodoxa Etíope até hoje nunca publicou em um mesmo volume todos seus livros sagrados.
Obs.: OGrande Cisma ocorreu somente em 1054 d.C. Logo, até este momento, a igreja do Ocidente e Oriente eram uma só e respondiam a Roma, como é possível verificar ao final da carta aos Hebreus na Bíblia Cristã.[3]
O primeiroconcílio a discutir o cânone pode ter sido oSínodo de Hipona (393), no norte da África, mas não restaram documentos desse evento. Um breve sumário de seus atos foi lido e aceito peloConcílio de Cartago (397) e peloConcílio de Cartago (419).[43] Estes concílios foram realizados sob a autoridade deAgostinho, que considerava o cânone como já fechado na época.[44] OConcílio de Roma (382), realizado sob o pontificado dopapa Dâmaso I, possivelmente proclamou um cânone idêntico, se é que é possível relacionar oDecretum Gelasianum a ele.[36][45] Da mesma forma, a encomenda de Dâmaso de uma versão emlatim da Bíblia (aVulgata), por volta de 383, foi instrumental para a fixação do cânone no ocidente, com a inclusão, a contragosto do tradutor Jerônimo[46], dos livros deuterocanônicos.[47]
Por volta de 405, opapa Inocêncio I enviou uma lista de livros sagrados ao bispogaulêsExupério de Toulouse.[48] Os estudiosos cristãos afirmam que, quando bispos e concílios tratavam do tema, eles não estavam tratando de algo novo e sim"ratificando o que já havia se tornado o pensamento da Igreja".[49]
Assim, a partir do século IV emergiu um consenso noocidente sobre o cânone do Novo Testamento (como é hoje)[50] e, no século V, ooriente, com umas poucas exceções, passou a aceitar oApocalipse, harmonizando o reconhecimento do cânone.[51]
Quanto ao Antigo Testamento, apesar de que havia um consenso sobre vários livros a partir do século IV, não houve para toda a Igreja Ocidental um concílio que determinasse explicitamente um cânone até oConcílio de Florença em 1442. Assim, durante a Idade Média várias versões da Vulgata circulavam e eram aceitas pela Igreja Católica. Era comum encontrar os livros de III e IV Esdras, Oração de Manassés, a Oração de Salomão, III Macabeus no Antigo Testamento; a harmonia dos evangelhos de Taciano (o Diatessaron) e aEpístola aos Laodicenses no Novo Testamento.
Na célebre edição daVulgata publicada por Gutenberg em 1455 contém a Oração de Manassés após os Livros das Crônicas, 3 e 4 Esdras segue 2 Esdras (Neemias) e a Oração de Salomão segue Eclesiástico.
A primeira bíblia acadêmica impressa, aBíblia Poliglota Complutense (1517), o Cardeal Ximénes e o outros editores publicaram o cânon da Septuaginta igual ao cânone da Bíblia Hebraica, sob a rubrica “Tradução Grega da LXX”. Aos livros sem um texto hebraico (os deuterocanônicos), foram aplicado uma rubrica diferente, "Tradução Grega", sem especificar como parte da Seputaginta.
Nesse contexto, a inclusão dos livros de Tobias, Judite, 3 e 4 Esdras, do Salmo 151, Sabedoria de Siraque, Oração de Manassés, Oração de Salomão, 1 e 2 Macabeus, dentre outros, eram debatidos entre eruditos e teólogos católicos. Os maiores biblistas católicos da época, Joachim Reuchlin, Cardeal Caetano, Erasmo e Sancte Pagnino eram a favor de um cânon menor que excluíam esses livros como desprovidos de autoridade.
Muitos protestantes modernos citam quatro "Critérios de Canonicidade" para justificar quais livros devem ser incluídos no Antigo e no Novo Testamento:
Origem Apostólica – atribuído a e baseado no ministério e nos ensinamentos da primeira geração de apóstolos ou seus companheiros próximos;
Aceitação Universal – reconhecido por todas as grandes comunidades cristãs do mundo antigo no final do século IV;
Uso Litúrgico – lidos publicamente quando as primeiras comunidades cristãs se reuniam para a "Ceia do Senhor", o serviço religioso semanal;
Mensagem Consistente – conteúdo teológico similar ou complementar a outros textos cristãos aceitos universalmente.
