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Bernardo Carvalho

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Bernardo Carvalho
Bernardo Carvalho em encontro organizado pelo Instituto de Letras daUERJ em2010
Nome completoBernardo Teixeira de Carvalho
Nascimento
1960 (65 anos)

PrémiosPrêmio Portugal Telecom de Literatura (2003)
Prêmio APCA /2003)
Prêmio Jabuti
Género literárioRomance
Magnum opusNove Noites

Bernardo Teixeira de Carvalho (Rio de Janeiro,5 de setembro de1960) é umescritor,tradutor ejornalistabrasileiro[1][2], considerado um dos principais romancistas brasileiros do século XXI. É também colunista daFolha de São Paulo, para a qual escreve mensalmente[3]. É geralmente lembrado pelo seu romanceNove Noites, amplamente reconhecido pela crítica especializada como um dos principaisromances da ficção brasileira contemporânea[4].

Publicações

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Foi editor do suplemento de ensaios Folhetim, e correspondente daFolha de S. Paulo emParis eNova Iorque. Seus dois primeiros livros foram editados naFrança.

Em 2006, trabalhou com o grupoTeatro da Vertigem e escreveu, de forma colaborativa com o diretor e os atores, a peça BR3, encenada pelo grupo.[5]

Para escrever seu romanceMongólia, viajou pelo país, com bolsa de criação literária da fundação portuguesa Oriente, propondo, nesse texto, "um novo olhar sobre o espaço, uma nova consciência da inquietude e da mobilidade".[6]

Carvalho também passou um período vivendo entre os osKrahôs, para tentar entender o personagem de seu romanceNove Noites, um antropólogo estadunidense que se suicidou enquanto pesquisava esse povo indígena.[7]

Em 2021, publicouO último gozo do mundo, fábuladistópica ambientada no contexto de pós-pandemia da Covid-19, no qual reflete sobre a quarentena e a sensação de fim do mundo.[8]

Bernardo Carvalho teve o seu livroMongólia distinguido com oPrêmio APCA daAssociação Paulista dos Críticos de Arte, edição2003, bem como oPrêmio Jabuti de 2004, ambos na categoria romance. Mais tarde, em 2014, receberia novamente o Jabuti porReprodução, também na categoria romance.[9] Antes, ele recebeu, a meias comDalton Trevisan (Pico na Veia), oPrêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira,[10] com o romanceNove Noites.

Bernardo Carvalho no Salão do Livro emParis em2010

Obras

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Ficção (romances e contos)
  • Aberração (1993) — Volume de onze contos sobre personagens deslocados e obcecados por coincidências, em narrativas que investigam memória, identidade e o “duplo”.[11]
  • Onze (1995) — Trama em mosaico que aproxima personagens e acontecimentos díspares (um jogo de morto-vivo num sítio, um pintor estrangeiro no Rio, um acidente em Paris), explorando simetrias e espelhamentos narrativos.[12]
  • Os bêbados e os sonâmbulos (1996) — Romance sobre a percepção e a perda de identidade: um jovem com tumor cerebral vê a sanidade ruir, num enredo que mistura policial, drama familiar e simulacros de arte e sexo.[13]
  • Teatro (1998) — Dividido em duas partes e vozes, articula conspiração, celebridade e violência (um ataque químico por correio; um astro pornô implicado no assassinato de um político) para desmontar certezas de narrador e leitor.[14]
  • As iniciais (1999) — Após receber uma caixinha com quatro iniciais gravadas, o protagonista entra numa espiral de dedução e paranoia; o romance trabalha códigos, memória e oralidade do narrador.[15]
  • Medo de Sade (2000) — Um homem, acusado de homicídio depois de uma orgia da qual nada recorda, é internado; o livro acompanha seu esforço de reconstruir os fatos num diálogo claustrofóbico.[16]
  • Nove noites (2002) — Investigação ficcional sobre o suicídio do antropólogo Buell Quain (1939), combinando vozes e documentos para discutir verdade, alteridade e os limites entre relato e invenção.[17]
  • Mongólia (2003) — Um diplomata brasileiro parte de Pequim à Mongólia à procura de um fotógrafo desaparecido; o relato entre diários e depoimentos confronta choque cultural, geopolítica e o enigma do outro.[18]
  • O sol se põe em São Paulo (2007) — A partir de uma história de amor, o narrador percorre memórias ligadas ao Japão da Segunda Guerra, entrelaçando São Paulo contemporânea e tradições japonesas.[19]
  • O filho da mãe (2009) — Romance da coleção “Amores Expressos” que cruza maternidade, guerra e deslocamento (Rússia/Tchetchênia), em múltiplas vozes femininas que tentam proteger seus filhos.[20]
  • Reprodução (2013) — Em dois longos monólogos, um estudante detido na PF descarrega preconceitos e contradições; o livro encena o “ruído” do discurso público e a saturação informacional contemporânea.[21]
  • Simpatia pelo demônio (2016) — Entre terrorismo e romance tóxico, acompanha um funcionário de agência humanitária cuja experiência extrema contamina afetos e ética.[22]
  • O último gozo do mundo (2021) — Novela de “pós-pandemia” sobre uma professora que atravessa a ruína do casamento e um presente suspenso; distopia com tons de fábula sobre memória e desejo.[23]
  • Os substitutos (2023) — Romance centrado numa relação pai-filho num Brasil predatório (devastação amazônica, leilão de recursos), com reflexão amarga sobre masculinidade e violência.[24]
Não ficção
  • O mundo fora dos eixos: crônicas, resenhas e ficções (2005) — Seleção de textos publicados ao longo de uma década (crônicas, crítica e pequenas ficções) que discutem cultura, literatura e o presente.[25][26]
Teatro
  • BR-3 (2006, dramaturgia para o Teatro da Vertigem) — Peça encenada no rio Tietê (São Paulo) que atravessa três “Brasis” (Brasilândia–Brasília–Brasiléia) para repensar identidade nacional; texto de Bernardo Carvalho, direção de Antônio Araújo.[27][28][29]
Outros
  • O limpador de ouvidos (conto, 2018) — Publicado narevista piauí (ed. 145), narra uma experiência em chave de mistério psicológico.[30]

