Movatterモバイル変換


[0]ホーム

URL:


Ir para o conteúdo
Wikipédia
Busca

Bernardo Élis

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Bernardo Elis
Nascimento
Morte
30 de novembro de1997 (82 anos)

NacionalidadeBrasileiro
Alma materFaculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás
Ocupaçãopoeta
contista
romancista
PrêmiosPrêmio Jabuti 1968
Magnum opusO Tronco

Bernardo Élis Fleury de Campos Curado (Corumbá de Goiás,15 de novembro de1915 – Corumbá de Goiás,30 de novembro de1997) foi umadvogado,professor,poeta,contista eromancistabrasileiro. Foi o primeiro e únicogoiano a entrar para aAcademia Brasileira de Letras.[1][2]

Biografia

[editar |editar código]

Filho do poetaÉrico José Curado e de Marieta Fleury Curado, iniciou o estudo das primeiras letras com o pai, em casa. Passou o ano de 1923 na casa do avô materno, na capital do Estado, onde se matriculou no Grupo Escolar. Depois retornou paraCorumbá continuando os estudos com o pai, de quem viria o estímulo para as letras. Aos doze anos escreveu o primeiro conto, inspirado em “Assombramento”, deAfonso Arinos. Em 1928, viajou com a família paraGoiás, então capital do Estado, onde fez o curso ginasial no Liceu. Ampliou suas leituras, principalmente deMachado de Assis,Eça de Queirós e dos autores modernistas. Após a interrupção dos estudos por dois anos, em 1940 concluiu o curso clássico no Liceu de Goiânia. Em 1945, formou-se na Faculdade de Direito, sendo orador de sua turma.[3]

Iniciando-se na função pública, em 1936, como escrivão da Delegacia de Polícia emAnápolis, foi nomeado escrivão do cartório do crime deCorumbá. Participou, desde 1934, dos acontecimentos literários do Brasil central, escrevendo poesias e enviando colaborações de cunho modernista para os jornais deGoiânia. Em 1939 transferiu-se paraGoiânia, onde foi nomeado secretário da Prefeitura Municipal, com exercício das funções de prefeito por duas vezes.

Em 1942, mudou-se para oRio de Janeiro com a intenção de aí fixar-se. Trazia um livro de poesias e outro de contos, que pretendia publicar. Sem realizar seu intento, retornou aGoiás. Fundou a revistaOeste e nela publicou o conto “Nhola dos Anjos e a cheia de Corumbá”. Em 1944, seu livro de contosErmos e gerais foi publicado pela Bolsa de Publicações de Goiânia, obtendo sucesso e elogios de toda a crítica nacional. Nesse ano casou-se com a poetisaVioleta Metran. Em 1945, participou do 1.º Congresso de Escritores de São Paulo, quando conheceu vários literatos nacionais, entre os quaisAurélio Buarque de Holanda,Mário de Andrade eMonteiro Lobato. Voltando paraGoiânia, fundou aAssociação Brasileira de Escritores, da qual foi eleito presidente. Ingressou no magistério como professor da Escola Técnica de Goiânia e do ensino público estadual e municipal. Em 1955, publica o livro de poemas Primeira chuva.

Nos anos subsequentes, dedica-se ao magistério e à vida literária. Foi cofundador, vice-diretor e professor doCentro de Estudos Brasileiros daUniversidade Federal de Goiás, daí passando a professor de Literatura naUniversidade Católica de Goiás e em vários cursos preparatórios ao vestibular das universidades. Além de colaborar com os órgãos culturais que circulavam no Brasil central, participou de congressos de escritores realizados emSão Paulo,Belo Horizonte,Porto Alegre eGoiânia, promoveu o I Congresso de Literatura em Goiás, em 1953, e realizou palestras, conferências e cursos literários.[4]

Chegou a ser professor daUniversidade Federal de Goiás, cargo do qual foi exonerado com a eclosão doGolpe de Estado no Brasil em 1964.[5]

Entre 1970 a 1978, desempenhou as funções de assessor cultural junto ao Escritório de Representação do Estado de Goiás, noRio de Janeiro, e reassumiu o cargo de professor naUniversidade Federal de Goiás. Desempenhou ainda a função de diretor-adjunto doInstituto Nacional do Livro, emBrasília, de 1978 a março de 1985. Em 1986, foi nomeado para o Conselho Federal de Cultura, ao qual pertenceu até a extinção do órgão, em 1989.[4]

Bernardo Élis publicou várias obras, entre elasApenas um Violão,O Tronco (que posteriormente viroufilme), eErmos e Gerais, sua mais premiada obra. Como contista, foi escolhido para integrar importantes antologias nacionais, como a clássica Antologia do Conto Brasileiro Contemporâneo, do crítico literário Alfredo Bosi.[6][7]