O fator básico para o reconhecimento da canonicidade era ainspiração divina e o teste principal para isto era a "Origem Apostólica". Neste contexto, o termo "apostólico" não necessariamente significa autoria ou derivação apostólica e sim "autoridade apostólica". Esta, por sua vez, está necessariamente ligada a autoridade divina através dasucessão apostólica.
Contudo, é muitas vezes difícil aplicar estes critérios a todos os livros do cânone aceito e livros considerados comoapócrifos poderiam preencher estes critérios. Por isso, na prática, os protestantes defendem ocânone da Bíblia hebraica e o cânone católico para o Novo Testamento (27 livros).
Desde o Concílio de Florença (1442), a questão do cânon estava reaberta. Isso porque o avanço da filologia renascentista levantaram vários questionamentos sobre textos da Antiguidade.[52] Nesse debate,Martinho Lutero se incomodava com quatro livros do Novo Testamento, chamados de"antilegomena":Judas,Tiago,Hebreus e oApocalipse. Por isto, ele os posicionou numa posição secundária em relação aos demais, mas não os excluiu. Ele propôs removê-los do cânone[53][54] ecoando a opinião de diversos católicos — como ocardeal Caetano eErasmo — e, parcialmente, por causa de ensinamentos que ele percebia como sendo contrário às doutrinas protestantes como asola gratia e asola fide, uma tese que não é geralmente aceita por seus seguidores. Ainda hoje estes livros aparecem em último lugar naBíblia de Luteroalemã.[55][56]
Todas as grandes tradições cristãs aceitam osprotocânone hebraico inteiramente como sendo livros inspirados e autoritativos. Além disto, todas elas, com exceção dosprotestantes, aceitam também oslivros deuterocanônicos. É importante lembrar que mesmo estes livros aparecem em algumas bíblias protestantes, como é o caso daBíblia do Rei Jaime e daBíblia de Lutero, numa seção chamada"Apócrifa".
Com relação aocânone bíblico etíope, é fundamental lembrar que: (i)Lamentações,Jeremias,Baruque,Epístola de Jeremias eIV Baruque são considerados canônicos, mas é incerto como estes livros estão divididos e organizados; em algumas listas, eles aparecem simplesmente como "Jeremias" e, em outras, estão divididos em vários livros separados; (ii)Provérbios está dividido em dois livros —Messale (caps. 1-24) eTägsas (caps. 25–31); (iii) os livros deJubileus eEnoque são bem conhecidos dos estudiosos ocidentais, os três livros conhecidos comoMeqabyan ("Macabeus etíope") não são. O seu conteúdo é completamente diferente dosLivros de Macabeus de outras tradições; (iv) o Livro de José ben Gurion ouPseudo-Josefo é uma história do povo judeu que se acredita ter sido baseada nas obras deFlávio Josefo[c]. A versão etíope (Zëna Ayhud) tem oito partes e é parte do cânone etíope[d].[58]
↑O termo "protestante" não é aceito por todas asdenominações cristãs que geralmente são classificadas sob este termo, especialmente as que se enxergam como descendentes diretas daEra Apostólica. Porém, o termo é utilizado de forma livre para incluir a maioria das igrejas não-católicas protestantes,carismáticas/pentecostais eevangélicas. Outras igrejas e movimentos ocidentais que tem uma história divergente do catolicismo romano, mas não são necessariamente consideradas comoprotestantes históricas podem também recair sob esta terminologia guarda-chuva.
↑O crescimento e desenvolvimento do cânone bíblico armênio é complexo. Livros extra-canônicos do Antigo Testamento aparecem em listas erecensões que são ou exclusivos desta tradição ou, quando existem em outros lugares, jamais conquistaram o status de cânonico. Entre eles estãoMortes dos Profetas, um antigo relato da vida dos profetas do Antigo Testamento, que não está nesta tabela (conhecido também como "Vidas dos Profetas"). Outra obra não lista é conhecida como "Palavras de Siraque", um texto diferente daSirácida ("Eclesiástico").