[31]

Ver também

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Referências

  1. «Tiro de Letra - Bernardo Carvalho».www.tirodeletra.com.br. Consultado em 4 de março de 2021.Cópia arquivada em 4 de fevereiro de 2017 
  2. zoio.«Bernardo Carvalho».Portal dos Jornalistas. Consultado em 4 de março de 2021.Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2020 
  3. «Colunista: Bernardo Carvalho».Folha de São Paulo. Consultado em 9 de agosto de 2025.Cópia arquivada em 11 de março de 2017 
  4. Benevenutto, Luiz Fernando Etelvino (2016).«Ressonâncias teóricas e a ficção contemporânea em Nove Noites de Bernardo Carvalho». Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.Revista Kalíope.12 (23): 66-86. Consultado em 28 de abril de 2024 
  5. Barcelos, Carolina Montebelo (setembro de 2020).«Imaginando a Nação no Teatro: Criação, Escrita e Encenação de BR3, do Teatro da Vertigem e Bernardo Carvalho». Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.Letrônica: Revista Digital do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS.13 (3): 1-10. Consultado em 26 de abril de 2024 
  6. D´Angelo, Biagio (2008).«Escritas circulares: a viagem e a morte em Mongólia, de Bernardo Carvalho». Pontifícia Universidade Católica de MInas Gerais.Scripta.12 (23): 84-97. Consultado em 26 de abril de 2024 
  7. «Um escritor na Biblioteca: Bernardo Carvalho». Biblioteca Pública do Paraná.Cândido (149). Abril de 2024. Consultado em 27 de abril de 2024 
  8. Quintella, Pollyana (27 de agosto de 2021).«O futuro é uma abstração obscena: Considerações sobre O ultimo gozo do mundo, de Bernardo Carvalho».Revista Rosa.4 (1). Consultado em 26 de abril de 2024 
  9. «G1 - Bernardo Carvalho e Rubem Fonseca vencem Prêmio Jabuti; veja lista».Cópia arquivada em 17 de outubro de 2014 
  10. PublishNews.«Oito brasileiros são finalistas do Portugal Telecom».PublishNews. Consultado em 4 de março de 2021.Cópia arquivada em 25 de abril de 2023 
  11. «Aberração».Companhia das Letras. Consultado em 29 de agosto de 2025.Cópia arquivada em 11 de julho de 2025 
  12. «Onze».Companhia das Letras. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  13. «Os bêbados e os sonâmbulos».Companhia das Letras. Consultado em 29 de agosto de 2025.Cópia arquivada em 18 de março de 2025 
  14. «Teatro».Companhia das Letras. Consultado em 29 de agosto de 2025.Cópia arquivada em 23 de fevereiro de 2025 
  15. «As iniciais».Companhia das Letras. Consultado em 29 de agosto de 2025.Cópia arquivada em 16 de março de 2025 
  16. «Medo de Sade».Companhia das Letras. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  17. «Nove noites».Companhia das Letras. Consultado em 29 de agosto de 2025.Cópia arquivada em 9 de agosto de 2025 
  18. «Mongólia».Companhia das Letras. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  19. «O sol se põe em São Paulo».Companhia das Letras. Consultado em 29 de agosto de 2025.Cópia arquivada em 25 de junho de 2025 
  20. «O filho da mãe».Companhia das Letras. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  21. «Reprodução».Companhia das Letras. Consultado em 29 de agosto de 2025.Cópia arquivada em 25 de junho de 2025 
  22. «Simpatia pelo demônio».Companhia das Letras. Consultado em 29 de agosto de 2025.Cópia arquivada em 21 de maio de 2025 
  23. «O último gozo do mundo».Companhia das Letras. Consultado em 29 de agosto de 2025.Cópia arquivada em 9 de agosto de 2025 
  24. «Os substitutos».Companhia das Letras. Consultado em 29 de agosto de 2025.Cópia arquivada em 10 de julho de 2025 
  25. «O mundo fora dos eixos: crônicas, resenhas e ficções».LIBRIS (Biblioteca Nacional da Suécia). Consultado em 29 de agosto de 2025 
  26. «O mundo fora dos eixos».Amazon Brasil (ficha editorial). Consultado em 29 de agosto de 2025 
  27. «BR3».Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 29 de agosto de 2025 
  28. «BR-3».Teatro da Vertigem (site oficial). Consultado em 29 de agosto de 2025.Cópia arquivada em 16 de julho de 2025 
  29. «Cartografia de BR3 – entrevista com Antônio Araújo».Sala Preta (USP). Consultado em 29 de agosto de 2025 
  30. «O limpador de ouvidos».revista piauí. Consultado em 29 de agosto de 2025.Cópia arquivada em 27 de março de 2025 
  31. «Bernardo Carvalho (autor)».Companhia das Letras. Consultado em 29 de agosto de 2025.Cópia arquivada em 9 de agosto de 2025 


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