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Biscoitos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para a iguaria, vejaBiscoito. Para outros significados, vejaBiscoito (desambiguação).
Biscoitos
Freguesia
Biscoitos, vista parcial
Biscoitos, vista parcial
Biscoitos, vista parcial
Brasão de armas de Biscoitos
Brasão de armas
Gentílicobiscoitense
Localização
Localização no município de Praia da Vitória
Localização no município de Praia da Vitória
Localização no município de Praia da Vitória
Biscoitos está localizado em: Açores
Biscoitos
Localização de Biscoitos nos Açores
Coordenadas38° 48′ 00″ N, 27° 15′ 20″ O
RegiãoAçores
MunicípioPraia da Vitória
Administração
TipoJunta de freguesia
PresidenteLuís Carlos Duarte Vieira (PSD)
Características geográficas
Área total26,30 km²
População total(2011)1 424 hab.
Densidade54,1 hab./km²
Código postal9760-051
Outras informações
OragoSão Pedro
Sítiohttps://freguesiabiscoitos.com/

Biscoitos é umafreguesia domunicípio daPraia da Vitória, situada na costa norte dailha Terceira (Açores), com uma área de 26,30 km² e 1 450 habitantes (2021),[1] o que corresponde a umadensidade populacional de 54,2 hab./km². A localidade foi conhecida por Biscoitos do Porto da Cruz,[2] já que se desenvolveu nos terrenos lávicos (osbiscoitos[3]) situados em torno do Porto da Cruz, em tempos um importante porto de pescas e debaleação. A parte baixa do território da freguesia é um dos principais núcleos vitivinícolas dos Açores, constituindo simultaneamente uma zona depaisagem protegida integrada noParque Natural da Terceira[4] e uma zona demarcada de produção vinícola nas tradicionaiscurraletas onde se produzem vinhos brancos licorosos a partir do cultivo decastas tradicionais, sobretudoverdelho.[5][6]

História

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O nome desta localidade é simultaneamente o nome dado nosAçores a duas entidades diferentes, sendo que uma delas se refere a uma massa doce tradicional feita comespeciarias, e à outra à terra queimada, nascida dosvulcões (basalto preto). Neste caso, osbiscoitos são terrenos formados pelas lavas provenientes de erupções vulcânicas.[3]

Trata-se de uma zona de importante tradição vinícola justamente por a terra queimada ser pobre e pouco mais dar do quevinha que ainda assim tem de ser protegida dasintempéries porcurraletas feitos com a própria pedra de basalto, exemplo da luta dos homens contra os elementos.

OvinhoVerdelho aqui produzido é de excelente qualidade e com grande tradição, já era consumido nasnaus nos tempos dosdescobrimentos portugueses pois era um produto que se aguentava bem nomar.

A altura em que se iniciou o cultivo davinha nos Biscoitos é desconhecida, sendo, no entanto, de presumir que se tenha iniciado juntamente com o cultivo dotrigo e outros produtos indispensáveis ao sustento dos povoadores. Acepa dacasta dauva verdelho aparece como a mais antiga. Em tempos passado o vinho foi de tal abundância que na freguesia, em 1649, chegou-se a trocar umapipa de vinho por cincocavalas e umtostão. Devido à praga deFiloxera que atacou a cultura no século XIX, esta entrou em forte declínio e só voltou a recuperar-se por volta de 1870 com a introdução de novas castas resistentes a doença e que depois foram de novo enxertadas.

Curraletas de videiras nos Biscoitos, em época de Inverno.

Tendo sido elevada a freguesia em 1556, possui duas igrejas e várias ermidas. Aqui se situa um Museu do Vinho, fundado em 1990 pelaCasa Agrícola Brum, deFrancisco Maria Brum, onde é possível apreciar um vasto conjunto de instrumento relacionados com a vindima, fotografias e documentos históricos também referentes ao vinho e à vindima.[7]

É neste museu e casa que esteve instalada a sede daConfraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos, desde a sua criação em 1993 até à mudança, em 2019, para oEdifício Polivalente dos Biscoitos.

