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NoBrasil,bloco carnavalesco é um termo genérico usado para definir diversos tipos de manifestaçõescarnavalescas populares. Designa um conjunto de pessoas que desfilam noCarnaval, de forma semi-organizada, muitas vezes trajando uma mesma fantasia. Geralmente constituem umaagremiação.
Ao longo do tempo, diversos grupos carnavalescos já foram genericamente chamados de blocos, havendo atualmente blocos que são mais parecidos comescolas de samba, outros mais parecidos com os antigoscordões, e outros de diversos tipos.
O termo é análogo a "comparsa" emespanhol, sendo que naArgentina as escolas de samba também são entendidas como um dos tipos de comparsas.
O blocoGalo da Madrugada, doRecife é o "maior bloco de carnaval do mundo" e já entrou no Guinness World Records em 1995.[1][2][3]

Desde meados doséculo XIX as ruas da cidade doRio de Janeiro eram invadidas, nos dias de carnaval, por grupos de pessoas dispostas a se divertir.
Os primeiros registros de blocos licenciados pela polícia no Rio de Janeiro datam de 1889, Grupo Carnavalesco São Cristóvão, Bumba meu Boi, Estrela da Mocidade, Corações de Ouro, Recreio dos Inocentes, Um Grupo de Máscaras, Novo Clube Terpsícoro, Guarani, Piratas do Amor, Bondengó, Zé Pereira, Lanceiros, Guaranis da Cidade Nova, Prazer da Providência, Teimosos do Catete,Prazer do Livramento, Filhos de Satã e Crianças de Família (Rua Paulino Figueiredo).[carece de fontes?]
SegundoFelipe Ferreira, em O livro de ouro do carnaval brasileiro (2005), no início doséculo XX não havia grandes distinções entre os vários tipos de brincadeiras que ocupavam a cidade e que podiam ser chamadas indistintamente deranchos,cordões, grupos, sociedades ou blocos, entre outras denominações genéricas. De acordo com o autor, durante a década de 1920 a intelectualidade brasileira volta-se para as questões ligadas à identidade nacional destacando a importância da festa carnavalesca carioca que passa ser vista como uma espécie de "resumo" da diversidade cultural brasileira. Organizar a "confusão" carnavalesca passa a ser um dos objetivos da elite cultural que, com ajuda da imprensa, começa a definir as diferentes categorias da folia numa escala que iria das sofisticadassociedades carnavalescas – ou grandes sociedades – até os temidos cordões.[4]
Dentro dessa nova organização, os grupos do carnaval chamado de popular (ouPequeno Carnaval) podiam ser classificados como ranchos (considerados como mais sociáveis), blocos ou cordões (vistos como o carnaval descontrolado). Nelson da Nóbrega Fernandes afirma que os cordões cariocas sofreram um processo de "satanização"[5] daí passaram a denominar-se como blocos ou transformaram-se em ranchos.[5] no entanto, havia diferenças conceituais importantes entre ranchos e cordões, tendo o primeiro um cortejo mais focado no elemento teatral, com forte presença de instrumentos de sopro e no canto, enquanto os cordões davam ênfase à percussão e em geral não possuíam outros instrumentos musicais.
A classificação dos blocos situava-se, portanto, a meio caminho entre os louváveis ranchos e os frequentemente condenados cordões. Essa característica ambivalente faria dos blocos a inspiração para as os grupos de samba que buscariam a aceitação da sociedade no final dadécada de 1920 e que passariam a ser denominados de escolas de samba a partir dadécada de 1930.
A partir daí, em dado momento, a partir do crescimento das escolas de samba, a história dos blocos carnavalescos que utilizavam o samba como ritmo condutor passa a ser intimamente ligada à história dessas agremiações. O conceito de "bloco de enredo" surgiu no Rio de Janeiro, sem uma data precisa. Porém aFederação dos Blocos Carnavalescos do Estado do Rio de Janeiro data do ano de 1965, 13 anos após a criação daAESCRJ.