Em 1995, foi escolhido pelo governadorMaguito Vilela para presidir a Fundação Cultural Pedro Ludovico Teixeira, atual AGEPEL, órgão equivalente àSecretaria de Estado da Cultura. No mesmo ano, afastou-se do cargo, ocupado posteriormente por Linda Monteiro. Já a 31 de janeiro de 1999, a sua obra Veranico de Janeiro (1966) foi escolhida, por um seleto júri constituído por 10 especialistas escolhidos pelo jornal O Popular (edição número 16.476), o mais importante periódico do Estado de Goiás, como um dos 20 melhores livros goianos do século XX.

Academia Brasileira de Letras

[editar |editar código]
Posse na ABL.

Eleito em 23 de outubro de 1975, na sucessão deIvan Lins e recebido pelo AcadêmicoAurélio Buarque de Holanda Ferreira em 10 de dezembro de 1975. Foi o quarto ocupante da cadeira 1, que tem por patronoAdelino Fontoura.Para Mário de Andade, Bernardo Élis "tem a qualidade principal pra quem se aplica à ficção:o dom de impor na gente, de evidenciar a "sua" realidade, pouco importando que esta "sua realidade" seja ou não o real da vida real....criando aquela realidade mais real que o real, que é do melhor espírito e força da ficção".[1]

Prêmios literários

[editar |editar código]

Obras

[editar |editar código]
  • 1955:Primeira chuva, poesia
  • 1944:Ermos e Gerais: Contos Goianos, contos
  • 1951:A terra e as carabinas
  • 1956:O Tronco, romance
  • 1965:Caminhos e descaminhos, contos
  • 1966:Veranico de janeiro, contos (obra considerada canônica, jornal O Popular, Goiânia, Caderno 2, a 31 de Janeiro de 1999)
  • 1975:Caminhos dos gerais, contos
  • 1978:André Louco, contos
  • 1974:Seleta de Bernardo Élis - Org. de Gilberto Mendonça Teles; estudo e notas de Evanildo Bechara
  • 1975:Caminhos dos gerais
  • 1980:Os enigmas de Bartolomeu Antônio Cordovil
  • 1984:Apenas um violão
  • 1985:Goiás em sol maior
  • 1986:Jeca-Jica-Jica Jeca
  • 1987:Chegou o governador
  • 1987:Obra reunida de B. É.

Referências

  1. ab«Bernardo Élis».Academia Brasileira de Letras. 4 de novembro de 2014. Consultado em 14 de junho de 2024 
  2. «Bernardo Élis».CEB. Consultado em 14 de junho de 2024 
  3. Manhã, Diario da (23 de maio de 2017).«Bernardo Elis das aguadas de todos os sertões desse Goiás | Diario da Manhã».Diário da manhã. Consultado em 14 de junho de 2024 
  4. ab«Bernardo Élis».Academia Brasileira de Letras. Consultado em 28 de maio de 2020 
  5. Chaves, Davillas Newton de Oliveira (2011).A história da UFG: Região e modernidade(PDF) (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de Goiás.Cópia arquivada(PDF) em 28 de abril de 2020 
  6. «a luta pela terra.pdf».Google Docs. Consultado em 14 de junho de 2024 
  7. «O cerrado goiano na literatura de Bernardo Élis sob o olhar da história ambiental»(PDF) 

Ligações externas

[editar |editar código]

Precedido por
Ivan Monteiro de Barros Lins
ABL - quarto acadêmico da cadeira 1
1975 — 1997
Sucedido por
Evandro Lins e Silva


1959 – 1969

1959:Jorge Medauar (Contos) •1960:Dalton Trevisan (Contos) •Ricardo Ramos (Novelas) •1961:Clarice Lispector (Contos) •1962:Ricardo Ramos (Contos) •1963:Julieta de Godoy Ladeira (Contos) •1964:João Antônio (Contos) •1965:Dalton Trevisan (Contos) •1966:Lygia Fagundes Telles (Contos) •1967:Bernardo Élis (Contos) •1968:Marcos Rey (Contos) •1969:Maria Cecília Caldeira (Contos)

1970 – 1979

1970:Rubem Fonseca (Contos) •1971:Ricardo Ramos (Contos) •1972:Holdemar Menezes (Contos) •1973:Luiz Vilela (Contos) •1974:Elias José (Contos) •1975:Caio Porfírio Carneiro (Contos) •1976:Regina Célia Colônia (Contos) •1977:Domingos Pellegrini Júnior (Contos) •1978:Hermann José Reipert (Contos) •1979:Sônia Coutinho (Contos)