Eram terras incultas que Francisco Maria Brum converteu em fontes de riqueza graças à vitoriosa jornada de vitalização e alargamento vinícola. O primeiro pé das novas uvas plantadas, já há mais de nove décadas o tempo destruiu existindo ainda o segundo pé de vinha no local chamado de Canada da Salga.

No entanto as restantes terras não afectadas pelosrios de lava são de grande fertilidade dada a sua origem emcinza vulcânica e abundância deáguas.

Trata-se de uma das freguesias rurais mais importantes dailha Terceira. É também, devido ao seu microclima um óptimo local de veraneio. É este microlima semelhante ao defajã que a torna única na ilha Terceira podendo equiparar-se em certos aspectos com asfajãs dailha de São Jorge. Junto ao mar existem piscinas naturais, localizadas entre formações rochosas com proveniência emerupções vulcânicas, algumas já em tempos históricos. A mais conhecida teve origem novulcão que deu origem ao que é actualmente oAlgar do Carvão no interior da ilha Terceira.

Junto àorla marítima da localidade existemfortes etrincheiras militares da datam doséculo XVI e doséculo XVII, resultantes do sistema defensivo dailha Terceira contra os frequentes assaltos depiratas ecorsários a que era sujeita.

Não há documentos que indiquem com exactidão uma data exacta para a fundação deste povoado, mas por tradição popular sabe-se que é uma das mais antigas da ilha e que foi elevada a freguesia já em Junho 1556 após a morte dePedro Anes do Canto.

Foi no passado foi pertença de duas famílias nobres: osCantos; e osPamplonas, sendo esta última de origemespanhola que viera fugida para Portugal na altura da colonização desta Ilha.

No tempo dePero Anes do Canto os Biscoitos eram sede de ummorgadio e chamavam-seBiscoito Gordo por a sua terra ser muito fértil ou deMaterramenta pois foi um homem desta alcunha o primeiro possuidor dela.

O padreJosé Alves da Silva, informou que ao contrário de quase todas as freguesias da Ilha Terceira, só os Biscoitos tinham 3quilómetros de extensão entre as freguesias suas limítrofes, sendo no entanto certo que foi ainda menor esta extensão por volta de 1556, dado que a distância de cerca de 500 metros desde a Ribeira de Pamplona até ao lugar conhecido pela Cruz do Marco pertencia à Freguesia dosAltares. No ano de 1673 obispo de Angra D. FreiLourenço de Castro ordenou que os habitantes da localidade dos Altares que morassem além daRibeira do Pamplona ficassem a pertencer à paróquia dos Biscoitos.

Pode também o pequeno comprimento desta freguesia pelo facto de outrora ter sido a sua população toda aglomerada ao sul. A antiga igreja ficava a 1500 metros a sul da actualIgreja de São Pedro no local então denominado “As Igrejinhas”.

População

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População da freguesia de Biscoitos[8]
1864187818901900191119201930194019501960197019811991200120112021
1 6651 8361 9742 0861 8971 9102 0602 0762 2372 3341 9801 2281 3471 4251 4241 450
Distribuição da População por Grupos Etários
Ano0-14 Anos15-24 Anos25-64 Anos> 65 Anos0-14 Anos15-24 Anos25-64 Anos> 65 Anos
200123923070724916,8%16,1%49,6%17,5%
201119416781924413,6%11,7%57,5%17,1%

Vulcões e terramotos

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Algar do Carvão: boca

A 22 de novembro de 1761, iniciaram-se uma série de grandestremores de terra que continuaram, com alguma frequência, até 14 de abril do ano seguinte (1762). A 17 do mesmo mês e ano, na parte da manhã teve início umaerupção vulcânica com alava a surgir de debaixo do chão e ser atirada até ao sítio conhecido como Mistério Velho. Com este fenómeno natural, a freguesia dos Biscoitos viu-se sob o risco de ser inteiramente destruída.

