| Beatriz Alvarenga | |
|---|---|
| Nascimento | |
| Morte | 19 de novembro de2023 (100 anos) |
| Residência | Brasil |
| Nacionalidade | brasileira |
| Cônjuge | Celso Álvares |
| Alma mater | Universidade Federal de Minas Gerais(graduação em engenharia) |
| Prêmios | Medalha da Inconfidência(2006) |
| Carreira científica | |
| Instituições | Universidade Federal de Minas Gerais |
| Campo(s) | Física |
Beatriz Alvarenga Álvares (Santa Maria de Itabira,1923 -Belo Horizonte,19 de novembro de2023) foi umafísica,professora eescritorabrasileira.
Professora emérita daUniversidade Federal de Minas Gerais, foi autora de várioslivros didáticos para o ensino deFísica.[1][2]
Beatriz nasceu no interior de Minas Gerais, na cidade de Santa Maria de Itabira, em 1923. Era filha do farmacêutico Trajano Procópio de Alvarenga. Trajano decidiu se mudar paraBelo Horizonte quando Beatriz tinha 10 anos em busca de uma melhor educação para seus 12 filhos.
Filha doFarmacêutico Trajano Procópio de Alvarenga vem de família numerosa de 11 irmãos. Casou-se aos 39 anos com o professor de língua portuguesa Celso Álvares. Aos 17 anos, prestou vestibular para o curso de engenharia civil, na Escola Livre de Engenharia, que anos mais tarde seriaincorporada àUniversidade Federal de Minas Gerais. Como não havia curso superior de física na época, essa foi a alternativa escolhida por Beatriz, que queria ter estudado matemática. Era a única mulher de sua turma.[3]
Nos anos 1940 foi a primeira professora de Física do Colégio Estadual Central de Belo Horizonte (Escola Estadual Governador Milton Campos). Foi pioneira, pois na época o ensino ministrado por mulheres era frequente em aulas de trabalhos manuais, ginástica e culinária. Em 1968, fez parte do grupo de professores que criou o Departamento de Física[4] noInstituto de Ciências Exatas da UFMG. Até aquele momento, o curso funcionava na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Aposentou-se em 1987.[5]
Morreu em Belo Horizonte no dia 19 de novembro de 2023 aos 100 anos de idade.[6]
Na ocasião da criação do departamento de física, o colega professor Antônio Máximo lhe sugeriu que escrevessem, em parceria, um livro didático. Segundo ele, as obras disponíveis para os estudantes eram recheadas de fórmulas matemáticas e com pouca ênfase na aplicação. Desde 2009, a cada ano, são vendidos em média 1,3 milhão de exemplares de suas obras para ensino fundamental e médio.
Em 1989 recebeu o título deProfessora emérita do Departamento de Física da UFMG.[7] Em21 de abril de2006 foi condecorada com aMedalha da Inconfidência pelo entãoGovernador doEstado de Minas GeraisAécio Neves.[8]
Em 24 de maio de 2014, recebeu a Medalha Conselheiro Christiano Ottoni por ocasião das comemorações dos 103 anos daEscola de Engenharia da UFMG.[9] Em 2014, foi homenageada pela UFMG por sua contribuição à divulgação da ciência.[10] Foi vencedora doPrêmio Bom Exemplo em 2016. O Prêmio Bom exemplo é uma iniciativa daTV Globo Minas, daFundação Dom Cabral, daFederação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e doJornal O Tempo.[11]