↑Dada a complexidade do cânone etíope, o épico nacionalKebra Negast é considerado como tendo um status elevado por muitos cristãos etíopes, a ponto de ser considerado como escritura inspirada por alguns.
↑abcAPrece de Manassés está incluída como parte doLivro de Odes, o livro seguinte aosSalmos nas Bíblias ortodoxas. O restante do Livro de Odes consiste de passagens repetidas de outras partes da Bíblia.
↑abcII Ezra,III Ezra eIII Macabeus estão incluídos nas Bíblias e tem um elevado status na tradição escritural armênia, mas são considerados"extra-canônicos".
↑abEm muitas Bíblias, oApocalipse de Esdras não é exatamente idêntico ao Esdras latino (II Esdras na Bíblia do Rei Jaime ou IV Esdras naVulgata) que inclui um prólogo (V Esdras) e um epílogo (VI Esdras). Porém, um grau de incerteza continua a existir com relação a estes livros e é certamente possível que o texto completo — incluindo o prólogo e o epílogo — aparecem em Bíblias e manuscritos bíblicos utilizados por muitas destas tradições ortodoxas. Também importante notar que o fato de muitas versões latinas não conterem 7:36—7:106.
↑Evidências sugerem fortemente que um manuscrito grego do "Apocalipse de Esdras" existiu; estas também implicam numa origem hebraica do texto.
↑Um antigo fragmento de VI Esdras é conhecido, o que implica uma possível origem hebraica para II Esdras 15-16.
↑O lugar de Ester no cânone foi questionado por Lutero. Outros, comoMelito de Sardis, omitiram-no completamente.
↑Diversas listas históricas diferentes existem para a tradição etíopetewahedo. Emuma delas, presente num manuscrito doMuseu Britânico (Add. 16188), consta um "Livro deAzenate". É muito provável que seja uma referência ao muito mais conhecido livro de "José e Azenate". Um desconhecido "Livro deUzias" também consta na lista, que pode estar ligado ao perdido "Atos de Uzias", citado emII Crônicas 26:22.
↑Algumas tradições utilizam um conjunto diferente de salmos litúrgicos.
↑Em muitos manuscritos antigos existe uma coleção distinta, conhecida como "Odes de Salomão", junto dos Salmos de Salomão.
↑O livro de Siraque é geralmente precedido por um prólogo não canônico escrito pelo neto do autor.
↑Em algumas versões latinas, o capítulo 51 do Eclesiástico aparece separadamente com o nome de "Prece de Josué, filho de Siraque".
↑Uma variante mais curta da oração do reiSalomão emI Reis 8:22–52, aparece em alguns manuscritos latinos medievais e está presente em algumas bíblias latinas no final ou imediatamente depois do Eclesiástico.
↑O "Martírio de Isaías" é uma leitura prescrita pela liturgia daIgreja Apostólica Armênia em homenagem ao profeta Isaías (vejaesta lista). Apesar desta prescrição provavelmente seja uma referência ao relato da morte de Isaías nas "Vidas dos Profetas", é possível que seja uma referência ao relato de sua morte encontrado nos primeiros cinco capítulos da "Ascensão de Isaías", que é amplamente conhecido por este nome. As duas narrativas apresentam similaridades e podem ter uma origem comum.
↑Sabe-se há muito tempo que a "Ascensão de Isaías" é parte da tradição escritural etíope. Embora não seja atualmente considerado canônico, várias fontes atestam a uma canonicidade antiga (ou "semi-canonicidade") deste livro.
↑Em algumas versões latinas, o capítulo 5 aparece separadamente com o título de "Prece de Jeremias".
↑abc"Lamentações" etíope está dividido em onze capítulos, parte dos quais não é considerada canônica.
↑A versão etíope de Baruque tem cinco capítulos, mas é mais curta que o texto daSeptuaginta.
↑abAlgumas traduções de Baruque podem incluir a tradicional "Epístola de Jeremias" como sexto capítulo.
↑A "Carta aos Cativos", encontrada emSäqoqawä Eremyas — e conhecido também como o sexto capítulo de "Lamentações" etíope — pode ser diferente da "Epístola de Jeremias" (aos mesmos cativos) encontrada em outras tradições.