No dia 21 de Abril, no lugar do Mistério Velho aconteceu uma novaerupção distanciando-se esta cerca de umalégua da anterior. Esta segunda erupção durou oito dias. Começou com umaexplosão de grande força que se fez ouvir em muitosquilómetros em redor e levantou no ar muita pedra de grande dimensão.

Com o início destes acontecimentos começou o êxodo das populações que fugiam o mais depressa que podiam deixando a freguesia deserta. Todos abandonaram as suas casas, levando o que puderam. Ospárocos mudaram oSantíssimo Sacramento para aIgreja de Santa Beatriz dasQuatro Ribeiras. Ninguém morreu porque todos tiveram tempo para se porem a salvo.Nos primeiros tempos a água dasNascentes echafarizes daqueles sítios, tinha um ardor como o damalagueta.

Séculos depois, no dia 1 de Janeiro de 1980 deu-se novamente outro acontecimento, desta vez umterramoto grau sete naescala de Richter. Morreram quatro pessoas e foram muitos os desalojados, que tiveram de se abrigar em carros, tendas e casas de familiares.

Canada da Salga

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O nome desta via de comunicação, segundo reza atradição popular deve o seu nome a um acontecimento que ocorreu durante o tempo dadominação filipina. Quando as forçascastelhanas invadiram a freguesia dos Biscoitos e foi travado umcombate tão violento que osangue dossoldados correu de forma a tornar-se necessário espalharsal, para se evitar umapandemia depeste que segundo se acreditava na altura poderia provir simplesmente do sangue espalhado.

Tradições e cultura popular

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Tourada à corda na ilha Terceira.
Touradas nailha Terceira: Tentadero.

Astradições populares concretizam-se através de vários eventos distribuídos ao longo do ano e que demonstram uma declaração de e outras doprofano. São bastante variadas, sendo no entanto de destacar: asfestas do bairro de São Pedro que se realizam na primeira semana de Julho e são composta por iluminação nocturna,missa solene e umaprocissão em honra deSão Pedro; umatourada à corda na Rua Longa; umbodo de leite em honra deSão João com missa, procissão e bênção damassa cevada;bazar emúsica.

Festa doImaculado Coração de Maria que se realiza no fim de Setembro à semelhança da Festa do Bairro de São Pedro são compostas por uma abertura das festas com rainha, desfiles defilarmónicas, procissão antecedida de missa solene; tourada no Largo Francisco Maria Brum; bodo de leite, normalmente com bailinhos e desfile decarros alegóricos. actuações de grupos musicais, iluminação e bazar.

As Festa do Porto que se realiza junto aoPorto dos Biscoitos no domingo a seguir à Festa do Imaculado Coração de Maria e é organizada pelospescadores do porto. Começa com uma missa dedicada aSanto António naErmida de Santo António, seguindo-se a procissão e bênção das embarcações. Por volta das 14 horas há vacada na praça, pertencente à Sociedade Progresso Biscoitense, e finalmente a tourada à corda.

As Festas dos Bodos em que se realizam osBodos do Espírito Santo, a tarde do bodo era passada no Largo a ouvir a filarmónica tocar nocoreto. Faziam-se arrematações das ofertas feitas aoDivino bebia-se o conhecido vinho verdelho.

O Bodo de São Pedro realiza-se em Junho, junto com a Festa da Sociedade Filarmónica Progresso Biscoitense. À tarde a Imagem de São Pedro é trazida em procissão da sociedade para aIgreja de São Pedro, onde se realiza a missa, após a qual são bentos a massa sovada e o vinho que serão distribuídos.

O Bodo de São João realiza-se no Bairro de São Pedro, integrado nas festas. É um bodo com massa cevada.

Uma das mais curiosaslendas e histórias populares referenciadas nesta localidade será eventualmente aLenda da Lagoa do Ginjal.

Festa do Espírito Santo

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Festa do Espírito Santo: Coroa da Freguesia da Vila Nova.
Festa do Espírito Santo: Pomba do Divino da Freguesia da Vila Nova

As festas doDivino Espírito Santo como muitas outras tradições dosAçores estão enraizadas na mente dos Povos açorianos de forma indelével e apesar de terem vindo de diferentes partes do mundo com os povoadores, nas ilhas adquiriram características próprias.