São blocos que utilizam em sua indumentária, ritmo e letra aspectos das culturas africanas, utilizando um conjunto percussivo à frente dotrio elétrico, somado a vestimentas cuja temática das estampas estabelecem ligação com a África.
O primeiro bloco afro criado noBrasil foi oIlê Aiyê, no ano de 1974 por Vovô, inaugurando assim uma mudança docarnaval deSalvador com a inserção da musicalidade africana, sendo responsáveis pela difusão dosamba-reggae.[6]
Blocos típicos deBelo Horizonte -MG.[7]
São blocos análogos aescolas de samba.[8] Muitas escolas de samba, especialmente dosgrupos inferiores, foram blocos de enredo.
No Rio de Janeiro, foi aprovada para o Carnaval de 2011 a ascensão e rebaixamento automático entre escolas de samba e blocos, com as 4 últimas escolas da sexta divisão (Grupo E) passando a se filiar àFederação dos Blocos para o ano seguinte. Tal situação durou até o Carnaval de 2014.
Em vários lugares do Brasil a denominação bloco de enredo é comum. Em São Paulo, são chamados somente de "blocos", sendo administrados pelaUnião das Escolas de Samba de São Paulo, funcionando como pequenas escolas de samba, inclusive com sambas-enredo iguais aos destas. EmBrasília, os blocos de enredo a partir de 2011, passaram a ser na verdade a quarta divisão dodesfile de escolas de samba da cidade, tais entidades são filiadas aLIESB.
No Rio de Janeiro, são todos os blocos que não são de enredo nem se identifiquem com outra manifestação carnavalesca preexistente, como os clubes de frevo (típicos dePernambuco).

Manifestação popular típica do carnaval de rua dePernambuco em Olinda e Recife. São compostos de uma orquestra de pau e corda com poucos metais, apenas para complementação, e integrantes fantasiados cantando antigos frevos de blocos e marchinhas que foram sucesso e deixaram saudades. Os blocos líricos foram criados em 1850 e suas maiores características são as marchinhas de frevo antigo, suas vestes e seuflabelo.
São manifestações populares típicas docarnaval de rua noBrasil, onde o improviso e a desorganização são a tônica: Um grupo de foliões com fantasias improvisadas, ou mesmo de roupa comum, se reúnem no carnaval e ao som de instrumentos também improvisados e desfilam pelas ruas da cidade, cantando e sambandomarchinhas carnavalescas esambas-enredo dasescolas de samba.
Alguns blocos de sujo satirizam apolítica nacional com faixas e cartazes, sempre em tom de ironia e deboche, com a marca do humorbrasileiro.
São manifestações populares em todo o Brasil, que se popularizaram em 2012, depois que o cantorMariano usou fralda enquanto cantavaVem Cuidar do Seu Bebê durante show em São José do Rio Preto. No ano seguinte, a fantasia do bebezão era uma das fantasias mais comuns no carnaval devido ao baixo custo da fantasia. Alguns municípios brasileiros endossaram esses blocos como forma de reduzir a urinação pública durante o carnaval. Até hoje, o bloco continua sendo uma ocorrência comum em muitas cidades do Brasil.[9]
São manifestações populares dada a todos os blocos carnavalescos formados por homens que se vestem com roupas de mulher para brincar oCarnaval. No Rio de Janeiro eram populares o Bloco das Piranhas da cidade de São João de Meriti que acabou-se transformando em umaescola de samba e o doClube Mauá, em São Gonçalo[carece de fontes?]. em São Paulo, a escolaMocidade Alegre também é oriunda de um bloco dessa categoria, daí o seu nome.
É responsável pelo maior carnaval de blocos do país.[10]
Galo da Madrugada, considerado o maior bloco carnavalesco do mundo peloGuinness Book desde 1995, é o que mais atrai os foliões.
Grito da Véia, único bloco carnavalesco com certificado ambiental de compensação de uso de carbono.[11][12]
O Rio de Janeiro conta com mais de 400 blocos, dos quais os mais famosos são: OCordão da Bola Preta, que é também o mais antigo em atividade; oBafo da Onça; oCacique de Ramos; oBoêmios de Irajá; aBanda de Ipanema; oSimpatia É Quase Amor; oMonobloco e oSuvaco do Cristo.
São Paulo conta com mais de 600 blocos, sendo o mais antigo o Bloco dos Esfarrapados e a Banda do Candinho.