↑abA "Epístola de Baruque" está nos capítulos 78-87 deII Baruque, os dez últimos capítulos do livro. A carta teve uma circulação mais ampla que o restante do livro (o "Apocalipse Sírio de Baruque") e frequentemente aparecia como um livro separado.
↑Incluído nesta lista para evitar confusão,III Baruque é amplamente rejeitado como sendopseudepígrafo e não é parte de nenhuma tradição bíblica. Dois manuscritos existem, um manuscrito em grego, mais longo, com interpolações cristãs, e um sírio, mais curto. Não é certo qual deles foi escrito primeiro.
O cânone do Novo Testamento é geralmente consensado entre as váriasdenominações cristãs: vinte e sete livros. Porém, a forma como estes livros estão organizados varia de tradição para tradição. Por exemplo, nas tradições luterana, eslavônica, ortodoxa etíope, ortodoxa síria e armênia, o Novo Testamento está ordenado de forma diferente do que se considera a forma padrão. As bíblias protestantes na Rússia e na Etiópia geralmente seguem a ordenação ortodoxa local dos livros. AIgreja Ortodoxa Síria e aIgreja Assíria do Oriente aderem à tradição litúrgica daPeshitta, que, historicamente, exclui cinco livros do Novo Testamento (antilegomena):II João,III João,II Pedro,Judas eApocalipse. Porém, estes livros estão incluídos nas bíblias modernas destas tradições.
Outras obras do Novo Testamento que geralmente são consideradas comoapócrifas, aparecem em algumas bíblias e manuscritos. Por exemplo, aEpístola aos Laodicenses aparece em diversos manuscritos latinos daVulgata, em dezoito bíblias alemãs anteriores àBíblia de Lutero e também em diversas bíblias inglesas antigas, incluindo a tradução deJoão Wycliffe; em datas tão recentes quanto 1728,William Whiston a considerava como sendo genuinamente paulina. Da mesma forma,III Coríntios[e] já foi considerada parte daBíblia armênia,[59] mas não aparece mais nas edições modernas. Na tradição ortodoxa síria ela também já foi muito importante. TantoAfraates quantoEfrém da Síria a estimavam muito e a tratavam como canônica.[60] Porém, ela não entrou no cânone daPeshitta e acabou excluída do cânone.
O "Didaquê", o "Pastor de Hermas" e outras obras atribuídas aosPadres Apostólicos já foram consideradas canônicas por váriosPais da Igreja e ainda são consideradas como textos de grande status em algumas tradições. Porém, certos livros canônicos na tradição etíope traçam sua origem aos textos dos Padres Apostólicos e também àsOrdenamentos da Igreja Antiga. Estes oito livros estão incluídos no "cânone ampliado": quatro livros de Sínodos, dois livros da Aliança, Clemente Etíope e aDidascalia Etíope.[61]
↑O crescimento e o desenvolvimento do cânone bíblico armênio é complexo. Livros extra-canônicos do Novo Testamento aparecem em listas erecensões históricas que ou são únicos a esta tradição ou, quando existem em outros lugres, jamais alcançaram o mesmo status. Alguns destes livros não estão listados nesta tabela e incluem a "Prece deEutálio", o "Repouso deSão João Evangelista", a "Doutrina de Addai", uma seção do "Evangelho de Tiago", o "Segundo Cânone Apostólico", as "Palavras deJusto",Dionísio Areopagita, a "Pregação de Pedro" e um poema deLázaro de Farpe. Outras fontes também mencionam outras adições extra-canônicas armênias aos evangelhos de Marcos e João, mas é possível que sejam referências ao "Final longo de Marcos" (Marcos 16:9–20) e à "Perícope da Adúltera" (João 7:53-João 8:11). Uma possível exceção a esta "exclusividade canônica" é o Segundo Cânone Apostólico, que pode compartilhar de uma mesma fonte — asConstituições Apostólicas — aceita no cânone ampliado da tradição etíope. Há também alguma incerteza sobre o texto da "Doutrina de Adai", que pode ser uma obra relacionada chamada "Atos de Tadeu", que aparece também em listas canônicas. Além disto, a correspondência entre orei Abgar eJesus Cristo, encontrada em várias fontes (incluindo a "Doutrina de Addai" e os "Atos de Tadeu"), aparece muitas vezes de forma independente (vejaesta lista). É importante notar que a "Prece de Eutálio" e o "Repouso de São João Evangelista" aparecem no apêndice da Bíblia Zohrab armênia (1805). Porém, alguns dos livros já mencionados, embora apareçam em listas canônicas, jamais foram descobertos em manuscritos da Bíblia armênia.