Neste caso as festividades do Divino Espírito Santo estão ligadas àerupção Vulcânica ocorrida novulcão que hoje é oAlgar do Carvão de cujaslavas ao descerem dasmontanhas passaram a caminho do mar por esta freguesia reduzindo a cinzas quase todos os terrenos, ficando apenas intactos os que pertenciam a D.Violante do Canto.

Acontecimento que parece estar ligado ao facto de esta senhora ser devota do Espírito Santo, e O ter invocado e prometido que se osforos a que tinha direito fossem poupados, seriam depois destinados a honrá-lo. Deu-se então o estranho caso do fogo descrever várias curvas contornando os seus terrenos sem lhes causar dano algum.

Conta ainda a história que o fogo só se apagava quando em procissão o povo se aproximava com as insígnias do Divino Espírito Santo.

A matança do porco

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Matança doporco, ilha Terceira.

A matança doporco foi um acontecimento social de antigamente que com poucas diferenças era praticado em todas as ilhas dos Açores, e que antes de mais nada significava em épocas recuadas o armazenar da comida para os rigores doInverno. A matança processava-se do seguinte modo: Geralmente num Domingo picavam-se acebola, oalho e preparavam-se todas asespeciarias e todos os utensílios necessários para a realização do acto.

Na manhã do dia seguinte, logo pela madrugada chegavam os vizinhos, familiares, amigos e convidados, bem como omarchante que era responsável pela morte do porco. Depois do pequeno almoço composto pelo café da matança comqueijo,pão caseiro einhames, ia-se buscar o porco que depois de morto era escaldado com água a ferver e era chamuscado com mato seco de chama rápida com o objectivo de lhe tirar opelo, sendo depois lavado comareia.

Quando estava limpo abria-se e retiravam-se as tripas para umalguidar debarro, para serem lavadas comlaranja-azeda (Citrus aurantium L.) efolha seca de milho, sendo esta parte do serviço quase sempre da responsabilidade das mulheres.

Depois do almoço os homens ficavam a jogar às cartas e as mulheres preparavam asmorcelas (Com as tripas entretanto limpas) para o jantar, enquanto as raparigas novas iam convidar os vizinhos para ver o porco e serviamfigos eaguardente.

À hora daceia vinham os ranchos provar a morcela e fazia-se umafesta com bebidas,música edanças. Era no fundo umhino de abundância e àcolheita que se propagou desde aIdade Média até ao presente.

No dia seguinte, Terça Feira desmanchava-se o porco e preparavam-se assalgadeiras, quase sempre de barro onde era guardada acarne em sal de forma à conservar. Derretia-se abanha, a entrebanha e ostorresmos detoucinho. Punha-se ainda emvinho ealhos a carne destinada àslinguiças.

Já Quarta Feira e último dia da matança, derretiam-se os restantes torresmos, e enchiam-se as linguiças.

Actualmente a matança é realizada por poucas pessoas, normalmente ao fim de semana. Há na mesma o pequeno almoço e o almoço tradicional, mas mata-se e desmancha-se o porco no mesmo dia. É tudo mais rápido e mais económico. De forma que a tradição nos seus moldes antigos já só é revivida por alturas de festas tradicionais geralmente patrocinadas por entidades publicas.

A desfolhada do milho

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Bonecas de folha demilho, ilha Terceira.

Por alturas da desfolhada domilho, isto é, após acolheita damaçaroca, os vizinhos tinham por habito darem ajuda uns aos outros como forma de troca de trabalho. Esta desfolha (tirar afolha) era um trabalho já feito noOutono, numa altura de vida pacata em que asnoites eram longas e não havia televisão ou outros meios de entretenimento. Assim as pessoas, amigos e vizinhos e familiares juntavam-se e o trabalho entrava pela noite dentro por entrecantigas ebailes.