1980 – 1989

1980:Modesto Carone (Contos) •1981:José J. Veiga (Novelas) •1982:Autran Dourado (Contos) •1983:Sérgio Sant'Anna (Contos) •1984:Caio Fernando Abreu (Novelas) •1985:Charles Kiefer (Contos) •1986:Sérgio Sant'Anna (Novelas) •1988:Moacyr Scliar (Contos) •1989:Caio Fernando Abreu (Contos)

1990 – 1999

1990:Diogo Mainardi (Contos) •1991:Rosa Amanda Strausz (Contos) •1993:João Antônio (Contos) •Otto Lara Rezende (Contos) •Vilma Arêas (Contos) •Charles Kiefer (Contos) •1994:Nelson Rodrigues (Contos) •Marcos Rey (Novelas) •Hilda Hilst (Novelas) •1995:Dalton Trevisan (Contos) •Regina Rheda (Contos) •Victor Giudice (Contos) •1996:Lygia Fagundes Telles (Contos) •Rubem Fonseca (Contos) •Caio Fernando Abreu (Contos) •1997:Marina Colasanti (Contos) •Silviano Santiago (Contos) •Antônio Carlos Villaça (Contos) •1998:Raduan Nassar (Contos) •Flávio Moreira da Costa (Contos) •João Silvério Trevisan (Contos) •1999:Charles Kiefer (Contos) •Rubens Figueiredo (Contos) •João Inácio Padilha (Contos)

2000 – 2009

2000:Raimundo Carrero (Contos) •Marçal Aquino (Contos) •Ignácio de Loyola Brandão (Contos) •2001:Mario Pontes (Contos) •Rodolfo Konder (Crônicas) •Lygia Fagundes Telles (Contos) •2002:Fernando Sabino (Crônicas) •Marçal Aquino (Contos) •Rubem Fonseca (Contos) •2003:Rubem Fonseca (Contos) •Luiz Nassif (Crônicas) •Fernando Bonassi (Crônicas) •2004:Sérgio Sant'Anna (Contos) •João Gilberto Noll (Contos) •2005:Alcione Araújo (Crônicas) •2006:Marcelino Freire (Contos) •2007:Ferreira Gullar (Crônicas) •2008:Vera do Val (Contos) •2009:Fabrício Carpinejar (Crônicas)

2010 – presente

2010:José Rezende Jr. (Contos) •2011:Dalton Trevisan (Contos) •2012:Sidney Rocha (Contos) •2013:Luis Fernando Veríssimo (Crônicas) •2014:Rubem Fonseca (Contos) •2015:Carol Rodrigues (Contos) •2016:Natalia Borges Polesso (Contos) •2017:Veronica Stigger (Contos)

1959–1969
1970–1979
1980–1989
1990–1999
2000–2009
2010–2019
2020–presente
Cadeiras 1 a 10
1 (Adelino Fontoura)
2 (Álvares de Azevedo)
3 (Artur de Oliveira)
4 (Basílio da Gama)
5 (Bernardo Guimarães)
6 (Casimiro de Abreu)
7 (Castro Alves)
8 (Cláudio Manuel da Costa)
9 (Gonçalves de Magalhães)
10 (Evaristo da Veiga)
Cadeiras 11 a 20
11 (Fagundes Varella)
12 (França Júnior)
13 (Francisco Otaviano)
14 (Franklin Távora)
15 (Gonçalves Dias)
16 (Gregório de Matos)
17 (Hipólito da Costa)
18 (João Francisco Lisboa)
19 (Joaquim Caetano)
20 (Joaquim Manuel de Macedo)
Cadeiras 21 a 30
21 (Joaquim Serra)
22 (José Bonifácio)
23 (José de Alencar)
24 (Júlio Ribeiro)
25 (Junqueira Freire)
26 (Laurindo Rabelo)
27 (Maciel Monteiro)
28 (Manuel Antônio de Almeida)
29 (Martins Pena)
30 (Pardal Mallet)
Cadeiras 31 a 40
31 (Pedro Luís)
32 (Manuel de Araújo Porto-Alegre)
33 (Raul Pompeia)
34 (Sousa Caldas)
35 (Tavares Bastos)
36 (Teófilo Dias)
37 (Tomás António Gonzaga)
38 (Tobias Barreto)
39 (Visconde de Porto Seguro)
40 (Visconde do Rio Branco)
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Bernardo_Élis&oldid=70683146"
Categorias:
Categorias ocultas:

[8]ページ先頭

©2009-2025 Movatter.jp