↑Embora amplamente considerado como não canônico, o "Evangelho de Tiago" obteve aceitação litúrgica nos primeiros anos do cristianismo em algumas igrejas orientais e permanece sendo uma importante fonte para muitas tradições cristãs a respeito de [[Maria (mãe de Jesus)|]].
↑abcdO "Diatessarão", aharmonia evangélica deTaciano, foi o texto padrão de algumas igrejas sírias até o século V, quando foi substituído pelos quatro evangelhos individuais com a adoção daPeshitta.
↑A "Epístola aos Laodicenses" está presente em algumas tradições e traduções da bíblia não católicas. Notável entre elas é a inclusão da epístola porJohn Wycliffe em sua tradução para o inglês da Bíblia e o uso dela pelosquakers, que produziram uma tradução própria e fizeram apelos para que ela fosse considerada canônica (videPoole'sAnnotations, on Col. 4:16). Ela é amplamente rejeitada pela maioria das denominações protestantes.
↑abcdEstas quatro epístolas foram questionadas ([[antilegomena|"contra as quais se falou") porMartinho Lutero, que alterou a ordem deseu Novo Testamento para refletir isto. Contudo, ele não chegou a excluí-las e aIgreja Luterana ainda hoje segue este cânone. As bíblias alemãs tradicionais ainda são impressas nesta ordem "luterana". A vasta maioria dos protestantes adota estas obras como sendo plenamente canônicas.
↑abcdeEstes cinco textos atribuídos aosPadres Apostólicos não são atualmente considerados canônicos por nenhuma tradição bíblica, embora sejam mais considerados por umas do que por outras. Seja como for, sua composição antiga e inclusão nos antigos códices bíblicos, além de sua aceitação em graus variados pelas autoridades cristãs antigas, exigem que elas sejam tratadas como literatura fundacional para o cristianismo como um todo.
↑abClemente etíope e aDidascalia etíope são diferentes e não devem ser confundidos com outros documentos conhecidos no ocidente por nomes muito similares
↑Ulrich (2002) define"cânone" como"a lista definitiva de livrosinspirados autoritativos que constituem ocorpus de textos sagrados reconhecidos e aceitos por um grande grupo religioso; esta lista definitiva sendo o resultado de decisões inclusivas e exclusivas decorrentes de importantes deliberações".
↑Por conta da falta de estudos acadêmicos sobre o tema, a exclusão do Livro das Lamentações do cânone judaico-etíope não é uma certeza. Além disto, algumas incertezas ainda existem sobre a exclusão de vários textos deuterocanônicos menores deste cânone, incluindo aPrece de Manassés, as tradicionaisAdições em Ester, as tradicionaisAdições em Daniel, oSalmo 151 e porções dosParalipômenos de Baruque.
↑"Guerra dos Judeus" e "Antiguidades Judaicas" são considerados muito importantes pelos cristãos por apresentarem valiosas informações sobre o judaísmo e o cristianismo primitivo no século I. Além disto, em "Antiguidades", Josefo faz duas referências a Jesus que tiveram um papel crucial na determinação do chamado "Jesus histórico".
↑O cânone ampliado etíope completo, que inclui o cânone estrito mais nove livros, não foi publicado ainda de forma unificada. Alguns livros, apesar de canônicos, são difíceis de encontrar e não estão amplamente disponíveis nem sequer naEtiópia. Apesar do cânone estrito já ter sido publicado, não há nenhuma distinção "êmica" real entre os dois, especialmente no que tange à inspiração divina e à autoridade escritural. A ideia destas duas classificações pode ser nada mais do que uma conjectura taxonômicaética.
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