Era costume fazerem-se jogos como o Jogo das Socas que constava no simples facto: se o milho era vermelho, quem o desfolhava teria que dar um abraço em quem estivesse a seu lado, se era roxo significava um beliscão, enquanto que amarelo era um beijo.

Era também comum as primeiras maçarocas desfolhadas serem cozidas e servidas às pessoas presentes que eram comidas secas ou barradas commanteiga.

Ferradura atrás da porta

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O costume do uso de umaferradura atrás da porta está ligado àscrendices populares. Usava-se para dar sorte e fazer face a invejas e maus olhados. Actualmente a usa fá-lo por tradição ou como objecto decorativo.Para um semelhante servia também uma tesoura aberta que era usada para afugentar os espíritos.

A Justiça da Noite

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A Justiça da Noite era utilizada pelos povos que em tempos antigos não tinham forma de aceder aostribunais ou a outras instâncias capazes de resolver os problemas que iam surgindo na sociedade.

Assim pela calada da noite os habitantes que de alguma forma estivesse envolvido no acontecimentomascaravam-se e actuavam em todo o tipo de situações que não fossem julgadas correctas. Eram os casos deadultério, maus tratos,roubo,Calúnia e outros que pela sua natureza ou dificuldades escapavam à acção dos tribunais.

Sociedade Filarmónica Progresso Biscoitense

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ASociedade Filarmónica Progresso Biscoitense foi fundada no dia 17 de Fevereiro de 1932, tendo sido seu fundador oPadre Aníbal do Rego Duarte. Sendo na altura constituída por cerca de trinta elementos, sendo que actualmente ronda os quarenta elementos. É mantida pelas quota dos sócios, rendimentos dos bares (sede e praça), apoios públicos e dádivas de particulares.

O objectivo desta sociedade é estimular o gosto pela cultura, em especial pelamúsica, atraindo e ocupando as pessoas, nomeadamente os jovens. Ao longo da sua existência tem procurado reformular o repertório, tendo tido umaorquestra com sopros, corda e coro. O seu primeiro coro estreou no dia 25 de Junho de 1935 com vinte e quatro elementos que se vestiam com uma farda de cor preta e branco, sendo o repertório actualmente é composto por variadas peças de música.Ao longo dos anos da sua existência já trajaram seis fardas diferentes, sendo a actual composta por: fato cinzento, camisa branca e gravata azul.O seu primeiro instrumental foi comprado em segunda mão a uma banda militar em 1989, tendo mais tarde aSecretaria da Educação e Cultura fornecido instrumentos novos.Tem patrocinado a criação de outras filarmónicas como foi o caso da Filarmónica de Santa Beatriz da freguesia dasQuatro Ribeiras.Participam também periodicamente nas festas religiosas e profanas da sua localidade, bem como noutras freguesias da ilha.

Esta instituição possui umapraça de toiros, a Praça de Santo António, adquirida pela própria, e localizada junto aoPorto dos Biscoitos.

Sociedade Recreativa do Bairro de São Pedro dos Biscoitos

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Esta sociedade foi fundada em 1958, por um grupo de músicos que se separou da Sociedade Filarmónica Progresso Biscoitense até então, única filarmónica existente na localidade. A quando da sua fundação já possuíam sede, facto que contribuiu para rapidamente ter tido uma boa adesão das pessoas facto que facilitou a sua fundação e desenvolvimento.

Começaram a sua actividade com instrumental emprestado e com a primeira actuação em Setembro de 1958. Apresentaram-se com uma farda constituída por: calça branca, camisa branca e casaco preto. Desde então já conheceram quatro fardas, actualmente vestem calça preta, camisa branca e casaco cor-de-vinho.

Inicialmente constituída por vinte e cinco músicos, incluindo os aprendizes, conta actualmente com vinte e seis elementos. Apoia-se no rendimento do bar e nas quotas anuais dos sócios. Actuam em festas religiosas e profanas sempre que solicitados por toda a ilha Terceira.

Grupo Folclórico dos Biscoitos

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OGrupo Folclórico dos Biscoitos foi fundado no dia 17 de Setembro de 1992 e embora tenha sido constituído por iniciativa da junta de freguesia local tem uma direcção própria. É composto por vinte e cinco elementos, sendo sete tocadores instrumentais.Tem por finalidade fazer actuações e divulgação dos usos e costumes desta localidade doNorte da ilha Terceira. Possuem vários tipos de traje, o comum composto por saia de,avental,galochas e lenço e os festivos de chita e de capote e capelo.

Chafarizes dos Biscoitos

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Ao longo dosséculos da sua existência e à medida que a freguesia se foi expandido foi necessário proceder à construção de várioschafarizes destinados ao abastecimento comagua potável os habitantes e os animais. Assim nos finais doséculo XIX, esta freguesia tinha doze chafarizes públicos que se localizavam: Caparica, Outeiro, Bairro de São Pedro, Largo da Igreja, Biscoito Bravo, Rua Longa, Canada do Caldeiro, Cancela, Rua dos Boiões e Caminho do Concelho junto à Canada do Caldeiro. A água vinha da Fonte do Rego de Água, Fonte do Gaiteiro e Fonte do Vimieiro.Após o terramoto de 1980 assistiu-se ao desaparecimento de muitos destes chafarizes ao ponto de actualmente só existir o Chafariz da Rua Longa, o Chafariz da Cancela, o Chafariz da Canada do Caldeiro, o Chafariz do Caminho do Concelho.Não eram doze chafarizes mas sim catorze…um localizava-se no Caminho do Concelho junto onde é a entrada actual para o campo de futebol e era conhecido pelo chafariz do 'Tio Paquete'. O outro chafariz localiza-se também no Caminho do Concelho próximo da Canada do Porto sendo ainda visível a sua existência

Património construído

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Património natural

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Educação

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Moinho da Ponta Negra, "ex libris" da EBIB.

Ao longo de sua história, a freguesia dos Biscoitos foi servida por diversos serviços educativos, hoje de responsabilidade daEscola Básica Integrada dos Biscoitos (EBIB).

Ligações externas

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Galeria

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  • Caminhos de terra, Biscoitos
    Caminhos de terra, Biscoitos
  • Piscinas naturais dos Biscoitos em dia de tempestade
    Piscinas naturais dos Biscoitos em dia de tempestade
  • Zona das Piscinas naturais dos Biscoitos em dia de tempestade.
    Zona das Piscinas naturais dos Biscoitos em dia de tempestade.
  • Grupo folclórico da Santa casa da Misericórdia de Angra Heroísmo, trajo fino
    Grupo folclórico da Santa casa da Misericórdia de Angra Heroísmo, trajo fino
  • Grupo folclórico da Santa casa da Misericórdia de Angra Heroísmo
    Grupo folclórico da Santa casa da Misericórdia de Angra Heroísmo
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Referências

  1. SREA: Censos 2021.
  2. Maria Teresa Valadão Caldeira Martins (pref. Ricardo Barros),Biscoitos do Porto da Cruz. 2ª ed. rev. e aum., Biscoitos : Junta de Freguesia dos Biscoitos, 2017.
  3. abS.A, Infopédia- Dicionário da Língua Portuguesa.«Biscoito».Infopédia Dicionário da Língua Portuguesa. Consultado em 18 de abril de 2023 
  4. Decreto Legislativo Regional n.º 11/2011/A, de 20 de Abril, que cria o Parque Natural da Terceira.
  5. Biscoitos IPR.
  6. Decreto Regional n.º 25/80/A, de 16 de setembro, que promove a demarcação das regiões vitícolas do verdelho do Pico, do verdelho da Graciosa e do verdelho dos Biscoitos, na ilha Terceira.
  7. Decreto Legislativo Regional n.º 21/2008/A, de 18 de julho, que estabelece a organização do sector vitivinícola na Região Autónoma dos Açores.
  8. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) -https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  9. «Análise Jurídica - Resolução n.º 11/2024, de 15 de abril» 


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